Glorioso vem de duas vitórias seguidas sem sofrer gols
O Botafogo encontrará pela frente neste domingo, às 16h, no Maracanã pela última rodada da Taça Guanabara um adversário que traz boas recordações recentes, o Fluminense. Foram três vitórias nos últimos três Clássicos Vovô, com quatro gols marcados e nenhum sofrido. Tudo isso com dois técnicos diferentes.
Botafogo chega embalado por goleada para o clássico contra o Flu (https://ge.globo.com/video/botafogo-chega-embalado-por-goleada-para-o-classico-contra-o-flu-12403413.ghtml)
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Mesmo em uma temporada especial para o rival, que terminou com o título da Conmebol Libertadores, o Glorioso se mostrou confortável nos confrontos e até mesmo dominante algumas vezes.
O primeiro encontro, no Carioca de 2023, foi um cenário de domínio tricolor, pênalti perdido e vitória alvinegra em uma estocada com Victor Sá. Já os outros dois encontros apresentaram superioridade do Glorioso.
No primeiro turno do Brasileirão, vitória por 1 a 0 com gol de Victor Cuesta em partida que o Fluminense praticamente não conseguiu finalizar. O Maracanã foi o palco do encontro do segundo turno e de mais um triunfo do Botafogo: 2 a 0 com Tiquinho Soares e Júnior Santos marcando.
Analisando os últimos encontros, o ge ouviu os comentaristas Jéssica Cescon, Rafaelle Seraphim e Rodrigo Coutinho para saber: O Fluminense é o adversário ideal para o Botafogo?
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Jéssica Cescon
"Bota e Flu tem maneiras bem distintas de pensar o jogo e por isso se diferenciam tanto, não só na maneira que constroem seus jogos como em característica de elencos. O Flu é adepto ao seu jogo de aproximação e 'abandono' de posição, priorizando a troca de passes por superioridade numérica em determinado espaço, contra um Botafogo que assume o campo adversário com objetividade, aproveitando a profundidade nas costas da zaga para acionar seu ataque.
Num cenário em que o Botafogo não caia na tentação de pressionar a saída de bola na área do Fluminense e o aguarde numa postura média, pode fazer valer sua principal característica de atacar o espaço, usando a linha alta que o Flu naturalmente aplica. Para isso, precisa ter agressividade na marcação, provocar o erro de passe do Fluminense e conectar rapidamente o ataque quando roubar a bola.
Esse é o momento que vejo como mais frágil na ideia do Diniz (o que não invalida o conceito): quando o Fluminense não consegue recuperar a posse na pressão pós perda e precisa fazer a recomposição - que não é rápida. É justamente nessa marcação, roubo de bola e transição ofensiva rápida que Botafogo se destaca.
Mas vale dizer: nem sempre o Fluminense joga assim, às vezes recorre ao jogo mais posicional, como fez contra a LDU. É um time inteligente, técnico e que se adapta facilmente. É uma partida que pode ser definida na capacidade de leitura de jogo das duas equipes".
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Botafogo comemora vitória sobre o Fluminense no Maracanã — Foto: Vitor Silva / Botafogo
Rafaelle Seraphim
"Por mais clichê que seja, em clássico tudo pode acontecer. Além disso, Fabio Matias vai poupar alguns jogadores titulares visando o próximo jogo da Libertadores.
Mas, olhando a forma como o Botafogo jogou contra o Aurora e com as peças que tem, pode ser um incômodo ao jogo do Fluminense.
Isso porque o Botafogo se mostrou um time agressivo, que pressiona o adversário e aproveita o Eduardo para ser o articulador do time e quem dá opções de passe para os laterais avançarem. O Botafogo busca jogar aberto e explorando o jogo em velocidade, alternando o posicionamento de Junior Santos e Savarino, confundindo a defesa e forçando as deficiências do adversário.
O Botafogo foi combativo, ocupou bem os espaços e manteve o ritmo ofensivo. Jogou de forma compacta, com boas coberturas e foi competitivo durante todo o tempo.
Esse estilo de jogo dificulta as ações do Fluminense, que joga prezando pela posse e com a linha defensiva alta, e coloca luz às fragilidades da equipe campeã da Libertadores e da Recopa Sulamericana, que nessa forma de jogar, fica exposta em determinadas fases do jogo."
Rodrigo Coutinho
"Não diria que é o ideal por conta da qualidade e da assimilação dos jogadores do Fluminense em cima das ideias de Fernando Diniz. Mas no ponto de vista tático, pode oferecer o contexto que é mais favorável ao Botafogo: espaço para contra-atacar.
Os melhores momentos do time recentemente foram com campo para acelerar as transições ofensivas. Possui jogadores que funcionam bem desta forma, são rápidos e buscam boas combinações assim. Se conseguir um trabalho defensivo próximo ao que fez no jogo contra o Flamengo, pode aproveitar o cenário"
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Fonte: Por Giba Perez — Rio de Janeiro
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