Botafogo venceu o Fluminense no Campeonato Carioca
Auxiliar permanente, Fábio Matias tem três jogos em três vitórias no comando como treinador interino do Botafogo. Enquanto o clube de John Textor ainda procura um novo treinador para assumir no ano, o paulista somou mais um bom resultado neste domingo, com a vitória por 4 a 2 sobre o Fluminense.
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O funcionário, contudo, não assume pressa sobre uma possível efetivação do cargo. Para ele, o cenário é de preparo para quem virá depois.
- Eu sou funcionário do clube e é um função que precisam, de um auxiliar permanente. Para quando tiver percalços ter condição de continuar e ajustar. A gente continua preparando a equipe para quem vai vir. Nosso objetivo é deixar as coisas da melhor forma possível. Particularmente a gente tem objetivo de médio e longo prazo, mas não sei. Futebol é muito dinâmico. Vamos deixar a casa organizada para que a chegada do novo treinador seja menos traumática dentro do processo. Esse é o meu objetivo hoje dentro do clube - afirmou.
Com foco no jogo contra o RB Bragantino, na próxima quarta-feira, pela terceira fase da Conmebol Libertadores, o Botafogo entrou com um time misto, recheado de jogadores reservas e jovens. O destaque ficou para Marlon Freitas, com dois gols marcados.
Fábio Matias, técnico interino do Botafogo - Fluminense x Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo
- Não só pela vitória, mas foi um bom jogo de forma geral. Tudo que foi proposto a gente conseguiu cumprir. Principal de tudo é valorizar a todos. O processo de futebol para clubes como o nosso que tem muitas competições é você conseguir rodar e valorizar todo mundo. E a gente vem conseguindo. Isso mostra que é um clube forte. O Marlon tem uma situação peculiar, familiar. É um jogador que é fundamental dentro do processo. Acho que a gente por causa dessa ansiedade competitiva esquece do lado humano. Isso tem que aflorar um pouco mais. E vale para o próximo jogo, contra o Red Bull, que a torcida mantenha essa energia positiva para a partida - analisou.
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O jovem treinador valorizou o contato com Fernando Diniz. Durante a entrevista coletiva, ele contou que houve uma conversa com o treinador do Fluminense e elogiou a postura dentro e fora de campo do comandante tricolor.
- Ter tido o contato de ter jogado hoje contra o Diniz... Eu falei para ele que estava realizando um sonho. Ele é um treinador hoje de destaque dentro da representatividade do jogo. Ele tem o respeito pelo atleta e pelo o que o atleta pode fazer. É um jogo gostoso de assistir o do Diniz. Temos que desfrutar o máximo disso aqui. Lá no Red Bull a gente jogava jogos profissionais com uma equipe média de 18 anos, e hoje estou aqui por uma escolha de pessoas que me valorizam. Tenho que estar nesse lugar. Hoje me sinto muito valorizado pelas oportunidades que eu tenho. Quanto mais técnicos de fora vieram de fora é melhor, eu acho essa briga uma besteira, é aprendizado. Quando não me sinto valorizado eu saio. Tem gente boa para c... hoje no futebol brasileiro, e hoje estou aqui. É preparar para quem venha, deixar a casa arrumada. Estou vivendo um sonho, mas um sonho real. Joguei contra o Flu do Diniz, mas não podia ficar de boca aberta, se não seria atropelado. Hoje é ficar feliz, mas quarta já tem Red Bull. Futebol é assim. Estou vivendo um momento gratificante, mas tenho que agradecer aos atletas, eles entenderam a importância de dar oportunidade para outros - contou.
Qual é o segredo da "energia" de Fábio Matias? O treinador chegou à terceira vitória em três jogos no comando do Botafogo.
- Não posso responder isso. Eu estou sendo eu. Da forma que eu acredito. Acho que isso é a coisa mais importante. Se essa energia está ajudando, vocês podem falar melhor. Eu estou sendo eu, como sempre fui desde a base. Usando também os companheiros da comissão. Acho que a energia está vindo de fora também. De novo, peço para que a gente consiga ter essa energia no jogo de quarta-feira, lotar o Nilton Santos e fazer o jogo. O importante é os atletas, eles se sentirem bem.
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- Fluminense hoje é uma das grandes equipes do futebol brasileiro, campeão da Libertadores. A gente tem condição de analisar os jogos. A gente brinca que tudo que aconteceu ano passado ficou no ano passado. Os jogadores eram diferentes, o jogo diferente. Foi uma equipe com alguns atletas que tinham baixa minutagem, outros jovens que vieram da base. A ideia era alternar pressão. Começamos lá em cima para tentar aproveitar o erro do adversário. O Fluminense teve chance e o jogo começou a ficar mais equilibrado. A gente teve um momento que sofreu, o que é normal, e tínhamos estratégia para esse sofrimento. De recuperar a bola e acelerar. Os atletas estão comprando a ideia. A gente pensou a estrutura para esse adversário. Quarta-feira é outro jogo, contra o Red Bull. Um adversário muito qualificado.
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Como o trabalhar o ímpeto
- É uma questão estratégica. A gente vende uma ideia para os atletas e eles tem que comprar. Não podem ter dúvida. A gente não pode ter e nem os atletas. Temos que encorajar eles. O que a gente teve de legal hoje foi a coragem. EU citei na plestra hoje que um dos pontos de atenção era ter concentração e coragem para arriscar. Ter coragem para pressionar, para jogar com uma linha um pouco mais alta. O principal é o atleta. Eles precisam comprar a ideia. Independente de quem está dentro do campo. O principal é eles. Posso fazer uma estratégia mirabolante que se eles comprarem não adianta.
Raí
- É um atleta jovem que é normal oscilar. Conhecia já ele de jogar contra. A sequência vai ajudar ele a crescer. É um jogador que tem boa perna esquerda. Ele tem uma capacidade de absorver informação muito bem e vai crescer. Ele cumpriu bem o papel e ajudou inibir a qualidade do adversário.
Tiquinho Soares
- Nós temos um plantel muito qualificado. O principal é respeitar a característica individual de cada jogador. O jogo de futebol é muito conexão. Temos que conectar isso e potencializar individualmente. A gente está trabalhando muito nisso para buscar o melhor cada um. Esses ajustes com o Tiquinho, ele é excepcional. Tem coisas top, movimento de saída de linha, pivô. Temos que valorizar. Eu não posso pensar "eu gosto de jogar assim". Você acaba inibindo eles. Temos que buscar explorar as qualidades dele.
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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro
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