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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Salário esfria negociação com Bergson, e Botafogo prioriza acerto com Rafael Moura


Clube carioca aposta em tiro certeiro e avança em negociação com He-Man, em fim de contrato com o Atlético-MG. Alvinegro considera alta a pedida, e artilheiro da Série B fica mais distante






Rafael Moura virou plano A do Botafogo para 2018 (Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG)

O presidente Carlos Eduardo Pereira já disse que tem pressa, e o Botafogo corre no mercado atrás de sua prioridade: um camisa 9. A ideia é não transformar a reposição de Roger em uma novela e anunciar o novo centroavante agora em dezembro. Os números e os nomes estão na mesa: Rafael Moura e Bergson são os alvos principais, mas o atacante do Atlético-MG é o plano A e quem está mais próximo de General Severiano.


Apesar de mais caro, o Botafogo vê em He-Man, de 34 anos, um jogador mais experiente que chegaria ao time de Jair Ventura passa assumir a titularidade. Especialmente pelo fato de colecionar passagens e gols por grandes clubes. Até por isso, está propenso a aceitar pagar próximo do que ele recebe no Atlético-MG: salários de aproximadamente R$ 250 mil.


O valor é semelhante ao que Roger reivindicou ao Botafogo para uma renovação, antes de acertar sua transferência para o Internacional em 2018. No entanto, o pedido de luvas do centroavante foi considerado fora da realidade pela diretoria alvinegra.


Bergson mais longe



Bergson ficou mais distante com pedida salarial (Foto: Akira Onuma/O Liberal)


Quem está mais longe é Bergson. Apesar de mais barato, o acerto esbarra na pedida do atacante, acima dos R$ 100 mil por mês. Livre a partir desta sexta-feira, quando termina seu contrato com o Paysandu, o atacante está valorizado pelos 16 gols que o levaram à artilharia da Série B do Campeonato Brasileiro e despertou interesse de outros clubes.


O Botafogo não pretende entrar em leilão e, por ora, vai priorizar a contratação de Rafael Moura. A expectativa da diretoria é anunciar o seu novo camisa 9 logo após o fim do Brasileirão, e uma classificação para a Libertadores pode ajudar a atrair reforços. O Alvinegro só depende de uma vitória sobr o Cruzeiro no domingo para garantir ao menos vaga na fase prévia do torneio.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Marcelo Baltar e Thiago Lima, Rio de Janeiro

Agora virou G-8: como o título do Grêmio impacta no Campeonato Brasileiro


Conquista gaúcha na Libertadores abre mais uma vaga para competição do ano que vem via nacional. Sexto colocado agora vai direto para fase de grupos, e Bahia e São Paulo voltam para a briga



O título da Libertadores conquistado pelo Grêmio na noite desta quarta-feira, contra o Lanús, abre mais uma vaga para brasileiros irem à competição continental em 2018. Como atual campeão, o Tricolor gaúcho, atualmente na terceira posição do Brasileiro, cede a classificação para outra equipe: o G-6, que já havia virado G-7 por conta do título do Cruzeiro na Copa do Brasil, agora vira G-8.



Sexto colocado vai direto para fase de grupos. Sétimo e oitavo também garantem vaga (Foto: GloboEsporte.com)


Com a conquista, o sexto colocado na competição nacional também passa a ter vaga direta na fase de grupos da Libertadores do ano que vem - Corinthians, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras e Santos já estão garantidos lá. Sétimo e oitavo disputam as duas fases prévias. Hoje, Flamengo (6º), Vasco (7º) e Botafogo (8º) seriam os qualificados.


O Rubro-Negro carioca, inclusive, pode ainda aumentar a zona de classificação para G-9, caso passe pelo Junior Barranquilla-COL nesta quinta-feira e vença o Independiente-ARG na grande decisão da Copa Sul-Americana.


Do jeito que está hoje, além de Chapecoense e Atlético-MG, que já estavam na briga, Bahia e São Paulo voltam a sonhar. Com 49 pontos, os tricolores ainda podem alcançar a oitava posição - precisam vencer o confronto direto e torcer para que adversários diretos tropecem.


Veja os jogos da última rodada e o que cada clube precisa para assegurar lugar no G-8:

38ª rodada


BOTAFOGO X Cruzeiro
VASCO x Ponte Preta
Santos x Avaí
SÃO PAULO x BAHIA
ATLÉTICO-MG x Grêmio
Atlético-PR x Palmeiras
Sport x Corinthians
Vitória x FLAMENGO
Atlético-GO x Fluminense
CHAPECOENSE x Coritiba


FLAMENGO (6º) - Depende apenas de suas forças para garantir o sexto lugar e a fase de grupos em 2018. Caso empate, só perde lugar no G-8 se Botafogo, Vasco e Chapecoense vencerem seus jogos. Se perder, precisa que dois dos quatro perseguidores (incluindo também o Atlético-MG) tropecem.

VASCO (7º) - Depende de suas forças para ir à Libertadores, mas precisa torcer contra o Flamengo para alcançar a fase de grupos. Se empatar, vê situação mais complicada por conta do péssimo saldo de gols (-8).

BOTAFOGO (8º) - Outro que precisa apenas de sua vitória para garantir vaga na Libertadores - para grupos, tem que secar Fla e Vasco. Caso empate, tem que torcer para que Chape e Galo não vençam, ou para que apenas um destes tropece e o Vasco perca.

CHAPECOENSE (9º) - Não se classifica em caso de empate. Caso vença, precisa que pelo menos um dos cariocas (Flamengo, Vasco e Botafogo) tropece. Caso ainda haja um vacilo triplo, a Chape ainda pode sonhar com o sexto lugar.

ATLÉTICO-MG (10º) - Precisa vencer e torcer para dois tropeços dos quatro times que estão na sua frente - no caso do Flamengo, apenas a derrota serve. O Galo é outro que ainda tem, mesmo que bem difíceis, chances de chegar ao G-6.

