Páginas

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Antônio Carlos diz que transferência interessa a Botafogo e Andrezinho



Zagueiro lamenta possível saída do meia, na mira do Al Ahli, caso a transferência se concretize 'como o jogador e o Botafogo querem'





Andrezinho na coletiva do Botafogo (Foto: Fábio Castro / Agif)
Botafogo detém 50% dos direitos econômicos
de Andrezinho (Foto: Fábio Castro / Agif)

A possível saída de Andrezinho para o Al Ahli, da Arábia Saudita, já mexe com os companheiros. Contratado no começo desta temporada, ele tem uma excelente proposta financeira para deixar o Botafogo, que detém 50% de seus direitos econômicos, mas os dirigentes não demonstram interesse em negociá-lo por um valor abaixo da multa.

O Botafogo pagou R$ 1,2 milhão para ficar com a parcela que pertencia ao Inter. A expectativa é de um grande lucro em um pequeno período, embora o técnico Oswaldo de Oliveira seja contra a saída de Andrezinho - assim como aconteceu com Elkeson, que tinha proposta do Bologna e ficou.

- Ele acabou de chegar, e podemos perder o companheiro se realmente (o negócio) se concretizar como o jogador e o Botafogo querem. Ficamos tristes pelo jogador que ele é, pelo que vinha vivendo aqui. O Andrezinho fez mais gols pelo Botafogo do que em sua carreira inteira - brincou o zagueiro Antônio Carlos.



O poder financeiro do Oriente Médio já levou o atacante Herrera do Botafogo. O argentino foi para o Emirates Football Club, dos Emirados Árabes, por € 2,5 milhões (o equivalente a R$ 6 milhões). Alex, do Corinthians, e Diego Souza, do Vasco, foram negociados com Qatar e Arábia Saudita, respectivamente.

- Para alguns jogadores, a proposta vem com um valor muito alto. Podem ser dois anos complicados, numa situação desconfortável para a família, principalmente para a mulher, que precisa andar de burca, mas pode fazer a vida. Dependendo da situação, não vale a pena trocar, mas algumas são difíceis de recusar - comentou Antônio Carlos.

Andrezinho, que já havia perdido a camisa 10 para Seedorf, ficou no banco de reservas na derrota por 1 a 0 para o Grêmio, domingo, no Engenhão, dando lugar a Seedorf no time. Ele entrou durante o segundo tempo, substituindo Fellype Gabriel.

Por Thales SoaresRio de Janeir
o

Jogadores do Bota lamentam derrota na estreia de Seedorf



Companheiros mostram tristeza por não terem vencido o Grêmio e não terem completado a festa da torcida


Vitor Júnior - Botafogo (Foto: Paulo Sérgio)
Vitor Júnior ficou triste por não vencer na estreia
 de Seedorf (Foto: Paulo Sérgio)
Os jogadores do Botafogo ainda estão lamentando a derrota de 1 a 0 para o Grêmio, no último domingo, na estreia de Seedorf. Vitor Júnior lamentou não ter conseguido a jogar o companheiro a conseguir uma vitória no seu primeiro jogo.

- Estrear com derrota não é bom, mas poderia ter sido melhor pela equipe. Por ele, acho que deu sinais de que vai nos ajudar muito, que tem qualidade. Infelizmente, não conseguimos ajudá-lo com a vitória. Quarta-feira, esperamos fazer um bom jogo para dar a ele esse resultado positivo - disse.

O zagueiro Antônio Carlos disse que após a partida não falaram com Seedorf. Porém, nesta segunda-feira., ele disse que o holandês falou sobre o jogo contra o Santos quando o time jogou bem. Além disso, segundo o zagueiro, o camisa 10 reclamou de um pouco de cansaço.

Depois do jogo, não conversamos. Hoje (segunda-feira), a gente se falou rapidamente e ele lamentou o fato de não termos conseguido vencer o Santos, apesar de um bom segundo tempo, e a derrota de ontem (domingo). Ele se queixou um pouco do cansaço, mas vai pegar o ritmo jogo a jogo e com sua experiência ajudará a gente - contou.

