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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Zé prega poucas palavras no Botafogo: "Quanto menos falar nesse momento, melhor"


Treinador afirma que torcida está "até paciente" diante da campanha alvinegra no primeiro turno do Campeonato Carioca



Emanuelle Ribeiro/GloboEsporte.com



O técnico Zé Ricardo, após a derrota para o Resende (1 a 0) e a consequente eliminação na Taça Guanabara, afirmou ter dito aos jogadores que o momento é de falar pouco. Sobre o jogo, viu um Botafogo nervoso e que deu contra-ataques. Num deles, Maxwell definiu o duelo.


- Todos os jogos têm sido difíceis, tem sido um início muito complicado. Diante de uma campanha dessa, é realmente refletir, tentar o quanto antes melhorar... Temos que continuar trabalhando. Os resultados não aconteceram até agora e isso vai pressionando a equipe. Vimos hoje uma equipe tensa e ansiosa, que ofereceu contra-ataques. Um deles definiu o resultado.


- Quanto menos falar nesse momento melhor. Rezamos e amanhã vou conversar com o elenco.


Confira outros tópicos:


Sem o que falar à torcida


- Não tenho que pedir mais nada ao torcedor. Eles estão sendo até pacientes diante de uma campanha muito abaixo do que esperávamos. Vamos buscar novas soluções. Tivemos muitos problemas hoje na construção das jogadas e nas definições. Acho que começamos bem o jogo, trocando passes, tentando abrir espaços. Mas o gol não saiu, a equipe vai ficando ansiosa, rifa a bola. O Resende jogou no nosso erro e foi feliz.


Pressão


- A campanha nos pressiona. Dentro da construção, vamos manter as convicções, mas certamente vamos ter que fazer algumas alterações. Seja de peças ou maneira de jogar. Esperamos já uma melhora contra o Boavista. Não temos outra receita que não seja trabalhar bastante.


Pontuação ruim preocupa pensando na classificação geral


- Sem dúvida me preocupa. Temos que ser fortes para absorver as pancadas. Ninguém aqui imaginava estar nessa situação após quatro rodadas. Na vida nada é para sempre. Temos trabalhado bastante e vamos tentar recuperar a confiança d grupo, que fica abalada após um início tão irregular. Só nós podemos sair dessa situação. A responsabilidade é nossa.


Carli e Valencia têm chances de pegar o Defensa y Justicia, no dia 6?

Ainda não sei se vou contar com Carli e Valencia na próxima quarta, pela Sul-Americana. Foram lesões um pouco mais complicadas. Queremos que eles estejam inteiros.


Necessidade de reforços

Avaliação do trabalho é diária e vai continuar sendo feita. Sabemos que precisamos de mais atletas para reforçar nosso elenco. Mas sigo afirmando que confio nesse grupo. Vamos ter que dar uma resposta.


Valencia faz falta

- Valencia está há mais de um ano no clube, tem a característica de dar boas assistências. Sentimos a ausência de um atleta desse. Não dá para saber se os resultados seriam diferentes, mas as chances aumentavam. Não quero botar a responsabilidade na ausência de um ou outro jogador.


- Todos temos culpa. Só trabalhando e unidos que vamos poder dar uma resposta. Uma satisfação para a torcida e para a gente mesmo. Todos saíram muito chateados hoje. Temos que tentar fazer as coisas simples nesse momento para o elenco recuperar a confiança.


Fonte: GE/Por Edgard Maciel de Sá e Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

A caminho do Equador, Aguirre analisa passagem pelo Botafogo: ''Não rendi o que sou capaz''


Após passagem apagada pelo Brasil, atacante uruguaio vai defender Barcelona-EQU ou LDU



Rodrigo Aguirre se despediu do Botafogo na última terça-feira com apenas um gol marcado em 25 jogos. Já no Uruguai e a caminho do Equador, onde vai defender Barcelona-EQU ou LDU, o atacante deu entrevista à rádio uruguaia Sport 890 e falou sobre sua passagem pelo futebol brasileiro.



Aguirre marcou apenas um gol em sua passagem pelo Botafogo — Foto: Rafael Ribeiro/Agência Estado


Segundo Aguirre, vários fatores explicam a falta de brilho no Rio de Janeiro, como a lesão que sofreu antes de chegar ao Botafogo, o pouco tempo de adaptação e escalações fora de posição. Mesmo assim o atacante agradeceu a forma como foi tratado e fez sua autocrítica.


- Cheguei lesionado. Foram cinco meses sem jogar no total. E estava em um futebol diferente. Foram muitas mudanças e custei a me recuperar. Ainda comecei jogando fora de posição.


''Certo é que não gostei do meu rendimento. Sou muito autocrítico e sei que não rendi o que sou capaz. Mas isso é futebol. Nem sempre as coisas saem como imaginávamos''.


- O primeiro ano é de adaptação e eu queria jogar. Mas terminou tudo bem, sai tranquilo sabendo que fiz tudo que foi possível - disse Aguirre à Rádio Sport 890, do Uruguai.


Segundo o atacante, chegar em meio à um time já montado e campeão carioca também dificultou a sua vida. Ele chegou à conclusão de que era hora de mudar de ares.


- Eu estava voltando de lesão, tinha que mostrar meu futebol de novo e o time estava certinho. Então eu entrava onde dava, mas não onde me sinto mais cômodo. Foram muitas coisas. Por isso eu e o clube acertamos a saída. Às vezes é melhor mudar de ares para pegar confiança de novo. Faz a pré-temporada sabendo que você não vai ficar não é algo motivante.


Aguirre agora espera orientações de seu empresário para viajar ao Equador. O atacante chegou a revelar que cogitou um retorno para o Nacional, mas não foi possível.


- Só sei que vou para o Equador, pode ser LDU ou Barcelona. Falta os clubes entrarem em acordo com a Udinese. Quando estive de férias no Uruguai, cheguei a pensar em ficar.


''Falei com o Iván Alonso (diretor técnico do Nacional) e ele queria contar comigo. Mas a Udinese não aceitava um empréstimo gratuito. Ai as coisas complicaram''.


- O Botafogo também tem uma dívida com a Udinese e só me liberava se o novo clube assumisse a dívida. E sabemos da situação financeira do Nacional. Enfim, não dependia só de mim.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Montevidéu, Uruguai

Botafogo versão 2019: Bruno Lazaroni elogia "reforços" da base e explica trabalho de transição


Auxiliar técnico exerceu várias funções na base alvinegra e acredita no potencial dos recém-promovidos: "É com muita satisfação que os vejo conseguindo o espaço deles"



Dos 28 jogadores do atual elenco do Botafogo, cinco foram promovidos ao profissional nesta temporada. Há ainda outros das categorias de base que, mesmo sem estarem integrados, participaram de alguns treinos e foram relacionados por Zé Ricardo nos primeiros jogos da Taça Guanabara. Entre jovens e experientes, o técnico tenta dar uma cara a esse Alvinegro versão 2019.


Atletas promovidos em 2019:


Diego - goleiro - 20 anos
Jonathan - lateral-esquerdo - 20 anos
Wenderson - volante - 20 anos
Rickson - volante - 20 anos
Igor Cássio - centroavante - 20 anos

A ideia de elenco enxuto de Zé inclui dar oportunidades aos pratas da casa. Para conhecer mais sobre esse processo de integração, o GloboEsporte.com conversou com o auxiliar técnico do Botafogo, Bruno Lazaroni, que também exerceu várias funções na base do clube e conhece de perto os novos "reforços" do time para a temporada.


"Com um elenco menor, há mais espaço para atletas oriundos da base", destacou Lazaroni.



Antes de se tornar auxiliar técnico, Bruno Lazaroni exerceu funções na base do Botafogo — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Diego, Jonathan, Wenderson, Rickson e Igor Cássio se juntaram ao elenco na pré-temporada e encontraram colegas da base que conquistaram espaço no time principal, como Marcinho, Marcelo Benevenuto e Gustavo Bochecha. Helerson, integrado em 2018, também recebeu os companheiros. O zagueiro teve a primeira chance no início do Campeonato Carioca, quando escalado por Zé como titular para enfrentar a Cabofriense.


Jonathan e Wenderson são outros que já fizeram suas estreias. Além deles, Lucas Barros, relacionado para o clássico contra o Flamengo devido a suspensão de Gilson, também entrou em campo. O goleiro Lucas Alves, o zagueiro Glauber e o meia Rhuan foram relacionados pelo técnico. São muitas as novidades no Botafogo. E ainda podem haver mais, já que o clube tem como política facilitar a relação dos garotos com a equipe profissional.


- O que estimulamos, independentemente de virem a serem integrados ao profissional, é fazerem treinos com a gente. Por exemplo, o Wenderson e o Rickson, que foram integrados esse ano, participaram de cerca de 50 treinos com a gente no ano passado. Isso facilita a adaptação a uma realidade que eles podem vir a enfrentar mais para a frente - explicou Bruno.



Wenderson é um dos atletas promovidos em 2019 — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Confira o papo com Bruno Lazaroni, auxiliar técnico do Botafogo:


GloboEsporte.com: Qual sua avaliação desses primeiros momentos dos meninos em campo e nos treinos?

Bruno Lazaroni: Acho que eles foram bem, ainda podem evoluir em vários sentidos. Tem sido um começo de ano não tão bom a nível de resultado, o que para eles é fundamental. Mas eles vão poder crescer, pois têm capacidade para isso.


Eles têm qualidades para defender a camisa do Botafogo. Mas tem certas coisas que não temos como estimular e controlar na base, como a imprensa, a torcida. Tudo isso mexe com eles. É natural que pese mais para alguns do que para outros.


Você teve a oportunidade de conviver com todos eles na base?

- Convivi. Trabalhei diretamente com eles e é com muita satisfação que os vejo conseguindo o espaço deles e tendo um bom desempenho. Todos os profissionais que trabalharam com esse atleta que chega ao profissional fazem parte da sua formação.



Você continua acompanhando o trabalho da base de perto?

- Sim, sempre que possível assisto aos treinamentos e jogos para conhecer as características dos atletas em competição. Zé sempre pergunta sobre a base, tento passar as informações. Ele tem canal direto também com o Marcos Soares (técnico do sub-20), o Tiano Gomes (gerente da base), é um canal aberto. A comunicação é fundamental nessa transição.


Como funciona o processo de transição para o profissional?


- Zé Ricardo, eu e muitos dos profissionais que trabalham na comissão técnica sabemos como facilitar a transição. Eu trabalho passando mais informações a respeito desses meninos, de onde vêm, quando chegaram ao clube. Quando chegam para treinar, passamos tranquilidade para eles fazerem o que sempre fizeram. É fundamental para terem uma adaptação mais rápida.


