Com o título de campeão carioca, gerente técnico do Botafogo faz análise positiva dos primeiros meses trabalhando com o elenco profissional
Sidnei Loureiro comemora conquista com time profissional (Foto: Satiro Sodre/AGIF) |
Sob um olhar de desconfiança da imprensa, torcida e até de alguns jogadores, Sidnei Loureiro foi apresentado ao lado de outros dirigentes pela diretoria, que anunciava uma nova estrutura no departamento de futebol. Tinha a incumbência de comandar o carro-chefe do clube, além de apresentar resultados superiores à administração de Anderson Barros, que exercia a função desde janeiro de 2009.
Outras mudanças significativas na comissão técnica foram realizadas, como a troca do departamento médico e psicólogos. O objetivo era claro. Aumentar a cobrança e a competitividade para buscar títulos importantes. Menos de seis meses depois, o primeiro resultado apareceu, com a conquista estadual de 2013. Sidnei, apesar dos percalços - como a rotina no atraso de salários -, comemorou o início do trabalho.
- Os resultados estão aparecendo. Estamos no caminho certo. Não só pelo título, mas pela forma como ganhamos - disse o dirigente.
Segundo Sidnei Loureiro, uma das preocupações do profissional no início do trabalho era a formação de um elenco sólido, que mesclasse jogadores experientes com os jovens oriundos das divisões de base do Glorioso.
- Só crescemos durante o Estadual. Isso mostra a qualidade do elenco que foi montado. O que planejamos no início deu certo. Claro, existem ajustes a serem feitos, mas acertamos mais do que erramos.
Além deste primeiro título no futebol profissional, o gerente técnico já tem outra conquista importante pelo Botafogo: o de campeão carioca de juniores em 2011. Quando a maioria dos jovens que hoje figuram no profissional levaram o clube à conquista após 11 anos. Sidnei destacou a importância de estar trabalhando ao lado de jogadores que ele contribuiu na formação pessoal e profissional.
- Me senti duplamente feliz com esse novo título. Foi uma emoção imensa após a vitória sobre o Fluminense poder abraçar o Oswaldo de Oliveira e os nossos jogadores de carreira consolidada. Mas também pude estar ali com o Gabriel, o Matheus, o Cidinho, Vitinho e todos os outros das divisões de base que estão conosco há tanto tempo - comemorou Sidnei.
ELOGIOS PARA OSWALDO
Um dos principais problemas que Sidnei Loureiro teve de enfrentar neste início de trabalho foram as pressões sobre o técnico Oswaldo de Oliveira. Com o título estadual garantido, o dirigente destaca a importância de ter dado continuidade ao trabalho iniciado pelo treinador na
temporada passada.
temporada passada.
- O Oswaldo é um vencedor, foi campeão por onde passou. Conhece tudo de futebol, tem os requisitos para executar o trabalho. É um grande líder, que consegue conduzir bem o trabalho em grupo. Era unanimidade de que tínhamos que seguir com o trabalho, independentemente dos protestos da torcida. Está provado que estávamos certos - afirmou Sidnei Loureiro.
SUPORTE PARA PROBLEMAS INTERNOS
Uma das funções de Sidnei Loureiro também é mediar os problemas internos do elenco, como algumas discussões mais ásperas, sempre ao lado do técnico Oswaldo de Oliveira.
- Sempre mostramos e ponderamos que nem sempre todos estão certos ou errados. Podemos divergir, mas tudo tem de ser para o bem do clube. A prova é que após os problemas, todos se cobram com respeito. Essa foi uma grande mudança em todos os setores do clube - disse Sidnei.
E um exemplo disso foi a maneira como a questão do atraso de salários e o pedido de fim da concentração foram contornados.
- O grupo foi muito honesto com isso. Quando você é digno, todo mundo entende que é para o bem. O título comprova isso. O grupo estava unido e focado.
- BATE-BOLA
Sidnei Loureiro
Gerente técnico do Botafogo
Qual a grande diferença que você enfrentou no trabalho com o grupo profissional?
A principal diferença é o relacionamento com a imprensa. Nos juniores quase não existia. No time de cima a cobrança, as críticas e também os elogios também são bem maiores. No dia a dia com os jogadores o trabalho é praticamente o mesmo com muito respeito e responsabilidade.
As duas operações que o Marcelo Mattos realizou ano passado, perdendo o Brasileirão, pesou na demissão do departamento médico em dezembro?
Foi por questão de filosofia. Não teve relação uma coisa com outra. Foi pra trabalhar com quem realmente confio.
Vocês têm um elenco muito experiente. Como é a relação com estes líderes do elenco?
É uma relação de muito respeito. Conversamos não apenas com estes jogadores, mas também com todos do grupo. Estamos sempre em busca do melhor para todos.
O que mudou mudou com a nova gerência de futebol em relação a administração do Anderson Barros (antigo gerente de futebol do Botafogo que deixou o cargo em dezembro?
As pessoas erram e acertam. O Anderson fez muitas coisas boas e tomou muitas decisões acertadas para o futebol do Botafogo. Estas coisas foram mantidas. Outras não tão positivas, estamos melhorando, fazendo diferente. Quando o Anderson chegou ao Botafogo, ele encontrou apenas quatro jogadores com contrato. Lembramos e sabemos o quanto ele foi importante.
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