Os jogadores titulares do Botafogo ficaram na academia nesta segunda-feira, em preparação para a partida contra o Vasco, quarta-feira, às 20h30, no Engenhão. já os reservas e o goleiro Jefferson, único titular à subir para o campo, treinaram no campo anexo do Engenhão.


Leia mais no LANCENET! 

Musa do Brasileirão: confira algumas candidatas inscritas no concurso


Torcedoras podem fazer suas inscrições até o próximo dia 10 de agosto
A sétima edição do concurso Musa do Brasileirão, parceria entre GLOBOESPORTE.COM e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), vem recebendo muitas inscrições em 2012. As candidatas têm até o próximo dia 10 de agosto para entrar na briga.


mosaico Musas Brasileirão 2012 (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Musas de Fla, Flu, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio, Botafogo e Corinthians dão gostinho aos torcedores em fotos (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Este ano a candidata deve acessar o portal do concurso na internet e aceitar o presente regulamento, bem como todas as regras e condições. Depois disso, cadastrar seus dados pessoais na ferramenta disponibilizada e responder às perguntas indicadas. Por fim, deve enviar, por meio da ferramenta, obrigatoriamente, no mínimo, uma foto própria, em qualquer dos formatos permitidos, e um vídeo, contendo sua imagem e voz, com, no máximo, dez minutos de duração.

Veja imagens de algumas das belas inscritas:


Cris Lopes (Flamengo)
Carolina Magalhães (Atlético-MG)
Gleice Paisante (Fluminense)
Larissa Drosac (Figueirense)
Michele Recktenwald (Grêmio)
Milena Machado (Botafogo)
Larissa Coelho (Corinthians)
Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro

Cinco pedem, mas só Flu tem pênalti. Veja as polêmicas da rodada#11



Botafogo, Cruzeiro, Ponte e São Paulo viram faltas na área, mas árbitros não atendem, em fim de semana de 'gol de boné' e bandeiras bem atentos


Os lances dentro da grande área dominaram as polêmicas da rodada#11 do Campeonato Brasileiro. Somente um pênalti foi marcado, para o Fluminense contra a Ponte Preta, mas muitos foram os pedidos para que os árbitros apontassem faltas dentro da área. Além disso, só um cartão vermelho foi mostrado nos dez jogos do fim de semana: para Fred, do Figueirense, diante do São Paulo.

Veja os principais lances duvidosos desta rodada:

Internacional 4 x 1 Atlético-GO - De boné, não pode

Depois de marcar o terceiro gol do Internacional sobre o Atlético-GO, no Beira-Rio, o atacante Jajá comemorou ao lado do lateral-esquerdo Fabrício. Os dois jogadores usaram bonés, o que é proibido pela regra, e deveriam receber o cartão amarelo como punição. No entanto, o árbitro Paulo Henrique de Godoy Bezerra não advertiu os jogadores.

- Pode não ser uma atitude simpática, mas a verdade é que árbitros não criam as leis, eles a executam. A regra fala que um jogador que cobrir a cabeça ou o rosto com uma máscara ou artigos semelhantes deverá ser advertido com cartão amarelo. Pela lei do jogo, deveriam ser advertidos. Particularmente, acho um abuso pelo fato de não ter acontecido nenhum tipo de retardamento no reinício do jogo e nenhum tipo de afronta ao adversário; simplesmente alegria! - comentou Leonardo Gaciba.

Na Taça Libertadores de 2011, Neymar recebeu o segundo cartão amarelo após vestir uma máscara para comemorar um gol na vitória do Santos por 3 a 2 sobre o Colo Colo (Chile).


Figueirense 0 x 2 São Paulo - Pênalti não marcado

Aos 34 minutos do segundo tempo, quando já vencia a partida por 1 a 0, o São Paulo reclamou um pênalti não marcado pelo árbitro Anderson Daronco sobre o atacante Willian José. Nada foi marcado. Para Leonardo Gaciba, a penalidade aconteceu.
- O chute não foi na bola, pega na panturrilha do atacante do São Paulo. Sse o árbitro tivesse visto, teria que ter marcado o pênalti - afirmou o comentarista.










