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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Elvis e Luis Henrique: Botafogo pode ter duas mudanças contra o Paysandu


Atividades foram técnicas, separadas por setores, sem time completo. Navarro sofre estiramento na panturrilha direita e não deve jogar neste domingo



Ricardo Gomes está aproveitando a semana inteira que tem disponível para trabalhar. E trabalhar bastante. Nesta quarta-feira, assim como no dia anterior, várias atividades técnicas foram realizadas. E novamente no horário das 10h, como será ao longo da semana, visando uma boa preparação para o confronto de domingo, contra o Paysandu, que será às 11h, no Estádio Nilton Santos. O técnico orientou dois momentos: um primeiro apenas defensivo e o segundo ofensivo, ambos em campo reduzido. A atividade mostrou que o Alvinegro deve ter duas mudanças no time titular: Elvis e Luis Henrique.

Botafogo trabalha questões técnicas e táticas nesta quarta-feira pela manhã (Foto: Jessica Mello)

No primeiro momento, treinaram os jogadores que vêm atuando: Luis Ricardo, Diego Giaretta, Renan Fonseca, Thiago Carleto, Serginho, Willian Arão, Diego Jardel e Daniel Carvalho. No segundo momento, quando saíram os atletas de defesa - e fizeram um trabalho em separado, buscando defender bolas alçadas à área - e ingressaram os de ataque, houve duas mudanças entre os testados com relação ao time que vinha jogando: Elvis no lugar de Diego Jardel e Luis Henrique no lugar de Navarro, ao lado de Neilton. 


Ricardo Gomes parava o treino a todo momento
 para orientar os jogadores (Foto: Jessica Mello)
A entrada de Luis Henrique deve ser confirmada no domingo, uma vez que é muito difícil que Navarro vá a campo. O uruguaio sofreu um estiramento no músculo posterior da panturrilha direita após o último jogo e está no departamento médico fazendo tratamento.


Enquanto Ricardo Gomes comandava estes dois trabalhos específicos, os auxiliares orientavam outros, na segunda metade do campo anexo do Nilton Santos. Primeiramente, um treino de dois toques e posse de bola. Ao fim da atividade, os jogadores de frente, como Neilton, afiaram a pontaria em um treinamento de chute a gol.


O Botafogo treina novamente nesta quinta-feira, às 10h. O jogo contra o Paysandu é no domingo, às 11h, pela 20ª rodada da Série B, a primeira do returno.

Por Jessica Mello Rio de Janeiro/GE

Fechar atrás e ter talento na frente: o segredo das vitórias, segundo Giaretta


Zagueiro vê dificuldade maior no returno do campeonato, pois as equipes sabem como o Botafogo atua. Atleta ainda enxerga time já "com a cara" de Ricardo Gomes



Diego Giaretta enxerga uma maior dificuldade
no returno da Série B pelas equipes já se conhecerem
 (Foto: Jessica Mello)
Fechar-se atrás, no setor defensivo, e ter talento e qualidade na frente, com os atacantes, para finalizar e marcar. Até parece simples, mas não é. Exige muito treino e muito trabalho para tal. Mas para Diego Giaretta, que desfalcou o Botafogo em apenas uma partida nesta Série B, contra o Macaé, o segredo para as vitórias virem é esse. Até porque, para o zagueiro, o returno é ainda mais complicado na competição, uma vez que as equipes já sabem como as outras costumam atuar. Assim, a qualidade individual acaba se tornando mais importante neste momento.


- A questão tática nossa já é conhecida, até a característica de cada jogador, a nossa forma de atuar. Eles nos estudam, da mesma forma como estudamos os adversários. A questão individual, agora, o talento individual, fará muita diferença. As equipes vêm totalmente fechadas quando jogam com a gente aqui (no Nilton Santos) e buscam um erro nosso para marcar. Contra o ABC foi assim, em uma bobeira da nossa defesa, da nossa linha de quatro. Assim, precisamos nos sobressair na parte defensiva e contar com o talento do pessoal lá da frente - explicou.


O Botafogo é a defesa menos vazada da Série B até o momento, com 12 gols apenas sofridos. O feito pode ser analisado também pelo fato de que Renan Fonseca e Diego Giaretta atuaram lado a lado na zaga na maioria das partidas - em algumas, Giaretta atuou no meio. Para o atleta, a sequência de jogos ajuda no entrosamento e para aumentar a confiança.


- Estamos jogando juntos há um tempo, temos uma sequência grande de jogos, e isso dá mais confiança, mais ritmo de jogo, mais harmonia. Mas temos de seguir atentos a cada jogo, não vamos encontrar jogos fáceis. Temos sempre de conversar bastante - disse.

