Treinador aponta as duas expulsões no primeiro tempo como razão principal para a derrota por 2 a 0 para o rival
O treinador do Botafogo, Luís Castro, analisou a derrota do clube por 2 a 0 para o Vasco em jogo válido pela terceira rodada do Campeonato Carioca, no Maracanã, com gols de Alex Teixeira e Pedro Raul. Segundo Castro, as expulsões de Adryelson e Rafael, ainda no primeiro tempo, condicionaram o resto da partida.
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- Começar por dizer que acabamos com nove após duas expulsões. Uma aos 11 e a outra os 52. Condicionou de muita maneira o jogo. Num primeiro momento, ficamos com duas linhas de 4 e o Tiquinho na frente. No segundo momento, no intervalo, ajustamos porque precisávamos ajustar a largura que o Vasco ia explorar.
O português ressaltou que, apesar de jogar mais de 45 minutos com dois jogadores a menos, o Alvinegro em nenhum momento deixou de procurar oportunidades de gol. A preocupação maior era impedir que o Vasco explorasse as laterais, o que acabou sendo o caminho do primeiro gol.
Após confusão em pênalti assinalado, VAR anula marcação e árbitro expulsa Rafael (https://ge.globo.com/video/apos-confusao-em-penalti-assinalado-var-anula-marcacao-e-arbitro-expulsa-rafael-11376123.ghtml)
- Isso nunca faria com que deixássemos de procurar o gol do Vasco. Sabíamos que íamos ter dificuldades, porque é atípico jogar com 10 e um tempo inteiro com nove. A gente sabia tanto que eles iam explorar a largura que os dois gols saíram dessa forma. Deixamos os três pontos, mas é a única coisa que deixamos aqui.
O clima quente no clássico não se limitou ao que aconteceu em campo. Na beira do gramado, Luís Castro teve discussão com o treinador do Vasco, Maurício Barbieri, durante um contra-ataque puxado pelo Vasco.
Luis Castro em Vasco x Botafogo — Foto: André Durão
- Só disse que, na situação que eu estava com dois jogadores a menos, não ia fazer minha equipe andar mais rápido. Estávamos em clara desvantagem. Depois, entendi que o Vasco estava ganhando por 2 a 0, com o Botafogo com menos jogadores e não havia necessidade do Vasco avançar enquanto o Danilo estava caído. Foi só isso que passou. Seguimos em frente, com muito respeito a todos.
Com o resultado, o Botafogo continua na vice-liderança do campeonato, somando 16 pontos. Em primeiro está o Flamengo, com 17 e um jogo a menos. A vitória favorece o Vasco, que entra no G-4 com 14 pontos.
Luis Castro durante Vasco x Botafogo — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
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SENTIMENTO DEPOIS DA PARTIDA E PHILIPE SAMPAIO
- As emoções geram sentimentos, por isso o futebol é tão apaixonante. Nós manifestamos eles ou não. Agora é um sentimento de desilusão por não atingir nosso objetivo principal: ganhar. Estou desiludido também com uma situação que aconteceu no jogo. Momentos ruins onde as duas equipes estavam presentes. O Sampaio, segundo eu sei, teve uma perda momentânea de memória. Está hospitalizado e normal neste momento, mas não posso desenvolver muito para não passar informações erradas. Ele vai ficar em observação pelas próximas 24 horas.
A EQUIPE SENTIU O QUE ACONTECEU COM SAMPAIO?
- As equipes estão prontas para seguir em frente em campos de batalha. Fomos para dentro, a equipe mostrou um caráter de querer atingir o objetivo que nos trouxe aqui. Mesmo com dez, nove, apesar de termos abdicado de alguns jogadores para nos protegermos e atacar da melhor forma possível. Nossa estratégia ficou clara. Sempre íamos pelas laterais. Ficou bem evidente. Apesar de tentarmos chegar na área do Vasco, queríamos proteger a nossa. Não conseguimos atingir o objetivo.
AVALIAÇÃO DO SISTEMA DEFENSIVO
- Vocês sabem que foi evidente nos primeiros minutos de jogo que nós queríamos ter uma pressão mais à frente, mas a partir do momento que ficamos com menos dois, fica impossível. Nossa zona de pressão teve que mudar. Abdicamos da pressão sobre a primeira linha de construção deles, e passamos a atuar em cima da segunda e da terceira, que joga mais perto da nossa defesa. Tínhamos que controlar muito a largura, porque sabíamos que era dali que saía o alimento para o Vasco finalizar.