BAHIA (11º) - Necessita de uma grande combinação de resultados. Além de vencer, precisa de uma derrota do Botafogo e que Chape e Galo não vençam seus jogos. Não pode mais alcançar Flamengo e Vasco.

SÃO PAULO (12º) - Precisa de um quase milagre, mas tem chances. Em caso de vitória, precisa que Chape e Galo não vençam e que o Botafogo perca. Além disso, precisa tirar diferença de saldo do Alvinegro carioca (desvantagem no momento é de -1 x 3).


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com, Rio de Janeiro

Concorrência faz Cruzeiro agilizar para ter Bruno Silva; negócio por Hudson paralisa


Raposa tenta trazer jogador do Botafogo e espera manter o volante emprestado pelo São Paulo



Uma das posições que o Cruzeiro vai reforçar para a próxima temporada é o meio de campo. A contratação de Bruno Silva e a manutenção de Hudson são as prioridades da nova diretoria. Sobre o jogador que está no clube carioca, os dirigentes da Raposa esperam conversar, nos próximos dias, com a diretoria botafoguense para tentar agilizar a negociação, devido ao interesse do Internacional. Sobre Hudson, o São Paulo aguarda uma resposta cruzeirense.



Bruno Silva está na mira do Cruzeiro para a próxima temporada (Foto: Maurício Paulucci)


A diretoria do Internacional já apontou que o Cruzeiro tem negociações adiantadas com o atleta, mas ainda precisa se acertar com o time de General Severiano. Nos próximos dias, é esperado que o clube mineiro faça uma proposta, oferecendo mais um ou dois jogadores que possam interessar e um dinheiro. É possível que o caso tenha um desfecho na próxima semana.

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Bruno Silva tem contrato com o Botafogo até o fim de 2018. Para não perder o jogador, o clube carioca se ampara na multa de R$ 20 milhões prevista no acordo com jogador e no vínculo de contrato que ainda tem com o atleta. Entretanto, o atleta avalia que seu futuro é fora do Botafogo e, dificilmente, ficará no Rio.


Hudson
Já sobre Hudson, o Cruzeiro tem uma condição facilitada no negócio. Anteriormente, o que foi divulgado pelo clube mineiro era que o Cruzeiro dividiria em quatro parcelas a compra de Hudson (valor equivalente a R$ 5,7 milhões). Entretanto, em contrato, há prevista a possibilidade de parcelamento do pagamento a cada trimestre. Ou seja, a compra seria paga em um ano e meio.



Hudson negocia a permanência com o Cruzeiro (Foto: Gabriel Duarte)


O Cruzeiro e o empresário do atleta, Luciano Couto, afirmam que já chegaram a um acordo para a permanência de Hudson. Entretanto, o São Paulo espera a proposta do time cruzeirense. Segundo o clube paulista, esta situação ainda não ocorreu. Hudson quer resolver logo a sua situação.


Sobre os dois casos, Itair Machado, que é quem cuida das negociações, afirma que as situações não se modificaram até o momento.


- Sobre o Bruno Silva, é aquilo que falei. Entramos em contato com o representante do atleta, que ficou de conversar com o Botafogo. Já sobre o Hudson, já conversamos com o empresário do jogador e agora vamos conversar com o São Paulo.



Itair Machado é quem comanda as negociações para contar com Bruno Silva e Hudson (Foto: Gabriel Duarte)


O certo é que o Cruzeiro encontra dificuldades nas negociações pela parte financeira. Como o GloboEsporte.com já publicou, o clube mineiro até estuda contar com a ajuda de investidores para trazer reforços.


Fonte: GE/Por Gabriel Duarte, de Belo Horizonte

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Necessidade x realidade: contratos curtos geram economia e problema no Botafogo


Das 52 contratações da era CEP, 41 foram com vínculos iguais ou menores do que um ano, e 48,7% das apostas "deram errado". Por outro lado, clube tentou renovar com 46,3% e só conseguiu 19,5%








O acerto de Roger com o Internacional foi só mais um caso em que o Botafogo acabou servindo de vitrine para o mercado. Nos últimos anos, Willian Arão, Diogo Barbosa, Sidão, entre outros, viveram situações parecidas: foram contratados como apostas pelo clube com vínculos curtos, chegaram em baixa e sem holofotes, mas obtiveram destaque e saíram valorizados. O ainda atual camisa 9 alvinegro era o mais conhecido, mas há tempos não jogava em time de maior expressão.
Contratos curtos no Botafogo

Renovou: 8
Não conseguiu renovar: 11
Liberados: 20
Indefinidos: 2
Fonte: GloboEsporte.com


Ver seu artilheiro se despedir de graça após 17 gols na temporada faz o torcedor se perguntar sobre a necessidade desta política de contratos curtos adotada na era Carlos Eduardo Pereira. Das 52 contratações da gestão, 41 foram por um ano ou menos de duração. Em delicada situação financeira, a aposta ajuda a não comprometer os cofres de General Severiano por longos prazos se o reforço não vingar. O que aconteceu em 20 dos casos (48,7%), que foram liberados: veja abaixo.

Alisson
Diego Giaretta
Pedro Rosa
Thiago Carleto
Bazallo
Camacho
Serginho
Daniel Carvalho
Diego Jardel (empréstimo)
Lizio
Gervásio "Yaca" Núñez
Lulinha
Montillo
Salgueiro
Tomas Bastos (empréstimo)
Anderson Aquino
Bill
Geovane Maranhão
Joel (empréstimo)
Tássio

Quem renovou


Hoje fora dos planos, Renan Fonseca já foi prioridade em renovação (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)



A dificuldade desta realidade surge quando a aposta dá resultado e se aproxima do final de seu contrato. O Botafogo, que geralmente demora um tempo maior para abrir negociações para renovação, tentou ampliar o vínculo de 19 desses jogadores (46,3%). Porém, só obteve êxito na extensão do compromisso com oito deles (19,5%): veja abaixo (há ainda no elenco atual dois casos que chegaram esse ano e estão com a situação indefinida, de Gilson e Jonas).


