Jovem de 22 anos perdeu vaga de titular após dez jogos no onze titular, mas foi destaque do Botafogo na vitória sobre o Goiás; Luís Castro explica fenômeno de tratar com garotos
Jeffinho em ação pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Oscilações são normais - e até mesmo comuns - na carreira de um jovem jogador. Jeffinho, de 22 anos, vive um contexto praticamente atípico. Há seis meses, estava disputando o Campeonato Carioca com o Resende. Hoje, é um dos principais jogadores do Botafogo em um ambicioso projeto de SAF.
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Com um gol e quatro assistências no Brasileirão, o camisa 47 foi posto no banco de reservas após dez jogos seguidos como titular na equipe comandada por Luís Castro. Ele entrou aos 10 minutos do segundo tempo contra o Goiás, na última quarta-feira, e mudou o jogo: foi dele o passe para o gol de Del Piage, que decretou a vitória por 1 a 0 do Glorioso.
Do drible desconcertante à puxada típica do futebol de rua, Jeffinho ainda tem o que melhorar, mas é inegável que se tornou um protagonista do Botafogo. De qualquer forma, Luís Castro havia explicado outrora que é preciso ter calma com jovens jogadores com potencial, mas voltou a tocar no assunto.
- Já abordei o tema da problemática dos jogadores jovens. Os jogadores jovens existem para nós fazermos progredirem ao máximo e colocarmos eles no patamar máximo de rendimento. É muito perigoso o jogador muito jovem sentir que conquistou tudo aquilo que já tinha a conquistar... E o Jeffinho sentiu que ainda há muita coisa a trabalhar e vai continuar a progredir. Parabéns ao Jeffinho e por toda a equipe - afirmou o português após a vitória contra o Goiás.
A paciência é chave para Jeffinho ter a liberdade de não carregar um peso nas costas. Quantos jovens talentosos já foram jogados de lado por trazerem um peso de "ter que resolver" nas costas? É um menino de 22 anos que até pouco tempo atrás estava em um contexto de pouca pressão, afinal de contas. E Luís Castro sabe disso.
O garoto já faz a diferença em um time que investiu mais de R$ 50 milhões em contratações após um pesado aporte financeiro. O futebol, porém, carrega um estigma passional que nem sempre dá o tempo necessário para jovens se desenvolverem. É muito oito ou oitenta. Mas nem sempre dá para voltar atrás e recuperar a carreira de um menino que já teve potencial.
- Jeffinho ficou de fora (do time titular) porque o Victor Sá ao longo da semana tem feito muito bem o seu trabalho diário e foi muito bom no último jogo. O Júnior também tinha ido muito bem, e apesar de ao longo da semana não ter trabalhado conosco por dois dias por uma lesão, a coisa não foi longa e ele mostrou que estava bem. Foram bem no jogo e foram bem durante a semana, jogaram de uma forma natural - explicou Luís Castro.
O português, vale lembrar, foi diretor das categorias de base do Porto-POR por quase dez anos. Por lá, tratou de jovens jogadores entre as categorias sub-11 e sub-20. É um espaço praticamente dominado pelo técnico. Jeffinho, teoricamente, está em boas mãos para ter o espaço necessário para se preocupar com aquilo que precisa se preocupar: jogar futebol.
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Fonte: LANCE/Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ
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