A dupla de zaga do Botafogo após o treino: Renan Fonseca e Diego Giaretta (Foto: Jessica Mello)

No treino desta quarta-feira, em determinado momento da atividade, os zagueiros passaram a trabalhar em separado, com atividades específicas. Uma delas era visando a proteção na área em bolas alçadas. Giaretta observou na entrevista coletiva após o treinamento que o Botafogo vem tomando gols de bola aérea, que antes não aconteciam. Por isso, o trabalho específico, buscando corrigir o problema.


O zagueiro também afirmou que a equipe já está "com a cara" de Ricardo Gomes e que os atletas estão compreendendo bem o que o técnico expõe nos treinamentos.


- Hoje, posso dizer que está com a cara do Ricardo. Seu sistema de trabalho, sua metodologia, agora está sendo implantado. E os atletas estão cientes do pensamento do treinador. O pessoal está mais entrosado. O treino de hoje foi bem específico, mais do setor defensivo. Trabalhamos a questão das linhas, não abrir muito, estar sempre próximos. Estamos tomando muito gol de cabeça, de cruzamento, algo que não vinha acontecendo. Contra o Santa Cruz foi assim, contra o América-MG e o Bahia também... É uma questão que precisamos atentar, assimilar, aprender e evitar que volte a acontecer - contou.


Sol forte e calor no domingo


Visando uma melhor preparação para o jogo de domingo, que será às 11h, o Botafogo treina toda a semana pela manhã, às 10h. É uma maneira de acostumar os jogadores à diferença de calor e da posição do sol. Um fator ainda que pode prejudicar os atletas em campo, uma vez que nunca atuaram neste horário na Série B.


- Nos treinos a gente vem percebendo a sensação de calor. O sol desgasta muito. Não é nem a questão física, pois nisso estamos muito bem. Sem dúvida alguma um fator contra será a questão climática, calor muito grande. Isso vai nos impedir de fazer, muitas vezes, o que estamos acostumados. Vamos sofrer de qualquer jeito, sem dúvida - disse Giaretta.


O zagueiro ressaltou que os treinos realizados neste horário ajudam na adaptação, tanto na parte física, em campo, quanto na rotina de casa, no dia a dia:


- Ainda bem que tivemos a semana cheia para nos adaptarmos, com o horário do treino mudando. Estamos tendo todo o cuidado com o pessoal da fisiologia também, sobre o que fazer em casa, criar o hábito para chegar domingo e não sofrermos. Diante das dificuldades, temos de fazer um bom jogo em casa. Precisamos da vitória.


Por Jessica Mello Rio de Janeiro/GE

Não morreu! Elvis renasce no Botafogo após assistência decisiva


Fundamental em vitória de 2 a 1 sobre o América-MG, Elvis renasce no Botafogo. Meia fez brincadeira com o nome e está muito vivo na luta por uma vaga no time titular alvinegro



Elvis teve atuação decisiva em vitória
 sobre o América-MG (Foto: Andre
 Yanckous/AGIF/LANCE!Press)
Ele está vivo e pronto para lutar por uma vaga no time titular do Botafogo. O meia Elvis foi fundamental na vitória do Glorioso sobre o América-MG, por 2 a 1, no sábado passado, ao dar uma bela assistência para o atacante Neilton balançar a rede. O gol garantiu os três pontos e deixou o Alvinegro na vice-liderança da Série B. O jogador saiu do banco de reservas para decidir e agora está novamente na briga por uma vaga no time titular.


A boa atuação de Elvis contra o Coelho reacendeu uma velha brincadeira com o jogador alvinegro. Como estava em recuperação de uma lesão no tornozelo esquerdo e andava sumido, ele foi perguntado se “Elvis não morreu?”, em entrevista coletiva no Estádio Nilton Santos.

– Essa é uma brincadeira que todos fazem por causa do meu nome, mas eu não morri e estou bem vivo (risos). Quero seguir trabalhando para sair com a vitória no domingo, contra o Paysandu. Contamos com a presença do torcedor alvinegro e espero que dê tudo certo – disse o meia, bem-humorado com a situação.

Elvis conviveu com altos e baixos nesta temporada. Ele começou o ano entre os reservas, na pré-temporada, com René Simões e foi ganhando espaço aos poucos. Ele terminou a taça Guanabara em alta e com direito ao gol do título da competição. Pouco depois, porém, na semifinal do Campeonato Carioca, ele sofreu uma lesão muscular na coxa direito, o que o afastou dos gramados por um mês.

