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sábado, 2 de junho de 2012

Juniores do Botafogo estão na semifinal da Copa Amsterdã




Com uma vitória e uma derrota time garante vaga na semifinal da competição para enfrentar o Ajax, neste domingo


Campeão na Spax Cup com juniores, Jair Ventura já projeta nova conquista na Copa Amsterdam (Foto: Divulgação/BFR)
Jair Ventura comanda o Botafogo na Copa Amsterdam (Foto: Divulgação/BFR)

O time de juniores do Botafogo venceu o AZ Alkmaar, da Holanda, com um gol de Dedé, por 1 a 0, neste sábado, em Amsterdã, pela Copa Amsterdã. Na outra partida, o Glorioso enfrentou o Cruzeiro e foi derrotado por 2 a 0. Com esses resultados, o time se classificou para as as semifinais do torneio. O próximo jogo acontece domingo, às 7h, contra Ajax.

Se vencer o Ajax, o Glorioso irá à final da competição. Como os jogos têm tempos de 25 minutos cada, o duelo acontece também no domingo, às 11h30.

Na semana passada, o time comandado por Jair Ventura foi campeão da Spax Cup, disputada na Alemanha, quando derrotou o Schalke 04 na decisão.


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Batigol, Copa de 2002 e Natal no Qatar: a incansável luta de Herrera



Argentino do Botafogo conta como realizou o sonho de conseguir a camisa do ídolo Batistuta e nega apelido Casigol: 'No meu país, sou Chaco
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 O menino aguerrido, criado no povoado de Ibarlucea, determinado a ser alguém na vida ainda está lá, mesmo depois de tantas experiências, viagens, histórias e encontros com grandes ídolos de seu país. Jamais aceitou uma derrota com frieza. Com sangue quente, Germán Herrera tem nas palavras bem escolhidas, mesmo sendo argentino, na firmeza de suas declarações e até nos sonhos realizados várias demonstrações de como consegue suas conquistas.
A maior delas está pendurada em um quadro na sua casa em Rosário. A camisa 9 de Batistuta em seu último jogo pela seleção da Argentina, no empate em 1 a 1 com a Suécia, no dia 12 de junho de 2002, na Copa do Mundo da Coreia do Sul e do Japão. Herrera estava lá. Fazia parte do time "sparring", levado pelo técnico Marcelo Bielsa para trabalhar com o grupo principal.
- Não vi Maradona em seu máximo esplendor. Ele ganhou um Mundial sozinho, é ídolo de um povo. Mas o meu é o Batistuta, pelas características. Sempre o mirei e agradeço por ter cumprido meu sonho de conhecê-lo, treinar com ele e tenho a camisa do último jogo dele pela seleção. Estava meio assim de pedir, mas o cerquei no treino e falei. Fui ao estádio assistir ao jogo, a Argentina foi eliminada e achei que minha camisa já era. Mas na concentração, depois do jantar, ele me entregou. Fiquei emocionado - revelou Herrera.

Herrera treino Botafogo (Foto: Fernando Soutello / AGIF)Herrera: sempre sério e aplicado nos treinos do Botafogo (Foto: Fernando Soutello / AGIF)


Muito antes de ser contratado pelo Botafogo, em janeiro de 2010, o argentino foi atrás de seu sonho. Sem levar desaforo para casa e com uma vontade de vencer que o carregou por todos esses anos. Do time do pequeno povoado, que acabou por falta de dinheiro, partiu para o El Torito, um clube de Rosário, que fica a pouco mais de cinco quilômetros de sua casa, graças a ajuda do amigo Marcelo, seu companheiro na sua terra natal.
- Conversei com meus pais, eles foram lá, fizeram minha inscrição e comecei a treinar. Foram quatro ou cinco anos. Eu me destaquei e o Lelio Grosso, meu técnico da época, disse que me levaria para um teste no Rosário. Eu tinha 13 anos. Passei e fiquei. Comecei na Liga Rosarina, mas no ano seguinte já estava jogando a Liga da AFA.

