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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Botafogo ignora ira da torcida após derrota e renovação de Oswaldo segue em pauta

Oswaldo continua nos planos do Botafogo, mesmo com perseguição da torcida

O Botafogo estava sem maiores aspirações no Campeonato Brasileiro e parecia que o fim de competição seria morno, sem maiores emoções. Após a derrota para o Atlético-MG, no último domingo, a torcida protestou contra o técnico Oswaldo de Oliveira, que tem contrato com o clube até o fim de 2012. A diretoria negocia a permanência do treinador em General Severiano e nem mesmo o revés para os mineiros foi capaz de mudar a opinião dos dirigentes, que mantêm a renovação do comandante para a próxima temporada em pauta.

A perseguição dos torcedores com Oswaldo não é uma novidade. Tudo começou no Campeonato Carioca, quando o Botafogo foi goleado por 4 a 1 no primeiro jogo da final contra o Fluminense. A situação ficou ainda mais delicada com a eliminação precoce para o Vitória, pela Copa do Brasil. Além disso, o treinador adotou uma postura que desagradou ainda mais à torcida ao encarar alguns botafoguenses que o vaiavam após o confronto com os baianos.

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Após esse episódio, Oswaldo foi bancado pela diretoria, mas sua relação com os torcedores nunca mais foi a mesma. Tanto que o assunto irrita o comandante alvinegro. Para ele, a torcida do Botafogo não o persegue, mas apenas parte dela. O treinador levanta a hipótese de pessoas ligadas à oposição estarem relacionadas às vaias vindas da arquibancada e diz que alguns botafoguenses entendem o valor do seu trabalho.

“A diretoria tem um número limitado de pessoas e eles querem renovar, assim como eu quero também. Quando você fala em torcida, você generaliza. Onde encontro as pessoas, a opinião é diferente. Pode ser que aqui tenha um canal determinado com motivos que a gente não sabe, há política nos bastidores. Tenho 37 anos de futebol e já vi coisas do arco da velha. Os botafoguenses que eu encontro e conheço apoiam meu trabalho, me dão a maior força e acham que eu tenho que renovar. Não generalizo. Eles estão compreendendo meu esforço”, afirmou.

Para justificar seu trabalho, Oswaldo de Oliveira cita que o lado financeiro do Botafogo é menor com relação a outros times e que isso aponta que a filosofia do Alvinegro deve ser mantida. “O Botafogo é o 13º orçamento e até pouco tempo estava em quinto, o ataque é um dos melhores do Brasileiro. Isso [as vaias] é uma coisa específica, porque isso não é a torcida do Botafogo”, finalizou.

Bernardo Gentile 
Do UOL, no Rio de Janeiro

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