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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Após subir "primeiro degrau", Bota busca identidade depois de fracassos


Emerson Sheik vê a equipe em construção e pede paciência aos torcedores alvinegros. Para ele, clima já está melhor após empate


Emerson Sheik no treino do Bota (Foto: Vitor Silva / Botafogo)
Quando Emerson Sheik negociava com o Botafogo, a equipe ainda estava forte na Libertadores. O que ele não imaginava é que o Alvinegro seria eliminado ainda na primeira fase e que o cenário em sua chegada seria uma terra arrasada. O atacante estreou na segunda rodada do Brasileiro, o 2 a 2 com o Inter, no Maracanã, depois de o time perder por 3 a 0 do São Paulo. O camisa 7 acredita que, apesar de o resultado contra o Colorado não ter sido a vitória, o jogo foi um "primeiro degrau" para a ascensão do Glorioso.

Para Sheik, a postura do Bota no segundo tempo contra o Inter, quando marcou dois gols e empatou a partida, é ponto de partida para o time construir uma identidade. Ele, no entanto, pediu um pouco de paciência da torcida alvinegra até isto acontecer.

- O momento era de desconfiança, mas, da maneira que buscamos o empate, serviu para termos a certeza de que é possível que seja diferente. O jogo nos deu moral. Precisamos criar uma identidade, uma maneira de jogar. Tivemos uma postura boa no segundo tempo, isso que buscamos. Para manter, precisamos de tempo, e a torcida precisa ter um pouco de paciência também. Não dá para alcançar o quinto degrau sem passar pelo primeiro, e certamente o empate foi bem visto porque o clima está melhor agora - disse o camisa 7.

Além de Emerson, outra cara nova no Bota é o técnico Vagner Mancini, e o atacante acredita que os jogadores vão em breve assimilar bem o que comandante quer.




- A chegada do Mancini também trouxe uma energia. Contra o São Paulo não havia tempo, mas ele trabalhou durante a semana e a equipe entendeu melhor o que ele quis. Nosso primeiro tempo foi horroroso, mas no intervalo ele chamou atenção para alguns detalhes e os jogadores concordaram. Voltamos diferentes e fizemos o que tínhamos treinado durante a semana.

Apesar da atual 18ª colocação na tabela, a conversa entre atletas e comissão técnica é de que o objetivo é chegar na parada para a Copa do Mundo bem perto do G-4 para não perder os primeiros de vista. Otimismo exagerado? Emerson acredita que não.

- O Botafogo é grande, e se os que vestirem essa camisa não pensarem assim nem precisam estar aqui. Temos que brigar pelas primeiras posições. Essa é o pensamento de todos.

O próximo obstáculo do Botafogo para tentar subir mais um degrau é o Bahia, domingo, na Fonte Nova.

Por Fred Huber*Rio de Janeiro
*Sofia Miranda, sob supervisão de Fred Huber