Emerson Silva: chegou emprestado pelo Atlético-MG por um ano, formou em muitos momentos a zaga titular ao lado de Carli em 2016 e renovou até dezembro. Atualmente vive a expectativa para prorrogar de novo o vínculo;

Renan Fonseca: após se destacar na Série B, o zagueiro foi tratado como uma das prioridades da diretoria na época e após longa negociação assinou por mais dois anos. Hoje está fora dos planos e sairá do clube em dezembro;

Arnaldo: primeiro reforço do Botafogo para o segundo semestre atual, o lateral-direito foi contratado às pressas pela carência da posição, chegou emprestado pela Penapolense, agradou e já tem acertado uma renovação por mais dois anos;

Luis Ricardo: chegou emprestado pelo São Paulo, teve grande destaque e uma negociação difícil para renovar. Chegou a ser convocado para se reapresentar no Morumbi, mas o Botafogo chegou a um acordo para adquirir o lateral em definitivo;

Victor Luis: outro lateral que veio por empréstimo, só que do Palmeiras. Começou na reserva, mas terminou o ano passado como titular e após uma confusa negociação renovou o empréstimo por mais um ano. Só que agora deve voltar para o Alviverde;

Airton: o volante está no clube desde 2013, mas seu contrato anterior terminou em junho de 2015. Em setembro do mesmo ano, foi recontratado pela atual gestão por três meses. Depois, renovou até o fim do Carioca de 2016, e em seguida, até fim de 2017;

Lindoso: o volante chegou emprestado pelo Madureira após se destacar no Carioca de 2015. Virou reforço para a Série B, demorou a se firmar, mas virou titular e assinou contrato de dois anos. Em julho, ampliou novamente o vínculo até o fim de 2019;

Neílton: é o único das apostas que o Botafogo conseguiu renovar que já deixou o clube. O atacante veio emprestado pelo Cruzeiro para jogar a Série B e foi bem. Após longa negociação, a diretoria conseguiu prorrogar o empréstimo por mais um ano, só que no fim de 2016 ele acabou sendo emprestado pela Raposa ao São Paulo.


Quem tentou e não renovou


Comprado pelo Palmeiras por R$ 5,8 mi, Diogo é o ala mais caro do país (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Dos 19 jogadores que o Botafogo contratou como apostas e tentou renovar, a maioria não continuou no clube: 11 (equivalente a 26,8% do total de 41 contratações a curtos prazos). Negociações que sucumbiram, seja por ofertas recusadas, por concorrência estar atravessando ou por pagamento de multa rescisória. O caso mais recente é o de Roger, mas há outras peças importantes perdidas: veja abaixo.


Sidão: após ótimo Brasileiro em 2016, teve a renovação apalavrada, mas o São Paulo atravessou. O Botafogo tinha acerto com o atleta, mas o Tricolor negociou diretamente com Audax, então dono dos direitos econômicos do goleiro;

Roger Carvalho: foi bem na Série B e agradou. O Botafogo chegou a propor a renovação, mas os números não agradaram, e o zagueiro acertou com o Palmeiras;

Alemão: outro que teve a renovação apalavrada. No entanto, Cacá Azeredo (vice de futebol) desentendeu-se com a Elenko (empresa que cuida da carreira do lateral) por conta das negociações por William Potkker e Lucca. Houve um desgaste, o lateral aumentou a pedida e acabou acertando com o Internacional;

Diogo Barbosa: o Cruzeiro se interessou cedo e comprou logo 25% do lateral-esquerdo, que pertence a um grupo de empresários e teve grande destaque em General Severiano. Quando o Botafogo entrou na jogada já era tarde demais;

Willian Arão: após se destacar na Série B, o volante acertou com o Flamengo. O Alvinegro entende que, por contato, tinha direito à renovação automática mediante ao pagamento de R$ 400 mil. O assunto ainda está na Justiça, mas o Botafogo já perdeu em duas instâncias;

Elvis: alternou bons jogos na Série B e houve um início de negociação para renovação, mas as partes não chegaram a um acordo financeiro;

Navarro: destaque com gols na Série B, o uruguaio pediu alto para renovar. Apesar do interesse do Botafogo, transferiu-se para o Puebla, do futebol mexicano;

Pimpão: após um bom primeiro semestre em 2015, despertou interesse do futebol árabe. O Botafogo já fazia planos para renovar quando o Emirates Club pagou a multa de U$ 500 mil e levou o atacante, que retornou um ano depois;

Roger: o Botafogo considerou alta a pedida do atacante para renovar. Durante a negociação, o Inter chegou a um acerto e fechou com o atacante, que jogará no Colorado em 2018;

Ronaldo: autor do gol que garantiu o acesso na Série B, o atacante teve a renovação bem encaminhada. No entanto, o Botafogo acabou desistindo do negócio antes da assinatura;

Guilherme: 12º jogador de Jair Ventura em 2017, o atacante chegou emprestado pelo Grêmio e teve momentos de destaque, o que fizeram o Alvinegro a sondar uma prorrogação do empréstimo. Porém, o Tricolor já solicitou o seu retorno no final do ano;


Contratos longos



João Paulo foi o 1º investimento de compra da era CEP e assinou por 3 anos (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Na era CEP, o Botafogo só começou a fazer contratos maiores com jogadores do ano passado para cá, à medida que o clube foi conseguindo respirar financeiramente (principalmente pela classificação para a Libertadores): foram seis vínculos grandes em 2016 e cinco em 2017. Os três maiores compromissos chegam a três temporadas: veja abaixo.


