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domingo, 22 de maio de 2022

No embalo da torcida, Botafogo tem dificuldade na criação, mas evolui na etapa final, e Erison volta a decidir



Mesmo fora de casa, botafoguenses compareceram e, mais uma vez, apoiaram a equipe, que buscou o empate no fim. Em campo, ficaram lições para a sequência da temporada





Botafogo não teve uma boa atuação, mas conseguiu crescer no fim e sair com o empate (Vítor Silva/Botafogo)



Mesmo longe do Rio de Janeiro, a torcida do Botafogo compareceu ao Independência e empurrou o time. Em um duelo que poderia dar a liderança à equipe da estrela solitária, problemas ficaram evidentes, mas Erison, o famoso "El Toro', voltou a ser decisivo e mostrar que pode ser o centroavante titular até o fim da temporada.





Na escalação, Luís Castro optou por três volantes com a entrada de Patrick de Paula. Contudo, a mudança não surtiu efeito, e o time foi um 'deserto de ideias' na primeira etapa e não conseguiu se impor, mesmo fora de casa. Lento nas transições e sem aproximação, o Alvinegro praticamente não incomodou a meta de Jailson.


Do outro lado, os donos da casa exploraram a velocidade pelas pontas e levaram perigo à meta de Gatito. Apesar dos desfalques, foi o Coelho que pulou à frente do placar. Em uma rápida jogada, Aloísio foi oportunista e aproveitou a chance para colocar a bola no funda da rede. Com o auxílio do VAR, Raphael Klaus validou o gol.

Na volta do intervalo, o português decidiu mexer no time e colocar em campo Vinícius Lopes e Del Piage. A partir das mudanças, os visitantes foram mais incisivos na busca pelo empate, e o camisa 70 deu mais profundidade e opção de passe pela direita, algo que Diego Gonçalves não conseguiu. Ainda assim, a atuação alvinegra esteve aquém do esperado e levava perigo apenas de longe.


Dessa forma, Jailson teve que trabalhar em dois chutes de longa distância. Patrick de Paula arriscou de falta e Luis Oyama tentou de fora da área. Com o avançar do cronômetro, Castro tentou fortalecer o lado esquerdo com Hugo e colocou em campo Lucas Fernandes e Matheus Nascimento para dar mais movimentação na frente.
 


Torcida do Botafogo na Arena Independência (Vítor Silva/Botafogo)


John Textor nunca escondeu que pretende trazer um reforço de peso para o ataque Alvinegro. Zahavi é o nome dos sonhos e a negociação continua. Porém, enquanto a janela de transferência não abre, Erison vai dando conta do recado na frente e salvando quando o Botafogo precisa.


+ Luís Castro vê dois tempos distintos, mas valoriza ambição do Botafogo: 'Cada jogo como uma batalha'


Durante toda etapa final, o centroavante brigou, incomodou a defesa adversária e buscou tabelas. A entrega em campo foi premiada com o gol de empate. Após cobrança de escanteio, ele se movimentou e foi oportunista. Subiu mais que a defesa mineira e cabeceou para baixo, sem chance para a reação de Jailson.

Com a força da torcida, os cariocas cresceram na reta final e tiveram chances para a virada. Em uma delas, Erison soltou a bomba e obrigou o arqueiro alviverde a afastar o perigo. Na melhor delas, Victor Sá teve a oportunidade de finalizar na pequena área, mas acertou o goleiro.

Com a igualdade no placar, o Botafogo deixou a liderança escapar, mas viu que pode tirar lições para a sequência da temporada. Foram dois tempos distintos em que a equipe não conseguiu produzir em um deles. As boas notícias ficam por conta do show da torcida, do poder de reação e, por fim, de mais um gol de Erison.


- Muitas vezes, só é atribuído o sucesso ao 9 pelo gol. Para nós, ele (Erison) foi decisivo no jogo, mesmo quando estava limitado. Colocamos o Matheus para aumentar a pressão na saída de bola do América. O Erison não recebeu bem em alguns momentos, em outros não passou tão bem. Mas há uma coisa que eu não poderia fazer, que é tirar confiança dele. Ele trabalhou em campo e teve seu momento - disse Luís Castro, durante a coletiva de imprensa.


Fonte: LANCE!Rio de Janeiro (RJ)

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