Contratado há 47 dias, treinador chega à décima partida invicto e mantendo vantagem na ponta do Brasileirão
Bruno Lage chegou à marca de dez jogos no comando do Botafogo na vitória por 3 a 0 sobre o Bahia, no último domingo. Contratado para substituir Luís Castro, que deixou o clube no meio da temporada para ir à Arábia Saudita, o português já transformou alguns fatores mesmo em pouco tempo.
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O histórico é positivo. Lage está invicto no comando do Alvinegro - quatro vitórias e seis empates - e manteve uma vantagem acima de 10 pontos para o 2º colocado na liderança do Brasileirão durante todo esse período, assumiu o time com 13 de frente e tem 11 neste momento.
São 16 gols marcados e sete sofridos desde a chegada ao Botafogo: três em bolas aéreas vindo de escanteio, um de pênalti e 12 com a bola rolando. Desses, cinco em jogada rasteira e sete em cruzamentos pelo alto. Foram 10 finalizações de dentro da área e apenas duas de fora. Os números são do Espião Estatístico.
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Quem mais jogou
Em 10 jogos, foram 900 minutos totais sob o comando do treinador português e quem mais esteve em campo nesse período foi o zagueiro Victor Cuesta, que jogou 804. A segunda posição é de Marlon Freitas, com 771, seguido por Tchê Tchê, que jogou 751 minutos. Di Plácido (738) e Adryelson (661) completam o top 5.
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O que mudou?
Em relação ao time comandado por Luís Castro, a principal mudança colocada por Bruno Lage foi a marcação em pressão alta. Com o antigo treinador, o Botafogo até incomodava a saída de bola do adversário, mas não na intensidade que faz como agora.
A linha alta e a tentativa de roubar a bola do adversário o tempo inteiro são as "caras" do treinador. Não à toa, o Botafogo tem 182 desarmes nos dez jogos sob o comando de Bruno Lage - uma média de 18,2 roubadas por partida, número maior do que tinha no período com Luís Castro. A pressão alta vem rendendo frutos e o time já marcou dois gols após bolas roubadas no campo de ataque.
Ofensivamente falando que o Botafogo passa pela maior mudança nas mãos de Bruno Lage e sua comissão técnica, mais uma diferença de ritmo do que propriamente de posicionamento. A ideia de construção de jogo por trás da estrutura montada pelo treinador é de mais paciência com a bola e posicional do que era anteriormente. Aos poucos o técnico vai acrescentando esse conceito sem perder a qualidade que a equipe tem acelerando o jogo, como fez contra o Bahia.
Bruno Lage - Botafogo x Defensa y Justicia — Foto: André Durão/ge
Um reflexo dessa postura é que a bola passa cada vez mais tempo nos pés do volante Marlon Freitas, o maestro dessa estrutura. Três das cinco partidas em que o volante mais teve ações com bola foram justamente sob o comando do novo técnico. Cada vez mais, também, o goleiro Lucas Perri deve ser exigido para ajudar nessa construção com a bola nos pés.
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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro
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