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sábado, 28 de abril de 2012

Oswaldo aposta em força do discurso e exemplos vencedores para motivar



Sem costume de criar algo diferente no vestiário, técnico diz que títulos históricos são usados e elogia a concentração do elenco nesta semana



Perto da hora de uma decisão, há treinadores que apelam para recortes de jornais e até vídeos de familiares com o intuito de motivar ainda mais os jogadores. Oswaldo de Oliveira, no entanto, tem o dom da palavra e se aproveita disso. Técnico do Botafogo há quatro meses, enfrenta sua primeira decisão e prepara um discurso inflamado, o qual já vem distribuindo nas reuniões matinais ao longo da semana do clássico contra o Vasco, e baseia suas apostas em exemplos vencedores.
O que costuma usar em sua preleção é segredo. Mas todos à sua volta não escondem que um dos pontos fortes do comandante é o fator psicológico. Tanto para erguer quem está por baixo como para reforçar sua crença no time e em seus destaques. Prova disso foi a recuperação do lateral Márcio Azevedo, a certeza na manutenção de Andrezinho e no jogo de cintura com Loco Abreu, que saiu de cena em alguns momentos em decisão praticamente conjunta.

Oswaldo de Oliveira Btafogo x Friburguense (Foto: Fernando Soutello / AGIF)
Oswaldo de Oliveira reforça o lado psiológico com seu discurso (Foto: Fernando Soutello / AGIF)

- Estamos confiantes e crescendo, sempre ressalto isso. Não há motivo para duvidar. Vou reviver com eles esses momentos até chegarem aqui para que não se esqueçam durante a partida. Senti o grupo com uma concentração extraordinária nesta semana, participando de tudo o que fizemos com atenção e vontade. Isso aumenta a possibilidade de fazermos um grande jogo - disse.
Oswaldo prioriza o descanso na concentração, especialmente no caso de uma final. Não é linha dura em relação aos hábitos de cada jogador, porém. Abre espaço para opiniões e costuma manter o estilo ponderado. Questionado a respeito do título carioca invicto de 1989 do clube, não descartou o feito como um bom exemplo para citar aos pupilos que é possível passar ileso pela competição.
- Todo exemplo vitorioso é sempre bem-vindo. Uso, sim, esse e outros momentos grandiosos do Botafogo. Essa instituição é feita disso. É um momento decisivo, mexe com as pessoas. Estar melhor de cabeça pode desestabilizar o adversário, potencializa a nossa motivação. Mas temos de saber lidar com isso, fazer o jogador entrar em campo altamente motivado tem seus cuidados - apontou o treinador, referindo-se ao exagero de garra numa jogada que pode gerar uma expulsão.
E, neste domingo, às 16h (de Brasília), todo cuidado é pouco, alerta o alvinegro.
- Sinto que o Cristóvão tem o inteiro domínio sobre a equipe dele.

Por André CasadoRio de Janeiro


Botafogo depende de aprovação financeira por Seedorf



Vice de futebol do Botafogo, André Silva disse que só depende de um Ok do Departamento Financeiro do clube pra tentar a contratação.





Elkeson inicia decisão ao lado de três meias de ofício



 Maranhense será o titular na meia contra o Vasco e jogará pela primeira vez ao lado de Maicosuel, Andrezinho e Fellype Gabriel

Elkeson - Botafogo (Foto: Ruano Carneiro)

Durante a semana, Oswaldo de Oliveira comentou sobre a possibilidade de usar os quatro como titulares, afirmando que até os jogadores que recebem a incumbência de marcar, têm de saber tocar a bola:
– Às vezes, a função te obriga a ter um marcador, mas qualquer jogador, seja qual for a posição, tem que ter dinâmica de jogo, saber dar passes, e entrar na área adversária. Isso é importante.