- Participar dos treinos com o profissional faz parte da formação do atleta, para eles se ambientarem, o ritmo é diferente. O clube trabalha de uma forma para sempre oportunizar a competição no sub-20. Sempre que tem um jogo ou competição importante e eles não estão sendo aproveitados seja no jogo ou no banco, eles continuam no sub-20. A competição é importante para a formação. O Matheus Fernandes é um que acabou vindo antes de completar a formação no sub-20, porque demonstrou qualidade e acabou aproveitando a oportunidade.


Qual a principal preocupação quando os garotos chegam à equipe principal?


- Acaba tendo um assédio da parte social, da imprensa. Ficamos em cima para que não haja deslumbramento inicial. O torcedor é passional. Procuramos passar tranquilidade, por isso são importantes os resultados, uma equipe sólida, porque eles entram aos poucos como coadjuvantes e futuramente passam a ser protagonistas. O Zé Ricardo pede aos mais experientes que ajudem esses meninos que estão surgindo para que não entrem com a responsabilidade de terem que decidir.


Com a saída de Aguirre, Kieza é o único centroavante do elenco e Igor Cássio poderá ter mais chances. Como ele tem se saído nos treinos?

- Ele tem evoluído bem, teve uma lesão grave no ano passado. Naturalmente vai surgir uma oportunidade. A gente procura trabalhá-lo, independentemente de estar ou não sendo utilizado. É uma peça que o Zé conta e vê possibilidade de ele jogar. Como o Rickson, que também não teve oportunidade. Faz parte dessa formação deles, desse período de treinamentos. Quando estiverem mais preparados, terão oportunidades.


A parte física também é uma preocupação quando eles sobem?


- Sim, porque eles treinam mais vezes no profissional, pegam atletas com mais experiência, diferente da base, onde jogam com atletas que estão na mesma faixa etária. Isso é trabalhado de forma natural nos treinamentos.


Outros atletas podem ter oportunidades ao longo do ano?

- Sim, é possível, mas tomara que a gente não precise de mais atletas a curto prazo, pois é importante eles cumprirem esse processo de formação na base. A gente espera resultados, que é fundamental para um clube como o Botafogo. Aos poucos, vamos conseguir integrar mais atletas ao profissional.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Botafogo avalia contratação de Cícero, campeão da Libertadores pelo Grêmio


Jogador de 34 anos, que defendeu o Tricolor Gaúcho entre 2017 e 2018, é visto como opção para a posição de centroavante, mas é meia de origem e também atua como volante



Lucas Uebel / Grêmio F.B.P.A.


O Botafogo se mexe rápido após a saída do centroavante Aguirre, e o nome de Cícero, campeão da Libertadores pelo Grêmio, é visto como o ideal para preencher essa lacuna. Além de já ter atuado como referência na área, o polivalente jogador, que é meia de origem, também faz a função de volante.


Cícero ganhou notoriedade no cenário nacional, em 2006, com a camisa do Figueirense. Lá, trabalhou com Anderson Barros, gerente de futebol do Botafogo.


Do Figueira, Cícero foi para o Fluminense juntamente com o atacante Soares. Teve ótima passagem pelas Laranjeiras, sobretudo na campanha do vice-campeonato da Libertadores 2018, e chamou atenção dos alemães do Hertha Berlin. Ainda na Alemanha, defendeu o Wolfsburg antes de voltar para o Brasil, onde, a partir de 2011 passou a defender o São Paulo.


Passou ainda por Santos, Fluminense, Al-Gharafa e o próprio São Paulo até chegar ao Grêmio, onde, indicado por Renato Gaúcho, teve papel fundamental na conquista da Libertadores 2017.


Contratado somente para a disputa da principal competição do continente, fez o gol tricolor no primeiro jogo da decisão (1 a 0), contra o Lanús. O clube sagrou-se campeão com nova vitória na Argentina, por 2 a 1.


Cícero agrada ao Botafogo pela experiência e devido ao fato de fazer várias funções em campo. A rodagem pesa diante de um grupo jovem e com muitas caras novas.


Nascido em Castelo-ES, em 26 de agosto de 1984, o capixaba atualmente está sem contrato.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Fred Gomes — Rio de Janeiro

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Após negativa no início do ano, Madson fica perto do Botafogo e terá reunião com o Grêmio



Jogador de 27 anos conversará com dirigentes do Tricolor Gaúcho para definir seu futuro na reapresentação do elenco, na terça-feira



Após uma tentativa frustrada de tentar contratar o lateral-direito Madson, do Grêmio, no início da temporada, o Botafogo voltou à carga para tê-lo e se aproximou de um acerto. Com poucas chances no Tricolor, o jogador de 27 anos, um pedido de Zé Ricardo, chegaria por empréstimo. O Lance! noticiou a retomada das negociações, e o GloboEsporte.com confirmou.


Relacionado para os dois primeiros jogos do Campeonato Gaúcho - não entrou em nenhum -, Madson acabou cortado da lista dos atletas convocados para o duelo com o Juventude, nesta segunda-feira.



Madson, lateral do Grêmio, pode pintar no Botafogo — Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG


Se optou por ficar no Grêmio no início de janeiro após a primeira sondagem do Botafogo, o lateral já encara a possibilidade com outros olhos. É esperada uma reunião entre atleta e dirigentes na reapresentação do elenco após o jogo contra a equipe de Caxias do Sul.


De contrato renovado na semana passada, Zé Ricardo é figura importante na negociação. Após o Campeonato Brasileiro 2018, o treinador, comandante de Madson no Vasco, telefonou para o lateral a fim de saber como o ex-pupilo estava projetando o ano de 2019.


Além de Zé, Anderson Barros, gerente de futebol do Botafogo, também trabalhou com o baiano em São Januário.


Revelado pelo Bahia, Madson também vestiu as camisas de ABC-RN, Vasco e Grêmio. Antes determinado a lutar por vaga no time de Renato Gaúcho, que costuma rodar bastante o grupo principalmente em início de ano, o atleta já vê o Botafogo como seu provável destino.


Nascido em 13 de janeiro de 1992, Madson tem contrato com o Grêmio até 31 de dezembro de 2021.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

Aguirre se despede de atletas e deixará o Botafogo; reunião nesta terça selará fim do ciclo



Uruguaio de 24 anos, principal contratação do Botafogo para a temporada passada, jogou 25 vezes e marcou apenas um gol; futebol equatoriano é o provável destino dele




Vitor Silva/SSPress/Botafogo




O atacante Aguirre está de saída do Botafogo. Após o treino desta segunda-feira, o uruguaio de 24 anos despediu-se dos companheiros e deve seguir para o futebol equatoriano. Barcelona e LDU são os principais interessados, mas a última é favorita. Na manhã desta terça-feira, ele se reunirá com dirigentes alvinegros para definir o fim de sua passagem por General Severiano.


Um dos primeiros clubes a procurar Aguirre, o Barcelona de Guyaquil anunciou nesta tarde a contratação do atacante colombiano Óscar Estupiñán, que defendia o Vitória de Guimarães, de Portugal. Tal movimentação pode ser um indício de que desistiram de Aguirre.


O volante Jean, durante entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, confirmou que Aguirre se despediu dos jogadores.


- Cara de grupo sensacional. Tempo inteiro ele está demonstrando o carisma dele, fora de campo, mesmo quando não entra, tem esse espírito uruguaio. Não sei como está a situação dele, mas realmente teve hoje um tom de despedida. Acredito que deve fechar. Mas tenho certeza que, se ele sair, vai fazer falta. Não sei se faltou adaptação, mas nos treinos vi a qualidade técnica apurada. Só posso desejar sorte a ele. Sempre agregava e incentivava a todos. Só podemos desejar o melhor e um dia a gente se encontra - afirmou o jogador.


Contratação mais badalada do Alvinegro para a temporada passada, o centroavante não correspondeu. Se chegou em recuperação de cirurgia no joelho direito, posteriormente teve outros problemas físicos e nunca se firmou.


O único gol de Aguirre em 25 partidas como alvinegro foi marcado em 25 de agosto do ano passado, na vitória por 2 a 0 sobre o Sport. Na maior parte de sua passagem pelo Botafogo, o estrangeiro foi reserva.


O Botafogo contratou Aguirre por empréstimo que é válido até 30 de junho. Há uma dívida de US$ 150 mil (cerca de R$ 550 mil) do Alvinegro com a Udinese, detentora dos direitos econômicos do uruguaio. Tal débito deve ser assumido pelo próximo clube do jogador.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

domingo, 27 de janeiro de 2019

Análise: pobre na criação e cansado na etapa final, Botafogo se desmonta após sofrer empate


Time marca muito bem no primeiro tempo, faz Flamengo só tocar bola, mas se limitou a lampejos no setor ofensivo




É verdade que o Botafogo do clássico contra o Flamengo em nada tem a ver com a versão do fim de ano de 2018 e são necessários ajustes, entrosamento e tempo de jogo. Porém é importante destacar que na derrota por 2 a 1, no Nilton Santos, o time pouco criou. Marcou bem, sobretudo na etapa inicial, mas carece de mais peças capazes de conseguirem lances mais decisivos.


Organizado, porém pouco criativo

Bem postado, o Botafogo, que sempre tinha cinco jogadores na primeira ou na segunda linha de marcação (Luiz Fernando e Erik recompunham bem, com destaque para o primeiro), pouco sofreu na etapa inicial.



Defesa com cinco jogadores na frente da área — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


Com uma marcação eficaz, obrigava o Flamengo a tocar bolas para o lado e apostar no chuveirinho. As únicas chances rubro-negras no primeiro tempo saíram em um chute de Diego e numa finalização de Vitinho na rede pelo lado de fora. Mas a última não nasceu de um erro de marcação, mas sim de um individual de Jean na saída de bola.


O poder de criação da equipe ainda é muito limitado. As jogadas nascem de lampejos, ora com Erik, muito veloz, ora com Luiz Fernando, jogador técnico.


O gol, por exemplo, saiu em um lance de inteligência de João Paulo, ainda longe de suas condições ideais. Jean arriscou um chute fraco, e o camisa 8, com um belo toque de calcanhar esquerdo abriu o placar.



Time cansa e fica sem forças para reagir

Após perder João Paulo, termômetro do time, Zé Ricardo teve de tirar Jonathan, que controlava Pará e Éverton Ribeiro, aos 15 minutos. O jovem sentiu cãibras.