Na partida no Orlando Scarpelli, aconteceu também a única expulsão da 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, do zagueiro Fred, do Figueirense. Aos 24 minutos da etapa final, o jogador puxou o lateral Cortez, do São Paulo. Para Leonardo Gaciba, a expulsão foi bem acertada.

- A própria torcida do Figueirense não vai reclamar da expulsão. O Cortez já tinha ganho a jogada e um jogador, com cartão amarelo, toma uma atitude dessa. Ele não poderia ter outro destino a não ser ir para o chuveiro mais cedo. O cartão foi muito bem aplicado.



Cruzeiro 1 x 0 Flamengo - Até comentarista fica na dúvida

Após cruzamento de Montillo para a área do Flamengo, o zagueiro do Cruzeiro Rafael Donato tenta alcançar a bola, mas leva a pior na disputa com o rubro-negro González, em lance aos cinco minutos do segundo tempo. O comentarista de arbitragem da TV Globo Arnaldo Cezar Coelho ficou dividido no lance.

- Não ficou muito claro que ele puxou. O González foi em direção ao Donato, mas a imagem está meio encoberta. O Donato caiu, mas não dá para afirmar que houve o pênalti - afirmou Arnaldo.




Botafogo 0 x 1 Grêmio - Um pênalti e um lance duvidosos no Engenhão
O zagueiro Gilberto Silva, do Grêmio, e o atacante Elkeson, do Botafogo, disputaram a bola dentro da área, aos 29 minutos do segundo tempo. O jogador alvinegro pediu pênalti, não marcado pelo árbitro Luiz Flávio de Oliveira. Para o comentarista do SporTV Lédio Carmona, a penalidade máxima aconteceu.

- A imagem é clara, claríssima - resumiu Lédio Carmona, durante a transmissão da partida.







Ainda no Engenhão, aos 46 minutos da etapa final, o zagueiro Vilson cortou um cruzamento em disputa com Andrezinho. Mais uma vez, Luiz Flávio de Oliveira deixou o lance seguir, e nada marcou. Lédio Carmona não viu falta do gremista sobre o botafoguense, mas enxergou um possível desvio no braço do defensor do Tricolor Gaúcho.

- Só se houve um toque com o braço, porque contato com o Andrezinho não aconteceu - disse o comentarista.






Ponte Preta 1 x 2 Fluminense - Árbitro acerta em dois lances na área


O primeiro lance duvidoso aconteceu aos 11 minutos do segundo tempo, na área do Fluminense. André Luis recebeu ótimo passe de Nikão e, na disputa com Wallace, caiu no gramado. O árbitro Manoel Lopo Nunes marcou apenas o tiro de meta para a equipe carioca. Para o comentarista Renato Leal, o juiz acertou na jogada.

- Não caracteriza o pênalti. A impressão que eu tenho é que o André Luis perde o equilíbrio e não consegue bater de canhota. Tem a chegada do Wallace, mas ele não toca o André Luis para fazer o pênalti - afirmou o comentarista.




O outro lance polêmico aconteceu aos 44 minutos da etapa final. Wellington Nem recebeu passe de Fred, avançou e caiu após carrinho de Gustavo. Desta vez, Manoel Lopo Nunes marcou o pênalti, o único de toda a rodada.

- O Gustavo só acerta a perna do Wellington Nem. Não há o que reclamar, o pênalti é claríssimo - afirmou Renato Leal, concordando com o árbitro.

Fred bateu a cobrança, converteu e deu a vitória ao Fluminense por 2 a 1. O resultado deixa o Tricolor na cola de Atlético-MG e Vasco na luta pela liderança.


Palmeiras 3 x 0 Náutico - Assistentes afiados

Gol anulado do Palmeiras (Foto: Reprodução)Gol de Obina foi bem anulado. Atacante está à
frente da marcação (Foto: Reprodução)
Na partida entre Palmeiras e Náutico, na Arena Barueri, dois lances exigiram atenção dos assistentes Ivan Carlos Bohn e José Carlos Dias Passos. E, em ambos, os auxiliares acertaram. No primeiro tempo, aos 11 minutos, o atacante Mazinho bateu cruzado, e Obina, em posição irregular, completou para o gol. O lance foi bem anulado, pois o atacante está claramente à frente do último defensor do Náutico.

