Técnico ressalta participação do camisa 10, que dispara na liderança das assistências no grupo, em todas as partes do campo em partidas anteriores
A exigência do torcedor em ver gols e dribles desconcertantes de Andrezinho, que veste a camisa 10 do Botafogo, criou uma impaciência em meio ao
processo de adaptação do meia. Na vitória por 4 a 2 sobre o Bangu, no último
sábado, que colocou o clube na final da Taça Rio, sua faceta de garçom ficou
mais evidente, ainda que essencialmente em passes de bola parada. E o técnico
Oswaldo de Oliveira deu um exemplo a respeito da eficiência tática que enxerga
no pupilo. Por isso, apesar de um princípio de pressão, não parece nem
considerar sacá-lo do time titular.
- André tem sido impecável em diversos momentos. Analisamos algumas
fotografias que fizemos do posicionamento geral da equipe, e ele aparece em
quase todas elas, nos setores de defesa e ataque, participando das ações. Isso
é desgastante, uma prova de dedicação. E a evolução técnica está acontecendo -
confirma o comandante, animado com a produção de seus armadores.
- Elkeson é outra peça importantíssima e que só tende a crescer.
Maicosuel passou nos trouxe preocupação com a segunda lesão, mas a entrega à
recuperação foi total e a vontade nesses jogos que entrou, também. Quanto ao
Fellype (Gabriel), tenho me reservado de falar, porque todos sabem que é um
jogador eu eu trouxe do Japão. É o ponto de equilíbrio da equipe, tem a minha
absoluta confiança em qualquer função que eu o escale - enalteceu Oswaldo.
Andrezinho chegou à marca de sete assistências nos 14 compromissos dos
quais participou. Cinco delas oriundas de cobranças certeiras de faltas ou
escanteios com o pé direito, que acharam Loco Abreu quatro vezes - duas só
diante do rival alvirrubro, no Engenhão. Para se ter uma ideia, Elkeson e
Herrera estão atrás, com quatro passes decisivos cada um.
Andrezinho é uma das esperanças na final contra o Vasco, já batido este ano (Foto: Fernando Soutello / AGIF) |
Antes, durante e depois do jogo, o meia foi aplaudido pelos quase 20 mil
torcedores, reforçando a relação e deixando de lado críticas pontuais de dias
em que a atuação do Botafogo não empolgou. Na saída do campo, fez um leve
desabafo, em que citouaté os erros do poderoso Barcelona-ESP, comparando à incidência de vacilos normais no Glorioso.
- O importante é esse espírito de grupo, com vaidade zero. Vai ter jogo
que um vai errar mais que o outro, isso é normal. Mas temos de estar juntos.
Hoje foi a prova disso - acredita.
No próximo domingo, o Alvinegro mede forças com o Vasco, que derrotou o
Flamengo por 3 a 2, na decisão do turno. Quem vencer, pega o Fluminense nas
finais do Carioca. Pela Copa do Brasil, o adversário é o Vitórias nas seguintes
quartas-feiras: 2 e 9 de maio.
Por André Casado/GE
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