O time já mostrava cansaço, vide as substituições, mas ainda marcava bem e teve boas chances de definir o jogo. Erik deixou Kieza livre após bote errado de Rodrigo Caio, e o centroavante desperdiçou. Em seguida o ponta fez fila e chutou para defesa de Diego Alves.



Depois disso, o gol de empate do Flamengo, originado em um escanteio em que Kieza perdeu a bola na intermediária e o próprio centroavante foi superado por Bruno Henrique pelo alto, desmoronou a equipe.


A virada veio rapidamente, novamente com Bruno Henrique, após uma estourada na área da qual participaram os botafoguenses Lucas Barros e Gabriel e o flamenguista Éverton Ribeiro.


O segundo gol, aliado ao cansaço alvinegro, definiu o jogo. O Botafogo ainda teve chance em falta lateral que os alvinegros pediram pênalti em Erik, mas Rhodolfo afastou facilmente. O Flamengo ainda fez um terceiro, anulado erradamente segundo o comentarista de arbitragem Sandro Meira Ricci.


Pontos positivos:


- Jean: apesar de ainda longe de seu auge físico, lutou muito, dividiu, participou do gol e levantou a torcida.


- Jonathan: de bom passe, não se intimidou e apareceu bem defensiva e ofensivamente. Cansou na etapa final.


- Marcação até o gol: Zé Ricardo sabe montar equipes organizadas e neutralizou o Flamengo até a entrada de Bruno Henrique.


Pontos negativos:
- Parte física: assim como nos outros jogos em 2019, o Botafogo não conseguiu manter o nível de intensidade durante os 90 minutos.


- Não definir: enquanto o Flamengo estava apagado no jogo, o Botafogo teve chances de matar, mas não o fez.


- Desentrosamento: com um time muito modificado em relação à temporada passada, o Alvinegro ainda tem dificuldades para fazer o jogo coletivo prevalecer.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

sábado, 26 de janeiro de 2019

Zé diz que Botafogo precisa "melhorar em todos os aspectos" e vê queda de volúpia na marcação


Treinador lembra de chances perdidas que deixaram o Flamengo vivo para buscar a virada. Técnico analisa momento físico do elenco e elogia estreias de Jonathan e Lucas Barros




Zé Ricardo não escondeu a chateação que ele e a torcida estão com o momento alvinegro. Após a derrota por 2 a 1 para o Flamengo, porém, apesar de reforçar a necessidade de o Botafogo "melhorar em todos os aspectos", garantiu ter visto coisas boas. Citou que o time vinha equilibrado até sofrer o empate e lembrou chance perdida por Kieza no início do segundo tempo, quando o Glorioso ainda estava em vantagem.


- A gente tem que melhorar em todos os aspectos. Não estou satisfeito taticamente, tecnicamente temos que melhorar. Quando o desgaste chega, todas essas questões ficam prejudicadas. Acho que temos de melhorar no aspecto geral. Não tem essa de apontar um erro apenas, até porque o futebol está muito mais voltado para a integridade em todos os aspectos.


- Tínhamos uma partida equilibrada. Lógico que o Flamengo com mais posse de bola, o que é natural. Podíamos ter feito o 2 a 0. Uma ultrapassagem não aconteceu, acabou originando escanteio. Batida no primeiro pau difícil e tomamos empate. O Flamengo cresceu com isso e conseguiu a virada. Lamento, mas há algumas coisas positivas da segunda para a terceira partida que vão nortear nosso planejamento para os próximos jogos.



Técnico também citou desgaste dos jogadores — Foto: Andre Durão


Com apenas um ponto em três pontos, Zé está insatisfeito, mas pede que todos trabalhem por duas vitórias a fim de conquistar uma improvável classificação.


- Uma chateação minha e do torcedor pelas duas primeiras rodadas, em que a gente não pontuou e não atuou bem. Temos que vencer nossas últimas duas partidas.



Melhores momentos de Botafogo 1 x 2 Flamengo pela 3ª rodada do Campeonato Carioca


Confira outras respostas de Zé Ricardo:


Perda na marcação no segundo tempo

Desgaste da partida nos colocou em mais dificuldade. No segundo tempo, não tivemos a mesma volúpia na marcação e dar espaço a uma equipe do Flamengo é sempre perigoso.


Atrapalhou ter que substituir João Paulo no primeiro tempo e Jonathan no início do segundo?

Sem dúvida. No final da partida, a gente acaba tendo que fazer algumas substituições. Como foi bem no início, uma no primeiro e outra no segundo tempo, a gente acabou segurando um pouco a última substituição.


Estreia de Jonathan

(Motivo da saída) - Jonathan foi cãibra nas duas pernas. Natural, é garoto, cheio de energia. Tem até a ansiedade do clássico e isso influencia (na cãibra). Até lá vinha muito bem. Tenho certeza que tem muito a evoluir, mas já tem algo realizado.


E de Lucas Barros


Lucas Barros estava de férias, disputou a Copinha. Falei para ele que poderia entrar. Teve personalidade. Tentou. Não esteve muito tempo com a gente, não posso tanto falar da sua condição. Mas com informações de Marcos Soares (técnico do sub-20) e Bruno Lazaroni, tivemos tranquilidade para colocá-lo. Participou bem.


Em que o Botafogo precisa melhorar?


A gente tem que melhorar em todos os aspectos. Não estou satisfeito taticamente, tecnicamente temos que melhorar. Quando o desgaste chega, todas essas questões ficam prejudicadas. Acho que temos de melhorar no aspecto geral. Não tem essa de apontar um erro apenas, até porque o futebol está muito mais voltado para a integridade em todos os aspectos.


Com o cansaço vindo, a qualidade do Flamengo, que é indiscutível, acaba aparecendo. A gente poderia ter feito melhor.


Situação dos volantes

A gente já consegue tirar conclusões. Preparamos o Jean para esse jogo, ele ainda precisa evoluir fisicamente. Temos que ter todo o cuidado com João Paulo. Alan Santos estava oito meses sem uma partida completa. Alex está entrando no time. Acredito muito no Wenderson. Bochecha teve uma artroscopia no início das férias.


O Botafogo marcava muito bem. O gol desmontou a equipe?


Consequência da partida. Depois do gol, o adversário, com poderio que o Flamengo tem, tende a crescer, ganha confiança. Nossa equipe tem que ser minimamente forte para saber sofrer. Ser confortável no desconforto, digamos assim, mas estamos iniciando uma temporada.


São pequenos detalhes que a gente vai trabalhar. A equipe que terminou ano passado ficou para trás, são seis, sete jogadores novos no elenco. Essa força mental vai sendo construída a cada jogo. A partida de hoje serve para isso também.


Discorda de pergunta que falava em atuação ruim de Marcinho

Acho que Marcinho fez partida fantástica. Marcou o Vitinho, pegou Bruno Henrique, que, além de veloz, é alto. Acho que Márcio foi bem. Logicamente que, como todos, a gente sofre o gol e sente.


Mais uma vez evita dizer onde precisa melhorar

A gente sabe onde precisa melhorar. Sabe que nosso torcedor está chateado, mas também sabe que nosso torcedor tem muita força, fez papel belíssimo no fim do ano passado. É esse torcedor que a gente quer, apoiando, e pedindo que entendam que é um momento sensível.


Importante que os resultados venham logo para que, com confiança, você construa um trabalho. Sem resultados, a tendência é ficar mais pressionado. Passamos a eles que fizeram coisas boas nos primeiros jogos. Agora é minimizar os erros ao máximo.


Defesa

A gente trabalha com um planejamento bem pés no chão, porque Botafogo quer honrar com todos os seus compromissos. Acho que é trabalho que a gente precisa. O sistema defensivo é toda uma engrenagem.


Sofremos gol numa bola muito bem batida, e o Bruno subiu muito bem. Foi um bate e rebate no segundo gol, a bola até bateu de forma involuntária no braço do Everton, e o Bruno Henrique fez o gol.



Classificação difícil

Ficou difícil a classificação, mas temos que acreditar até o final. Necessidade de treinar mais, entrosar mais, principalmente os mais jovens e os que estão chegando. Entender que é um momento difícil, mas que vai ter que passar.


Elogios a Gabriel

Gabriel não é uma aposta, é uma realidade, tenho certeza que vai nos ajudar muito nessas duas temporadas. Fez outra boa partida, já tinha feito partida segura contra o Bangu. Apesar de jovem e há pouco tempo no grupo, já tem liderança. Que bom que fez boa partida, espero que continue bem.


É possível pedir paciência à torcida lembrando que o Botafogo não ganhou turnos no ano passado e acabou sendo campeão carioca? Ainda mais lembrando que há uma Copa do Brasil pela frente, e o Botafogo teve uma eliminação inesperada em 2018?


A gente não pode fazer comparação, a gente queria estar com nove pontos, mas o processo fez com que estivéssemos nessa posição. Lógico que a Copa do Brasil é uma preocupação. Atletas que não estão disponíveis vêm sendo trabalhados para estarem disponíveis.


João Paulo e Alan Santos temos que dar ritmo para a primeira rodada da Sul-Americana e para a Copa do Brasil. Se tem algo que a gente faz, é trabalhar muito forte.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

Conheça Jonathan, o titular do Botafogo no clássico que ia treinar de trem até semana passada


Jovem de apenas 20 anos vai estrear contra o Flamengo após a expulsão de Gilson e tem multa rescisória de cerca de R$ 32,5 milhões



Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Próxima estação: Engenho de Dentro. Assim era a vida de Jonathan até semana passada. O jovem de 20 anos encarava de trem os cerca de 50km que separam Japeri, cidade onde nasceu e cresceu, do Estádio Nilton Santos. Eram 15 paradas e pouco mais de uma hora de viagem para ir treinar todos os dias.



O longo trajeto que Jonathan percorria de trem para ir treinar até semana passada — Foto: Reprodução


O cansaço da viagem de ida e volta estava atrapalhando seu rendimento a ponto de o técnico Zé Ricardo lhe sugerir uma mudança. Jonathan atendeu e alugou um apartamento nas imediações do estádio. Ainda não se mudou por conta da burocracia, mas já está morando na casa de um amigo que fica perto. E por isso que o deslocamento no próximo sábado será menor: o lateral-esquerdo vai estrear entre os profissionais justamente no clássico contra o Flamengo.


Sem Gilson, suspenso pela expulsão contra o Bangu, Zé Ricardo já confirmou a escalação de Jonathan. E elogiou o jogador.


