Técnico português diz que prefere manter jogadores na equipe quando acha que estão bem
Após a derrota do Botafogo por 3 a 1 para o Palmeiras, no Nilton Santos, Luís Castro comentou sobre o time que perdeu nesta segunda-feira. O técnico explicou, por exemplo, o motivo de começar com Saravia entre os titulares e a opção por ele em relação a Rafael. Apesar de não gostar de fazer comparações e análises individuais de atletas dentro de um jogo, ele disse que não fugiria da pergunta.
- O time vinha tendo um bom comportamento ao longo dos jogos. Nos últimos quatro jogos tínhamos somados 10 pontos enquanto equipe, não foi jogador A, B ou C. E entendemos que deveríamos dar continuidade ao time a não ser aquelas substituições que achamos que eram normais, como trocar um zagueiro do lado esquerdo por outro, como o Kanu, o Hugo na lateral e a volta do Eduardo.
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- Não gosto de falar dos jogadores individualmente porque o jogo sempre será coletivo e de dinâmicas coletivas. Muitas vezes, nas dinâmicas coletivas, há jogadores que são importantes e que se os isolarmos individualmente, achamos que um jogador pode ter características melhores do que aquele que jogou. Mas para aquele contexto que nós queríamos (e o futebol, enquanto equipe, é contexto), porque depende muito da equipe adversária. Mas não vou deixar de responder pergunta nenhuma e não vou fazer agora, embora não goste de individualizar as questões.
Melhores momentos: Botafogo 1 x 3 Palmeiras pela 29ª rodada do Brasileirão 2022 (<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/R8Nd42RBaoQ?controls=0" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>)
Com a derrota, o Botafogo, caiu para o décimo lugar, com 37 pontos e está cinco atrás do América-MG, clube que abre o G-8. O Bota viaja para enfrentar o Avaí na 30ª rodada do Brasileirão. A partida será na Ressacada, às 19h (de Brasília), na próxima quinta-feira.
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Arbitragem
- Eu não gosto de falar da arbitragem, porque eu não domino, eu acho que como é uma área que eu não domino por completo, há coisas que me fogem. Agora, as impressões que tivemos dentro do jogo, gerar sentimentos que nós manifestamos. Nos momentos que eu não achei que estava correto, eu manifestei o que eu achava correto. Achei que faltavam cartões amarelos para aquilo que acontecia no jogo, mas pode ter sido uma impressão errada minha.
“Adversário difícil”, reconhece Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/adversario-dificil-reconhece-pedro-dep-a-voz-da-torcida-10994186.ghtml)
Torcida
- Ainda agora eu disse sobre emoções e sentimentos e o que essas emoções e sentimentos geram, eu acho que há uma coisa que vocês já perceberam, que eu respeito muito a torcida do Botafogo, mesmo quando se manifesta de forma mais negativa ou positiva. Dizer que não me dói sentir a vaia, dói, dói a todos nós, porque nós trabalhamos muitos, mas temos que aceitar. Às vezes há mal desempenho e nós temos que respeitar. O que me desagrada é a falta de respeito pelo outro ser humano, mas isso não tem acontecido aqui.
- Hoje eu fiquei satisfeito com a torcida, pela forma que se manifestaram, primeiro porque nós competimos, nós fomos para o jogo. Agora, enfrentamos uma grande equipe, um grande adversário, que tem 10 pontos a frente na liderança, bicampeã da Libertadores, uma equipe estruturada, mas a nossa torcida reconheceu isso e o nosso trabalho, reconheceu que não fomos covardes, que quisemos sempre virar o jogo
Qualidade do Palmeiras
- Eu acho que nós chegamos ao gol num momento em que a gente controlava o jogo, e acho que o Palmeiras chegou ao gol no momento em que a gente estava controlando, e eu acho que foi isso que aconteceu. A partir daí os dados são claros, 51% de posse de bola ao Palmeiras, 49% nossa, 12 chutes do Palmeiras e 10 nossos, portanto, aquilo que os números dizem é que o jogo foi mais equilibrado, mas acho que o Palmeiras foi mais superior.