Na segunda etapa, logo aos cinco minutos, Obina chutou para o gol, a bola carimbou a trave e Márcio Araújo, sem marcação, completou para o gol. O lance foi válido e foi o terceiro gol do Palmeiras na partida. Mais uma vez, o trio de arbitragem acertou. No momento da finalização, o volante do Verdão tem dois 
marcadores do Náutico a sua frente. Portanto, gol legal.
Terceiro gol do Palmeiras: Márcio Araújo em posição legal (Foto: Reprodução)
Terceiro gol do Palmeiras: Márcio Araújo, no alto, está em posição legal (Foto: Reprodução)




























TrocadePasses/Por SporTV.com/Rio de Janeiro


































Lodeiro vive expectativa de defender o Bota e espera apoio em Londres


Novo uruguaio do grupo tem preferência pelo número 14, experiência de sobra e torce por repetição do carinho dos alvinegros com o Uruguai

A saída de Loco Abreu do Botafogo deixou as camisas azuis número 13, que se multiplicavam pela arquibancada do Engenhão, órfãs de um uruguaio para representá-las em campo. Mas a diretoria repôs a alma celeste rapidamente, acertando a contratação do meia Nicolás Lodeiro, de 23 anos, que está concentrado com a seleção do Uruguai para a disputa das Olimpíadas de Londres.

Por telefone, Lodeiro conversou com o GLOBOESPORTE.COM e se mostrou ansioso para iniciar a sua história em novo clube, pegando carona no sucesso de Loco Abreu, que fez o Botafogo se tornar conhecido em seu país. Depois da participação do Uruguai em Londres, ele desembarcará imediatamente no Rio para se integrar ao grupo. Já na expectativa de usar o seu número preferido: 14.

Marcelo Nicolás Lodeiro, Botafogo (Foto: Agência Getty Images)Meia Nicolás Lodeiro em ação pela seleção uruguaia com a camisa 14 (Foto: Agência Getty Images)




O 14 é meu número preferido. Com ele, consegui grandes coisas no futebol e me identifiquei com ele. Se estiver disponível, é esse que vou usar, mas no momento o mais importante é chegar ao clube e me ambientar rapidamente com o grupo - disse Lodeiro, que já vestiu a camisa do clube para posar para fotos para o site oficial. - Eu me senti muito bem. Temos muito a ganhar e espero pelo carinho dos torcedores.

Apesar de jovem, Lodeiro já chega ao clube com longa experiência. ele foi capitão da seleção sub-20 no Mundial de 2009 e, além de ter disputado três jogos na Copa do Mundo de 2010 e outros três na conquista da Copa América de 2011, ainda carrega na bagagem a disputa das Taças Libertadores de 2008 e 2009, quando ajudou o Nacional de Montevidéu a eliminar o Palmeiras nas quartas de final, antes de ser eliminado pelo Estudiantes, da Argentina, na semifinal.

Em 2008, ainda acompanhou uma vitória histórica do Nacional sobre um dos grandes rivais do Botafogo: o Flamengo. Na fase de grupos da Libertadores daquele ano, o time uruguaio venceu por 3 a 0 em um jogo marcado pela agressão de Toró a um gandula. Lodeiro estava no banco, mas lembra do episódio.
Fico contente por isso e me dá mais gana de chegar ao Botafogo para jogar com Seedorf. Mas o time tem outros grandes jogadores, não só o Seedorf. Vivo uma expectativa muito grande pelos meus primeiros dias de Botafogo"
Lodeiro

- Fui ao Brasil algumas vezes, quando o Nacional enfrentou São Paulo e Flamengo em 2008, mas fiquei no Banco, e no jogo contra o Palmeiras em 2009 (quando era titular do time). Lembro daquele jogo com o Flamengo no Parque Central - disse Lodeiro.

À distância, o reforço alvinegro vai acompanhar os fatos sobre o clube com a ajuda do empresário Gerardo Cano. Neste domingo, o Botafogo enfrentará o Grêmio, às 18h30 (de Brasília), no Engenhão, em jogo que marcará a estreia do holandês Seedorf, de 36 anos, revelado pelo Ajax, último clube de Lodeiro.