- Preparado ele está. Se não, não teria chegado ao profissional do Botafogo. Logicamente que os jogos vão dando caixa. Tem treinado desenvolto, normalmente, e tem o apoio do grupo e da comissão. Tem tudo para fazer um bom jogo. Jonathan tem bons fundamentos na defesa e no ataque. Passamos coisas para que ele se sinta mais à vontade para fazer um jogo bom - disse o treinador.



Jonathan foi relacionado seis vezes em 2018, mas não chegou a estrear — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



''Bebê'' de R$ 32,5 milhões


Jonathan é cria do Nova Iguaçu. Chegou ao clube da Baixada Fluminense quando tinha apenas 12 anos. Até jogou profissionalmente em 2016, quando disputou três jogos pela Série B do Campeonato Brasileiro. Acumula ainda uma passagem pelas categorias de base do Internacional.


Conhecido como ''Bebê'' entre os familiares e amigos, Jonathan foi o líder de assistências dos juniores do Botafogo em 2018, com 12 passes para gol em 36 jogos. Recentemente, ele renovou seu contrato com o Botafogo até dezembro de 2021. A multa rescisória está fixada em 7,5 milhões de euros (cerca de R$ 32,5 milhões) para clubes do exterior e em R$ 25 milhões para brasileiros.


- Eu descreveria como um atleta muito veloz, com muita qualidade e que pode ter certeza que vai chegar ao fundo, vai buscar os atacantes na área. Tem uma boa finalização. É um garoto com potencial fantástico. A torcida precisa ter paciência, apoiá-lo, porque é um garoto que pode trazer muitas alegrias e colher bons frutos para os clube lá na frente - explicou Daniel Barboza, técnico de Jonathan no sub-15 do Nova Iguaçu.


Daniel lembra de 2013, ano em que Bebê "tirou as fraldas" e ganhou a disputa com Lucas pela posição na lateral, ainda no Nova Iguaçu.


- No período de preparação para o Carioca, ele se destacava pela qualidade que apresentava na parte técnica. Era um garoto mais baixinho, mais franzino em relação ao concorrente pela vaga dele de lateral-esquerdo (Lucas). Qualidade muito diferenciada, principalmente quando chega ao fundo. Tinha um índice de assistências muito alto nos treinamentos.


- Quem iniciou a competição foi o Lucas, mas no primeiro ou no segundo jogo ele apresentou desgaste, e o Jonathan entrou. Dali para frente, o Jonathan teve mais oportunidades pelo rendimento nos jogos e treinos. Treinava muito bem e jogava muito bem. Não que o Lucas não jogasse bem, a disputa foi muito boa, mas, por acreditar em meritocracia e pelo momento que vivia, Jonathan passou a ter mais oportunidades.


O Bebê de R$ 32,5 milhões virou gente grande. Foram sete anos de Nova Iguaçu e outros dois na base do Botafogo. Chegou a hora de provar seu talento entre os homens neste sábado, às 17h, contra o Flamengo, no Nilton Santos.


Fonte: GE/Por Edgard Maciel de Sá e Fred Gomes — Rio de Janeiro

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Zé vê rival em vantagem, mas crê no Botafogo: "Seria utópico dizer que não, mas há como igualar"


Técnico descarta Valencia e Carli, confirma Jonathan na lateral esquerda e, ao falar da violência que vem marcado o clássico, desabafa: "Problema social, de educação"





Fred Gomes


Zé Ricardo já afirmou algumas vezes em 2019 que o Flamengo é o favorito ao título estadual e, ao ser perguntado sobre quem chega em vantagem para o clássico deste sábado, no Nilton Santos, reiterou sua opinião. O técnico do Botafogo, porém, vê alternativas para bater o rival.


Botafogo e Flamengo se enfrentam neste sábado, às 17h, no Estádio Nilton Santos, pela terceira rodada da Taça Guanabara.


- Seria utópico falar que não, mas existem algumas maneiras para tentar diminuir ou igualar essa diferença que hoje é real. Nossos jogadores estão bem conscientes, tenho uma equipe corajosa, que quer vencer e acertar logo. Podemos ser competitivos com o elenco que temos. Precisamos retomar a confiança, e nada como um clássico para trazer a confiança de volta - afirmou o técnico.


Zé também falou sobre a pressão por resultados, já que o time ainda não venceu em 2019. O técnico afirmou que não esperava chegar em tal situação, mas entende a cobrança por um futebol melhor.


- A gente não esperava chegar nessas condições de pressão, mas poderia acontecer. Realmente existe uma pressão por jogar melhor. Jogando melhor, certamente estaremos perto de bons resultados. Clássico importante. O empate nos coloca em situação complicada. Temos que traçar uma estratégia e executá-la de forma competente para tentar vencer o jogo.


Confira outros tópicos:


Jonathan confirmado na esquerda, substituindo Gilson

- Preparado ele está. Se não, não teria chegado ao profissional do Botafogo. Logicamente que os jogos vão dando caixa. Tem treinado desenvolto, normalmente, e tem o apoio do grupo e da comissão. Tem tudo para fazer um bom jogo.


Estilo de Jonathan

- Bons fundamentos na defesa e no ataque. Passamos coisas para que ele se sinta mais à vontade para fazer um jogo bom. Característica próxima do Gilson. Além dele, optamos pelo Lucas Barros, que fez boa Copa São Paulo.


Disparidade de investimento e elenco maior do Flamengo


- É uma realidade, é um fato, mas temos a obrigação de fazer um jogo melhor amanhã e tentar diminuir essas diferenças com boa estratégia, estando bem concentrado, errando o mínimo. A realidade é difícil, mas vestimos uma camisa enorme. Temos que honrar essa camisa da melhor forma. Apesar dos resultados ruins, temos muita fé que esse grupo vai dar a resposta.


Apelo contra a violência no clássico e desabafo: "Problema de educação"

- Quase 100% desses problemas acontece com pessoas que já vêm com a predisposição de brigar. Famílias vêm pra torcer para as suas equipes. Tenho certeza que é um problema muito mais social, de educação. Temos problemas sérios para resolver no país, talvez o maior deles seja investir na educação. Talvez não se invista porque o retorno é a longo prazo. Isso é a base de tudo. Se pudéssemos gastar nossos esforços com educação, talvez tivéssemos um retorno maior.


Vai esperar o Flamengo ou se lançará ao ataque?

- A gente tem que ter equilíbrio. Não podemos abrir mão do ataque. Botafogo vai jogar da maneira que a gente quer que jogue na temporada. Estamos treinando muito forte. Vamos ver um time equilibrado, tentando buscar bem os espaços do campo e negar os espaços para o Flamengo.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

Conselho Deliberativo aprova Plano de Metas do Botafogo para 2019, e novos VPs são empossados


Órgão se reuniu nesta quarta-feira em General Severiano para debater orçamento do clube, previsto para mais de R$ 250 milhões; houve sete votos contrários





O Conselho Deliberativo do Botafogo aprovou, em sessão na noite desta quinta-feira em General Severiano, o Plano de Metas para 2019. Sete conselheiros votaram contra. O orçamento previsto é superior a R$ 250 milhões. No início da reunião, os novos VPs Paulo Mendes (relações institucionais) e Ricardo Rotenberg (comercial) foram empossados: o primeiro foi aprovado por 47 votos a 8, e o segundo por 45 a 10.


Após o VP de finanças, Luiz Felipe Novis, apresentar o orçamento, alguns beneméritos fizeram ressalvas. Houve críticas a algumas despesas previstas no documento e à falta de informações detalhadas em determinados pontos. Teve pedido para que o orçamento fosse revisado e que o futebol ganhasse mais destaque em detrimento de outros esportes. Algumas reclamações foram rebatidas.


Durante a sessão, foi discutida ainda a ajuda dos irmãos João Moreira Salles e Walter Moreira Salles, que encomendaram uma auditoria sobre o clube junto a "Ernst & Young" com a intenção de oferecer alternativas estruturais e, quem sabe, financeiras. Na ocasião, o presidente Nelson Mufarrej citou as dificuldades financeiras do Botafogo.



Sessão do Conselho Deliberativo aconteceu em General Severeriano — Foto: Giba Perez / GloboEsporte.com



Ressalvas


O orçamento do Botafogo para 2019 foi aprovado com as seguintes ressalvas:


Com base no princípio da transparência, perseguidos por todos os poderes do clube, sugerimos que o valor de R$ 37,2 milhões constante do item de receita extrordinária/placas publicitárias, quando efetivamente arrecadado no exercício, forme uma reserva técnica, e que sua aplicação e destinação seja objeto de ampla divulgação junto ao Conselho Deliberativo;

Que a diretoria e os gestores setoriais dos esportes amadores busquem ações proativas com vista a serem autossuficientes e sustentáveis, na forma elencada do Plano de Metas também apreciado por este Conselho Fiscal;

Fica reiterada a necessidade quanto ao cumprimento dos prazos para o envio dos documentos a este Conselho Fiscal, ainda que as justificativas para o atraso no envio da proposta de 2019 tenham sido acatadas por esse colegiado.



Orçamento

O orçamento divulgado pelo Botafogo, com receita no valor de R$ 251.683.492, prevê ganhos de R$ 40 milhões em vendas de atletas, R$ 37,2 milhões em receitas extraordinárias (placas publicitárias) e R$ 16 milhões em patrocínios no uniforme. Novis disse que a previsão sobre vendas dos direitos econômicos foi feita a partir do valor de mercado dos jogadores e que o clube precisa vender mais atletas. Como exemplo, citou o Palmeiras, que orçou R$ 80 milhões em negociações de jogadores.


Em uma parte do plano orçamentário divulgado pelo clube, cita-se que há “restos a pagar” relativos ao ano de 2018 na ordem de R$ 33,68 milhões. Por isso, o Conselho Fiscal aumentou o limite de antecipação de receitas, o que autoriza a diretoria a antecipar R$ 35 milhões.


Estima-se um superávit operacional bruto mínimo de R$ 72,3 milhões, com despesas calculadas em R$ 133.657.087. Estão previstos, por exemplo, gastos na ordem de R$ 150 mil por mês para novos acordos cíveis e trabalhistas.


Entre os objetivos expostos estão reduzir a dívida do clube e os riscos de bloqueios de receitas, obter recursos de patrocínios junto a órgãos públicos, tornar gestão financeira do Estádio Nilton Santos mais enxuta, e aproximar mais o clube do seu torcedor.



Futebol

Nas metas para o futebol, a mais ousada é classificar para a Libertadores de 2020 e figurar entre as cinco primeiras posições do ranking nacional da CBF. O clube coloca também reforçar a equipe, aumentar o número de seguidores nas redes sociais e ampliar a quantidade de sócios-torcedores.


