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segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Análise: Botafogo se despede muito mal de 2022, mas faz temporada justa



Sensação de frustração é latente pelo jeito que o time perdeu para o Athletico-PR sendo que dependia só de si para ir para a Libertadores; porém, de forma geral, ano foi bom



O Botafogo que termina a temporada de oficial de 2022 deixa um gosto bastante amargo para o torcedor. A derrota por 3 a 0 para o Athletico-PR no último domingo doeu e tem que incomodar, mesmo. Dependendo só de si para garantir a classificação para a Libertadores, o time apresentou um futebol muito fraco e que não parecia em nada com a equipe que venceu o Santos na rodada anterior. Apesar disso tudo, a temporada do Botafogo pode ser considerada positiva.


Na análise de hoje só teremos dois parágrafos sobre o jogo. Podemos até levar em consideração que o time de Luís Castro começou bem, com os laterais bastante espetados na linha lateral para tentar abrir espaços na defesa do Athletico. Jeffinho e Tiquinho eram os mais incisivos, com o centroavante o tempo todo saindo da referência para atrair marcadores e confundir a defesa. Mas isso foi só até os 20 minutos do primeiro tempo. Dali em diante, a marcação atleticana encaixou e os donos da casa cresceram.


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Os melhores momentos de Athletico-PR 3 x 0 Botafogo pela 38ª rodada do Brasileirão (<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/FRisKPSITJY" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>)



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O Botafogo não parecia o segundo melhor visitante do Campeonato Brasileiro. Depois de alguns minutos com equilíbrio, o Athletico foi melhor o tempo inteiro e venceu de forma justa. Como Luís Castro falou na entrevista coletiva, tem que reconhecer que o adversário foi superior na tarde passada. Defesa falhou, meio de campo estava sumido e o ataque errando muito. A única salvação do jogo foi Lucas Perri, que evitou derrota maior.


Ao mesmo tempo em que tudo isso aconteceu, é necessário enxergar o cenário do Botafogo de maneira mais ampla. Viajando um pouco no tempo, provavelmente seriam poucos os torcedores que recusariam uma 11ª colocação no fim do Campeonato Brasileiro se fossem perguntados sobre isso depois que o time empatou em 1 a 1 com o Boavista na estreia do Campeonato Carioca.


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Time do Botafogo entrando em campo na derrota por 3 a 0 para o Athletico-PR — Foto: Vitor Silva/Botafogo



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Acontece que o Botafogo foi vítima do próprio sucesso nessa última rodada. Se a vida já estivesse resolvida na 38ª partida do Campeonato Brasileiro, a derrota talvez nem doesse tanto. A cabeça quente faz com que o sentimento de vergonha prevaleça no primeiro momento. Mas com o passar dos dias, meses e até anos, a tendência é que o torcedor olhe para trás de forma a entender o 2022 alvinegro.


John Textor apareceu na vida do botafoguense em 24 de dezembro do ano anterior. Foi naquele dia que o empresário americano assinou o contrato de compra não-vinculante da SAF do clube. Dali até a compra definitiva, em março, ainda não havia a certeza de como seria a temporada alvinegra. O que se sabia era da necessidade de se reforçar e que se o Botafogo fosse a campo com o que tinha apresentado no Estadual, iria sofrer demais.


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"2023 vai ser melhor", diz Pedro | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/2023-vai-ser-melhor-diz-pedro-a-voz-da-torcida-11121951.ghtml)



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Vieram as contratações. A primeira delas, o zagueiro Philipe Sampaio, estreou só nas semifinais do Campeonato Carioca, contra o Fluminense. Luís Castro só assumiu o time depois que o Botafogo foi eliminado e a primeira vez que comandou a equipe do campo foi na segunda rodada do Brasileirão. É importante que o torcedor entenda que 2022 foi um ano de transição. O Bota saiu de uma Série B em que não havia muita luz no fim do túnel para a temporada seguinte e se ficasse na primeira divisão já seria um feito tremendo.


A chegada de John Textor trouxe a esperança de volta ao torcedor. Foi como se o time ligasse o turbo do carro para finalmente chegar próximo do outro lado da galeria. O Botafogo termina o ano de forma melancólica pela sensação de que poderia ter sido melhor não fossem os tropeços em casa. Mas esse é o sentimento de agora. Daqui a poucos anos o alvinegro poderá olhar para trás e reparar que aqui foi o primeiro passo. Em alguns dias você vai começar a escutar a tradicional música da Globo de fim de ano. E ela pode valer para o Botafogo também. O futuro já começou.


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A partir de agora, a torcida deve esperar a movimentação alvinegra no mercado de transferências para fazer com que o ano que vem termine de maneira diferente. A equipe precisa melhorar - e Luís Castro diz saber exatamente o que é necessário - para que possa disputar o título da Sul-Americana, chegar em fases finais da Copa do Brasil e também garantir uma vaga na Libertadores ficando mais bem colocado no Brasileirão. Há motivo para ser otimista com 2023.



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Fonte: GE/Por Davi Barros — Curitiba

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