- Fico contente por isso e me dá mais gana de chegar ao Botafogo para jogar com Seedorf. Mas o time tem outros grandes jogadores, não só o Seedorf. Vivo uma expectativa muito grande pelos meus primeiros dias de Botafogo. Fiquei satisfeito quando se interessaram por mim, pois se trata de um grande clube, que vem fazendo as coisas de forma correta, com um futebol brasileiro em um momento economicamente forte - afirmou.

A relação com Loco Abreu também ajudou Lodeiro a conhecer melhor o Botafogo. Ele conversou algumas vezes com o atacante, que foi emprestado ao Figueirense, e colheu informações sobre seu novo clube, que ficou muito conhecido no Uruguai depois da contratação de Loco em 2010.

- Tenho uma relação muito boa com o Loco. Jogamos juntos e sempre temos contato. Comentei com ele que jogaria no Botafogo e disse que estava com muita gana de defender o clube. Achei muito bonito o que a torcida fez por ele, principalmente durante a Copa do Mundo e na Copa América - comentou.

Se Loco recebeu tanto apoio em 2010 e 2011, Lodeiro espera agora receber o mesmo carinho, mesmo ainda longe do clube, durante as Olimpíadas de Londres. Ele tem esperança de que a torcida pelo Uruguai cresça a partir da estreia da seleção na competição, dia 26, contra os Emirados Árabes, em Manchester.

- Espero que a torcida do Botafogo possa apoiar o Uruguai por mim. Esse carinho ajuda a jogar. Estou com muita vontade de receber esse reconhecimento dos torcedores. Vivo a expectatuva de mostrar meu futebol e ajudar o clube a conquistar títulos - avisou Lodeiro.

Por Thales SoaresRio de Janeiro

Tímido, elegante e educado, Seedorf perde jogo e sorriso em sua estreia



Holandês faz primeiro jogo pelo Botafogo, curte a festa da torcida, mas termina o confronto derrotado por 1 a 0 pelo Grêmio, no Engenhão





O sorriso fácil dos treinamentos, com conversas divertidas e até algumas piadas deram lugar a uma timidez ainda não vista de Seedorf em sua estreia com a camisa do Botafogo, domingo, na derrota por 1 a 0 para o Grêmio, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro. Com mais 30 mil pessoas presentes no estádio, ele até teve uma atuação razoável, mas ainda em busca de seu espaço em campo, ao lado de novos companheiros, em um novo ambiente, recheado de peculiaridades como o futebol brasileiro.

- Vamos acompanhá-lo e escalarecer as possíveis dúvidas que tenha. Ele assistiu aos últimos quatro jogos antes de fazer sua estreia, mas não teve tempo de treinar com o grupo. Ele está iniciando e isso é um grande peso ainda. Estamos vendo as suas reais possibilidades e lhe daremos as melhores condições para que se integre e consiga produzir com a equipe - disse Oswaldo de Oliveira.

A começar pelo traje, já era possível perceber a diferença entre Seedorf e os outros jogadores em campo. Com a camisa para dentro do calção, algo que antigamente era obrigação, o holandês destoava do conjunto alvinegro. Do lado do Grêmio, apenas Gilberto Silva e o goleiro Marcelo Grohe seguiam o mesmo estilo.

Os números de Seedorf
Finalizações: 2
Faltas cometidas: 1
Faltas recebidas: 1
Roubadas de bola: 1
Passes errados: 5

Antes de entrar em campo, Seedorf passou pelo convívio com o grupo, dormindo a noite de sábado na concentração, em General Severiano. Do despertar, por volta das 8h, passando pelo almoço, às 12h, até a preleção, às 16h, e saída para o Engenhão, às 16h30, ele teve a chance de perceber uma parte da rotina das comissões técnicas no futebol brasileiro.

No jogo, sua educação também foi facilmente notada. Depois de uma dura dividida com Zé Roberto, ele se preocupou em saber como adversário, que saiu de maca, estava. Além disso, não esboçou sequer uma reclamação com a arbitragem, nem mesmo ao fim do jogo nas entrevistas que concedeu ao deixar o gramado do Engenhão.

