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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Fora do Uruguai pela 1ª vez, Barrandeguy se inspira em Loco Abreu para vencer no Botafogo


Jogador foi apresentado pelo clube nesta quarta-feira, no Nilton Santos


O ano de 2020 começa cheio de novidades para Federico Barrandeguy. Recém-chegado ao Botafogo, o lateral-direito inicia a temporada com clube novo e, pela primeira vez, longe do país natal, o Uruguai. O defensor se inspira no conterrâneo Loco Abreu para tentar vencer na primeira experiência internacional.


- Para mim, sair do Uruguai é novo e muito bonito. Estou muito motivado e impressionado. Estive no Montevideo Wanderers desde os 15 anos. Agora, surgiu a oportunidade de poder sair e jogar em um clube com tanto nome como o Botafogo é um desafio muito lindo para mim. Vou dar o meu máximo - disse.


- Sou consciente que tiveram vários uruguaios que passaram no Botafogo e foram muito bem. Tem o exemplo claro de Loco Abreu, que é muito querido aqui no Botafogo. Pode se ver imagens deles na sede e aqui no estádio. É legal que um uruguaio seja muito querido no clube. Isso nos faz sonhar também - completou.



Barrandeguy, novo lateral do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Barrandeguy ainda é desconhecido no Brasil, e até é um dos reforços que mais desperta curiosidade na torcida. Com a ausência do titular, Marcinho, que vai perder metade da temporada, o alvinegro espera que o estrangeiro mostre futebol para ser titular. No entanto, ele trata de conter os ânimos.


- Cheguei há aproximadamente duas semanas. Na primeira semana fiquei me preparando fisicamente. Vou treinar forte com meus companheiros. Ser relacionado e escalado, é com o técnico, mas eu me sinto muito bem e estou à disposição - continuou.


O uruguaio é uma das 11 caras novas que o Botafogo contratou para esta temporada. Além dele, o clube contratou outro lateral-direito: Warley, que também pode jogar como atacante. Neste início de ano, quem ganhou a posição foi Fernando, escolhido por Valentim na pré-temporada e no primeiro jogo dos titulares, no último sábado, contra o Macaé.



Davi Barros
✔@davismbarros


Barrandeguy já vinha treinando com a equipe desde a pré-temporada em Domingos Martins. O lateral-direito de 23 anos jogou alguns coletivos, mas normalmente escalado por Valentim no time reserva. (Foto: Vitor Silva/Botafogo) #gebota






Barrandeguy foi apresentado por Valdir Espinosa e Agostini — Foto: Vitor Silva/Botafogo




Outras repostas de Barrandeguy

Negociação

"Quando me disseram que tinha uma chance de vir ao Botafogo, fiquei muito contente, comentei com a família, fiquei muito emocionado em poder vir a um clube com tanto nome e história no futebol brasileiro. Estou desfrutando de estar aqui e estou muito contente".


Expectativa por Honda


"Um jogador tão importante como Honda hoje somaria muito ao grupo pela experiência e qualidade que tem como jogador. Mas esse tema não depende de mim, nem dos jogadores. Mas estamos todos esperando tranquilamente e concentrados no campeonato".


Recepção do grupo


"Todos me receberam muito bem, tanto quem fala espanhol, quanto os brasileiros. Claro que tenho mais afinidade com o que entendo melhor, mas dentro de campo me entendo tanto com brasileiro quanto quem fala espanhol. Quando o assunto é futebol dá pra saber o que estão pedindo ou reclamando. Não terei problema quanto ao idioma".


Pronúncia e apelidos

"Bar-ran-DE-guy. Não tenho nenhum apelido. Por ora, Joel Carli e Gatito me chamam de "Uru", por ser uruguaio. Algumas pessoas me chamam de Frederico, mas não, é Federico (risos)".


Fonte: GE/Por Davi Barros — Rio de Janeiro

Bruno Nazário revela conselhos de Firmino após chegada ao Botafogo: "Disse que é time grande"


Em papo exclusivo com a Globo, meia alvinegro fala sobre as lesões no Athletico-PR, as expectativas para 2020 e explica relação com o atacante do Liverpool e da seleção brasileira


Bruno Nazário é o jogador que faltou ao Botafogo em 2019? Ainda é cedo para afirmar, mas os primeiros 90 minutos na temporada mostram que o meia chega para preencher uma lacuna que ficou aberta no último ano.


O setor de criação era a principal deficiência do Alvinegro. Agora, a camisa 10 tem novo dono e foi bem tratada por Bruno Nazário na estreia dos titulares diante do Macaé, no último domingo. Ele fez gol e se sentiu tão à vontade que não vê a hora de entrar em campo novamente.


- Pesado, né (vestir a 10 do Botafogo)? Mas foi bom, tranquilo, estava me sentindo super bem. Estava muito motivado, feliz, empolgado. Não é para qualquer um vestir a 10 do Botafogo. Deu certo, fiz gol e ajudei meus companheiros.



"Estou muito empolgado, não vejo a hora de chegar o próximo jogo".



Meia carrega a 10 do Botafogo em 2020 — Foto: Emanuelle Ribeiro/GloboEsporte.com


Em papo exclusivo com a Globo na última terça-feira, o novo meia alvinegro falou sobre as lesões no Athletico-PR, as expectativas para 2020 e explicou a relação com Roberto Firmino, atacante do Liverpool e da seleção brasileira. Os dois começaram no Figueirense, em épocas diferentes, e se encontraram na Alemanha quando defenderam o Hoffenheim. Foi quando ficaram amigos.


- Quando cheguei ao Botafogo ele mandou mensagem. Desejou parabéns, disse para eu focar porque o Botafogo é um grande time, um grande clube. Disse para me esforçar para seguir na minha carreira.


