Após encontro com Eduardo Paes, Mauricio Assumpção irá até General Severiano, onde fará uma reunião com uma "comissão de emergência", formada por conselheiros influentes do clube
Botafogo ainda irá decidir se vai permanecer ou não com estádio (Foto: Alexandre Loureiro/LANCE!Press) |
Ainda em busca de muitas respostas sobre o futuro do Engenhão, o Botafogo viverá na quinta-feira um dia de muitas reuniões e decisões importantes pelo estádio.
Às 15h, na sede da prefeitura do Rio, o presidente Mauricio Assumpção irá se encontrar com o prefeito Eduardo Paes, à espera de uma estimativa de tempo do fechamento da arena. Em seguida, às 18h, Assumpção levará as informações para uma "comissão de emergência" do clube, que discutirá em General Severiano o que fazer com o estádio.
O Botafogo tem contrato para administrar o Engenhão até 2027, mas pode até mesmo devolver o estádio para a prefeitura, dependendo do prazo de fechamento que for estabelecido. O LANCE!Net apurou que nenhuma decisão foi tomada de maneira prévia e ambas as alternativas ainda serão estudadas.
Internamente no clube, a política está em ebulição. O movimento de devolução do estádio é liderado pelo ex-presidente e conselheiro Carlos Augusto Montenegro, que afirmou ter convencido o presidente de que a saída da arena é o melhor caminho.
– No dia da interdição liguei para o Mauricio. Depois, tive outras várias conversas com ele e esta reunião no clube é para fazer um documento para a devolução. O Botafogo devolverá o estádio – disse Montenegro.
A reunião de quinta no Botafogo será restrita, apenas com a comissão permanente do clube. Serão de dez a 15 pessoas, chamadas por conta do caráter emergencial.
Na semana passada, Montenegro expôs em reunião do conselho deliberativo a decisão em devolver o Engenhão, mas foi apoiado apenas por integrantes mais antigos do órgão. Porém, Montenegro é da "comissão de emergência" do clube e por ser muito influente pode ser preponderante em reunião mais reservada.
Montenegro explica saída
Em conversa com a reportagem do LANCE!Net, Carlos Augusto Montenegro demonstrou completo pessimismo sobre uma rápida reabertura do Engenhão e destacou que a devolução não é loucura.
– Devolver o Engenhão não seria uma decisão precipitada. Sabemos que o problema é grave, que vai ter que refazer muita coisa. Ainda não nos passaram um prazo oficial do fechamento, mas temos que ter pressa. A gente não tem condição de pagar mais pelo estádio como está, o "taxímetro" está ligado, cobrando. O Botafogo não pode pagar 600 mil reais por mês pela manutenção do Engenhão – comentou Montenegro, que não vê os contratos de camarotes e placas publicitárias no Engenhão como fatores que possam impedir a saída do estádio:
– O Botafogo terá de reembolsar essas empresas de qualquer jeito, ficando no Engenhão ou não. Sem jogo, tem que pagar – disse.
Luiz Gustavo Moreira e Vinícius Perazzini - Rio de Janeiro (RJ)LANCENET!
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