Luís Castro fica na bronca com arbitragem por "antijogo" após empate do Botafogo

Treinador destacou dificuldade de atacar diante da quantidade de defensores dos adversários



O Botafogo ficou no zero com a LDU na noite desta quinta-feira no Estádio Nilton Santos. O empate manteve o Alvinegro na 2ª posição do Grupo A da Copa Sul-Americana - a liderança é ocupada justamente pelos equatorianos. Após a partida, Luís Castro fez uma análise da atuação.


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Luís Castro orienta o Botafogo contra a LDU na Sul-Americana — Foto: André Durão


- Tenho uma opinião muito clara sobre isso. O árbitro é quem dirige o jogo e deve ter suas preocupações decisivas: Fair-play do primeiro ao último minuto de jogo, e não permitir o antijogo. Todo árbitro que não garante essas duas premissas cumpridas, eu não nunca estarei de acordo. O adversário optou claramente por uma essa estratégia a fazer mais faltas e passar muito tempo com o jogo parado.


- Jogo fica marcado por não termos a oportunidade de fazer gols, eles (LDU) com uma linha de cinco (defensores). Tudo muito amarrado. E não deixaram fluir nosso jogo e isso foi fatal para nossas pretensões.


A LDU está na liderança na chave com 7 pontos, enquanto o Botafogo vem atrás com 5. As equipes ainda vão se enfrentar no Equador na última rodada. O primeiro colocado da chave vai direto para as oitavas de final.


- É um torneio com seis jogos e o fundamental é estar tudo em aberto até o fim, se não conseguirmos fechar antes. Vai ser apertado, o primeiro lugar vai ser e vamos atrás até o limite da nossa capacidade. Vamos lutar pra que isso aconteça até o final - afirmou Luís Castro.


Mais declarações de Luís Castro


Atlético-MG, no domingo

- É uma verdade que o Atlético-MG tem um jogo que privilegia a posse. E o Botafogo tem uma identidade com ela. E isso não quer dizer que nós não tenhamos sucesso com a nossa identidade. Todos nós temos direito de viver e ter ambições na vida, é assim com os times. Temos que perceber o que temos na mão e adaptar rapidamente, é fazer com que os jogadores se adaptem também. É papel do treinador achar um equilíbrio, dentro das características dos seus jogadores. Assim, ter uma equipe com sucesso. Espero que isso nos leve ao sucesso.


Estilo de jogo

- O que me incomoda é não ganhar jogos (risadas). Agora, cada equipe tem as suas características. Nós sabemos que o nosso ataque rápido e nosso contra-ataque é um bom contra-ataque. Sabemos que quando temos que quando aparece pela frente equipes com (blocos) muito baixos, temos de ter paciência na circulação de bola e sente-se os jogadores menos confortáveis. Nós temos diferentes propostas de jogo para diferentes equipes. Estudamos, avaliamos e percebemos quais são os espaços que as outras equipes nos dão e procuramos ir conquistá-los. Sabíamos hoje que era uma equipe que fechava com uma linha de cinco, nós precisaríamos de paciência para procurar passes em profundidade para romper essa linha. Só que a linha deles baixou realmente muito, nos retirou esse pouco espaço que havia. Só poderíamos fazer com finalizações de fora da área ou com serviço vindo da linha de fundo, mas para entrada da área. Procuramos fazer, mas não tivemos a capacidade de fazer 100% porque o adversário nos complicou muito.

O que deveria ter feito de diferente contra a LDU

- O que se deve fazer nessas situações era fazer um ataque mais paciente. Um ataque com mais bola no último terço, com paciência para furar a última linha deles. Muitas vezes ter na cabeça que queremos ganhar o jogo, nos perturba a paciência. Hoje fomos perturbados por aquilo que queríamos do jogo: que era ganhar de forma rápida. Tenho a convicção que se o jogo tivesse um gol no primeiro tempo ou nos minutos iniciais, seria um jogo totalmente diferente. Infelizmente o zero foi até o final. O adversário se sentiu confortável com o empate. Portanto, é um resultado que a equipe adversária procurou e foi a estratégia deles. Vamos com tudo com aquilo que temos até o fim e tentar o apuramento de forma direta.


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Fonte: GE/Por Fred Huber — Rio de Janeiro