'Sparring' na Copa do Mundo
Com 15 anos de idade, Herrera foi convocado pela primeira vez para uma seleção nacional. Ele passou dois meses treinando com o time sub-17 da Argentina. Mesmo assim, ainda não acreditava que o sonho de ser jogador se tornaria realidade. De volta ao Rosário, continuou crescendo até ter a chance de conviver com seus ídolos na preparação para a Copa do Mundo de 2002.
- São muitos bons jogadores e não dá para ter certeza do que vai acontecer. Em 2000, fui convocado para a seleção sub-20, com jogadores dois anos mais velho do que eu, que foram campeões mundiais em 2001, com gente como D'Alessandro. Acabei fora daquele grupo, mas estava sendo preparado para alguma coisa. Foi então que entrei nesse sparring da seleção que iria para a Copa do Mundo. Fiz parte de todo o processo, desde as Eliminatórias. Éramos chamados para todas as viagens e nos amistosos antes do Mundial. Ficamos 10 dias na Itália na preparação final e o mês inteiro na Copa - comentou Herrera,

Para aquela garotada foi muito importante. Nós treinamos com monstros como Batistuta, Crespo, Caniggia, Simeone e outros. Era sensacional.
 Ajudou muito ver como os caras trabalhavam, um espelho para a gente"
Herrera

Os jovens valores da Argentina eram usados para complementar o treinamento do técnico Marcelo Bielsa. Num período, ele trabalhava a defesa e em outro, o ataque. O sparring entrava como adversário da seleção principal nessas atividades. A experiência transformou a vida de Herrera para sempre.
- A gente chegava uma hora antes do treino e ficava ainda mais uma depois. Para aquela garotada foi muito importante. Nós treinamos com monstros como Batistuta, Crespo, Caniggia, Simeone e outros. Era sensacional. Ajudou muito ver como os caras trabalhavam, um espelho para a gente - contou Herrera.

Chocolate de Cristiano Ronaldo
Só depois da participação indireta na Copa do Mundo de 2002, Herrera começou no profissional do Rosário Central. Com algum destaque, ganhou a chance de disputar o Mundial Sub-20 de 2003, quando a Argentina perdeu para o Brasil, que contava com seus atuais companheiros de clube Jefferson e Andrezinho, na semifinal. Também disputou o Torneio de Toulon no mesmo ano, quando presenciou o surgimento de um dos grandes jogadores do futebol atual.
- Levamos um chocolate do Cristiano Ronaldo (o jogo foi 3 a 0 para Portugal, campeão do torneio). Ele pegava a bola no meio do campo e driblava todo mundo. Mas naquela época já dava para ver que era marrento - brincou Herrera.

Herrera marcou um gol no Mundial Sub-20 de 2003 na vitória por 3 a 1 sobre Mali na primeira fase
Apesar dos elogios a Cristiano Ronaldo, a admiração por Messi é ainda maior. Mesmo sendo de lugares próximos, já que o argentino do Barcelona nasceu em Rosário, Herrera não teve o prazer de conhecê-lo ou jogar ao seu lado, mas o trata como um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, evitando comparações com os astros do passado.
- Ele está fazendo coisas fora do alcance. E ainda tem a sua forma de ser, muito tranquilo. Muitos o comparam a jogadores de antigamente. Eu respeito, mas, na minha opinião, o futebol era diferente. Não tinha essa marcação, o contato físico. Jogavam com três ou quatro atacantes e ninguém marcava. Claro que existiam jogadores bons, mas sem essa dificuldade que tem hoje. E Messi está fazendo tudo isso agora - explicou.
Ao longo da carreira, Herrera foi comprado pelo San Lorenzo, emprestado ao Grêmio e Real Sociedad, depois vendido ao Gimnasia La Plata e, em seguida, contratado por empréstimo pelo Corinthians antes de ser comprado pelo Grêmio. Tudo isso entre 2004 e 2009. Pular de clube para clube, sempre sendo emprestado, não era de seu agrado. No meio disso tudo, uma transferência mal sucedida para o Qatar, onde acabou passando o Natal de 2005 no aeroporto de Doha.
- Eu iria para o Al-Gharafa. Eles prometeram uma coisa e não cumpriram. O contrato não apareceu e decidi ir embora - contou Herrera.
Em 2010, finalmente chegou ao Botafogo, primeiramente por empréstimo e depois em definitivo. Com contrato até 2013, de bem com a torcida e com visto de permanência no Brasil assegurado até 2020, o argentino não vê motivos para duvidar do seu futuro.
- Eu quero cumprir meu contrato até o fim. Depois, é difícil saber o que vai acontecer. No futebol, não dá para prever nada. Estou feliz aqui e minha família está bem no Rio de Janeiro, o que é mais importante. Na hora em que acabar, a gente vê o que faz - disse Herrera.