Gatito Fernández: 2 anos
Carli: 2 anos (renovou por mais 1)
Bruno Silva: 2 anos (renovou por mais 1)
Dudu Cearense: 1,5 ano
João Paulo: 3 anos
Camilo: 2 anos (rescindiu)
Leo Valencia: 3 anos
Marcos Vinícius: 3 anos
Marquinho: 1,5 ano (rescindiu)
Brenner: 1,5 ano
Canales: 1,5 ano (rescindiu)


Do apagado Lizio ao "achado" Carli: análise dos 52 reforços de CEP


No entanto, a política de apostas, apesar do risco de virar vitrine novamente, vai continuar em General Severiano, ao menos no início da próxima gestão. Eleito presidente do Botafogo para o triênio 2018-2020, Nelson Mufarrej explicou em entrevista semana passada ao GloboEsporte.com que o clube paga rigorosamente em dia e que por isso precisa tomar cuidado nos investimentos.


– Tem que ser essa política, ter o feeling de saber se vamos contratar alguém por mais tempo ou não. Ou a própria comissão técnica. Já pensou? O jogador não se adaptou ao esquema do técnico... Aqui todos recebem certinho em dia, até quem não está jogando.



Mufarrej entregou placa de um ano como técnico a Jair Ventura (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Embora não tenha citado nomes, jogadores que se enquadram ou já se encaixaram na situação de ficar sem ser aproveitados são, por exemplo, Renan Fonseca, Canales, Montillo, Bazallo... O dirigente reconhece o risco dos contratos curtos, lembrando que qualquer atleta pode fechar com outro clube nos últimos seis meses de vínculo, mas não vê outra saída.


– A legislação de seis meses nos deixa muito vulneráveis. O pré-contrato é um desequilíbrio total. Deveria ter alguma coisa para equilibrar isso. Então realmente a gente corre esse risco – lamentou.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Marcelo Baltar e Thiago Lima, Rio de Janeiro

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Após Cruzeiro, Inter é mais um a demonstrar interesse em Bruno Silva


Colorado, que já tem acerto com Roger, mira mais um atleta do Botafogo. Agente confirma procura, mas gaúchos precisam se entender com clube carioca. Multa é de R$ 20 mi, mas Glorioso só tem 40%




Destaque do Botafogo na temporada, Bruno Silva segue cobiçado no mercado. Após o Cruzeiro, o Inter é mais um interessado no volante, que tem contrato com a equipe carioca até dezembro de 2018.


Por ora, no entanto, não passa de interesse. O Inter conversou com Carlinhos Sabiá, empresário de Bruno Silva, e manifestou o desejo de ter o jogador em 2018. O agente apresentou a situação e pediu para o Colorado entrar em contato com o Botafogo.


- O Inter realmente mostrou interesse no Bruno. A ideia agora é que eles conversem com o Botafogo. Depois que procurarem o Botafogo, podemos negociar com o Inter também – revelou Carlinhos Sabiá, por telefone, ao GloboEsporte.com.



Bruno Silva foi um dos principais jogadores do Botafogo no ano (Foto: Vítor Silva / SSPress/Botafogo)


Multa alta e concorrência do Cruzeiro

O Inter não nega a pesquisa, mas tem a informação de que Bruno Silva deve defender o Cruzeiro em 2018. Os valores para tirar o jogador do Botafogo também podem atrapalhar a negociação. O Colorado já anunciou Roger, artilheiro do clube carioca, e também conta com Camilo e Alemão, ex-jogadores alvinegros.


Em meio ao assédio, o Botafogo tem interesse em manter e estender o vínculo do volante. O clube tem mais um ano de contrato com Bruno, mas só 40% dos direitos. O restante pertence à Ponte Preta. O Alvinegro se ampara na multa de R$ 20 milhões para conter o assédio do mercado.





Bruno Silva faz gesto para a torcida dando sinais que sairá do Botafogo, aos 25' do 2ºT


Em outubro o presidente do Cruzeiro chegou a anunciar Bruno Silva. O fato irritou o Botafogo, que não foi procurado pelo clube mineiro.


A declaração também pegou mal com a torcida alvinegra, que vaiou intensamente o jogador na derrota para o Atlético-GO. Irritado, na saída de campo, ele gesticulou como se estivesse indo embora, mas desculpou-se no dia seguinte (veja no vídeo acima).


Suspenso, Bruno Silva não enfrenta o Cruzeiro, no domingo, e não joga mais nessa temporada.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar, Thiago Lima e Tomás Hammes, Rio de Janeiro e Porto Alegre

E agora, Jair? Com desfalques certos, técnico terá que recriar alternativas


Sem os titulares Bruno Silva, João Paulo e Pimpão, além de Gilson, treinador terá semana para buscar substitutos e pode ter que recorrer à base para a partida decisiva contra Cruzeiro








Mais um desafio. Assim como em boa parte da temporada, o Botafogo terá que se reinventar para seu último (e importante) jogo da temporada. Além de não depender mais de si para chegar pelo segundo ano seguido na Libertadores, o Alvinegro ganhou mais quatro desfalques certos para enfrentar o Cruzeiro.


Bruno Silva, João Paulo, Gilson e Pimpão receberam o terceiro cartão amarelo diante do Palmeiras na derrota por 2 a 0, na noite desta segunda-feira, em São Paulo, e não jogam mais esse ano. Jair Ventura terá a semana interia para buscar os substitutos. Mas quais são as opções? A base pode ser a solução.


Vamos por posições.
MEIO DE CAMPO
O meio-campo talvez seja o setor mais problemático. Jair não terá Bruno Silva e João Paulo, pilares do time do Botafogo. Matheus Fernandes, que chegou a ser titular durante boa parte do ano e sabe bem como funciona o esquema de jogo, é o mais cotado para voltar. Além dele, Dudu Cearense, que pouco jogou no segundo semestre, deve ter nova oportunidade. Gilson, que seria outra opção, está também estão suspenso.



