Escritor conta a importância de jogadores que usaram o número, passando também por Jairzinho e Maurício
O Botafogo anunciou nesta semana o paraguaio Segovinha como novo dono da camisa 10, após a saída de Gustavo Sauer, antigo detentor, para a Turquia. O místico número eternizado por Pelé no futebol mundial tem um peso grande em quase todos os clubes do Brasil. A exceção da regra é justamente o Glorioso.
Sauer se despede e passa camisa 🔟 para companheiro de grupo. Solta o play pra conferir aí! 🔥💪🏼 #VamosBOTAFOGO pic.twitter.com/AaTRwFy6Xr
— Botafogo F.R. (@Botafogo) August 16, 2023
Entre os botafoguenses, a camisa 7 é o equivalente da 10 para a maior parte dos clubes brasileiros. O motivo é simples e tem nome e sobrenome: Manoel Francisco dos Santos, ou Garrincha. O Anjo das Pernas tortas eternizou o número na memória afetiva dos torcedores e deu a ele um peso histórico.
- Não há dúvida nenhuma que o 7 é o 10 do Botafogo por causa do Mané Garrincha. O número 7, usado por ele, acaba se tornando uma camisa emblemática. Por que não é o 6 do Nilton Santos? Porque o Garrincha, apesar de dividir o posto de maior ídolo do Botafogo, era midiático, era espetáculo, circense, a alegria do povo - explicou o pesquisador da história do Botafogo, Rafael Casé.
Não tem como você disassociar a camisa 7 da mais importante do Botafogo. É o 10 do Pelé em Santos, e o 7 do Garrincha no Botafogo. Isso nunca vai mudar.
— Rafael Casé
A mística perpassou o atacante das décadas de 1950 e 1960 e atravessou outras gerações de botaguenses, com Maurício, usando a 7, fazendo o gol que acabou com jejum de 21 anos sem títulos, e Túlio Maravilha, protagonista do título brasileiro de 1995 também com a numeração.
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Mesmo 41 anos depois do fim da carreira do atacante, Garrincha segue vivo na memória dos que viram ele jogar e passa pelas novas gerações pelas poucas imagens disponíveis do que o jogador fazia.
- É a lenda, são avós, que contam para os pais, que contam para os filhos, que contam para os netos. A mística do Garrincha. Ele sempre teve essa presença, era um jogador querido por todas as torcidas, principalmente quando jogava pela Seleção - completou Casé.
A mística do Garrincha e do camisa 7 vão estar presentes para sempre no Botafogo.
— Rafael Casé
Botafogo x Coritiba - Victor Sá e Gustavo Sauer — Foto: Vitor Silva/Botafogo
Hoje, a responsabilidade de envergar o número que foi de Garrincha, Maurício e Túlio Maravilha cabe a Victor Sá. Antes criticado, o atacante vem crescendo de produção junto com o time no Campeonato Brasileiro, em que o Botafogo é líder com 47 pontos somados em 19 rodadas, 13 de vantagem sobre o vice-líder Palmeiras, e protagonizando grandes jogos, com direito a gol na última partida sobre o Internacional que iniciou a virada relâmpago.
- Se a gente tivesse aqui a tradição de aposentar camisas de grande jogadores, para que esse número não seja mais usado por nenhum jogador, a camisa 7 seria aposentada - concluiu o pesquisador.
Com o camisa 7 entre os relacionados, o Botafogo volta a campo neste sábado, às 16h, no Morumbi, para enfrentar o São Paulo no Morumbi em rodada que abre o segundo turno do campeonato nacional.
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Fonte: ge/Por Jéssica Maldonado — Rio de Janeiro
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