As despesas com atletas profissionais em 2019 estão calculadas em R$ 3 milhões por mês. Já para o futebol feminino, o resultado negativo é especulado em R$ 1.079.998. Com o futebol de base, o clube espera despesas superiores a R$ 1,6 milhão.



Outros esportes

A receita para esportes gerais consta R$ 1.701.440 e para o remo, 2.720.000. As despesas estão em R$ 7.010.672 e 2.723.812, respectivamente.


"Nas despesas da Vice-Presidência de Esportes Gerais foram orçados os gastos para a manutenção da Equipe Profissional de Basquete até maio de 2019. A manutenção da equipe será realizada através do montante de R$ 1,8 milhão do saldo do Projeto Incentivado captado em 2018", explica o documento.


Novis explicou que, caso não haja patrocício, a equipe de basquete será reduzida a partir de maio para gerar menos despesas.


Entre as metas, foram citadas melhorar as condições do Complexo Esportivo, aumentar o número de sócios para o vôlei e basquete e manter a hegemonia estadual e nacional do remo.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Análise: sem criatividade, Botafogo repete erros e chega pressionado ao clássico


Ainda sem vitória no Campeonato Carioca após duas rodadas, Alvinegro saiu de campo vaiado e cobrado pela torcida no empate contra o Bangu. Rival de sábado é o Flamengo





Foram apenas dois jogos em 2019. Mas acredite se quiser: o único ponto conquistado em seis disputados faz o Botafogo chegar pressionado ao clássico contra o Flamengo, no próximo sábado, no Nilton Santos. Seja pela primeira vitória no Campeonato Carioca ou pela cobrança de sua torcida, que perdeu a paciência após os tropeços contra Cabofriense e Bangu.



Erik foi um dos poucos destaques do Botafogo contra o Bangu — Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo


Esqueça o discurso de que a temporada está apenas no começo. Em um clube do tamanho do Botafogo, o torcedor vai sempre exigir resultados e boas atuações. E nada disso apareceu nas duas primeiras rodadas do estadual: derrota para a Cabofriense por 3 a 1 e empate por 0 a 0 diante do Bangu.


Após o apito final na última quarta-feira, parte da torcida vaiou o time, gritou ''Time sem vergonha'' e xingou o lateral-direito Marcinho. Pouco antes, Gilson já tinha sido o alvo dos alvinegros após ser expulso nos minutos finais do empate contra o Bangu. Para piorar o clima, ele deixou o gramado aplaudindo ironicamente os protestos.


- Sou cobrado pela imprensa, pela torcida e pela gente mesmo. A evolução será gradativa, o entrosamento vem com o tempo. Hoje apresentamos situações que me agradaram, mas ainda não foi o suficiente dentro do que desejamos - resumiu o técnico Zé Ricardo.



Erros repetidos

Diante do Bangu, o Botafogo voltou a repetir os erros apresentados contra a Cabofriense. Apesar da pequena evolução, o Alvinegro voltou a ser um time sem criatividade e com muitos erros de passe. Jogando no esquema 4-2-3-1, a melhor chance saiu após linda jogada de Erik, que Luiz Fernando desperdiçou na cara do gol.


De resto, o que se viu foi um time esforçado, mas ainda desorganizado. A ponto de o Bangu ter sido melhor no segundo tempo e até pressionado no fim. Erik, Gabriel e Wenderson foram aqueles que conseguiram se destacar em meio à atuação sem brilho. Além de Gatito, que evitou a derrota com boas defesas.


Na virada do ano, o Botafogo perdeu três jogadores importantes: Igor Rabello, Matheus Fernandes e Rodrigo Lindoso. Chegaram reforços que ainda precisam de entrosamento e adaptação. De quebra, outros nomes importantes como Carli e Valencia se recuperam de problemas médicos e ainda não estrearam na temporada.


''Temos que colocar um ponto final nas saídas. Eles saíram, foram importantes aqui, mas outros estão chegando. Demora para a engrenagem acontecer. Queremos um jogo mais elaborado e isso requer tempo''.


- O Flamengo é favorito por tudo o que aconteceu nos últimos anos. Alguns dos novos contratados devem jogar contra a gente. Mas, independentemente dos reforços, o Flamengo já tem uma equipe forte. Vai ser um jogo difícil, mas temos o fator casa ao lado e uma vontade grande de evoluir e vencer. Tomara que a gente esteja bem equilibrado e concentrado, vou cobrar isso - finalizou Zé.


Botafogo e Flamengo se enfrentam no próximo sábado, às 17h (de Brasília), no Estádio Nilton Santos. Sem Gilson, suspenso pela expulsão, a tendência é que o jovem Jonathan faça sua estreia na lateral-esquerda.


Fonte: GE/Por Edgard Maciel de Sá — Rio de Janeiro

Zé Ricardo rebate gritos de "time sem vergonha" da torcida do Botafogo: "Grupo de muito brio"


Alvinegro apenas empatou com o Bangu na segunda rodada da Taça Guanabara e deixou o campo sob protestos. Para o técnico, houve evolução, mas há o que melhorar: "Ainda não foi o suficiente"


O Botafogo segue sem vencer no Campeonato Carioca. Nesta quarta-feira, o time de Zé Ricardo ficou no 0 a 0 contra o Bangu no retorno ao Nilton Santos. Após a derrota para a Cabofriense na estreia, o reencontro com a torcida não foi dos mais harmoniosos. No fim do jogo, a torcida puxou o coro de ''Time sem vergonha'', pediu a contratação de reforços e xingou o lateral-direito Marcinho. O técnico disse que respeita, mas não concorda com as manifestações de alguns torcedores.


- Sempre vamos respeitar as manifestações do nosso torcedor. Ela que faz o clube, mas não somos obrigados a concordar. Gritar ''time sem vergonha''... Rebato isso de forma veemente. Sei do grupo que tenho, de muito brio e que vai dar a resposta. Pode demorar mais ou menos, depende de quando conseguiremos reproduzir em campo o que temos treinado.


"Sempre respeitamos a opinião da torcida. Seja a opinião de um estádio cheio ou até um pouco vazio como hoje", afirmou Zé Ricardo.


+ Erik reconhece início ruim do Botafogo e aposta fichas no clássico: "Pode mudar tudo"



Zé Ricardo orienta o time contra o Bangu — Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo


Durante a entrevista coletiva após o empate, Zé Ricardo fez uma avaliação da segunda partida do Botafogo na Taça Guanabara. Para o técnico, a equipe agradou em alguns momentos, mas ainda falta acertar situações e há que se tirar lições do confronto.


''Sou cobrado pela imprensa, pela torcida e pela gente mesmo. A evolução será gradativa, o entrosamento vem com o tempo. Hoje apresentamos situações que me agradaram, mas ainda não foi o suficiente dentro do que desejamos''.


- Acho que a gente procurou tentar fazer um jogo mais elaborado. Sincronismo pelo meio com a bola já houve melhor entendimento. Com o cansaço natural e as trocas, perdemos o pouco sincronismo que tínhamos. Ficou muito aberto, não foi agradável o fim. Esse tipo de jogo aberto, solto, não é nem de perto o que a gente deseja. Temos que tirar essa lição para os próximos jogos - acrescentou o treinador.


+ Clique e veja a tabela do Campeonato Carioca


Após a partida, não teve zona mista e nenhum jogador falou com os jornalistas, a não ser na saída de campo. Na próxima rodada, o Botafogo já tem um clássico: vai receber o Flamengo no Nilton Santos, no sábado, às 17h.


Outras declarações de Zé Ricardo:

Novas caras no time nesta quarta

- Gabriel se portou bem, estava preparado. É jovem, mas tem experiência. Alex Santana sentiu a volta, teve queda de rendimento natural no segundo tempo. Alessandro, como falei, era questão de dar tempo ao tempo, sem pressão. Vamos observar a evolução deles.


Luiz Fernando no meio

- No Brasileiro, em alguns momentos, utilizamos o Luiz Fernando de meia central. Não é um organizador tradicional, mas dá dinâmica. Poderia trabalhar as infiltrações com o Aguirre. Ainda tem que evoluir. Pimpão se recuperou e o Erik jogou os 90 minutos porque fez toda a pré-temporada com o Palmeiras.


Ponto final nas mudanças

- Temos que colocar um ponto final nas saídas. Eles saíram, foram importantes aqui, têm qualidade, mas outros estão chegando. Demora para a engrenagem acontecer. Queremos um jogo mais elaborado e isso requer tempo. Atleta que está chegando às vezes não está no ritmo ideal. Wenderson tem se comportado bem, apenas o segundo jogo dele. Alex também pode agregar muito. Não posso garantir se isso vai acontecer na próxima rodada.


Renovação

- A gente só tinha feito contatos telefônicos. Foi a primeira vez que meu representante e a diretoria se encontraram. Foi algo bem natural. Acredito no Botafogo e o Botafogo acredita em mim. Tomara que isso perdure durante todo o período de extensão do contrato. Claro que depende de resultados.


Alessandro

- Pela ausência do Leo Valencia e do Marcus Vinícius, só tínhamos o Alessandro como meia no banco. Já esperávamos que ele entrasse. Não foi porque a torcida pediu. Continuo insistindo que precisamos ter calma com ele, quase não teve base. Precisa trabalhar e jogar partidas de alto nível. Entrou com espaço, fez boas jogadas, mas depois abafou pelo entusiasmo, ansiedade. Demonstra a inexperiência que ele tem em partidas de Série A. Vamos ter muita calma porque o clássico exige.


Clássico

- Flamengo é favorito por tudo o que aconteceu nos últimos anos. Alguns dos novos contratados devem jogar contra a gente. Mas, independentemente dos reforços, o Flamengo já tem uma equipe forte. Vai ser um jogo difícil, mas temos o fator casa ao lado e uma vontade grande de evoluir e vencer. Tomara que a gente esteja bem equilibrado e concentrado, vou cobrar isso. Se bobear, eles têm uma capacidade técnica de definir a partida.


Aguirre

- Estava no nosso planejamento que o Aguirre jogasse uma partida e o Kieza a outra. Os dois estão se empenhando muito nos treinamentos. Kieza viria para o banco, mas teve uma bolha no pé.


Carli e Valencia contra o Flamengo?
- Foram casos diferentes. Carli teve cansaço muscular, tem histórico de sentir isso no início do ano. Não temos previsão para sábado ou para quarta. Sobre o Valencia, ele tomou uma pancada na panturrilha, inchou bastante. Enquanto tiver o edema é difícil dele jogar. Ele está fazendo tratamento em dois períodos e tomara que se recupere para sábado.


