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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Se ficar, Oswaldo continuará com dilemas no ataque do Botafogo


Volta de Loco Abreu, situação de Bruno Mendes e adaptação de Elkeson ainda são assuntos recorrentes. Técnico espera definição sobre seu futuro

Oswaldo negocia renovação de contrato
(Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
Oswaldo de Oliveira ainda não decidiu sobre sua permanência no Botafogo em 2013. No entanto, sabe que, se ficar, um de seus dilemas continuará sendo o ataque, cercado de indefinições desde o início do Campeonato Brasileiro, quando mudanças aconteceram em sequência, dificultando o ajuste fino na posição.

O Botafogo precisará decidir o que fazer em certas situações. Loco Abreu, por exemplo, é um desses casos. Ele já rescindiu seu contrato com o Figueirense, clube pelo qual atuou apenas em sete jogos, e deverá se reapresentar em janeiro. O fantasma de Jobson, que treina separadamente e tem contrato até 2015, também está presente.

- Tenho que primeiro resolver minha situação para falar do elenco do Botafogo no ano que vem - disse Oswaldo, que não conseguiu convencer Loco Abreu a ocupar um papel secundário no grupo, como um coadjuvante de luxo, que poderia ajudar o time eventualmente até como titular.
No final da temporada, analisamos erros e acertos. Acertamos em muita coisa, mas também erramos. Não era o momento para a saída do Bruno Mendes, assim como não era para a do Herrera"
Oswaldo de Oliveira

O último baque no ataque foi a situação de Bruno Mendes. Comprado pelo grupo HAZ por R$ 7 milhões do Guarani, registrado no Macaé e emprestado ao Botafogo até o fim de 2013, ele foi impedido de jogar contra o Atlético-MG, no domingo, por uma penhora de seus direitos econômicos em uma ação do ex-jogador Andrei contra o clube paulista.

Com a decisão da Justiça, a negociação foi considerada nula, e o vínculo de Bruno Mendes com o Guarani foi reativado. Uma audiência está marcada para o dia 11 de janeiro e, se não houver qualquer liminar que o libere, ele só poderá definir seu futuro depois desta data.

- No final da temporada, analisamos erros e acertos. Acertamos em muita coisa, mas também erramos. Não era o momento para a saída do Bruno Mendes, assim como não era para a do Herrera (no começo do Brasileiro foi para os Emirados Árabes) e de outras tantas - comentou Oswaldo, que pode ainda contar com Caio, que também volta de empréstimo do Figueirense.

Apesar de reconhecer a deficiência no setor ofensivo, o treinador defendeu a sua escolha por Elkeson, apesar das críticas que recebeu ao mudá-lo de posição. O comandante ainda sofreu com o mau começo de Rafael Marques, que disputou 17 jogos sem fazer gol. Para ele, há outras mudanças que devem ser feitas por um futuro melhor para o Botafogo.


- O Elkeson fez mais um gol (chegou a 11 no Brasileiro e é nono na artilharia) e teve chance de fazer mais dois contra o Atlético-MG. Ele é o artilheiro do Botafogo e próximo dos primeiros do campeonato (Fred tem 20, e Luís Fabiano, 17). O Jô esteve quase no Botafogo e escapou. Outros tantos que tentamos, não conseguimos. Há coisas fora de campo que não podemos mais fazer, assim como dentro de campo - afirmou Oswaldo.

O Botafogo tem o terceiro melhor ataque do Campeonato Brasileiro, com 58 gols, atrás apenas de Atlético-MG (61) e Fluminense (60). O time está na sétima colocação, com 54 pontos, e enfrenta o Flamengo na última rodada, no sábado, no Engenhão.


Por Thales SoaresRio de Janeiro

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