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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Valentim espera pelos lesionados e elogia trinca de volantes: "Gosto desse desenho"


Comandante alvinegro diz viver melhor momento de sua carreira como treinador e diz aguardar OK do departamento médico para escalar Botafogo contra o Sport






Valentim, Botafogo (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Adotada nas partidas contra Audax Italiano (2 a 1) e Palmeiras (1 a 1), a formação com três volantes tem agradado a Alberto Valentim. Ele não encara tal posicionamento como uma estratégia defensiva e crê que o mesmo lhe dá oportunidades de variar o estilo alvinegro durante as partidas.


- Encaixe que eu gosto, havia feito antes quando o João (Paulo) ainda estava conosco. Gosto desse desenho e de variar: com a saída de um volante pode virar um 4-2-3-1, ou um 4-1-4-1 quando dois avançam e fica um na frente da zaga.


- As características me dão condições de mudar um pouquinho esse desenho e vou analisando também vendo os adversários, procurando o melhor encaixe para começar.


Valentim, perguntado se vive seu melhor momento como treinador, concordou e disse que o título confirmou a fase positiva. Mas tratou de dividir os louros da conquista do Carioca.


- Acredito que sim, coroou com o título. Vivi bom momento no Palmeiras, peguei a equipe em quarto e terminamos o campeonato em segundo, fizemos ótimas partidas. Agora, além das boas atuações, veio o título. Premia o trabalho, não meu, mas nosso - completou.


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Duelo com o Sport
Jogo muito difícil, já estamos conversando, vendo muitas coisas deles. Acredito que deva ter mudança desse primeiro jogo, não é fácil um time estrear perdendo de 3 a 0. A gente precisa ir muito preparado para esse jogo, que vai ser muito difícil.


Aguarda OK do departamento médico para definir escalação
Preciso definir a equipe esperando a liberação ou não do departamento médico (atualmente Luiz Fernando e Renatinho em transição). Ainda mais tendo uma semana cheia, gosto de aproveitar muito para ver nos treinos o desempenho.


Aguirre treinando com o time a partir de terça

Está na semana final da transição. A gente espera contar com ele na terça, com quem não jogar e quem jogar menos (contra o Sport). A gente chega de viagem e já treina. Nossa ideia é que ele se junte ao grupo, teremos terça, quarta, quinta e sexta, quatro dias. Vai ser interessante para conhecer um pouquinho a forma de trabalhar.



Botafogo sem favoritismo no Brasileiro?

Até falei contra o Vasco na final do Carioca que não queria jogar a responsabilidade para eles, seria até covardia da nossa parte. Mesmo com a maioria achando que o Vasco seria campeão, via um equilíbrio. No Brasileiro a gente vai jogo a jogo, é outro tipo de campeonato. São 38 finais de verdade. Você vai parecendo, crescendo, se preocupando a cada jogo.


Início no Brasileiro

Começar bem o Brasileiro era importante. A gente queria uma vitória principalmente contra um favoritíssimo ao título. Ela não veio, mas nos deixou feliz a atuação, batemos de frente com uma grande equipe. Tínhamos perdido jogadores nas finais do Carioca, perdemos mais para a estreia, mas o grupo manteve a qualidade. O Gustavo (Bochecha) no caso nem tinha jogado comigo ainda.


Melhores atuações sob seu comando

Gostei muito do jogo com o Flamengo, quando perdemos por 1 a 0 com gol irregular do Rhodolfo. Gostei do nosso 3 a 2 com o Vasco e também muito desse jogo com o Palmeiras.


Moral do elenco

Quando cheguei vi um ambiente de jogadores cabisbaixos, o que é normal porque saíram precocemente da Copa do Brasil e foram eliminados na Taça Guanabara. E não só confiança, mas precisava dar ritmo para alguns atletas que não vinham jogando.


Confiança após Copa do Brasil

Tinha pedido trabalhar forte, acelerar processo do que eu quero, que as coisas iriam melhorando. Tive uma semana cheia antes da minha estreia que foi importante, e fomos melhorando aos poucos. Com a vitórias a confiança vem.