Fonte: GE/Por Edgard Maciel de Sá — Rio de Janeiro

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

O que pesou para Zé Ricardo esticar vínculo com o Botafogo até o fim do ano? Confira motivos


Elenco nas mãos, conhecimento dos atletas mais jovens desde o início da passagem e montagem de um planejamento seguro para 2019 são algumas das razões do "fico"



Vitor Silva/SSPress/Botafogo


O desejo pela permanência era mútuo. Botafogo e Zé Ricardo nunca esconderam que a ampliação do vínculo era um processo natural. Nesta terça-feira, o contrato, antes válido até abril de 2019, foi esticado até dezembro do mesmo ano, e o GloboEsporte.com enumera motivos que pesaram na opção pela continuidade. Confira abaixo:


Aceitação do elenco desde o início

Com longo trabalho por diferentes categorias do futebol de base, Zé Ricardo sempre mostrou conhecimento sobre os atletas com os quais trabalha. Chama todos pelo nome, sabe das características de cada um e não hesita em conversar individualmente com eles.


Tal proximidade agrada sobretudo a garotos que estão subindo, principalmente pelo fato de mostrar estar por dentro do que eles precisam em termos de evolução.


A transparência é elogiada no papo entre os jogadores por Whatsapp e concentrações. Quando tem que elogiar, o faz. Se é necessária uma bronca, não deixa para depois.



Wenderson é um dos jovens que já atuaram com Zé em 2019; Helerson é outro prata-da-casa que jogou a estreia — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


O que faltava para acertar a renovação?


Zé e Botafogo tinham consciência das dificuldades, especialmente financeiras, que o ano de 2019 reserva ao clube. Uma mudança significativa da espinha dorsal do plantel em relação à temporada passada também esteve em pauta, mas, após muitas conversas, direção e treinador chegaram a um entendimento de que é possível desenhar um planejamento para busca de objetivos esportivos com segurança.


A opção por um elenco mais enxuto e a saída de várias peças, entre elas Jefferson, Rodrigo Lindoso, Moisés, Luís Ricardo e Dudu Cearense, pediam coragem a Zé para a condução do grupo de olho em 2019. Mas as partes concordaram que é possível administrar tal mudança de panorama.



Vice-artilheiro do Botafogo em 2018 com 10 gols, Lindoso foi um dos nomes importantes que saíram. Ele está no Inter — Foto: Ricardo Duarte / Divulgação Inter


Valorização e ruptura com 2018

Ao renovar seu vínculo, Zé Ricardo teve uma readequação salarial considerada satisfatória para as duas partes. O clube considerou essa questão uma das menos complicadas, já que o mais importante era dar segurança ao treinador para ele tocar seu planejamento.


Ao finalizar a extensão do vínculo, o Botafogo demonstra o desejo de ruptura com o que fez em 2018: a mudança constante de técnicos. Foram quatro no ano. Havia um desejo de contar com Alberto Valentim por longo período, mas se tratava de uma aposta, caso semelhante na escolha por Marcos Paquetá.


Após bons trabalhos por Flamengo e Vasco e com avaliação positiva após o início em General Severiano, Zé é um profissional valorizado dentro do mercado. Esteve na mira do Santos e do futebol árabe. Longe de ser aposta.


Reconhecimento de quem pouco jogou com Zé


Além de depoimentos favoráveis à renovação de Zé dados por remanescentes do elenco de 2018 durante a pré-temporada em entrevistas coletivas, um ex-botafoguense que atuou apenas uma vez com o treinador no ano passado é só elogios.


Utilizado em 81 minutos da vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense, o volante Dudu Cearense, atualmente sem clube, exaltou a franqueza de seu ex-comandante.


- Zé é um cara fenomenal, que admiro pra caramba como pessoa e profissional. Grande treinador. Trabalhei com Jair, também pessoa maravilhosa. Valentim também é. Para você ver que não joguei com esses caras 100%, mas os respeito como seres humanos. Zé é um deles. O futebol um dia vai acabar, mas a amizade fica e o respeito, também. Infelizmente no Brasil, o técnico precisa de resultados para se manter no cargo.


- E, aqui de longe, torcendo muito para o Botafogo, digo que o Zé Ricardo merece muita coisa boa no clube. Sempre teve respeito total com todos, sempre no cara a cara. Ele fala a verdade, independentemente de com quem seja - completou Dudu.



Sob o comando de Zé Ricardo, Dudu só atuou na vitória sobre a Chape em Chapecó, no returno — Foto: RICARDO LUIS ARTIFON/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO


Zé tem o apoio irrestrito de ex-comandados, elenco e direção. Com contrato até dezembro e com um grupo repaginado em mãos, o treinador sabe dos desafios e das dificuldades que enfrentará para fazer o Botafogo novamente campeão.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Zé fica até o fim do ano: Botafogo anuncia extensão do contrato do treinador


Contratado em agosto, técnico tinha vínculo até abril de 2019, mas este foi ampliado até o fim da temporada; comandante soma 26 jogos, 10 vitórias, seis empates e nove derrotas






Fred Gomes/GloboEsporte.com


Contratado em agosto e um dos responsáveis pela recuperação do Botafogo no fim do Brasileiro passado, Zé Ricardo teve seu contrato com o clube ampliado até dezembro de 2019. O vínculo anterior expirava em abril.


Zé, de 47 anos, chegou ao Botafogo após a demissão de Marcos Paquetá, no segundo semestre, e terminou a temporada como comandante da equipe. Em 2018, o time teve outros dois treinadores: Felipe Conceição e Alberto Valentim.


Sob a orientação de Zé Ricardo, o Botafogo jogou 25 vezes, com 10 vitórias, seis empates e nove derrotas.



Botafogo F.R. @Botafogo


RENOVOU! Botafogo e Zé Ricardo estendem contrato! Agora o vínculo do treinador vai até 31/12/2019! Estamos juntos, Zé! #VamosFOGO

Vitor Silva / SS Press / BFR



Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

Erik fala em volta para casa no Botafogo: "Aqui a química é diferente"


Emprestado pelo Palmeiras até dezembro, atacante de 24 anos soma 17 partidas e cinco gols como alvinegro




Emanuelle Ribeiro



Foram apenas três meses defendendo o Botafogo, mas o suficiente para Erik criar fortes laços com a Estrela Solitária. Com cinco gols em 17 jogos e atuações cruciais, foi protagonista na luta contra o Z-4 e saiu nos braços do povo. Despediu-se na penúltima rodada do Brasileiro falando em "até breve". E voltou. Nesta terça-feira, deu sua primeira entrevista como alvinegro em 2019.


- Voltei para casa, para o lugar onde sou muito feliz. Aqui a química é diferente, isso foi fundamental para meu retorno. Sem palavras para o carinho que torcedor tem comigo - afirmou.


Além do carinho, química diferente e da ótima passagem pelo Botafogo, Erik optou pelo Glorioso, apesar do interesse de Felipão em seu futebol, para voltar a ser protagonista.


- Eu estava focado na pré-temporada. Sabia que o Palmeiras queria contar comigo, mas eu tinha o desejo de continuar sendo um protagonista. Fiz um pedido especial, tive que ter bastante profissionalismo. Respeitei, mas deu certo e hoje estou aqui.



Confira outros tópicos:

Saída tranquila do Palmeiras

Eu já sabia que tinha que voltar pra lá no fim do ano. Sabia do interesse do clube e do treinador. Foi uma relação muito boa, foi algo tranquilo. Sabia do interesse, mas meu desejo de vestir essa camisa de novo era grande. A gente tem que estar feliz.


Promessa pelo retorno

Estou muito feliz de retornar para a minha casa, onde me sinto bem. Com essa camisa que usei na despedida de Jefferson, que foi muito importante para mim. Prometi que voltaria um dia e estou aqui.


Paciência

Tive que me reapresentar ao Palmeiras. Respeitei cada momento lá dentro e aproveitei a pré-temporada. Me preparei, tive que ter muita paciência. Queria agradecer a duas pessoas em especial: ao Anderson, que sempre acreditou em mim, e ao Zé, que me ligou e me passou muita confiança. Sabia que as coisas aconteceriam no momento certo. Voltei para um lugar onde me diverti muito.


Grupo jovem

A partir do momento em que todos estão comprometidos, o ambiente é muito bom. Tem que ter alegria, faz parte do futebol. Um grupo jovem, mas que também tem jogadores experientes. Esperamos conquistar vitórias e títulos.


Química diferente

Eu sempre procuro olhar pra frente. O que passou, passou. O apoio do torcedor foi importante para eu estar aqui. Passei muitos anos no Goiás, fui campeão brasileiro no Palmeiras, joguei no Galo também, mas aqui no Botafogo a química foi diferente, sempre fui tratado de uma forma especial. Meu objetivo é crescer e poder ajudar meus companheiros.



Caras novas

Outros amigos que fiz ficaram, o próprio Cavalieri chegou. O enfrentei quando jogava pelo Fluminense e eu no Goiás. A gente brinca sobre o calor de Goiânia, aqui também é muito quente. O Alex, eu encontrei na despedida. Ainda bem que ele não estragou a festa (risos). A gente já se tornou amigos, e esperamos que essa caminhada seja feita de vitórias.


Assume o papel de referência

É um grupo com muitos jovens, muita qualidade, mas também tem jogadores experientes. Carli, Gatito, o próprio Cavalieri. Tem uma mescla boa, o profissionalismo aqui me deixa feliz. Um grupo guerreiro. Me coloco sim entre as referências do elenco. Terminamos o ano muito bem, unidos.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Análise: elenco enxuto de Zé Ricardo vai testar a paciência dos torcedores do Botafogo


No primeiro jogo da temporada, treinador já teve problemas com falta de opções para mudar o time e tentar reação após virada da Cabofriense em Macaé



Melhores momentos: Cabofriense 3 x 1 Botafogo pelo Campeonato Carioca


Um dos desejos de Zé Ricardo para a temporada 2019 era trabalhar com um elenco mais enxuto, mas a primeira impressão desse grupo reduzido não foi positiva: a derrota para a Cabofriense por 3 a 1 no domingo expôs um Botafogo inseguro na defesa, pouco criativo no meio e sem efetividade no ataque. Pior: faltou opções ao treinador para mudar a cara do time enquanto o adversário se mostrava bem preparado e ciente do que fazia.