Matheus Fernandes deve ganhar mais uma chance no time titular (Foto: Vitor Silva/SSPress/
Botafogo)



ATAQUE


Para o lugar de Pimpão, a esperança é o retorno de Brenner, que não faz a mesma função, mas é uma peça no elenco para as finalizações. O centroavante ficou fora da partida contra o Palmeiras por conta de dores no ombro.


Além dele, existe a remota expectativa da volta de Roger. Depois da cirurgia para a retirada de um tumor no rim, o atacante vem aprimorando a forma física e já manifestou o desejo de atuar na última rodada. Mas aí entram duas questões: o artilheiro não joga há mais de dois meses e está acertado com o Inter.



Ezequiel Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)


- Difícil, muito tempo fora, perdeu 4 quilos de massa magra. São 13 jogos sem o meu artilheiro, isso faz falta para qualquer equipe do mundo. Acho difícil ele jogar - lamentou Jair.


A solução pode estar na base. Destaque do time sub-20 campeão da Taça OPG, Ezequiel estreou pelo profissional contra o Palmeiras. Foram cerca de 10 minutos em campo, muito pouco para mostrar algo.


- É uma joia nossa, velocista, tem o um contra um muito bom. É um menino, temos que ter cuidado. Mas tenho uma necessidade. Não posso esperar e ficar sem opção no banco. Hoje eu já perdi o Pimpão. E só tenho o Guilherme de atacante de velocidade. Então é que que temos e vamos usá-lo - disse Jair.


Com a derrota, o Botafogo vai para a última rodada do Brasileiro fora do G-7, um ponto atrás de Vasco e Flamengo. Para depender de apenas uma vitória diante do Cruzeiro, no próximo domingo, no Estádio Nilton Santos, os alvinegros precisam torcer para que o Grêmio conquiste a Libertadores da América na quarta, contra o Lanús. Assim, abriria mais uma vaga, e a classificação dependeria apenas de uma vitória simples contra o Cruzeiro.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Marcelo Baltar e Tossiro Neto, Rio de Janeiro

Jair cita perdas, busca alternativas e assume culpa: "Responsável sou eu"


Após derrota para o Palmeiras, treinador lamenta desfalques do Botafogo, mas diz que time segue vivo na busca por uma vaga na Libertadores





Jair Ventura disse que o Botafogo vai lutar até o fim pela vaga na Libertadores (Foto: Marcos Riboli)



A derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, nesta segunda, em São Paulo, tirou o Botafogo da zona de classificação para a Libertadores, a uma rodada do fim do Brasileiro. O momento é preocupante. Há quatro jogos sem vencer, o Alvinegro não depende mais de suas próprias forças. Após o jogo, Jair Ventura citou as perdas do elenco, mas assumiu a responsabilidade pelos últimos resultados.


- Tudo que o eu falar agora vai parecer desculpa e será redundante. Se eu falar das perdas que tivemos... Agora com o Roger já são 13 jogos sem o meu artilheiro. Se eu falar da qualidade individual do Palmeiras também será redundante. Então o treinador é pago para criar alternativas quando você perde jogadores. E eu não consegui criar alternativas. Então o grande responsável sou eu.


O treinador, no entanto, destacou que o Botafogo segue vivo na luta por uma vaga na Libertadores.


- Temos mais um jogo em casa para conseguirmos nossa classificação. Assim como contra o Grêmio, no ano passado, conseguimos a vaga na última rodada. Temos chances ainda.



Melhores momentos de Palmeiras 2 x 0 Botafogo pela 37º rodada do Brasileirão


OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA

Obrigação de vaga na Libertadores


Eu falei que não era obrigação. Mas obrigação é diferente de não darmos o máximo, o nosso melhor. Vamos vender caríssimo esse último jogo em casa para conseguirmos essa classificação.


Permanência no Botafogo


Tenho contrato. Só não fico caso a direção entenda que tenha que mudar. Estou focado nessa situação da Libertadores. Independente da classificação ou não, eu permaneço porque tenho contrato.


Roger joga?

Difícil, muito tempo fora, perdeu 4 quilos de massa magra. São 13 jogos sem o meu artilheiro, isso faz falta para qualquer equipe do mundo. Acho difícil ele jogar


Torcida

A torcida é paixão. O sofrimento deles é o nosso sofrimento. É lógico que os profissionais estão de passagem, e a torcida é o grande patrimônio do clube. Tudo que fazemos aqui é para dar o melhor para eles. Mas nem sempre o nosso melhor agrada. E ficamos tristes, porque somos pagos para isso.


Estreia do Ezequiel
É uma joia nossa, velocista, tem o um contra um muito bom. É um menino, temos que ter cuidado. Mas tenho uma necessidade. Não posso esperar e ficar sem opção no banco. Hoje eu já perdi o Pimpão. E só tenho o Guilherme de atacante de velocidade. Então é que que temos e vamos usá-lo.


Fonte: GE/Por Tossiro Neto, São Paulo

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Dois gols em oito minutos: entenda por que o Botafogo perdeu para o Palmeiras


Alvinegro equilibra a partida no primeiro tempo, mas sofre o 2 a 0 antes da metade da etapa final e não tem poder de reação. Jair terá quatro desfalques para a última rodada do Brasileiro







Pressionado pela ausência no grupo que se classifica para a Libertadores da América (hoje, o G-7), o Botafogo entrou em campo para enfrentar o Palmeiras, na noite desta segunda, precisando vencer para chegar, relativamente, mais tranquilo na última rodada. Porém, acabou perdendo por 2 a 0, em São Paulo e já não depende mais de si.


Jair Ventura manteve a estrutura da equipe e apostou em um ataque rápido com Rodrigo Pimpão, Guilherme e Leo Valencia. O primeiro tempo até que o Botafogo equilibrou o jogo, mas não conseguia concluir com perigo. A melhor chance aconteceu aos 22, quando Lindoso cruzou na cabeça de Pimpão, que perdeu ótima chance de abrir.