Leia mais no LANCENET! Gabriel Andrezo

‘Eu sou um Loco lindo’, brinca Loco Abreu, astro do Botafogo






Botafogo é a extensão do Uruguai na geografia de Loco Abreu. Se o clima andou quente e o terreno, acidentado para cobranças de pênaltis, ainda assim ele está em casa, no colo da fiel torcida. Desistir de bater pênaltis? Só se o técnico mandar.

É verdade que brigou com Oswaldo?
Pedi para fazer um trabalho especial e disseram que briguei com o treinador. Isso é sacanagem, falta de ética e de respeito. Atiram a pedra e, se pega em alguém, beleza...

Sempre que faz três gols, você leva pra casa a bola do jogo...
É uma premiação da Fifa. O Messi e o Cristiano Ronaldo levam sempre. Fora do Brasil, o próprio árbitro dá a bola ao jogador que faz três gols, o "hattrick". Aqui no Brasil, vou ter que procurar na Internet essa determinação que vale desde 2002 ou 2003. Vocês não a conhecem.

Teve, contra o Bangu, dificuldade em levar a bola?
Contra o Bangu, eles disseram que eu não poderia levar a bola porque eles não tinham muitas. Tive que arrumar uma do Botafogo e trocar com eles porque eu queria a bola do jogo. É uma lembrança para os filhos, os netos...

Você vem perdendo pênaltis. Cristiano Ronaldo e Messi também perderam. O que está acontecendo?
Hoje, os goleiros são fortes. Têm mais de 1m90 e, quando pulam com o braço esticado, diminuem a possibilidade de gol. Treinam com boa tecnologia e estudam o estilo do batedor. Somália, do Boavista, bate de forma maravilhosa. Ele vai devagar até a bola. Se o goleiro ameaça se deslocar, ele bate do outro lado.

Está triste por ter perdido seis pênaltis em sete cobrados?
Sinceramente? Depois das duas situações que Deus deu para mim, no Mundial (pelo Uruguai, contra Gana) e contra o Flamengo (final da Taça Rio de 2010), eu não posso reclamar. O torcedor, na rua, diz pra mim: "Esquece. Pode errar mais dez". O torcedor dá valor ao que já fiz.


Está então satisfeito?
Vou querer melhorar, continuar treinando e, talvez, tentar mudar a forma de bater. Isso não é por acaso. Tem um porquê. Mas aprendi na vida que o futebol é um esporte. Você pode ganhar, empatar e perder, mas não deve levar pra casa os problemas do trabalho. Do mesmo jeito, não fico em casa comemorando quando venço. Eu teria uma vida maluca se perdesse e ficasse embaixo da mesa.


Já havia acontecido antes?
Vocês são f... com estatísticas. No Nacional, errei quatro pênaltis seguidos, em 2004. Agora, seguidos pra valer também são quatro. Empatei o recorde negativo.


Tem personalidade para bater pênalti contra o Vasco, apesar do jejum?
Jejum foi ter ficado três anos perdendo finais para o Flamengo. E a palavra não é personalidade e, sim, convicção de que tenho a técnica para bater. Mas respeito o treinador se ele disser para eu dar um tempo e escolher outro. Vou entender.


Oswaldo falou com você?

Loco abreu botafogo gol bangu semifinal taça rio (Foto: Fábio Castro / Agif)Não. E digo que no Nacional, quando perdi quatro pênaltis, o De Leon era o treinador e, mesmo com a imprensa fazendo pressão, ele decidiu que eu bateria até acertar. A confiança que ele me deu foi fundamental. No jogo seguinte, fiz o gol de pênalti que nos deu o título uruguaio, aos 93 minutos. Bati com uma "picadita" ("cavadinha"). Mas, agora, se o treinador me pedir para dar um descanso, não vou ficar dizendo que tenho três colhões para bater.


Que grande loucura você fez na vida?
Nenhuma. Tenho esse apelido por situações engraçadas. Nunca bati na mulher, nos filhos, no treinador. Nunca fui expulso por um carrinho desleal. Não dirigi bêbado um carro cheio de mulheres. Sou um Loco lindo, que todo mundo quer. Um Loco que todo mundo quer no vestiário, contando piadas.