- Dizer que gostei da nossa equipe defensivamente depois de perder de 2 a 0, não consigo dizer. Teria gostado se não tivéssemos tomado gol. Mas podemos dizer que futebol com dois a menos fica muito difícil. Se procurar no mundo, poucas vezes um time teve sucesso com dois a menos. Vamos continuar com nosso objetivo no estadual que é chegar à final e ganhar a final. Vamos seguir trabalhando, colocando muito empenho. Fomos uma equipe intensa, mas não basta. Como já disse, temos muito caminho para andar e vamos continuar a ter.
Luis Castro durante Vasco x Botafogo pelo Carioca — Foto: André Durão
INSTRUÇÕES NO SEGUNDO TEMPO E ESTRATÉGIA AO TIRAR O TIQUINHO
- Já falei sobre isso. Na segunda etapa, sabíamos que o Vasco estava com a vantagem e o Barbieri ia colocar mais jogadores na nossa linha defensiva. Sabíamos que íamos procurar ir para cima. Tínhamos que defender o centro de campo, entrar com mais um central, com Danilo, Carli e Cuesta. Resolvi esse problema. Tínhamos que resolver outro problema: sabíamos que o centro estava controlado e colocaríamos uma linha de três a frente da de cinco. Colocamos o Victor Sá, Tchê Tchê e Gabriel. A lateral estava controlada.
- Tínhamos que chegar a frente, mas tínhamos que defender. Sabíamos que ia ser difícil a cada jogada ofensiva do Vasco. Só podíamos pelo centro e não dava. Deixaria o Tiquinho e fazia a cobertura com dois médios? É impossível. Podia puxar ele para uma linha de três, mas ele não estaria em sua posição. Só poderíamos ir pelas laterais para o ataque. Foi assim que fizemos e chegamos algumas vezes. Não deu e não estamos satisfeitos. Talvez fosse possível fazer um pouco mais, mas isso é o mundo do talvez, fizemos o que pudemos. O futebol é isso. Tivemos que decidir no intervalo o que fazer. Não é fácil.
JOEL CARLI
- Falar no jogo de hoje e destacar alguém é uma injustiça da minha parte. Eles se entregaram tanto ao jogo, que dizer o que quer que seja aqui de forma particular não será honesto com o grupo. Carli faz parte do grupo, se entregou completamente como todos os colegas. Fez o que podia fazer, lutar com todas as energias. Infelizmente não saímos todos ao final dos 90 minutos, só saíram nove. Ele fez parte desse grupo que travou uma batalha digna e honesta até o último segundo do jogo.
SOBRE AS DISCUSSÕES COM O BARBIERI
- Ao longo do jogo, com muito respeito, podemos ter discussões. Uma discussão não é sinal de desrespeito. Só não estamos de acordo com alguma coisa. Discuti até com os auxiliares, e confirmei: não houve falta nenhuma. Não foi por isso que o Botafogo perdeu. O Vasco teve o domínio de jogo por várias circunstâncias, que não interessa falar aqui. Discuti com ele porque marcou uma falta que o árbitro não viu porque não existiu, a do Victor Sá. No final, também tive uma. Gosto de falar olhando nos olhos e não olharam no meu, achei uma falta de respeito.
- Com o Barbieri, só disse que, na situação que eu estava com jogadores a menos, não ia fazer minha equipe andar mais rápido. Estávamos em clara desvantagem. Depois, entendi que o Vasco estava ganhando por 2 a 0, com o Botafogo com menos jogadores e não havia necessidade do Vasco avançar enquanto o Danilo estava caído. Foi só isso que passou. Seguimos em frente, com muito respeito a todos.
Agenda do Botafogo
Pela nona rodada do Campeonato Carioca, o Botafogo volta a campo contra o Flamengo no sábado (25), às 18h. A partida será no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Em seguida, no dia 2 de março (quinta-feira), o Alvinegro encara o Sergipe pela Copa do Brasil. O jogo será no Estádio Batistão, em Aracaju, às 20h.
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Fonte: GE/Por Sérgio Santana — Rio de Janeiro
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