Lindoso cruza e Rodrigo Pimpão cabeceia para fora, aos 22' do 1º tempo


Dois gols e falta de reação


Logo aos nove minutos do segundo tempo, o Palmeiras abriu o placar e mudou a história do jogo. Keno avançou pela direita, cruzou rasteiro, Borja não chegou, mas a bola sobrou para Dudu, que só teve o trabalho de finalizar. O abatimento dos jogadores do Botafogo foi claro, principalmente após os 19, quando Keno ampliou com um belo chute de fora da área.


Jair ainda tentou duas mudanças, colocando Vinicius Tanque e Marcos Vinicius nos lugares de Guilherme e João Paulo, respectivamente. O time até que teve uma melhora, mas nada que fizesse mudar o placar. O jovem Ezequiel foi a última cartada do comandante. Não deu!


Com a derrota, o Botafogo vai para a última rodada fora do G-7, um ponto atrás de Vasco e Flamengo. Para depender de apenas uma vitória diante do Cruzeiro, no próximo domingo, no Nilton Santos, os alvinegros precisam que o Grêmio conquiste a Libertadores da América na quarta. Assim, abriria mais uma vaga no Brasileiro.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com, Rio de Janeiro

Rodada #37: tudo o que você precisa saber sobre Palmeiras x Botafogo


Time da casa briga por vice-campeonato, e cariocas ainda não estão garantidos na Libertadores




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O JOGO


Em duelo válido pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, ainda há pretensões para os dois times, que se enfrentam às 17 horas (de Brasília) deste domingo. O Palmeiras sonha com o vice-campeonato, enquanto o Botafogo luta por uma vaga na próxima edição da Libertadores.


Transmissão: SporTV menos SP, Premiere e PFCI (com Jota Jr e William Machado)



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Palmeiras - técnico: Alberto Valentim


Pela possibilidade ainda viva de ser vice-campeão, o que representaria uma premiação maior, o Palmeiras vai com o que tem de melhor à disposição em seu último jogo em casa na temporada.


Dos jogadores que costumam ser titulares, o principal desfalque é Fernando Prass, que será substituído por Jailson. Michel Bastos, ultimamente escalado como lateral-esquerdo, também não deverá atuar, abrindo espaço para a despedida do veterano Zé Roberto.



Zé Roberto deve se despedidar da arena palmeirense como titular (Foto: GloboEsporte.com)



Quem está fora: Fernando Prass (suspenso)


Pendurados: Willian, Edu Dracena, Tchê Tchê, Dudu, Keno, Róger Guedes, Felipe Melo e Gabriel Furtado


Botafogo - técnico: Jair Ventura


O Botafogo entra em campo já sabendo do resultado dos rivais que brigam pela vaga na Libertadores. E, mais do que nunca, precisa de uma vitória para depender dele mesmo na última rodada. A vitória do Vasco deixou fez o time de Jair Ventura dormir fora da zona de classificação.


Sem Victor Luis, que pertence ao Palmeiras e custaria uma multa de R$ 200 mil para jogar, o treinador colocará Gilson na lateral esquerda. A dúvida fica no sistema ofensivo! Jair fechou as atividades de sábado e domingo e faz mistério, mas a tendência é que ele não mude muito as características do time.



Provável escalação do Botafogo (Foto: GloboEsporte.com)


Quem está fora: Airton, Victor Luis (Contrato), Roger...


Pendurados: Gatito, Jefferson, Arnaldo, Carli, Gilson, Bruno Silva, Matheus Fernandes, João Paulo, Pimpão e Guilherme



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Elmo Alves Resende Cunha (GO) apita a partida, auxiliado por Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Cristhian Passos Sorence (GO).

Fonte: GE/Por GloboEsporte.com, São Paulo

domingo, 26 de novembro de 2017

Jair indica, e Bota busca substituto para Roger; adeus pode ser contra o Cruzeiro


Presidente diz que clube vai ao mercado atrás de um novo camisa 9 para a próxima temporada e afirma que acerto com o Inter não impede atacante de jogar última rodada do Brasileiro



Roger e Jair Ventura conversam durante o treinamento do Botafogo (Foto: Satiro Sodré/SSPress/Botafogo)


O que já era dado como certo agora é oficial. O Inter anunciou neste sábado a contratação de Roger, e o Botafogo terá que buscar um novo camisa 9 para 2018. Após a eleição deste sábado, o presidente Carlos Eduardo Pereira afirmou que o clube ouviu indicações de Jair Ventura e já está no mercado atrás desse nome.

- Estamos tentando e olhando o mercado. Espero que a gente consiga um atacante melhor do que o Roger. O Jair fez algumas indicações, e o Antônio Lopes e o Antônio Carlos (Cacá) Azeredo estão trabalhando para que a gente possa entrar de férias com alguma coisa anunciada - revelou o presidente do Botafogo.

O rápido acerto com o Inter pegou o Botafogo de surpresa, mas o fato é que há mais de um mês o clube já trabalhava com a possibilidade de perder o atacante. Até por isso, já foi ao mercado. A primeira tentativa foi Gilberto, em fim de contrato com o São Paulo. A negociação não está descartada, mas o Alvinegro está ciente que a prioridade do atacante é jogar no exterior.

Para o ataque, para fazer sombra a Rodrigo Pimpão, o Botafogo negocia com André Luis, do Santa Cruz. O rebaixamento do clube pernambucano para a Série C deve facilitar a negociação. André Luis chegaria para substituir Guilherme, que volta para o Grêmio após o Brasileiro.

André Luís está na mira, mas clube ainda vai em busca de um camisa 9 (Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press)


Roger ainda pode jogar pelo Botafogo

Apesar do acerto com o Inter, Roger ainda tem chances de jogar pelo Botafogo, na última rodada do Brasileiro, no próximo domingo, contra o Cruzeiro. Ele voltou a treinar no início do mês após cirurgia para a retirada de um tumor no rim.