Na comemoração da Copa América, você até exagerou no vestiário, não?
Foi brincadeira. Faltei com respeito a alguém? Então?


Seu filho de oito anos joga bola?
É centroavante. Ou melhor: atacante. Centroavante é espécie em extinção. Essa situação vem da base: quem é alto, vai para a zaga. Você não acha que o Barcelona sentiu falta de um centroavante de área contra o Chelsea? No Uruguai, o centroavante de área sou eu. Se o treinador diz que é dia de levantar a bola na área, então, entra o Loco Abreu. É até bom para mim. O camisa 10 também está acabando. Hoje, não há ninguém como o Ganso. Há volantes que vão e voltam.


Destaca algum centroavante do Brasil?
O Luís Fabiano faz muito bem a função de pivô. Tem possibilidade de jogar o Mundial.


Já decidiu se será treinador?
Com certeza. Quando não tiver mais força mental e física para ser jogador.


Por Marluci Martins

Dirigente do Bota garante vinda de reforços em breve




Não é apenas de Seedorf que são feitos os planos da diretoria do Botafogo para 2012. Carente de peças de resposição no que se refere a laterais e volantes, a equipe busca formas de aumentar o plantel, de acordo com o que garante o vice de futebol alvinegro, André Silva.
O dirigente afirmou que o pensamento prinicpal nesta semana é a briga pelo título da Taça Rio, neste domingo, contra o Vasco. Porém, afirmou que as negociações, que já existem, avançarão depois do fim de semana decisivo dentro de campo:
- A gente está trabalhando muito a esse respeito. Existem negociações em curso, mas a semana é de falar nos jogos. Após esses jogos, sim, as coisas vão acontecer, temos que trazer jogadores para essas posições. E vamos trazê-los, isso eu posso garantir.
No momento, o Botafogo dispõe de apenas três laterais: Lucas na direita, e Márcio Azevedo e o jovem Renan Lemos na esquerda. Entre os volantes, Renato e Marcelo Mattos são os titulares mais comuns. Ainda há Lucas Zen, Gabriel e Jadson, porém todos com menos de 21 anos, e oriundos das categorias de base.


Leia mais:Extra/Globo

Elkeson recebe apoio do pai na véspera da decisão da Taça Rio



Meia do Botafogo espera que Antônio, que mora em Salvador, seja pé-quente no confontro com o Vasco, domingo, no Engenhão



Na onda da visita do pai de Loco Abreu, que foi aos últimos três treinamentos, Elkeson contou com o apoio de amigos e familiares no no campo anexo do Engenhão, na véspera da final da Taça Rio, contra o Vasco. A comitiva foi liderada por Antônio, pai do jogador, que mora em Salvador, que já teve seu nome escrito no cabelo do filho.
- Vamos ver se ele é pé-quente mesmo - disse Elkeson, abraçado ao pai, antes de deixar o Engenhão depois do treinamento deste sábado, quando nenhum jogador concedeu entrevista coletiva.

Elkeson com o pai, Antonio  (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
Elkeson posa com o pai, Antônio. Ao fundo, sentado, Washington Miguel, pai de Loco Abreu, presença nos últimos três treinamentos do Botafogo no Engenhão (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

Elkeson chegou a ficar fora de dois treinamentos durante esta semana, poupado com dores musculares. No entanto, marcou presença na sexta-feira e garantiu sua escalação. Ele vai formar o trio de armadores com Andrezinho e Maicosuel, já que Fellype Gabriel atuará mais recuado na posição de Renato, machucado.
Quem vencer o confronto entre Botafogo e Vasco, domingo, às 16h (de Brasília), vai enfrentar o Fluminense na final do Campeonato Carioca, nos dias 6 e 13 de maio.