Primeiros dois meses de trabalho

Passou rápido. Muito corrido tudo, jogos atrás de jogos. Balanço positivo, acredito que temos criado padrão de jogo, veio o título merecido, vejo que a equipe ainda tem margem grande para melhorar em todos os sentidos pra temporada boa.


Fonte: GE/Por Thiago Lima, Rio de Janeiro

Bochecha realiza sonho na volta ao time e celebra entrosamento "com irmão"


Volante comemora entendimento em campo com Matheus Fernandes, fala do nível do Palmeiras, adversário de sua volta, e afirma que deseja continuar sendo conhecido pelo apelido





Promessa da base alvinegra, o volante Gustavo Bochecha, de 21 anos, teve de esperar 14 meses (436 dias) para voltar a atuar profissionalmente pelo Botafogo após grave lesão no joelho direito, sofrida em fevereiro do ano passado.


Após jogar por 24 minutos na equipe profissional em 2017 (sete contra o Rio Branco, em amistoso, e 14 diante do Macaé, no jogo em que machucou), o retorno de Bochecha foi justamente contra o time que ostenta o elenco mais caro do país, o Palmeiras, na última segunda-feira, no empate por 1 a 1.


Foi titular, ficou em campo por 64 minutos e não decepcionou. Animado com a boa atuação, revelou ter recebido elogios de amigos e fãs.


- Feliz em voltar a jogar depois de tanto tempo. Realizo um sonho de jogar um Campeonato Brasileiro, foi apenas o primeiro jogo e espero poder dar sequência ao meu trabalho. Recebi algumas mensagens. Fico feliz pelo carinho dos torcedores comigo, vou trabalhar para dar o meu melhor dentro de campo e trazer alegrias para todos eles.



Bochecha teve boa atuação contra o Palmeiras, na última quarta-feira (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Questionado se ficou tenso ao saber que jogaria após mais de um ano fora da equipe profissional, foi sincero. Depois deixou fluir.


- Olha, para falar a verdade eu estava mais nervoso no domingo, na véspera do jogo, bastante ansioso para jogar (risos). Na segunda-feira, eu estava bem menos nervoso.


Tratado como Gustavo nas escalações e no site oficial do clube, o garoto gosta mesmo é de ser chamado de Bochecha. Confira papo com o volante abaixo:


Como foi voltar e ter que marcar jogadores como Dudu, Lucas Lima e Keno logo no retorno?


São jogadores de qualidade, já passaram por seleção brasileira e são experientes. Mas não só eu, como meus companheiros conseguimos marcá-los e fazer um bom jogo.


O entrosamento com Matheus Fernandes, um grande amigo seu, continua afinado. Concorda?Com certeza, o entrosamento com ele não é de hoje. Jogamos muito tempo juntos na base, sabemos a maneira que um gosta de receber a bola, onde o outro vai estar posicionado. Isso ajuda muito e quem tem a ganhar é o Botafogo. Tínhamos um sonho de jogar juntos na equipe principal, fizemos a primeira partida e espero que possamos jogar muitas vezes para ajudar o Botafogo. É a minha dupla e meu irmão.



Embora o Botafogo não tenha ido bem no Brasileiro de Aspirantes ano passado, foi importante para você ter disputado quatro jogos nesse torneio antes de voltar para os profissionais?


Sim. Me ajudou a retomar a confiança e ganhar um pouco mais de ritmo de jogo.


A formação com três volantes te agrada?

É uma das possibilidades que temos. Contamos com um elenco qualificado e aplicado nos treinos. O professor Valentim sabe o que está fazendo, e temos nos esforçado para corresponder em campo.


O Botafogo contratou dois volantes - Marcelo e Jean. Acredita que, mesmo com o investimento, jovens como você e Matheus seguirão tendo chances?

Acho que sim. Todos têm condições de jogar, são jogadores de qualidade que chegam pra somar. Quem ganha com isso é o Botafogo.


Quer continuar sendo chamado de Bochecha ou prefere Gustavo? Gosta do apelido.

Sim. Sim.


Fonte: GE/Por Fred Gomes e Thiago Lima, Rio de Janeiro