- Ele tem contrato até 31 de dezembro, nenhuma mudança. Vamos aguardar e ver se ele tem condições de jogo na partida contra o Cruzeiro. Vai depender do Jair – disse o presidente.


Fonte: GE/Por Felippe Costa e Marcelo Baltar, Rio de Janeiro

sábado, 25 de novembro de 2017

Vence a situação: Nelson Mufarrej derrota Guimarães e será presidente do Botafogo


Vice-geral de Carlos Eduardo Pereira, o advogado recebe 74,2% dos votos, derrota Marcelo Guimarães, que obteve e assumirá o posto de CEP no dia 2 de janeiro





Manutenção, foi o que preferiu a maioria dos sócios do Botafogo neste sábado. Nelson Mufarrej, da Chapa Ouro, será o mais novo presidente do Alvinegro para o triênio 2018/2019/2020. Ele recebeu 816 votos (74,2% do total), derrotou Marcelo Guimarães (que recebeu 269 votos, 24,4%) e assumirá o posto no dia 2 de janeiro. Ao todo, foram 1100 votos na eleição alvinegra. Pouco após o resultado oficial, o presidente eleito falou com a imprensa.


- Nossa proposta de campanha é o prosseguimento e a consolidação da reconstrução do Botafogo com os pés no chão, controle orçamentário rígido, responsabilidade fiscal e também com a gestão transparente. Esse é o nosso pilar principal. Vamos fazer tudo para que a gente possa conseguir o título (no futebol) que todos nós queremos.


Antes mesmo da abertura da última urna a situação já era vitoriosa. Com as três primeiras, Mufarrej somou 624 votos, contra 210 de Guimarães, além de quatro nulos e um branco. Na soma dos votos já não era mais possível que o candidato da oposição ultrapassasse o atual vice do Botafogo.

Urna 1:
Nelson Mufarrej - 85
Marcelo Guimarães - 32

Urna 2:
Mufarrej - 254
Guimarães - 99
Nulo - 4
Branco - 1

Urna 3:
Mufarrej - 285
Guimarães - 79

Urna 4:
Mufarrej - 192
Guimarães - 59
Nulo - 9
Branco - 1

TOTAL:
Mufarrej - 816 (74,2%)
Guimarães - 269 (24,4%)
Nulo - 13 (1,2%)
Branco - 2 (0,2%)



(Foto: Vítor Silva / SS Press / Botafogo)

Botafogo F.R.
✔@BotafogoOficial



Após eleição com 1100 sócios, Nelson Mufarrej é o novo Presidente do Botafogo! Ele terá como Vice Geral Carlos Eduardo Pereira! #EleiçãoBFR


Embora ainda não tenha assinado e anunciado de maneira oficial, Mufarrej praticamente confirmou que a Caixa seguirá como patrocinadora máster do Bota. Segundo ele, a captação de receita vai aumentar e o clube buscará outros investimentos.



- Vamos trazer receitas. Presidente Carlos Eduardo esteve em Brasília já com a sinalização de que vamos ter o contrato com a Caixa Econômica já acertado para o ano que vem. E vamos para outros empreendimentos e outras atividades que vão gerar dinheiro para poder fazer um grande time.



Manequinho vestiu a camisa do grupo Mais Botafogo, de Mufarrej e CEP (Foto: Marcelo Baltar)


Nos últimos três anos, Mufarrej foi o vice-presidente de Carlos Eduardo Pereira. Agora, a hierarquia vai se inverter e CEP será vice no próximo mandato. Advogado e funcionário aposentado do Tribunal de Contas do Estado, o futuro mandatário do Bota está com 68 anos.


A chapa de Mufarrej irá eleger 126 membros do corpo transitório do Conselho Deliberativo. Como a chapa de Guimarães recebeu mais de 20% dos votos gerais, terá o direito de incluir 14 conselheiros no Deliberativo e dois – um titular e um suplente – no Fiscal, composto por 14 pessoas. Os atuais presidentes do Conselho Deliberativo e Fiscal são, respectivamente, Jorge Aurélio e Leila Soares.



Nelson Mufarrej e Carlos Eduardo Pereira votaram juntos neste sábado (Foto: Divulgação/Botafogo)



Entre as propostas de Mufarrej, destaca-se a manutenção da política de austeridade financeira realizada nos últimos três anos por Carlos Eduardo Pereira. No futebol, o atual presidente colocou entre as propostas aumentar a folha salarial em 20% e manter Jair Ventura até o fim do mandato, em 2020.


Apesar de um clima de tranquilidade durante a maior parte do tempo em General Severiano, houve situações tensas. Em uma delas, Carlos Eduardo Pereira teve uma discussão acalorada entre Carlos Eduardo Pereira e o ex-persidente José Luiz Rolim, na entrada do clube. Também ocorreu um princípio de confusão entre um fiscal da chapa de Guimarães e Nelson Mufarrej. Eles bateram boca, mas situação foi resolvida pouco depois.



Fonte: GE/Por Felippe Costa e Marcelo Baltar*, Rio de Janeiro/*Também participaram dessa cobertura Fábio Cardoso e Vicente Seda

Inter confirma acerto com Roger, do Botafogo, por duas temporadas


Centroavante em fim de contrato com o clube carioca se apresenta no Beira-Rio no dia 2 de janeiro



O fim da Série B veio cheio de novidades para o Inter. Além de confirmar a efetivação do interino Odair Hellmann como técnico do time em 2018, o clube oficializou a contratação de Roger, do Botafogo. O anúncio foi feito em entrevista coletiva pelo vice de futebol Roberto Melo.


– O atacante Roger, que tem contrato até o final do ano com o Botafogo, assinou um pré-contrato de dois anos. Se apresenta em 2 de janeiro junto com os demais atletas.