Confira abaixo a entrevista completa com Bruno Nazário:

- Como você decidiu que sua temporada 2020 seria aqui no Botafogo?


Sentei com meu empresário, fui até Campinas. Quando falaram Botafogo, veio a imagem da camisa, time grande. Não pensei duas vezes para aceitar e, graças a Deus, deu certo. Hoje estou muito feliz. Hoje sou outra pessoa, 2019 foi complicado pra mim, minha família e meus amigos sabem o que passei. Mas hoje estou muito empolgado, não vejo a hora de chegar o próximo jogo.


- A estreia dos titulares foi acima da expectativa ou dentro do esperado?

Foi dentro da expectativa, daquilo que foi muito bem treinado na pré-temporada. Todos nos sentimos muito bem fisicamente, deu tudo certo e pudemos sair com os três pontos, que estávamos precisando.



Gol do Botafogo! Luis Henrique toca para Bruno Nazário, que chuta de fora da área para fazer o terceiro, aos 32' do 2º tempo


- Como são as conversas com Valentim? O que ele tem pedido a você?

Ele pede para eu me movimentar, para abrir espaços para o Pedro e para os dois pontas, Luis Henrique e Luiz Fernando, também para Thiaguinho e Cícero. Essa movimentação facilita o jogo. O Valentim é um bom treinador e sabe o que está fazendo.


- O Botafogo estabeleceu metas para a temporada?

Nossa meta é sempre chegar ao topo, chegar às finais em todos os campeonatos que a gente disputar, sempre acreditar em títulos. Muito importante a gente começar bem no Carioca, na Copa do Brasil, pensar grande e, no final do ano, a gente estar bem também no Brasileirão, que é um campeonato disputado.


- Você participou com assistência da eliminação do Flamengo na Copa do Brasil. Os torcedores do Botafogo têm te abordado lembrando esse fato?

Nas redes sociais os torcedores do Botafogo só falam isso. É muito bom, uma lembrança boa pra mim, ajudei o Athletico a se classificar.


- Você e Roberto Firmino têm coincidências no início da carreira. Ambos começaram no Figueirense e depois foram para a Alemanha. Já postaram fotos juntos... A amizade continua?

Trajetória parecida, começamos no Figueirense e depois fomos para o Hoffenheim. Ele foi primeiro, ficou quatro anos. Quando cheguei no Figueirense, falavam do Firmino e eu não conhecia, fui ver os vídeos dele, um grande jogador. Quando cheguei lá, me ajudou muito, com o idioma, a gente fazia várias coisas juntos, cortava cabelo juntos... É um grande amigo, pessoa sensacional, tímido como eu também.



Apesar de meia, alvinegro se inspira em Firmino — Foto: Thayuan Leiras/GloboEsporte.com


- O sorriso branco também é inspirado no Firmino?

É, né? A gente tem que dar uma mudada no visual, para melhorar a lata.


Não comentei sobre isso, mas quando coloquei a lente ele comentou: "Que isso, Zé, está parecendo com o Firmino". A gente brinca e se chama de Zé, é um carinho que a gente tem. É um grande amigo e um grande jogador.


- Firmino também te dá conselhos?


Quando cheguei ao Botafogo ele mandou mensagem. Desejou parabéns, disse para eu focar porque o Botafogo é um grande time, um grande clube. Disse para me esforçar para seguir na minha carreira.


Ele sempre fala que tem que ir para o jogo, trabalhar, correr, que as coisas virão naturalmente. Eu procuro fazer isso.


- No Athletico-PR você sofreu com lesões, que o afastaram por quase um ano dos gramados. Está superado esse período?

Foi complicado. Passam mil coisas na cabeça, você não sabe se vai voltar como estava. Agradeço a todos que me ajudaram, ao departamento médico do Athletico.


"Hoje, estou bem, o joelho está 100%. Estou até melhor do que antes. Espero fazer uma grande temporada pelo Botafogo".


- Ainda é cedo para falar em entrosamento, mas Pedro Raul e você já parecem ter um entendimento dentro de campo...

A gente trabalha para isso. Eu concentro com ele, ficamos no mesmo quarto na pré-temporada também. E a gente conversa. Ele diz como costuma jogar, eu digo como costumo mandar a bola. É um grande jogador, um matador.



Bruno Nazário marcou em sua estreia pelo Botafogo — Foto: Botafogo F.R.



- Se em 2019 o Botafogo tinha poucas opções para a criação, isso mudou em 2020. Tem você, Leandrinho, Cortez. E há também uma negociação com o Honda...


Isso ajuda. Nós, que somos meias, vamos nos esforçar ainda mais nos treinamentos, dar a vida pelo clube. Temos grandes jogadores, e ainda tem essa chance do Honda. É um cara que a gente só via pelo videogame, eu jogava com ele, pela TV na Copa do Mundo... Tomara que venha, vai ajudar muito.


- O que esperar do Botafogo?

A gente quer mostrar muita vontade, muita marcação, muita organização. Temos um treinador bom para fazer um 2020 de mais alegrias para essa torcida.


- As paredes do Nilton Santos são decoradas com os ídolos que passaram pelo Botafogo. Sonha em estar entre eles?

- Na primeira vez que entrei aqui dentro fiquei olhando. Jefferson, Loco Abreu. Sou amarradão no Loco Abreu, um cara maluco, o jeito que ele batia os pênaltis... A gente fica sonhando de um dia estar aqui também. Motiva ainda mais para fazer um bom trabalho e, quem sabe, fazer história aqui também.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro, Guido Nunes e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro