Botafogo usa rotatividade no meio-campo para reduzir desgaste da maratona de jogos

Luís Castro vem alternando formações no setor e encaixando as peças da melhor forma para explorar as fraquezas dos adversários



Em meio a maratona de jogos dos últimos meses, o Botafogo vem usando de um elenco equilibrado para se manter bem em três competições, especialmente no Campeonato Brasileiro, em que lidera com 18 pontos somados em 21 possíveis. É especialmente no meio-campo em que o equilíbrio e versatilidade das peças vem fazendo a diferença e se tornando uma força do time.

Luís Castro evita "oba-oba" após vitória do Botafogo em clássico: "Manter os pés no chão" (https://ge.globo.com/video/luis-castro-evita-oba-oba-apos-vitoria-do-botafogo-em-classico-manter-os-pes-no-chao-11638092.ghtml)


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Desde o início do Brasileirão, foi lá que Luís Castro teve mais jogadores diferentes atuando como titular. Ao todo, sete atletas iniciaram ao menos uma partida no setor no último mês, com seis deles dividindo a maior parte dos minutos. Na temporada, contando todas as competições, quem lidera a lista de minutos jogados no setor é Tchê Tchê.

O camisa 6 vem alternando entre primeiro e segundo homem de meio-campo desde a chegada de Luís Castro e se tornou peça crucial no funcionamento da equipe. De acordo com Marlon Freitas, essa disputa no elenco é saudável e contribui para o sucesso do time até aqui.


- É muito bom para todos nós. Sempre fala para todos estarem preparados porque a oportunidade vai chegar. Contra o Atlético-MG foi o time praticamente todo de suplentes. Acho que surpreendeu muita gente a escalação, o desempenho e o resultado em si. A preparação e a confiança do Mister contam muito. A gente estar conectado, um ajudando o outro, potencializando o outro. Só quem ganha é o Botafogo com essa competitividade - afirmou Marlon Freitas.



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Danilo Barbosa é considerado uma peça muito importante, mas caiu no ranking de minutos jogados por conta da lesão muscular que sofreu contra a LDU, no dia 4 de maio. Desde então, o camisa 5 não entrou em campo e segue em processo de recuperação.


Além desses seis, o jovem Raí foi o outro meia a receber uma oportunidade entre os 11 jogadores inicias recentemente, na partida da volta contra o Ypiranga pela Copa do Brasil. O camisa 75 tem um total de 468 minutos jogados no ano, mas a grande maioria deles foi no Campeonato Carioca.


A profundidade no setor de meio-campo é o que dá a possibilidade de Luís Castro adaptar o time e armar a estratégia pensando em explorar as fraquezas do adversário.


- O Mister vem sempre destacando pra gente treinar com a alegria e terminar o jogo sabendo que a gente fez o nosso melhor. O resultado vai ser consequência. A questão de jogar um ou outro vai depender mais do adversário, da característica do jogador. Só quem ganha com isso é o Botafogo - analisou Marlon.

Gabriel Pires, Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo


Desde que disputou a partida de estreia do Campeonato Brasileiro, no dia 15/04, o Botafogo disputou 11 partidas e ainda tem mais três pela frente antes de terminar o mês de maio: um total de 14 jogos no espaço de 46 dias. Dentro dos 11 já realizados, só duas vezes o treinador repetiu a escalação do meio-campo por jogos seguidos, contra César Vallejo e Bahia, e contra Flamengo e LDU.


Liderando o Brasileirão, o Botafogo embarcou para o Peru onde enfrenta o Universidad César Vallejo, time treinado pelo ídolo alvinegro Loco Abreu, pela quarta rodada da Copa Sul-Americana, nesta quinta-feira, às 21h. O Glorioso é o segundo colocado do grupo A, com cinco pontos, atrás da LDU, que tem sete.



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Fonte: GE/Por Giba Perez — Rio de Janeiro