+ Zé Ricardo manda recado após derrota do Botafogo: "Não vai haver caça às bruxas"


Sistema defensivo imaturo e inseguro

A defesa é um dos setores com menos opções para Zé Ricardo em 2019. E o treinador sentiu isso na pele já no primeiro jogo da temporada. Sem Carli, Marcelo e Helerson foram os escolhidos para começarem o jogo. A dupla é muito jovem - 23 e 21 anos - e chegou a jogar junto na base. Inclusive, estavam na equipe que conquistou o Brasileiro Sub-20 em 2016. Foram muito acionados na saída de bola, mas se atrapalharam na marcação. Fato que é cedo para avaliar os meninos. Os dois mostraram em outros momentos que merecem o voto de confiança.



Helerson fez seu primeiro jogo pelo profissional no domingo — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Nervosos e sem alguém com mais experiência para guiá-los, apesar de Marcelo ter mais jogos no currículo, os garotos tiveram momentos de sobriedade, mas se mostraram inseguros em outros. Porém, é preciso analisar as opções de Zé: no banco, o comandante tinha Gabriel e Glauber - também da base e ainda mais jovem. O primeiro tem mais experiência pelo tempo titular no Atlético-MG, mas os problemas da juventude e falta de entrosamento persistiriam.


É de se concordar que os meninos precisam de mais "casco" e só vão adquirir com as oportunidades. Campeonato Carioca é, sim, um bom momento para testar novos times e formações. Zé precisará de tempo e paciência para encontrar a melhor equipe. Mas não só os novos zagueiros estiveram mal: os laterais do Botafogo, com mais vivência, sofreram. A Cabofriense soube explorar bem as falhas de marcação de Marcinho e Gilson, que também não contribuíram no ataque. O time explorou mal os lados do campo.


Diferença física

Faltou outra coisa para o Botafogo em Macaé: fôlego. No segundo tempo, o time estava cansado e com dificuldades de correr. O melhor preparo físico da Cabofriense, que teve muito mais tempo para se preparar, era perceptível. O time da região dos Lagos teve seus méritos: esperou o Alvinegro no seu campo de defesa e, quando o ímpeto ofensivo acabou, os mandantes ocuparam os espaços e se aproveitaram do cansaço e dos erros adversários.


Meio-campo sem criatividade e ataque nada efetivo

Outra consequência do elenco enxuto é a falta de opções de Zé Ricardo para o meio de campo. Há muitos jogadores com características defensivas, mas quase ninguém para criar. Com Leo Valencia se curando de uma pancada na panturrilha esquerda, a opção foi começar com João Paulo avançado. Não funcionou.



João Paulo não rendeu o esperado como meia de criação — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



Não é o ideal jogar toda a reponsabilidade criativa em João Paulo. O meia, diversas vezes, voltou para ajudar Wenderson e Alan Santos na marcação e, depois, não conseguiu dar sequência às jogadas de ataque. Além disso, depois de meses afastado por lesão grave na perna direita, ainda falta preparo físico a João Paulo, que pôs a língua para fora na etapa final. Aliás, foi dele a falha que culminou no gol de virada da Cabofriense. O volante perdeu a bola no meio de campo e deu o ataque para o adversário.


Zé Ricardo terá que se desdobrar para encontrar substitutos para Leo Valencia quando o chileno não puder jogar. O treinador estuda a possibilidade, inclusive, de usar dois atacantes:


- O Leo Valencia vinha normalmente, mas tomou uma pancada na panturrilha. A gente teve a opção do João Paulo, ainda temos o Marcos Vinícius entrando em forma. Podemos entrar com dois atacantes. Temos algumas opções, mas só os jogos vão mostrar.


Da defesa ao ataque, há alguns problemas para Zé Ricardo, que olha para o banco de reservas e não encontra as soluções. É um início de temporada para testar a paciência do torcedor alvinegro.


Alan Santos, também há muito tempo sem jogar, expôs a falta de ritmo, mas exibiu qualidade técnica. Teve uma estreia mais discreta, porém mostrou que pode agregar ao time de Zé Ricardo. Mais recuado, Wenderson não conseguiu mostrar as credenciais que o levaram a ser escolhido pelo técnico. Apareceu pouco em campo e passaria em branco não fosse o escorregão que marcou o lance do terceiro gol da Cabofriense. Também é cedo para avaliar o menino, que não merece ser caçado pelo erro no fim. Assim como Helerson, já mostrou que tem futebol.


Para o abafa, o treinador optou por promover outras duas estreias: Ferrareis e Alex Santana. Não deu para ver quase nada dos minutos iniciais do primeiro, mas o segundo já mostrou sua principal característica: acertou a trave em um chute de fora da área. Antes, o alto Helerson, que pode ser mais explorado na bola parada, também havia carimbado a trave. Com um meio pouco criativo, a solução pode estar nas jogadas aéreas e nas finalizações de longa distância.



Kieza participou pouco da estreia do Botafogo — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


O ataque é outro problema para Zé. Os atacantes de lado não foram bem utilizados. Tanto Leandro Carvalho, bem abaixo do que foi no Ceará, quanto Luiz Fernando, que marcou belo gol em chute de fora da área, foram mal explorados. A insistência nas jogadas pelo meio e nas bolas longas não deram em nada: faltou efetividade a Kieza, que não conseguiu chegar em nenhuma delas. O centroavante foi nulo. Aguirre entrou e a ineficiência ofensiva permaneceu.


Foi só o primeiro jogo após poucos dias de preparação, com um elenco reformulado, que precisará de tempo para entrar nos eixos. Só os jogos mostrarão ao técnico o melhor caminho. E ele terá no Estadual as oportunidades para os testes que precisa fazer.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Macaé


domingo, 20 de janeiro de 2019

Zé Ricardo manda recado após derrota do Botafogo: "Não vai haver caça às bruxas"


Técnico do Alvinegro afirma que time da Cabofriense é bem treinado e que o Alvinegro está dentro de um "processo de reconstrução"



Zé Ricardo ficou insatisfeito com a derrota por 3 a 1 para a Cabofriense, neste domingo, no Moacyrzão. Mas o resultado adverso em Macaé, na estreia do Campeonato Carioca, de acordo com o mesmo, não causa desespero. Em coletiva após a partida, o treinador destacou as demais competições no calendário e mandou recado.


- Tomamos gols em momentos cruciais. A gente tem que ter calma e buscar melhorar. Os meninos tiveram esse primeiro contato, não aí haver nenhuma caça às bruxas. Pelo que fez na base, Helerson merece estrear no profissional - afirmou Zé.


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Zé Ricardo observa estreia do Botafogo no Carioca 2019 — Foto: Vitor Silva/SS Press/Botafogo


Do pouco que se salvou no Moacyrzão, Zé frisou o retorno de João Paulo, que voltou aos gramados no fim de 2018, após longo período afastado por causa de uma grave lesão. Além dele, o treinador aproveitou a partida para observar novos nomes.


- A volta do João Paulo, um jogador importante. Alan Santos estava há muito tempo sem jogar. Alguns meninos começaram a ter oportunidades no profissional. Pontos que observamos para já atacar. Trabalhar pra recuperar os pontos em casa.


Veja outros trechos da coletiva de Zé:


Avaliação da estreia

Lógico que não queríamos estrear com derrota, mas, dentro de um processo de reconstrução, entendíamos que seria um adversário bem treinado. Os gols deles saíram em erros que acontecem nesse início de processo. Tivemos bons momentos, colocamos duas bolas na trave.




João Paulo teve atuação destacada por Zé — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



Time novo

É um Botafogo diferente. Não temos seis, sete jogadores que faziam parte do time que finalizou a competição no ano passado. Isso pressiona um pouco os meninos, mas a gente tem confiança no trabalho e daqui a pouco as coisas começam a encaixar.


Erros

Faz parte. Os erros nos ensinam. Temos Copa do Brasil, Sul-Americana, temos que estar atentos. Ainda bem que ninguém saiu lesionado. Temos alguns atletas para estrear. Não podemos apontar uma causa específica (para a derrota)


Alternativas para o meio-campo


O Léo Valencia vinha normalmente, mas tomou uma pancada na panturrilha. A gente teve a opção do João Paulo, ainda temos o Marcos Vinícius entrando em forma. Podemos entrar com dois atacantes. Temos algumas opções, mas só os jogos vão mostrar


Diferença física

Foram 15 dias de trabalho. Sabia que não era o ideal em nenhum aspecto. A Cabofriense tem um jogo de imposição, força física, trabalhou com velocidade e investiu nessa dificuldade que temos em início da temporada. Teve sucesso.


Reforços


Não temos que fazer nenhuma avaliação nesse sentido agora. É realmente dar condição de jogo a todos, preparar aqueles que não tinham 100% de condição de jogar hoje. O fato é que é uma reconstrução, temos que ter paciência e mais razão do que emoção agora.


Jean fora do jogo

A maioria dos atletas que não entrou em campo ou não veio é porque entendemos que não tinham condições. Jean voltou agora, trabalhou pouco com a gente. Entendi que o Wenderson faria bem o papel de primeiro volante.


Alan Santos

Colocamos o Alan mais próximo do João Paulo para ajudar na criação. É importante que ele se sinta bem, não teve nenhum problema físico. Só cansaço, os outros também. Para não ter risco de lesão, optamos por esse grupo.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Macaé, RJ

Cabofriense x Botafogo: tudo o que você precisa saber do jogo da 1ª rodada da Taça Guanabara


Equipes estreiam no Campeonato Carioca, na tarde deste domingo, no Moacyrzão, em Macaé







A temporada 2019 vai começar para Cabofriense e Botafogo. As equipes estreiam no Campeonato Carioca neste domingo, às 19h (de Brasília), no Moacyrzão, em Macaé. Com o elenco mais enxuto entre os quatro grandes do Rio de Janeiro, o Alvinegro vai buscar o bi-campeonato carioca, mas já começa a competição com desfalques importantes: Carli, Valencia e Pimpão não jogam. O time da região dos Lagos vai tentar aproveitar o mando de campo e as baixas do adversário para iniciar o Cariocão com o pé direito.


Transmissão: Premiere (ao vivo) e GloboEsporte.com (Tempo Real).


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Botafogo - técnico Zé Ricardo


Zé Ricardo aproveitou a pré-temporada para observar os novos jogadores que se juntaram ao elenco do Botafogo - reforços e garotos da base - e se adaptar às mudanças, já que o time sofreu mais de 15 perdas para a nova temporada.


Para a estreia no Campeonato Carioca, o treinador já terá que lidar com três desfalques: Joel Carli - dores musculares -, Leo Valencia - problema na panturrilha esquerda -, e Rodrigo Pimpão - teve virose durante a semana - não estão à disposição para enfrentar a Cabofriense.