Por Thales SoaresRio de Janeiro

Felip@odf

Em paz, Botafogo espera que torcida seja 'preponderante' mais uma vez



Oswaldo de Oliveira e Andrezinho mostram satisfação com envolvimento dos alvinegros no último jogo e projetam apoio redobrado neste domingo 


Treino do Botafogo no Estádio Olímpico João Havelange - Andrezinho. (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo.)
Treino do Botafogo no Engenhão
Foram dias difíceis sem o apoio irrestrito do torcedor. Apesar da invencibilidade na temporada, o Botafogo emplacou sequência de três vitórias diretas, por exemplo, apenas uma vez e havia empatado metade das partidas, sete delas contra times de menor investimento. A desconfiança, porém, deu lugar a um sopro de incentivo quando o desempenho contra o Bangu, sábado passado, foi acima da média e o Engenhão encheu mais. Jogadores e comissão técnica querem repetir aquela paz na final da Taça Rio, neste domingo, às 16h, contra o Vasco.
- A participação do torcedor é muito bem-vinda, eles foram preponderantes, nos ajudaram bastante, principalmente no momento de revés do jogo (quando o rival encostou em 3 a 2). O esforço final vai ser importante para levarmos a Taça Rio - apontou o técnico Oswaldo de Oliveira, que sempre acreditou que as críticas de outrora não partiam da maioria do público.
Alvo de vaias eventuais, Andrezinho foi aplaudido pelas duas assistências para Loco Abreu e pela intensa participação no último compromisso. Ansioso pelo gol que ainda não marcou com a camisa alvinegra, o meia quer a equipe preparada para as cobranças, mas também sonha com a confiança e o estreitamento definitivo dos laços com os torcedores da arquibancada.

 - A cobrança sempre vai acontecer, temos que nos acostumar. Numa mesma partida, pode mudar tudo. Mas é bom ressaltar que a torcida do Botafogo compareceu e incentivou do início ao fim contra o Bangu. Foi muito legal. Quando remamos para o mesmo lado, facilita. Essa união é necessária para atingirmos objetivos maiores. Até porque nenhum time fica 20 jogos sem perder à toa. Acho que merecemos o apoio deles. Tomara que dure por muito tempo e que eles joguem com o time de novo contra o Vasco - espera o camisa 10, que vê um trunfo na veia ofensiva alvinegra.
- Uma das qualidades da nossa equipe é o toque de bola, a chegada forte e constante. Está provado isso. Temos criado e nos movimentado muito para dar opções. Não damos chutões. Os jogadores de trás, como Marcelo Mattos e Renato, têm essa boa saída de bola e facilita - elogiou.
O público anunciado frente ao Alvirrubro (19.786 presentes) foi o segundo melhor do Glorioso no ano, um pouco abaixo do da semifinal da Taça Guanabara, contra o Fluminense (21.143). Mas o recorde será batido neste domingo, já que os ingressos acabaram na manhã deste sábado.

torcida botafogo seminifinal taça rio (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)
Torcida do Botafogo protagonizou belo espetáculo sábado passado (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)



Por André Casado e Thales SoaresRio de Janeiro

Felip@odf

Botafogo bate o Umuarama e pula para sétimo na classificação da Liga




Alvinegro se aproveita de falhas na defesa, segura pressão e vence por 4 a 1


Simples e eficiente, o Botafogo superou o Umuarana neste domingo e deu um salto  na classificação da Liga Futsal. Após se aproveitar de faltas na marcação da equipe paranaense, o Alvinegro segurou a pressão dos visitantes e confirmou a vitória por 4 a 1 (assista aos gols no vídeo ao lado), segunda do time como mandante no ginásio do Tio Sam, em Niterói. Agora, com 10 pontos em oito jogos, o clube ocupa  momentaneamente a sétima colocação, enquanto os visitantes, com nove pontos, estão em 12º lugar.
- Pontuar em casa é muito importante. O que vem de fora, é ponto extra. Hoje foi importantíssimo para reconquistarmos a confiança. Na próxima rodada vamos jogar em casa de novo e fazer o possível para subir ainda mais na tabela - disse Sakai.