Recuperado deste problema, Elvis teve de lutar muito para voltar à equipe. Ele passou a entrar no decorrer de algumas partidas, mas nada como antes. Com outros jogadores em alta, o meia perdeu espaço e nem sequer foi relacionado para dois jogos da Segundona, contra Bragantino e Ceará. Na sequência, ele voltou a ter oportunidades, depois que a torcida pedia a volta do jogador pelas redes sociais. No entanto, outro problema o prejudicou: a lesão no tornozelo esquerdo. O atleta passou mais 20 dias entregue ao departamento médico até voltar à ativa.

Safisfeito por estar à disposição de Ricardo Gomes, o jogador agradece ao departamento médico do Botafogo e conta que espera não se machucar mais até o fim do ano.

– As lesões aconteceram nos meus dois melhores momentos. O jogador nunca quer se machucar, mas futebol é assim mesmo. Agradeço ao departamento médico do clube pela recuperação que tive nestas duas ocasiões. Agora, espero não sofrer mais com lesões para poder ajudar a equipe do Botafogo na Série B – comentou.

MEIA ACREDITA EM FORÇA DA TORCIDA

Elvis acredita que a torcida do Botafogo vai fazer bonito no jogo de domingo, contra o Paysandu, no Estádio Nilton Santos. A partida será às 11h, um horário que caiu nas graças do torcedor brasileiro na Série A e que agora chega à Segundona.

– A grande expectativa para esse jogo de domingo é de casa cheia. Precisamos sempre do apoio do nosso torcedor, que tem comparecido em todos os lugares que fomos jogar. Tenho certeza que essas duas vitórias também devolveram a confiança para eles. Tenho certeza que eles farão uma bela festa – disse o jogador.

Assim como o técnico Ricardo Gomes, Elvis acredita que há bons motivos para acreditar no Botafogo nesta Série B. Isso porque, segundo ele, a equipe voltou a jogar bem, como pedia o comandante.

– Como ele (Ricardo Gomes) sempre frisa, o importante é a equipe jogar bem. Acho que jogamos bem nesses dois últimos jogos que tivemos na Série B. Voltamos a fazer os gols e, agora, temos de manter o foco e a pegada para fazer um bom segundo turno e recolocar o Botafogo novamente na Série A do Brasileiro – comentou o meia alvinegro.



Paulo Victor Reis - LANCENET!

Andarilho, Serginho se firma com Gomes e planeja fincar raízes no Bota


No 12º clube da carreira, volante, que caiu nas graças de Ricardo Gomes, traça duas metas neste ano: levar o Alvinegro à Série A e estender seu contato com o clube



Serginho é uma espécie de andarilho do futebol brasileiro. Aos 26, jogou em quase todas as regiões do país. O currículo é extenso. Décimo segundo clube do volante, o Botafogo, no entanto, não é só mais um número para o atleta, que aponta a oportunidade no Rio de Janeiro como a grande chance na carreira.

- Passei por vários clubes, mas o Botafogo, com certeza, é o maior, com mais nome. Vejo essa chance como uma oportunidade que Deus me deu de mostrar o meu trabalho e jogar em um grande clube, com uma grande vitrine. Tenho contrato até 28 de novembro. O primeiro objetivo é trabalhar para colocar o Botafogo na Série A. Mas quero ficar. Espero renovar e quem sabe disputar o Campeonato Carioca, que é uma competição que sempre acompanhei - disse Serginho, que não tem vínculo com nenhum outro clube.

Serginho tem contrato até o fim da Série B (Foto: Vitor Silva / SSPress)

O início é promissor. Apesar da timidez, Serginho estreou contra o Santa Cruz e não deixou mais o time. Com Ricardo Gomes, tornou-se titular e assumiu a camisa 5, que andava sem dono desde a saída de Marcelo Mattos. Antes dele, Diego Giaretta e Diérson foram testados na posição.


- Foi tudo muito rápido. Vim para buscar meu espaço, e recebi essa oportunidade. Todos me receberam muito bem. Isso ajuda na adaptação. É muito bom vestir essa camisa que foi do Marcelo Mattos, um jogador importante aqui no Botafogo. O Ricardo Gomes é um excelente treinador e uma excelente pessoa. É um cara que dá atenção a todos no grupo.


Natural de Teresina, Serginho iniciou a carreira no River-PI. Depois passou por Náutico, Murici,São Caetano, América-RN, ABC, Tombense, Brasiliense, Marcílio Dias, Caldense e Guarani até chegar ao Botafogo. 

Por Marcelo BaltarRio de Janeiro/GE