- Havia uma clara intenção nossa de fechar o lado esquerdo, que tínhamos que ter alguns cuidados, por isso a opção pelo Tiquinho e do Jeffinho em cima do Marcos Rocha, para não servir do lado direito do ataque do Palmeiras, mas o certo é que muitas vezes não conseguimos fazer da melhor forma. Aquilo que tenho nesse momento é que ao longo do jogo, fomos dividindo o jogo, mas o Palmeiras teve mais qualidade do que nós tivemos.
Time mais aberto?
- Todos os laterais que jogam contra o Palmeiras normalmente não cedem os espaços. Não é uma questão de ceder esses espaços, é uma conquista de espaços no lado do Palmeiras, é algo que já está muito característico na equipe deles. Eu acho que a partir desse momento dá essa sensação (de que o Botafogo foi para cima e o Palmeiras acabou levando vantagem), porque nós acabamos com uma linha de quatro na frente, com o Jeffinho nesse linha de quatro, já viram cinco.
- E, naturalmente com o Carlos Eduardo também se juntava a essa linha, e nós acabamos com duas linhas de três mais o Romildo, e com isso nós não tivemos tantas iniciativas, portanto aí aparecia que nós estávamos por baixo do jogo, mas nessa altura foi quando nós tivemos mais porcentagem de bola e conseguimos chegar mais na área do adversário. Achei que nós fizemos gol numa altura que o Palmeiras estava melhor, e depois o Palmeiras acaba empatando quando nós estávamos melhor
Número de lesões
- Se eu tiver os jogadores sentados ou deitados numa cama ao longo das semanas, eles não se lesionam. Se eu der uma intensidade moderada nos nossos trabalhos eles não se lesionam, mas se eu dar uma intensidade alta nos trabalhos é natural que aumenta o risco de lesão. Eu prefiro ter uma equipe pronta, mesmo arriscando mais, e felizmente eles respondem muito bem e muito forte a todas as nossas propostas no dia a dia, e daí algumas vezes podem entrar em mais riscos de lesão. Mas não é uma coisa que eu quero olhar de lado, eu olho de frente.
- É a primeira vez na vida que tenho tantas lesões. Mas talvez porque nós tivemos ao longo do ano um conjunto de jogadores que jogaram até determinado momento, depois outros jogadores que não jogavam tanto nos seus clubes... Ao longo do ano nunca foi um grupo homogêneo, então é natural que o grupo tenha essa diferença quanto às quantidades dos treinos, vindo de campeonatos diferentes. Ao longo do ano entraram muitos jogadores, e, em função daquilo que é nossa proposta de trabalho, naturalmente tem um comportamento diferente e uma reação diferente.
O que não deu certo
- O nosso plano de jogo era fechar determinadas zonas do campo para o Palmeiras não entrar. Aqui e ali fomos conseguindo, mas nunca conseguimos com a eficácia que nós queríamos, até porque o lado esquerdo foi onde houve mais mexidas na equipe. O Victor Sá tinha jogado pelo lado esquerdo, e hoje foi o Jeffinho; o Eduardo não havia jogado por aquele lado esquerdo, havia sido o Piazon; o Cuesta tinha jogado como zagueiro pela esquerda e não jogou; e o Marçal também não jogou.
- Isso poderia ter criado uma fragilidade defensiva na equipe, apesar de estarmos preparado para o Palmeiras. Era nossa intenção, após a posse de bola, fazer uma circulação rápida, com qualidade, também era nossa intenção com a projeção dos nossos pontas, e os nossos laterais estarem mais baixo, aquele espaço do Eduardo e do Gabriel Pires pegarem o jogo de trás, e conseguirmos o apoio central do Tiquinho, e depois do outro meia que era o Tchê Tchê. Não conseguimos fazer isso, e eu acho que isso foi uma falha.
Equilíbrio do jogo
- Não conseguimos jogar com o nosso terceiro homem, mas em determinado momento conseguimos equilibrar o jogo. Depois da expulsão eu sabia que iríamos entrar num jogo mais direto, por isso coloquei mais pontas e o Matheus Nascimento, e o Tiquinho, mas por trás deles o Victor Sá, que entra em uma segunda linha contrária. Só que nessa altura o Abel largou tudo e deixou as referências na frente.
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Fonte: GE/Por Renata de Medeiros — Rio de Janeiro
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