Gols contabilizados na cabeça
Com gols em cima de clubes brasileiros em Taças Libertadores (em confrontos com Coritiba e São Paulo, em 2004) e com todos os que marcou em sua carreira contabilizados na cabeça, Herrera nega a existência do apelido Casigol (Quase gol). Na verdade, ele afirma ser conhecido na Argentina como Chaco, nome do estado onde nasceu seu pai, Gustavo.
- Pode perguntar. Eu não nasci lá, mas todos me conhecem por esse apelido desde criança. Essa história de Casigol não existe. Foi coisa de comentários na internet, de torcida. Nunca fui chamado assim em estádio ou por comentaristas. Inventaram isso, começaram a falar e ninguém sabe de onde vem - afirmou Herrera, artilheiro isolado do Campeonato Brasileiro, com três gols, marcados na vitória por 4 a 2 sobre o São Paulo na estreia do Botafogo na competição (veja o vídeo no início da matéria).
 Os gols em sua carreira, o argentino sabe de cor. Segundo ele, foram 20 pelo Grêmio, 23 no Corinthians, 12 com o San Lorenzo, 10 com o Rosário Central, um pelo Gimnasia e mais um com a camisa do Real Sociedad, da Espanha. No Botafogo, tem seu recorde: são 50 gols nas contas do clube, mas Herrera reclama dois em disputas de cobranças de pênalti.
- São superimportantes. Podem dar a possibilidade de ganhar ou perder alguma coisa - contestou Herrera, que não tem certeza do número de gols marcados pelas seleções de base da Argentina.
Essa é apenas mais uma marca do estilo de Herrera em campo. Sempre irritadiço e com reclamações seguidas por marcações de faltas, nunca aceita uma derrota. A garra argentina parece ter sua representação típica a serviço do Botafogo.
- Sempre quis ganhar, não gosto de perder. Tenho a mesma forma de ser desde criança. Pode parecer estranho por não ser tão comum aqui. Eu me irrito no jogo com marcações erradas que podem prejudicar o meu time. Isso é dentro de campo. Fora dele, sou muito tranquilo - garantiu Herrera, que será titular mais uma vez no confronto com o Cruzeiro, quinta-feira, no Engenhão, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

Por Thales SoaresTeresópolis, RJ

Elkeson admite possibilidade de deixar o Botafogo



Apoiador alvinegro está na mira do Bologna, da Itália, e clube quer quantia de R$ 15 milhões para vendê-lo


Elkeson - Fluminense x Botafogo (Foto: Cléber Mendes)
Elkeson afirma estar tranquilo em relação a 
possibilidade de transferência (Foto: Cléber Mendes)

Na mira do Bologna, da Itália, Elkeson já admite a possibilidade de deixar o Botafogo em breve. O apoiador, porém, prefere manter a calma no que diz respeito ao assunto. Segundo ele, o momento é de seguir com o trabalho no clube carioca e, caso a proposta europeia seja vantajosa, caberá ao clube e seu empresário decidirem qual o melhor caminho a ser tomado.

- Isso só me dá mais vontade de continuar trabalhando e me dedicando ao máximo nos treinamentos com esses boatos e propostas que estão surgindo para mim. Agora é manter a calma. Na hora certa o Botafogo vai sentar e resolver com o nosso empresário. Pode até ser que tenha uma negociação, mas tem de ter calma, tranquilidade. Independentemente se eu vou continuar no Botafogo ou sair, o importante é continuar trabalhando - afirmou.