Com as baixas, Zé deve optar por uma zaga formada na base alvinegra, com Marcelo Benevenuto e Helerson. No meio, é provável que o comandante escale um time com características mais defensivas, com Jean, Wenderson (também da base) e João Paulo. No ataque, Leandro Carvalho deve ter sua primeira chance após passar 2018 emprestado ao Ceará.



Quem está fora: Joel Carli (dores musculares), Leo Valencia (problema na panturrilha esquerda), e Rodrigo Pimpão (virose).



Provável escalação do Botafogo para enfrentar a Cabofriense — Foto: GloboEsporte.com


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Cabofriense - técnico Luciano Quadros


Luciano Quadros, que comandou o Sampaio Corrêa em 2018, fechou com a Cabofriense em setembro passado e já começou a preparar o time para a disputa do Campeonato Carioca 2019. A ideia é aproveitar os desfalques do Botafogo e o mando de campo para estrear bem na temporada e mostrar que pode enfrentar à altura os grandes do Rio de Janeiro.


A Cabofriense aproveitou o tempo de preparação para realizar alguns testes. No último jogo-treino antes da estreia no Cariocão, a equipe da região dos Lagos derrotou o Madureira por 1 a 0. A tendência é que Luciano Quadros mantenha o mesmo time para enfrentar o Botafogo.


O provável time da Cabofriense para encarar o Botafogo é: Camilo; Manoel, Igor, Lucas, Pedro; Victor Feitosa, Kaká, Dodô, Rafael Pernão; Dudu Pedrotti , Rincón.






Pathrice Walace Correa Maia apita o jogo, auxiliado por Michael Correia e Carlos Henrique Alves de Lima Filho. Ivan Silva Araújo é o quarto árbitro.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Zé mostra otimismo para 2019: "Botafogo entra para defender título com coragem grande"


Treinador aborda novas contratações, fala em temporada difícil e elogia papel da torcida no fim de 2018




Fred Gomes/GloboEsporte.com




Na primeira entrevista coletiva de Zé Ricardo, nesta quinta-feira, os esperados temas foram abordados: reforços, saídas e os objetivos para a temporada de 2019. Sorridente, desejou um bom ano a todos e tratou a chegada de seis novos jogadores como um combustível para que a torcida siga com o mesmo pique do fim da temporada passada.


- Nossa torcida fez sua parte no final da temporada passada, nos ajudou bastante na fase positiva. Esperamos começar o ano com ela nos apoiando. Tivemos mudanças no elenco, esperamos encaixar bem o nosso jogo. Expectativa de ano positivo, com equipe que certamente terá caras novas e isso será um atrativo para a torcida.


Ciente de que os botafoguenses cobrarão um time consistente na luta pelo bicampeonato carioca, Zé não se eximiu da responsabilidade. Tratou o Flamengo como principal favorito, mas prometeu um Botafogo corajoso em busca de seu 22º título na competição.


- O Botafogo entra para defender o seu título com uma coragem grande. Mas sabemos da dificuldade, os rivais estão se reforçando. O Flamengo está muito forte, entra como favorito. Mas sabemos que quando o jogo começa, a história é outra. Tudo pode acontecer. Vasco e Fluminense também estão se reforçando muito bem, sem falar nos clubes de menor investimento que começaram a treinar antes.



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Análise sobre o Botafogo 2019


Ainda é cedo para fazer uma análise grande. Lógico que, com as mudanças no elenco, há algumas modificações. Vamos ver onde esses atletas podem render mais. Certamente é uma temporada difícil, muitos jogos, não temos tempo a perder. Temos Carioca, Copa do Brasil e Sul-Americana tudo logo agora.


Ideia de time para a estreia no Carioca, domingo

A ideia é começar o ano com a base de 2018 para ter um mínimo de entrosamento. E aos poucos colocar os reforços. Assim fica mais fácil. Dependendo do rendimento deles faremos as mudanças.


Desejo de renovar contrato com o Botafogo

O mais importante é que a vontade de renovar existe. Os representantes estão conversando. Isso vai ser decidido no momento certo. A preocupação maior era formar o elenco, a base. Para fazer uma temporada forte dentro das tradições do clube. Ainda não temos o grupo fechado, estamos atentos às oportunidades, dentro da filosofia de um grupo enxuto, com todos tendo chance de jogar.



Zé Ricardo coletiva Botafogo — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


Grupo com vontade de crescer e volta de Erik
Grupo que tem uma característica muito específica, todos com muita vontade de crescer na profissão e recuperar espaço. Conseguimos ajudar o Erik em 2018, crescimento muito interessante. É assim que vamos trabalhar, ajudando todos a atingirem os seus objetivos e os do Botafogo.


Montagem do elenco
Estamos tentando ser bem criteriosos na escolha dos atletas. Alguns não conseguimos por dificuldades e pela concorrência. E também não queremos trazer quem não seja o melhor para o clube. É precisa ter calma, paciência. A ansiedade de trazer por trazer pode prejudicar. Temos que ter muito critério. Escolhas logicamente passam por mim, mas é um trabalho de várias pessoas. Temos que estar sempre alinhados. Lógico que estamos atentos. Deixei claro ano passado que queria trabalhar com um grupo mais enxuto, dar mais chances aos garotos da base. O Carioca nos dá essa oportunidade de observar.


Contratação do psicólogo Paulo Ribeiro

Quando cheguei no Botafogo, procurei saber por que não tínhamos um psicólogo. Mostrei que era importante. Tivemos a possibilidade de trazer outras pessoas, mas queríamos um experiente. Hoje a psicologia está muito mais ligada a melhorar a performance, controle das emoções. O Paulo Ribeiro se encaixa, muito competente e experiente.



Estreia contra a Cabofriense
É a estreia, jogo importante. É bom vencer, dá confiança. É muito importante, porque a sequência no fim de janeiro, início de fevereiro vai ser bem decisiva. Começando bem, vamos poder administrar melhor o elenco.


Luta pelo bicampeonato carioca

O Carioca é uma competição muito charmosa. Fiz duas finais nos últimos anos e sei o quanto é difícil. São sete clássicos para chegar na final, isso mostra a dificuldade. O Botafogo entra para defender o seu título com uma coragem grande, sabemos da dificuldade, os rivais estão se reforçando. O Flamengo está muito forte, entra como favorita. Mas sabemos que quando o jogo começa, a história é outra. Tudo pode acontecer. Vasco e Fluminense também estão se reforçando muito bem. Temos que estar atentos a tudo isso, além das equipes de menor investimento, mas que tenha a facilidade de começar a treinar mais cedo.


Volta de Erik
Queria agradecer primeiro ao Palmeiras, aos representantes do jogador (OTB Sports) e ao próprio Erik pela vontade de voltar. Atleta que se identificou muito com o Botafogo, se sentiu bem, o ambiente é maravilhoso e diz muito do que se pode extrair de um grupo. Um atleta que teve reconhecimento individual grande, mas jogou sempre pelo coletivo, e isso fez com que a química acontecesse. Que não só ele, mas Alan Santos, Alex Santana, Gabriel, Ferrareis e Cavalieri tragam esse sentimento. Só quem tem a ganhar é o Botafogo. Se a forma coletiva der certo, todos acabam sendo valorizados individualmente.


Análise dos reforços

Alan é um meia clássico, que pode jogar tanto como primeiro ou segundo volante. Tem técnica apurada. Acreditamos que ele vai ser muito útil. Alex também atua em boa parte do campo, chegada forte, boa finalização de fora da área e muita vontade de crescer na profissão. Ferrareis pode jogar lateralizado ou pelo meio, mesmo perfil do Alex de buscar espaço. Erik já conhecemos, Cavalieri dispensa comentários. São jogadores interessantes e que agregam valores.



Ano difícil
Não temos a pressão de uma pré-Libertadores, mas temos a da Copa do Brasil, que foi traumática para o Botafogo, e da Sul-Americana, onde vamos enfrentar o atual vice-líder do Campeonato Argentino. É um ano difícil nos primeiros meses e que precisamos sim de resultado. É o que todos esperam. O que temos passado para os atletas é a responsabilidade que temos nessa pré-temporada. Nível de concentração tem que ser alto. Se a gente treinar concentrado, vamos entrar no jogo do mesmo jeito.


Elenco enxuto


Terminamos 2018 com 35 ou 36 atletas. Hoje temos 28 contando com os três goleiros. É um número bom, queremos ficar nessa média, nada que aumente muito.


Utilização dos garotos da base
Os meninos da base que já estavam treinando no profissional tm mais chance de jogar. Helerson, Wenderson, Igor Cássio e Rickson... Acompanhei a Copinha, achei que foi uma campanha digna. Começou de forma irregular, até porque o Marcos só assumiu o time em dezembro, mas por poucos não passamos do Guarani. Claro que alguns atletas se destacaram, mas a ideia é não pressionar. Espero que no momento exato eles possam ser utilizados. A ideia é sempre deixar o grupo mais enxuto.


Hyoran

Acompanho o Hyoran desde a Chapecoense, me chamou a atenção. Mas, pelo que sei, o Felipão conta com ele. A mim não chegou informação alguma desse assunto.


Alessandro
Alessandro é um caso diferente, indicação feita por um colega que hoje treina o Palmas-TO. Foi meu auxiliar na base do Flamengo e por isso a minha confiança. Ele me falou muito bem do atleta. Viria para o sub-20, mas pelos trâmites não pôde jogar. Ficou treinando com os juniores e depois foi para o profissional. Não podemos pressionar o menino.


Tem que ser trabalhado. Se enxergamos a oportunidade para ele ganhar experiência e maturidade, podes usá-lo. Tem qualidade técnica, mas precisa se desenvolver de forma natural. Não porque teve um apelido inusitado. Vai ser tratado como os outros. Ele chegou de forma humilde, está em busca de seu espaço, tem agradado.



Aguirre fica?
Pelo que me foi passado, não só pelo clube, mas também pelo Anderson, é uma situação que está muito mais nas mãos do atleta. Há uma pendência com a Udinese que não é da minha área. Os representantes receberam sondagens e tudo está sendo conversado. Está sendo pesada a vontade do atleta. Por enquanto ele está conosco. Se tiver condição de jogo será relacionado.


Importância do jogo-treino desta quinta-feira

Para esse jogo-treino estamos mais preocupados com a carga física e intensidade de jogo. Vamos mesclar bastante. Alguns vão fazer trabalho separado. Queremos ter o máximo possível de jogadores em condição para a estreia. A escalação no domingo vai depender de quem tiver mais condições de suportar. O jogo é às 19h, mas ainda deve estar sol. Queremos ter a equipe mais inteira possível.


Fonte: GE/Por Edgard Maciel de Sá e Fred Gomes — Rio de Janeiro