Tsunamí Alvinegro




                                     E a caravela do Vasco há de sucumbir! Passa por cima Fogão.



Rodrigo Alvinegro



SEEDORF: Diretor confirma contato e diz que Bota 'vai partir para cima"



Botafogo fará de tudo para contratar Clarence Seedorf para a sequência de 2012
Botafogo fará de tudo para contratar Clarence Seedorf para a sequência de 2012

O vice de futebol do Botafogo, André Silva, confirmou neste sábado que o clube mantém contato com Seedorf desde o maio de 2011, quando ele e o presidente Maurício Assumpção viajaram a Milão e tentaram contratar o jogador. Após criar laços com o meia e com a representante do atleta, a diretoria afirmou que precisa do aval do departamento financeiro do clube para “partir para cima” do camisa 10 do Milan-ITA, que não contará com o jogador em seu elenco na próxima temporada.

Jobson está fora da final da Taça Rio


Atacante sentiu um incômodo muscular na sexta e não está relacionado para o jogo


O Botafogo não poderá contar com o Jobson para a partida de domingo, contra o Vasco, pela final da Taça Rio. O atacante não foi relacionado para a decisão. Após ser afastado do time pela diretoria, por problemas indisciplinares, o jogador foi reintegrado ao elenco, nesta semana. No treinamento de sexta-feira, Jobson sentiu um incômodo muscular. Neste sábado, o atleta fez uma atividade leve e depois foi para o departamento médico dar continuidade ao tratamento do problema muscular.
A decisão do returno será realizada no Engenhão, às 16h. Quem vencer, disputa a final do Campeonato Carioca com o Fluminense, que foi campeão da Taça Guanabara.

Sofia Miranda  e Thiago Veras - Super Rádio Tupi


Felip@odf

Máquina alvinegra que originou indisciplina de Jobson dedura excessos na noite

Quem opera a máquina do Botafogo é o professor de Termografia no Esporte David Mahamud
Quem opera a máquina do Botafogo é o professor de Termografia no Esporte David Mahamud Foto: Luiz Victor Lopes 

A imagem mostra as sensações termográficas do corpo do atleta
A imagem mostra as sensações termográficas
 do corpo do atleta
 Foto: Divulgação
Uma máquina de avaliação termográfica - a Flir T400 - é o marcador implacável dos jogadores do Botafogo para a final da Taça Rio. Nela, são tiradas fotos para a medição das sensações do corpo dos atletas e qualquer excesso extra-campo pode ser identificado. Além disso, o aparelho é um forte aliado do clube na prevenção de lesões. Quem cuida da máquina “X-9” alvinegra é David Mahamud, professor de Termografia no Esporte.
— Ela vem sendo muito usada pelos clubes europeus, principalmente na Espanha. Ela ajuda a minimizar o número de lesões e aponta quando podemos poupar determinado atleta das atividades ou de jogos — explica David, que guarda como “segredo de estado” outros pontos que são revelados pelo aparelho à comissão técnica, como os excessos na noite carioca — Não posso revelar se dá para ser diagnosticado, mas digamos que sim. Dá para perceber alguns excessos na noite.
O fisiologista do Botafogo, Altamiro Bottini, aprova o trabalho feito pela máquina com os jogadores do Glorioso.
— Todo o início de treino os jogadores passam pela foto. Ela identifica uma possível lesão e auxilia na prevenção. Também conseguimos identificar como está a musculatura, se ele teve uma boa noite de sono e se está relaxado para as atividades. Se a foto alegar algo estranho, chamamos o atleta e conversamos, tudo baseado no que a máquina revelou — analisa Altamiro.