Um de seus representantes, Antônio Gustavo, garante na última semana ter recedido já uma proposta do Bologna de 4,5 milhões de euros (R$ 11 milhões), mas o presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção, afirmou que nada havia chegado a sua mesa na oportunidade. Para negociar Elkeson, o Botafogo quer 6 milhões de euros (R$ 15 milhões).

O Botafogo comprou Elkeson junto ao Vitória e ao Benfica por R$ 5 milhões, em maio do ano passado. A expectativa do Glorioso é ter um lucro de cerca de 200%, caso a venda seja efetuada pelos R$ 15 milhões desejados. A multa rescisória do meia é de 10 milhões de euros (R$ 25 milhões).

Tiago Pereira Teresópolis (RJ) Leia mais no LANCENET! 

Rala Jobson



Em dia de estreia de Jobson, quem brilha é o veterano Paulo Baier




Atlético-PR x Grêmio Barueri - Campeonato Brasileiro (Foto: Felipe Gabriel)
Paulo Baier marcou dois gols na vitória
do Furacão (Foto: Felipe Gabriel)
 

Paulo Baier, com 37 anos na bagagem, foi o destaque do Atlético-Pr na última sexta-feira ao marcar dois gols na vitória de seu time sobre o Grêmio Barueri, por 3 a 0. 

O jogo, realizado na Vila Capanema, foi válido pela quarta rodada da série B do Campeonato Brasileiro. Fernandão completou o placar.

 O atacante Jobson, que fazia sua estreia pela equipe paulistana, teve atuação discreta e, fora de forma, não conseguiu desenvolver um bom futebol, sendo substituído no início do segundo tempo.



Jobson perde grande chance aos cinco minutos



Jobson foi contratado pelo Barueri, juntamente com Marcelinho Paraíba, vindo do Sport, como grande reforço do time que tem por objetivo um ambicioso projeto de levar o clube à série A.

Na entrevista de apresentação, ao lado de seu novo parceiro, o jogador mostrou descontração e otimismo:

– Já estou imaginando a correria. É um prazer jogar ao lado dele. Espero que a gente se dê muito bem e faça o Barueri voltar para a primeira divisão – afirmou Jobson, abraçando o colega.

Renê, Marcelinho Paraíba, Jobson, presidente Domingos Brito e Rafael Chorão (Foto: Rodrigo Faber / Globoesporte.com)Marcelinho Paraíba, Jobson e Rafael Chorão no Barueri (Foto: Rodrigo Faber / Globoesporte.com)

O mesmo entusiasmo tomou conta do experiente Marcelinho que elogiou o elenco formado pela diretoria:

- torna-se obrigação conquistar o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. Determinação por parte do plantel não vai faltar.

“Em sintonia com o grupo, o gerente de futebol Renê Freitas deixou claro que, embora não haja torcida para pressionar, o perfil do clube é vitorioso. Assim, a equipe entra na Série B não só por disputar, mas para retornar à elite do futebol nacional” GE/Barueri.

Porém, após quatro rodadas não é o que se vê. O Grêmio Barueri amarga a lanterninha do campeonato até aqui.

Além de Jobson e Marcelinho Paraíba, também fazem parte do elenco o goleiro Tiago, ex-Corinthians e Vasco, o zagueiro Ronaldo Angelim, ex-Flamengo, o lateral Leonardo, ex-Portuguesa, o meia Thiago Gentil, ex-Palmeiras, entre outros.

O atacante, contratado ao Botafogo por empréstimo até o fim da temporada, terá outra oportunidade de fazer história no seu novo clube no próximo sábado, contra o Guarani, vice-campeão paulista. A partida está marcada para a Arena Barueri, às 16h20.


Veja os gols

Gols de Paulo Baier eFernandâo pelo CAP 




Felip@odf/BotafogoDePrimeira

Batigol, Copa de 2002 e Natal no Qatar: a incansável luta de Herrera



Argentino do Botafogo conta como realizou o sonho de conseguir a camisa do ídolo Batistuta e nega apelido Casigol: 'No meu país, sou Chaco'




 O menino aguerrido, criado no povoado de Ibarlucea, determinado a ser alguém na vida ainda está lá, mesmo depois de tantas experiências, viagens, histórias e encontros com grandes ídolos de seu país. Jamais aceitou uma derrota com frieza. Com sangue quente, Germán Herrera tem nas palavras bem escolhidas, mesmo sendo argentino, na firmeza de suas declarações e até nos sonhos realizados várias demonstrações de como consegue suas conquistas.
A maior delas está pendurada em um quadro na sua casa em Rosário. A camisa 9 de Batistuta em seu último jogo pela seleção da Argentina, no empate em 1 a 1 com a Suécia, no dia 12 de junho de 2002, na Copa do Mundo da Coreia do Sul e do Japão. Herrera estava lá. Fazia parte do time "sparring", levado pelo técnico Marcelo Bielsa para trabalhar com o grupo principal.
- Não vi Maradona em seu máximo esplendor. Ele ganhou um Mundial sozinho, é ídolo de um povo. Mas o meu é o Batistuta, pelas características. Sempre o mirei e agradeço por ter cumprido meu sonho de conhecê-lo, treinar com ele e tenho a camisa do último jogo dele pela seleção. Estava meio assim de pedir, mas o cerquei no treino e falei. Fui ao estádio assistir ao jogo, a Argentina foi eliminada e achei que minha camisa já era. Mas na concentração, depois do jantar, ele me entregou. Fiquei emocionado - revelou Herrera.

Herrera treino Botafogo (Foto: Fernando Soutello / AGIF)Herrera: sempre sério e aplicado nos treinos do Botafogo (Foto: Fernando Soutello / AGIF)


Muito antes de ser contratado pelo Botafogo, em janeiro de 2010, o argentino foi atrás de seu sonho. Sem levar desaforo para casa e com uma vontade de vencer que o carregou por todos esses anos. Do time do pequeno povoado, que acabou por falta de dinheiro, partiu para o El Torito, um clube de Rosário, que fica a pouco mais de cinco quilômetros de sua casa, graças a ajuda do amigo Marcelo, seu companheiro na sua terra natal.
- Conversei com meus pais, eles foram lá, fizeram minha inscrição e comecei a treinar. Foram quatro ou cinco anos. Eu me destaquei e o Lelio Grosso, meu técnico da época, disse que me levaria para um teste no Rosário. Eu tinha 13 anos. Passei e fiquei. Comecei na Liga Rosarina, mas no ano seguinte já estava jogando a Liga da AFA.

'Sparring' na Copa do Mundo
Com 15 anos de idade, Herrera foi convocado pela primeira vez para uma seleção nacional. Ele passou dois meses treinando com o time sub-17 da Argentina. Mesmo assim, ainda não acreditava que o sonho de ser jogador se tornaria realidade. De volta ao Rosário, continuou crescendo até ter a chance de conviver com seus ídolos na preparação para a Copa do Mundo de 2002.
- São muitos bons jogadores e não dá para ter certeza do que vai acontecer. Em 2000, fui convocado para a seleção sub-20, com jogadores dois anos mais velho do que eu, que foram campeões mundiais em 2001, com gente como D'Alessandro. Acabei fora daquele grupo, mas estava sendo preparado para alguma coisa. Foi então que entrei nesse sparring da seleção que iria para a Copa do Mundo. Fiz parte de todo o processo, desde as Eliminatórias. Éramos chamados para todas as viagens e nos amistosos antes do Mundial. Ficamos 10 dias na Itália na preparação final e o mês inteiro na Copa - comentou Herrera,

Para aquela garotada foi muito importante. Nós treinamos com monstros como Batistuta, Crespo, Caniggia, Simeone e outros. Era sensacional.
 Ajudou muito ver como os caras trabalhavam, um espelho para a gente"
Herrera

Os jovens valores da Argentina eram usados para complementar o treinamento do técnico Marcelo Bielsa. Num período, ele trabalhava a defesa e em outro, o ataque. O sparring entrava como adversário da seleção principal nessas atividades. A experiência transformou a vida de Herrera para sempre.
- A gente chegava uma hora antes do treino e ficava ainda mais uma depois. Para aquela garotada foi muito importante. Nós treinamos com monstros como Batistuta, Crespo, Caniggia, Simeone e outros. Era sensacional. Ajudou muito ver como os caras trabalhavam, um espelho para a gente - contou Herrera.

Chocolate de Cristiano Ronaldo
Só depois da participação indireta na Copa do Mundo de 2002, Herrera começou no profissional do Rosário Central. Com algum destaque, ganhou a chance de disputar o Mundial Sub-20 de 2003, quando a Argentina perdeu para o Brasil, que contava com seus atuais companheiros de clube Jefferson e Andrezinho, na semifinal. Também disputou o Torneio de Toulon no mesmo ano, quando presenciou o surgimento de um dos grandes jogadores do futebol atual.
- Levamos um chocolate do Cristiano Ronaldo (o jogo foi 3 a 0 para Portugal, campeão do torneio). Ele pegava a bola no meio do campo e driblava todo mundo. Mas naquela época já dava para ver que era marrento - brincou Herrera.

Herrera marcou um gol no Mundial Sub-20 de 2003 na vitória por 3 a 1 sobre Mali na primeira fase
Apesar dos elogios a Cristiano Ronaldo, a admiração por Messi é ainda maior. Mesmo sendo de lugares próximos, já que o argentino do Barcelona nasceu em Rosário, Herrera não teve o prazer de conhecê-lo ou jogar ao seu lado, mas o trata como um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, evitando comparações com os astros do passado.
- Ele está fazendo coisas fora do alcance. E ainda tem a sua forma de ser, muito tranquilo. Muitos o comparam a jogadores de antigamente. Eu respeito, mas, na minha opinião, o futebol era diferente. Não tinha essa marcação, o contato físico. Jogavam com três ou quatro atacantes e ninguém marcava. Claro que existiam jogadores bons, mas sem essa dificuldade que tem hoje. E Messi está fazendo tudo isso agora - explicou.
Ao longo da carreira, Herrera foi comprado pelo San Lorenzo, emprestado ao Grêmio e Real Sociedad, depois vendido ao Gimnasia La Plata e, em seguida, contratado por empréstimo pelo Corinthians antes de ser comprado pelo Grêmio. Tudo isso entre 2004 e 2009. Pular de clube para clube, sempre sendo emprestado, não era de seu agrado. No meio disso tudo, uma transferência mal sucedida para o Qatar, onde acabou passando o Natal de 2005 no aeroporto de Doha.
- Eu iria para o Al-Gharafa. Eles prometeram uma coisa e não cumpriram. O contrato não apareceu e decidi ir embora - contou Herrera.
Em 2010, finalmente chegou ao Botafogo, primeiramente por empréstimo e depois em definitivo. Com contrato até 2013, de bem com a torcida e com visto de permanência no Brasil assegurado até 2020, o argentino não vê motivos para duvidar do seu futuro.
- Eu quero cumprir meu contrato até o fim. Depois, é difícil saber o que vai acontecer. No futebol, não dá para prever nada. Estou feliz aqui e minha família está bem no Rio de Janeiro, o que é mais importante. Na hora em que acabar, a gente vê o que faz - disse Herrera.

Gols contabilizados na cabeça
Com gols em cima de clubes brasileiros em Taças Libertadores (em confrontos com Coritiba e São Paulo, em 2004) e com todos os que marcou em sua carreira contabilizados na cabeça, Herrera nega a existência do apelido Casigol (Quase gol). Na verdade, ele afirma ser conhecido na Argentina como Chaco, nome do estado onde nasceu seu pai, Gustavo.
- Pode perguntar. Eu não nasci lá, mas todos me conhecem por esse apelido desde criança. Essa história de Casigol não existe. Foi coisa de comentários na internet, de torcida. Nunca fui chamado assim em estádio ou por comentaristas. Inventaram isso, começaram a falar e ninguém sabe de onde vem - afirmou Herrera, artilheiro isolado do Campeonato Brasileiro, com três gols, marcados na vitória por 4 a 2 sobre o São Paulo na estreia do Botafogo na competição (veja o vídeo no início da matéria).
 Os gols em sua carreira, o argentino sabe de cor. Segundo ele, foram 20 pelo Grêmio, 23 no Corinthians, 12 com o San Lorenzo, 10 com o Rosário Central, um pelo Gimnasia e mais um com a camisa do Real Sociedad, da Espanha. No Botafogo, tem seu recorde: são 50 gols nas contas do clube, mas Herrera reclama dois em disputas de cobranças de pênalti.
- São superimportantes. Podem dar a possibilidade de ganhar ou perder alguma coisa - contestou Herrera, que não tem certeza do número de gols marcados pelas seleções de base da Argentina.
Essa é apenas mais uma marca do estilo de Herrera em campo. Sempre irritadiço e com reclamações seguidas por marcações de faltas, nunca aceita uma derrota. A garra argentina parece ter sua representação típica a serviço do Botafogo.
- Sempre quis ganhar, não gosto de perder. Tenho a mesma forma de ser desde criança. Pode parecer estranho por não ser tão comum aqui. Eu me irrito no jogo com marcações erradas que podem prejudicar o meu time. Isso é dentro de campo. Fora dele, sou muito tranquilo - garantiu Herrera, que será titular mais uma vez no confronto com o Cruzeiro, quinta-feira, no Engenhão, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

Por Thales SoaresTeresópolis, RJ

 

Em jogo-treino, Bota empata com o Friburguense




Alvinegro fica no 1 a 1 em partida realizada na Granja Comary



Teresópolis (RJ)

Doria treino Botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)


O Botafogo encerrou sua preparação para a sequência do Campeonato Brasileiro na Granja Comary (chegou na quarta-feira e volta neste sábado para o Rio) com um empate de 1 a 1 entre o time principal diante do Friburguense, em jogo-treino. Doria fez o gol alvinegro. Douglas marcou para a equipe serrana.

O técnico Oswaldo de Oliveira não contou com todos os seus titulares. Os zagueiros Antônio Carlos e Fábio Ferreira, o goleiro Renan, os volantes Renato e Marcelo Mattos e o meia Fellype Gabriel foram poupados.
Quem saiu na frente foi o Friburguense, com Douglas tocando na saída do goleiro alvinegro aos 20 minutos. Doria empatou ao escorar de cabeça uma falta cobrada por Andrezinho da ponta direita.

A equipe alvinegra mostrou sentir falta de Fellype Gabriel no meio de campo e encontrou dificuldades na criação de jogadas. Herrera foi o mais perigoso e quase marcou em um chute de fora da área. Já Maicosuel desperdiçou uma grande oportunidade ao sair na cara do gol e chutar por cima tentando encobrir o goleiro adversário.
O jogo-treino durou 50 minutos e depois entraram os reservas em campo.

O Botafogo treinou com a seguinte formação: Milton Raphael, Lucas, Brinner, Doria e Márcio Azevedo; Jadson, Andrezinho, Maicosuel, Victor Júnior e Elkeson; Herrera.

Já o técnico Gerson Andreotti formou o time do Friburguense com: Marcos, Sérgio Gomes, Bruno, Diego Gerra; Flavinho, Zé Victor, Lucas, Marcelo e Victor Hugo; Douglas e Rômulo.


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Hora de zoar a concorrência...

 Charges Lancenet

Mario Alberto

Sou chargista e ilustrador do diário Lance! desde a sua fundação em 1997. Esporte, mais especificamente o futebol, e desenho ocupam um espaço fundamental na minha vida desde sempre e, por isso, é um imenso prazer poder unir essas duas paixões. Esse blog é para aqueles que conseguem enxergar as coisas com bom humor e inteligência, inclusive algo "seríssimo" como o futebol. Nesse espaço não cabem brigas, discussões ou ofensas, então, respire fundo, relaxe e divirta-se tanto quanto eu me divirto fazendo essas charges.

Bonito ou feio? 

por Mario Alberto 




Essa doeu

por Mario Alberto