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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Ramírez vê no clássico a chance de reviravolta: "Muita coisa pode mudar"


Meia peruano acredita que zona de rebaixamento é "circunstancial" e classifica sua estreia com a camisa alvinegra como "aceitável"



Ramírez em sua estreia, no jogo contra
o Atlético-PR (Foto: Getty Images)
A derrota para o Atlético-PR por 2 a 0, domingo, na Arena da Baixada, colocou o Botafogo na zona de rebaixamento e aumentou ainda mais os questionamentos em cima do time. Para o meia Ramírez, que fez sua estreia, a permanência da equipe no grupo dos quatro últimos será apenas provisória.

Na próxima rodada, domingo, no Mané Garrincha, o Bota terá pela frente o Fluminense, o quarto colocado. Apesar de todos saberem da boa fase do rival, os alvinegros veem no clássico a chance perfeita para mostrar que estão vivos e dispostos a dar a volta por cima.

- Acho que é circunstancial, e ninguém gosta de estar nesta posição. Independente disso, clássico é clássico. Temos uma semana para ajustar o que não estamos fazendo bem, será um jogo que pode mudar muita coisa afirmou o peruano.

Estamos conscientes de que o momento não é bom, mas o que eu disse outro dia a eles é que somos apaixonados por futebol e temos que jogar pela torcida. Não vamos parar de lutar.
Ramírez

Talvez o principal entrave do Botafogo seja seus próprios problemas decorrentes da crise financeira. Apesar de livre desta adversidade porque receberá seus salários diretamente do Corinthians, Ramírez disse que está chateado com a situação de seus companheiros, mas que tenta motivá-los no dia a dia.

- É difícil, o clima não é dos melhores. Estamos conscientes de que o momento não é bom, mas o que eu disse outro dia a eles é que somos apaixonados por futebol e temos que jogar pela torcida. Não vamos parar de lutar. Já passei por essa situação antes (salário pago por outro time). Faço parte deste grupo, e fico chateado por eles, sei que a situação incomoda.

Sobre sua estreia, o meia classificou como "aceitável", principalmente por causa do longo tempo de inatividade. O jogador, de 29 anos, espera daqui para frente poder contribuir mais com sua experiência.

- Na parte pessoal, acho que foi bom. Vinha de quase dois meses sem jogar 90 minutos. O começo da partida foi complicado, mas depois fui me acertando e acho que tive um desempenho aceitável. Tenho experiência, joguei em vários times, seleção... Tento transmitir aos meus companheiros e dar o máximo para que possa contagiá-los e remarmos para o mesmo lado.

O Botafogo é o 17º colocado do Campeonato Brasileiro com 13 pontos.

Por Fred HuberRio de Janeiro

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