Bruno Lage exalta atletas do Botafogo e torcida no aniversário do clube: "Momento histórico"

Técnico alvinegro destaca projeto do clube e ressalta campanha recorde no primeiro turno



O Botafogo venceu o Internacional por 3 a 1, de virada, neste sábado, no Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro. Com a vitória, o Alvinegro se isolou ainda mais na liderança da competição, alcançou 47 pontos e chegou ao melhor primeiro turno da história dos pontos corridos do Brasileirão. Após a partida, o técnico Bruno Lage destacou os atletas da equipe e a torcida no aniversário do clube.

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- Começar do aniversário do clube. É um momento histórico e esses jogadores fizeram história ao bater o recorde de pontos do primeiro turno. No dia do aniversário do clube, os jogadores corresponderam dentro daquilo que é ser Botafogo e aos torcedores também que voltaram a encher o estádio.

Bruno Lage, do Botafogo, após a vitória contra o Internacional — Foto: Giba Perez


O treinador português revelou que teve um encontro com um grupo de torcedores do Botafogo neste sábado, pela manhã, para tomar café. Na ocasião, conversou com um torcedor mais velho, que disse que há muito tempo não via a equipe com um desempenho assim.


- Hoje tomei café da manhã com um grupo de torcedores. Havia um senhor mais velho que todos os outros, até que eu. Idade é sabedoria. Ele me disse que há muito tempo não via o Botafogo jogar e independente do que acontecer, queria continuar a ver o Botafogo assim, com identidade. Eu me senti muito fortalecido. Passei essa confiança aos jogadores. É isso que os torcedores querem ver, um trabalho de equipe que está ali para representar as cores do clube. Foi uma grande noite, fizemos um grande jogo.

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Bruno Lage disse que a equipe evoluiu após a partida contra o Cruzeiro, na qual finalizou apenas uma vez ao gol. Contra o Internacional, o Botafogo construiu a vitória por 3 a 1, mesmo ao sair atrás do placar, com muita superioridade. Foram 17 finalizações ao gol de Rochet, goleiro adversário, um dos destaques da partida.


- Esse é o meu sétimo jogo, não tem um mês que estou no comando da equipe. Temos feito uma gestão perfeita, somado pontos, passamos uma eliminatória e usamos 25, 26 jogadores na totalidade. Foi um jogo sempre a crescer e com volume de oportunidades mutio grande. Lembro que contra o Cruzeiro, muita gente criticou que fizemos só um chute a gol. Hoje compensamos, fizemos 17 e três gols. Treinador vai estar aqui sempre sendo criticado. O que me deixa feliz é olhar e sentir uma enorme confiança das pessoas que trabalham comigo. Só um grande time consegue fazer o que esse time fez hoje durante os 90 minutos.


Sobre as contratações que o Botafogo fez na janela do meio da temporada, Bruno Lage elogiou o projeto do clube e as lideranças John Textor, dono da SAF, André Mazzuco, diretor-executivo, Adriano Colares, coordenador de futebol, e Alessandro Brito, head de scout.


- Antes de chegar eu percebi, pelas palavras de John, como era o projeto do Botafogo. Depois nas conversas do dia a dia com André Mazzuco, Adriano Colares e Alessandro Brito, o projeto do Botafogo é muito simples. Aproveito para realçar o jogo que o Hugo fez. Tínhamos o Rafael na direita, que por infelicidade, não estará mais disponível este ano. No lugar dele, veio Di Plácido e temos JP. Do lado esquerdo, temos Marçal e Hugo, que vem da base e foi um dos melhores no primeiro tempo. O trabalho é este. Foi fazer num curto espaço de tempo um time que fosse competivo. Na conversa com os torcedores, não sabiam que o Tiquinho era assim. Temos um conjunto de jogadores com muita experiência e qualidade, além de preparar (o time) para o futuro - disse Lage, que completou:


- Todos percebemos, e os torcedores também, porque essa caminhada é longa. Porque quando faltar a experiência de algum jogador, tem outro que é muito novo e que tem que ser tratado bem, sem pressão e que possa performar. Não vamos ter pressão em Hugo, Diego, Mateo, Janderson e que tenham, sim, um contexto favorável para evoluir no treino e tenham influência no jogo. Esse é o projeto do Botafogo e nesse sentido que identifico porque fiz no Benfica e no Wolverhampton. Este é o projeto e não vamos sair daqui. A confiança que nossos rapazes têm, o trabalho no departamento e o trabalho que fazemos, permite isso. Conseguimos o recorde de 47 pontos. Já viu um time ser campeão com 47 pontos? Não. Então, temos uma longa caminhada pela frente.


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Lucas Fernandes titular

- Tivemos uma boa entrada no jogo. Tenho confiança em todos, mas Lucas vem de lesão e nosso plano era de ter um ou dois jogadores para entrar e manter um nível de intensidade muito alto. Sabíamos que eles poderiam dar continuidade a isso dado o jogo com o River. O Cruzeiro também fez um jogo bem intenso conosco. O homem que jogou atrás de Eduardo foi quem teve as três primeiras oportunidades de gol. Depois, surge o gol do Inter, a equipe fica a querer resolver o problema rápido. Depois dos 30 ou 35 minutos, o time volta a crescer e tem duas oportunidades com Eduardo. O Lucas chutou, goleiro espalmou e o Eduardo aproveitou o rebote, mas o goleiro defendeu.


Entrada de Luis Henrique vindo do banco

- O Luis Henrique também vem de lesão, entrou bem na quarta-feira e depois achamos que seria o homem para entrar e manter o jogo num ritmo alto. Depois senti também que o Inter baixou as linhas e tínhamos que manter um homem para empurrar a linha defensiva e dar espaço ao Eduardo. Passei confiança que tem uns com os outros. Dpeois pedi para manter a intensidade e continuar criando as oportunidades.


Gramado sintético

- Mais vale um bom sintético que um mal gramado natural. Os jogadores estão adaptados perfeitamente. Eu fiquei curioso. É um sintético diferente. Não tem aquela borracha preta, é uma curtiça. Todos os jogos que fizemos em casa, foram de muitas oportunidades.


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Fonte: ge/Por Giba Perez — Rio de Janeiro