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sábado, 12 de fevereiro de 2022

Transformação na base do Porto e vitória sobre o Real Madrid: conheça Luís Castro, possível novo técnico do Botafogo



Português treina atualmente o Al Duhail, de Doha, no Catar, e chama atenção da equipe de John Textor



O anúncio de uma nova estrutura do departamento de futebol do Botafogo com a chegada de Alessandro Brito, head scouting, e André Mazzuco, diretor executivo, indica que as ideias de John Textor começam a sair do papel. Enquanto a saída de Enderson Moreira era costurada nos bastidores, a equipe do investidor já tinha um nome em mente: Luís Castro, português, 60 anos, técnico do Al Duhail, do Catar.


A vasta experiência na base é um dos elementos que mais chamaram a atenção de Textor, que já deixou claro ser um entusiasta da formação de atletas - tanto que levará Eduardo Freeland a Londres para mostrar as instalações de desenvolvimento de jovens do Crystal Palace. Luís ficou praticamente uma década à frente da base do Porto, de Portugal, e transformou o departamento do clube.


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- No Porto, ele começou como coordenador de formação, depois passou para a equipe B, onde conseguiu ser campeão da segunda divisão, um feito inédito até então e não se repetiu mais. As equipes B não podem subir de divisão, mas ele conseguiu esse feito com um time jovem. É um treinador muitíssimo habituado a trabalhar com jovens e os potencializa. Os jovens melhoram com ele. Ele é professor de formação e ele é mesmo professor, então tem essa característica de ensinar. A carreira dele sempre foi muito na base disso - relatou o jornalista José Miguel Machado, do jornal português Record.





Treino do Porto Treinador Luis Castro — Foto: AFP



O esquema preferido

Luís Castro é reconhecido por montar equipes com perfil mais ofensivo. Hoje na MLS, dos Estados Unidos, o treinador Marc dos Santos conheceu de perto essa realidade quando, no início da carreira, estagiou na base do Porto ainda sob comando do português.


- Ele é muito detalhista, sabe exatamente o que quer fazer com a equipe. Ao longo dos anos, sempre preferiu um sistema 4-4-3, com muita pressão, um futebol ofensivo. Ele é uma ótima pessoa, muito humilde. Sempre que eu precisava falar com ele, estava aberto e disponível - destacou Marc.


- O Luis Castro monta as equipes dele aqui no sistema 4-2-3-1. Ele é um ótimo treinador, bem calmo na beira do gramado e comanda umas das equipes mais fortes do Catar - explicou o técnico brasileiro André Lima, do Al-Khor, adversário de Luís no campeonato nacional local.




Central do ge: Davi Barros recebe informação confirmando a queda de Enderson Moreira (https://ge.globo.com/video/central-do-ge-davi-barros-recebe-informacao-confirmando-a-queda-de-enderson-moreira-10293881.ghtml)



Duas vitórias sobre o Real Madrdid

Além do título do campeonato ucraniano com o Shakhtar Donetski em 2020, Luís Castro chamou atenção após vencer os dois jogos contra o Real Madrid na Liga dos Campeões do mesmo ano, pela fase de grupos. Na oportunidade, brasileiros como Marlos, hoje no Athletico-PR, Dentinho, ex-Corinthians, e Tetê, ex-Grêmio, foram os destaques.


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A vitória da segunda partida foi marcada por dois gols oriundos de contra-ataques fulminantes - o que corrobora a agressividade destacada pelo técnico luso-canadense Marc dos Santos e pelo jornalista português José Miguel Machado.



Semelhanças com outros portugueses?

Com a chegada de treinadores portugueses no Brasil nas últimas temporadas, é inevitável que comparações aconteçam. O sucesso é evidente nos últimos títulos da Libertadores: Jorge Jesus levantou a taça pelo Flamengo em 2019, e Abel Ferreira conquistou o bi no Palmeiras em 2020 e 2021.



Conheça o técnico Luís Castro, o português que está na mira do Botafogo (https://ge.globo.com/video/conheca-o-tecnico-luis-castro-o-portugues-que-esta-na-mira-do-botafogo-10293296.ghtml)



- Não acho que seja um treinador parecido com Abel Ferreira ou Jorge Jesus, até em nível de personalidade. É uma pessoa muito calma, exatamente o oposto do que são Jesus e Abel, que são treinadores muito efusivos e vistosos no banco. O Luís Castro nada disso, muito calmo. Isso você vê nas entrevistas coletivas e também nas atitudes no banco - ponderou o jornalista José Miguel Machado.


- O Paulo Sousa (português que comanda o Flamengo atualmente) tem algumas semelhanças, mas acho que nenhum deles têm algo tão forte como a posse de bola. Paulo Sousa talvez queira ser, mas é algo que sempre depende das armas que vão dar a ele. Não sei os tipos de jogadores que têm aí. Em Portugal, por exemplo, ele fez isso em clubes menores, como Chaves e Vitória de Guimarães. Eram equipes que mesmo quando jogavam contra Sporting, Porto e Benfica, eram capazes de ter bola e mesmo com jogadores piores conseguia ter uma ideia de jogo bem definida. É o que eu identifico no estilo de jogo do Luís Castro. No Shakhtar é um pouco mais fácil de fazer, até porque era sempre a equipe favorita, com os melhores jogadores. Fazer isso com equipes piores é difícil, e ele conseguia. Conseguiu com Chaves e Vitória de Guimarães - concluiu.


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Enquanto acerta bases do contrato, o Botafogo espera poder anunciar Luís Castro já na próxima semana. Até lá, a dupla formada pelo auxiliar técnico permanente, Lúcio Flávio, e pelo treinador do sub-20, Ricardo Resende, comandará o time interinamente pelo Carioca. O primeiro desafio é já no domingo (13), às 20h, diante do Vasco, no Maranhão, pela sexta rodada do Carioca.



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Fonte: Por Davi Barros, Redação do ge — Rio de Janeiro

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