Caso Bruno Mendes: Macaé 'lava as mãos' e aguarda fim do empréstimo

Alegações do atacante, que briga na Justiça para rescindir contrato, são desmentidas pelo advogado do clube, que desconhece quebra de confiança

Bruno Mendes marcou apenas dois gols em 2013
pelo Botafogo (Foto: Satiro Sodré / Agif)

Enquanto amarga a reserva no Botafogo e vive uma fase abaixo da expectativa em 2013, Bruno Mendes trava um embate judicial com o Macaé, clube com quem tem contrato até setembro de 2017. O desejo do atacante é rescindir o compromisso com o time do interior do Rio. As alegações de Bruno no processo dizem respeito principalmente a uma quebra de confiança e ao pagamento da negociação que tirou o atleta do Guarani, em 2012. Segundo ele, o valor recebido é inferior ao que tinha direito.

A diretoria do Macaé se pronunciou quanto ao caso: retirou qualquer parcela de culpa do clube nos embates, informou não conhecer o motivo da quebra de confiança e ressaltou, ainda, que aguarda o retorno do atleta após o fim do empréstimo ao Botafogo, que termina em dezembro.

- São alegações totalmente inverídicas. Toda negociação foi às claras, com representantes e, inclusive, com os pais dele presentes. Não houve qualquer tipo de coação por parte do Macaé. A principal queixa do jogador é de não ter recebido o dinheiro do Guarani referente à negociação. Ele alega que deveria ter recebido uma quantia maior, mas não é nossa culpa se ele assinou um documento aceitando receber um valor inferior do Guarani - explica Luis Eduardo Barbosa, advogado do Macaé.

Na época da negociação de Bruno Mendes ao Macaé, o jogador afirma ter ficado com R$ 300 mil. Mas alega que era dono de 40% de seus direitos econômicos, o que, portanto, resultaria em um valor de R$ 2.522.751. O advogado Luis Eduardo tratou de "lavar as mãos" do Macaé.

- O Macaé não tem nada a ver com isso. Nós agilizamos o contrato junto ao Guarani, que deve ser feito de clube para clube, conforme a lei. Nossa parte da negociação foi quitada - garantiu.

Em relação à quebra de confiança, o advogado foi categórico ao afirmar que desconhece a origem da acusação.
O Macaé espera que ele cumpra o contrato integral. No fim do empréstimo, ele é obrigado a retornar"

Luis Eduardo Barbosa
advogado do Macaé

- Vou ser sincero, não sei o que aconteceu para ele alegar isso. O Macaé não teve nenhuma imposição em relação à negociação com o Botafogo. Esse contrato foi benéfico a ele, porque ele ganhou não só projeção nacional, como também internacional, já que foi convocado para a Seleção. O que dificilmente aconteceria se ele estivesse no Guarani - disse.

A princípio, Bruno Mendes fica no Botafogo até dezembro deste ano. Se o Alvinegro se interessar, há a possibilidade de renovação. Caso contrário, o atacante está intimado a retornar ao Macaé.

- O Macaé espera que ele cumpra o contrato integral. No fim do empréstimo, ele é obrigado a retornar. De repente, o Botafogo pode querer renovar o contrato com ele. Mas essa situação será resolvida somente nesse segundo semestre - concluiu o advogado.

Por Tébaro Schmidt Macaé, RJ