Resultado interrompe série alvinegra de quatro partidas sem perder
A derrota do Botafogo para o Palmeiras por 3 a 1 no Nilton Santos passa por, pelo menos, três principais justificativas. A primeira e mais incontestável delas é a superioridade do time de Abel Ferreira, líder do Brasileirão com 10 pontos de folga sobre o vice, com relação ao de Luís Castro. Para fazer frente aos paulistas, os cariocas teriam de realizar um jogo, sobretudo, sem erros. E não foi o que aconteceu.
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A segunda razão é a que mais teve impacto na atuação alvinegra: Víctor Cuesta e Marçal, suspensos, fizeram muita falta ao Botafogo. As vagas foram ocupadas por Kanu, na zaga, e Hugo, na lateral-esquerda. Mas a dinâmica do time foi inteiramente afetada pelos desfalques da dupla e também de Lucas Fernandes, fora desde a partida passada por lesão não informada pelo Botafogo.
Kanu em Botafogo x Palmeiras — Foto: Alexandre Durão/ge
O terceiro motivo passa por estratégias de Luís Castro antes e durante a partida. O técnico alvinegro, em alguns momentos, pareceu não ter calculado o quanto precisaria se defender e foi punido por isso. Além disso, no decorrer do jogo, o Botafogo teve duas situações em que ficou em vantagem, mas também não conseguiu aproveitar.
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Na primeira delas, a vantagem foi no placar, quando Tiquinho Soares fez um golaço aos 20 minutos do primeiro tempo e colocou o Botafogo na frente. A segunda, foi a vantagem numérica, quando Zé Rafael foi expulso aos 24 da etapa final - e nem com um a mais a equipe alvinegra foi capaz de oferecer perigo ao gol de Weverton.
Lado esquerdo comprometido sem Víctor Cuesta e Marçal
Suspensos, Víctor Cuesta e Marçal ficaram fora da partida desta segunda à noite, no Nilton Santos. Em situações normais, jogar com um zagueiro e um lateral-esquerdo reservas não deveria ter grandes repercussões. Porém, contra o Palmeiras, ficou nítida a discrepância na qualidade entre as peças titulares e suas opções no banco de reservas.
Kanu e Hugo foram escolhidos para substituir a dupla suspensa e passaram trabalho o jogo inteiro. O corredor direito de ataque do Palmeiras virou uma área de subida fácil para os paulistas, já que foi o setor em que o Botafogo mais se complicou.
Com as baixas alvinegras, a dinâmica do meio de campo também teve de mudar, para que a marcação fosse reforçada no frágil lado canhoto alvinegro. Com mais responsabilidade defensiva, Eduardo não conseguiu dar a mobilidade habitual ao time, pois acumulou a responsabilidade de fechar o lado esquerdo, que ficava frequentemente descoberto.
Melhores momentos: Botafogo 1 x 3 Palmeiras pela 29ª rodada do Brasileirão 2022 (<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/R8Nd42RBaoQ?controls=0" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>)
Gabriel Pires, que também estava incumbido de ajudar os companheiros no lado esquerdo, cometeu erros individuais que comprometeram diretamente o resultado. O primeiro originou o gol de empate palmeirense - o volante deu um toque com a mão para desviar a bola dentro da área, e o pênalti foi marcado. O segundo foi na origem da jogada do terceiro gol alviverde, quando ele perdeu a posse de bola no campo de defesa.
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A ausência de Lucas Fernandes, que trata lesão não informada pelo Botafogo, teve impacto direto na atuação de Jeffinho. O garoto fica pouco abastecido quando não tem o meia em campo. Assim, os desequilibrantes dribles do jovem deram espaço a um jogador mais apático nesta segunda.
Estratégias de Luís Casto
Luís Castro, um defensor da "arte de defender", talvez não tenha adotado a melhor estratégia para encarar um time tão poderoso ofensivamente como é o Palmeiras. Não que o técnico tenha menosprezado o adversário. Mas a impressão é que o treinador alvinegro montou o time para jogar com qualquer oponente no Brasileirão e "esqueceu" que o embate era com um consistente líder.
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Mesmo tendo parecido avaliar mal a estratégia para a equipe, Luís Castro teve um momento para recalcular a rota e não o fez. Depois de sair à frente com Tiquinho Soares aos 20 minutos do primeiro tempo, quando o Palmeiras era o melhor na partida, a equipe alvinegra poderia, por exemplo, tentar se resguardar para manter o resultado.
“Adversário difícil”, reconhece Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/adversario-dificil-reconhece-pedro-dep-a-voz-da-torcida-10994186.ghtml)
Mas não foi isso que aconteceu, e logo o Palmeiras empatou o placar em pênalti cobrado por Gustavo Scarpa. Tudo igual no placar e dentro de campo também, visto que o Botafogo parecia não ter força de reagir e foi envolvido pelo adversário.
Por fim, Castro ficou devendo repertório para oferecer período de forma mais contundente ao gol adversário a partir dos 20 minutos do segundo tempo, quando o Palmeiras teve Zé Rafael expulso. A realidade, no entanto, foi outra, já que o time sequer deu trabalho a Weverton.
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Fonte: GE/Por Renata de Medeiros — Rio de Janeiro
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