Jobson se recusou a tirar as fotos

A máquina já fez sua primeira vítima no elenco. O atacante Jobson se recusou a tirar as fotos e discutiu com Altamiro Bottini. Na ocasião, a diretoria do Botafogo suspendeu e multou o atacante em 20% do salário.
Jobson se recusou a tirar fotos na máquina Flir T400
Jobson se recusou a tirar fotos na máquina Flir T400 Foto: Alexandre Cassiano 
Mas Jobson foi perdoado pela diretoria e hoje já figura entre os profissionais, a ponto de estar à disposição do técnico Oswaldo de Oliveira para a final da Taça Rio, contra o Vasco, no Engenhão. Para o fisioterapeuta, o Botafogo só tem a ganhar com este aparelho:
— Esta imagem é um dado complementar para a comissão técnica. Trabalhamos todos juntos, psicologia, nutricionista, preparadores físicos, fisioterapia e fisiologistas. Se não é identificado o que aconteceu, conseguimos perceber que tem alguma coisa errada na recuperação do atleta.


Andrezinho: Novo cobrador de pênaltis do Botafogo




OPINIÃO DE TORCEDOR - Atualizada em 28/04/2012



Minha foto
Andrezinho, no último jogo diante do Bangu, fez sua melhor partida desde que chegou ao Botafogo. Ainda aquém das expectativas para o qual foi contratado, mas bem mais próximo do que dele espera a torcida. Um jogador que se apresente e arme as jogadas, atuando com eficiência na transição da linha de defesa para o ataque. O que se espera dele é efetividade durante todo o tempo, assumindo de vez a condição de maestro da orquestra, função para a qual foi contratado.


Foi o que tentou fazer desde o começo do jogo, atuando como um verdadeiro 10. Armou e fez boas assistências pros companheiros, tentando ditar, ao lado de Fellype Gabriel e Renato enquanto esteve em campo, o ritmo do time durante os 90 minutos. Só o fato de permanecer no jogo todo o tempo já foi um grande avanço diante da imagem de fragilidade que passou à torcida desde a pré-temporada, quando problemas de esgotamento, câimbras e incômodos musculares causaram desconfiança sobre seu futuro no clube.


HOME Andrezinho - Bangu x Botafogo (Foto: Cléber Mendes)Diante do Bangu, abandonou a costumeira inibição e arriscou mais conclusões em gol, porém sem muito sucesso como já ocorrera nos jogos anteriores. Parece residir aí o problema que o perturba. Marcar o primeiro gol pelo Fogão tem deixado o jogador um tanto quanto ansioso. Se não, como explicar tamanha falta de pontaria, de potência nos chutes e precisão no arremate, após exaustivos treinamentos específicos.




Indago, nessa altura do campeonato, porque não deixa-lo bater pênaltis nos próximos jogos. Não precisa ser um pênalti daqueles que decidem partidas, vagas e campeonatos, porque daí a pressão aumentaria, e muito. Mas uma penalidade tipo a que o Loco perdeu nesse jogo. Era uma cobrança importante pois mataria o jogo, porém não decisiva.

Essa deveria ser a postura do Comando Técnico e dos próprios jogadores a partir de então, o que acabaria por matar dois coelhos com uma cajadada só e fazer as pazes de vez com a torcida que, dessa vez prestigiou o time em grande número. Andrezinho marcaria seu primeiro gol pelo Bota no tempo regulamentar e impediria que El Loco Abreu tentasse "perder" seu sétimo pênalti em oito possíveis ao longo dessa temporada. Acorda Direção!

É o que penso... E Você? Comente ai...