Sua entrada em campo se tornou um grande evento. Perseguido por uma dezena de mascotes, Seedorf demorou para se juntar ao time no centro do campo antes de cumprimentar os torcedores. A expectativa foi grande até o seu primeiro toque na bola. A apreensão na torcida era possível de ser sentida. Logo com um minuto, ele tentou uma dominada em uma bola alta, cercado por dois adversários, e acabou não conseguindo.

Escalado no lugar de Andrezinho, Seedorf estava mais centralizado. No entanto, no sistema de Oswaldo de Oliveira a rotatividade dos meias é grande. Muitas vezes, o holandês procurava o lado esquerdo do campo, trocando mais passes com Márcio Azevedo e Vítor Júnior.


Seedorf Botafogo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Seedorf assiste aos minutos finais do jogo ao lado de Fellype Gabriel (Foto: André Durão / Globoesporte.com)


Considerado um líder pelos clubes onde jogou, Seedorf falou pouco. No começo, tentou orientar a marcação na saída de bola do Grêmio. Ele se soltou um pouco mais a partir dos 10 minutos, depois de uma cobrança de falta desviada por Fellype Gabriel, que quase se transformou em gol. Depois, arriscou seu primeiro chute, de perna direita, pelo lado esquerdo, de dentro da área, facilmente defendido por Marcelo Grohe.

Disposto a ajudar o time, acompanhava os laterais e procurava se deslocar para participar do jogo. Orientou Lucas Zen depois de um ataque perigoso do Grêmio. Em sua melhor jogada na partida, aos 28 minutos, se livrou de Gilberto Silva e fez o cruzamento de perna esquerda para Elkeson, que cabeceou para fora.

Seedorf parecia se manifestar pouco em campo com palavras, talvez em respeito pelo fato de ser um novato no grupo. Aos 32, aplaudiu Vítor Júnior em uma tentativa de fora da área. Numa paralisação para atendimento médico de Zé Roberto, conversou com Márcio Azevedo e, em seguida, recebeu orientações do zagueiro Antônio Carlos, capitão do time.
saiba mais

Terminado o primeiro tempo, foi cercado por repórteres na saída de campo. Depois, acenou para os torcedores que o aplaudiram na descida para o vestiário, mas sem exibir o conhecido sorriso de seus primeiros dias como jogador do Botafogo, percebendo que as coisas não estavam acontecendo da maneira como esperava.

Mal começou o segundo tempo e o Grêmio saiu na frente, em uma jogada polêmica, que resultou no gol de Marcelo Moreno. Os jogadores do Botafogo foram reclamar com o árbitro Luis Flavio de Oliveira, mas Seedorf se manteve sereno, com a mão na cintura, esperando o reinício de jogo. Ele logo foi para o grande círculo e recebeu a primeira bola como quem mandasse um recado para o time na busca pela reação.
Aplaudido pela torcida e com direito a abraço do técnico, Seedorf foi substituído aos 24 minutos do segundo tempo pelo atacante Rafael Marques

Aos seis minutos, Lucas sofreu uma falta na entrada da área, pelo lado direito. Elkeson pegou a bola de imediato, mas foi convencido por Seedorf a deixar a cobrança para ele. A bola parou na barreira para decepção dos torcedores. Ele começou a mostrar um pouco de ansiedade na busca pelo empate ao carregar demais a bola em um local perigoso, mesmo com três jogadores a persegui-lo, algo que ainda não havia acontecido. Em campo, sempre valorizou os toques rápidos.

Seedorf mais uma vez tentou uma cobrança de falta, aos 19 minutos, apesar dos pedidos de Elkeson. Desta vez, numa tentativa de cruzamento do lado esquerdo, a bola parou nas mãos do goleiro Marcelo Grohe, que fez a defesa com facilidade. Cinco minutos depois, o holandês encerrou sua participação ao ser substituído por Rafael Marques. Aplaudido e abraçado por Oswaldo, acompanhou do banco de reservas o restante da agonia do time na busca pelo empate. A derrota na estreia tirou o sorriso de Seedorf.

Por Thales SoaresRio de Janeiro

Veja os melhores momentos de Seedorf na estreia pelo Botafogo

Na estreia de Seedorf, Bota perde para o Grêmio