Felip@odf

Jádson e Maicosuel, as chaves do enigma alvinegro




Oswaldo de Oliveira conversa com Maicosuel em treino do Botafogo
Oswaldo de Oliveira conversa com Maicosuel em treino do Botafogo Foto: Jorge William / O Globo

RIO — Sem saber que minutos antes o próprio Renato confirmara sua ausência enquanto cruzava os corredores do Engenhão com o tornozelo inchado à mostra, na sala de entrevistas Oswaldo de Oliveira mantinha no ar a dúvida sobre a participação do volante diante do Vasco. A passagem do tempo, dizia, ensinara-lhe a lidar melhor com as ansiedades. Renato não é a chave do mistério alvinegro para a decisão da Taça Rio, tampouco Fellype Gabriel. Se há uma questão ainda implícita, é onde este jogará, o que vai depender da escolha do técnico do Botafogo entre o novato Jádson e Maicosuel.

Oswaldo não deu mais do que uma pista sobre qual pode ser sua opção. Em determinado momento do treino, chamou Fellype, Elkeson, Andrezinho e Maicosuel para conversar. No início da semana, Fellype já havia treinado como segundo volante, posição em que terminou a semifinal contra o Bangu. Mas, assim como fez Cristóvão na semana da semifinal contra o Flamengo, em que testou Juninho ao lado de Felipe e entrou em campo com Fellipe Bastos, nada impede que a formação titular seja a surpresa de última hora.
— Não confirmo, não — respondeu Oswaldo, à pergunta se Fellype Gabriel formaria a dupla de volantes com Marcelo Mattos. — Estou preparando o time ainda, tenho a possibilidade do Jádson, que estreou muito bem contra o Boavista. Amanhã (neste sábado), possivelmente, sai a confirmação.

Se não trata a questão como a solução de seus problemas, Oswaldo também evita dar armas para Cristóvão Borges. Apesar da larga experiência e do currículo recheado de títulos em comparação com o rival, em início de carreira, para o técnico alvinegro a importância do momento ajuda a diluir diferenças.
— Só tem uma diferença entre mim e o Cristóvão: ele jogava muito — brincou. —Vi jogos em que o Vasco passou por momentos ruins e deu a volta por cima. Ele faz manobras de jogo com autoridade.
Para Loco Abreu, a falta de Renato é um fato que deve ser tratado com pragmatismo:
— Ele é um jogador titular, experiente, com uma ótima leitura do jogo, mas temos que nos preocupar em não transformar a ausência dele em algo importante. Seja quem for o escolhido, temos que fazer suas características darem certo, pois o meio-campo é onde se ganha o jogo.

Novo cobrador de pênaltis

Embora nunca tenha deixado de ser uma liderança, o capitão precisou de um trabalho especial de recondicionamento físico para retomar a condição de artilheiro. Após os três gols contra o Bangu, a final da Taça Rio contra o Vasco é uma espécie de primeiro passo rumo a duas conquistas para Abreu: a do estadual e da condição de cobrador oficial de pênaltis, já que, nas entrelinhas, Oswaldo disse que, ao menos nos 90 minutos, a tarefa de cobrar as penalidades caberá a outro. Andrezinho é o favorito para assumir o posto.
— O cobrador já foi determinado, mas as circunstâncias do jogo podem causar mudanças — afirmou Oswaldo. Nesse caso, se Herrera estiver em campo, será o cobrador.

Nesta sexta-feira, Jóbson, Lucas Zen e Fábio Ferreira ficaram na academia, mas apenas o primeiro é problema. Jóbson voltou a sentir dores musculares e deixou de ter presença certa no banco. Oswaldo tem planos de usá-lo assim que entrar em forma. Só não quis falar do holandês Seedorf, embora tenha confirmado que o meia do Milan, que recebeu proposta oficial do Botafogo no ano passado, faz parte de um projeto de marketing do clube. Antes de planejar o futuro, o técnico só tem olhos para o presente, e nada melhor do que conquistar um inédito título em casa.
—Nossa campanha precisa de um encerramento com chave de ouro. Temos de vencer no domingo e depois mais duas vezes o Fluminense — lembrou. — A concentração dos jogadores me faz acreditar num grande jogo domingo.

Fábio Juppa - O Globo