Roger se apresenta ao Inter em 2 de janeiro (Foto: GloboEsporte.com)


A contratação do jogador, que estava encaminhada desde o início da semana, também foi anunciada no site oficial e nas redes sociais do clube. O atacante, artilheiro do Botafogo na temporada, com 17 gols, já havia confidenciado a pessoas próximas no clube carioca que estava de saída para o Beira-Rio. Neste sábado, o departamento jurídico do Botafogo também confirmou o acerto do jogador com o clube gaúcho.


O Inter superou a concorrência do Corinthians pelo jogador. O Botafogo também tinha intenção de mantê-lo em 2018. Mas segundo o GloboEsporte.com apurou, a proposta colorada foi considerada irrecusável pelo camisa 9. A oferta tem salário superior ao oferecido pelo clube paulista, além de dois anos de contrato e opção de mais um se fizer um determinado número de jogos.


Inter contrata atacante Roger. https://t.co/v8MW78t9es #VamoInter#PelearSempre #NadaVaiNosSeparar pic.twitter.com/ETbIavZ7i2November 25, 2017


Há quase dois meses afastado dos gramados para a retirada de um tumor benigno do rim, o atacante de 32 anis vivia a expectativa de voltar a jogar nas duas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. Porém, sua recuperação física ainda está longe do ideal depois de perder 4kg desde a cirurgia, e ele não terá condições de enfrentar o Palmeiras nesta segunda-feira, pelo Campeonato Brasileiro.


Natural de Campinas-SP, Roger iniciou a carreira na Ponte Preta, em 2003. Na temporada de 2005, foi campeão da Libertadores pelo São Paulo. Passou por diversos clubes do futebol brasileiro e também autou nos Emirados Árabes, no Japão e na Coreia do Sul.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com, Porto Alegre

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Jair minimiza obrigação por vaga na Liberta e brinca: "Já escalou o Everest?"


Treinador do Botafogo lembra que clube nunca foi duas vezes consecutivas para a competição continental, mas que o grupo está empenhado. Ele confirmou que Roger não viaja




Jair Ventura durante entrevista coletiva no Nilton Santos (Foto: Felippe Costa)


A dois dias do importante jogo contra o Palmeiras, na penúltima rodada do Brasileiro, o técnico Jair Ventura concedeu entrevista coletiva no Nilton Santos e falou sobre a situação do clube na competição. Mesmo com o objetivo claro de alcançar vaga para a Libertadores nesta reta final, o comandante alvinegro fez questão de dizer de forma descontraída que o feito não pode ser tratado como obrigação dentro do clube.


- A gente fala em obrigação. Você já escalou o Monte Everest? Não podemos ter obrigação com uma coisa que nunca aconteceu. O Botafogo nunca foi em dois anos seguidos para a Libertadores. Nunca fui à Lua. Vamos procurar essa classificação, mas sem pressão.


Além da Libertadores, Jair Ventura também comentou sobre a situação do atacante Roger, que está próximo de acertar com o Internacional. Segundo Jair, que conta com o atacante para 2018, ele ainda não tem condições de entrar em campo.


Conversei com o Roger agora. Eu queria trazer o Roger para o jogo, mas ele ainda não está em sua melhor forma. Já adianto que ele não viaja. Vamos ver para o último jogo.


Confira os outros tópicos da coletiva:

Dois últimos jogosNinguém duvida da força e competitividade do Botafogo. Vamos fazer nosso melhor nesses jogos. Queremos muito alcançar o objetivo. A gente precisa de seis pontos. Enquanto depender da gente, vamos fazer o melhor. Sabemos das dificuldades dos dois jogos. Palmeiras vem de derrota, anunciou o novo treinador... Vamos temos nossas armas, principalmente jogando fora de casa


Perigos do Palmeiras
Dudu, Jean... O banco de reservas, a força da torcida... (risos). O Palmeiras tem um time e uma força em casa muito grande.


Presença de Victor Luis (lateral é do Palmeiras)
A diretoria ainda está resolvendo, mas dou uma situação para vocês.


Tempo para trabalhar
Semana boa de treinamento, já trabalhamos algumas situações para enfrentar o Palmeiras. Temos mais amanhã para ver a parte tática. Importante também dar mais entrosamento ao time.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Rio de Janeiro

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Em Brasília, Botafogo e banco encaminham renovação de patrocínio master para 2018


Carlos Eduardo Pereira se reúne com presidente da Caixa Econômica Federal, e partes manifestam intenção de prorrogar parceria: valores e modelo ainda serão discutidos após as eleições do clube






O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, foi a Brasília na tarde desta quinta-feira e se reuniu com o mandatário da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi. A reunião, que contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, o alvinegro Rodrigo Maia, foi divulgada pelo "Extra" e confirmada pelo GloboEsporte.com. No encontro, tanto o clube quanto o banco manifestaram a intenção de renovar o patrocínio para 2018.


Ou seja, o acerto está encaminhado, mas ainda não significa uma renovação propriamente dita. A parte financeira e modelo de parceria serão discutidos em dezembro, após as eleições do clube. O Botafogo, que recebe atualmente R$ 10 milhões da estatal, espera aumentar o valor e aposta na ideia de naming rights do Estádio Nilton Santos para dobrar o patrocínio para R$ 20 milhões. Atualmente, o banco vem estampando sua marca no peito e nas costas do uniforme alvinegro.


O Botafogo vinha tentando o patrocínio da Caixa desde o início do ano passado e o considera de suma importância, ainda mais em tempos de crise no país. Na época, a estatal anunciou um montante de R$ 83 milhões em patrocínios e fechou as portas aos clubes que não estavam em sua relação. Mas em General Severiano nunca viram o cenário como desistência, e Carlos Eduardo Pereira manteve diálogos constantes com o banco. Quando a "Viton 44" saiu, o espaço de maior valor da camisa alvinegra ficou vago de abril de 2015 a setembro de 2016.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com, Rio de Janeiro

Gestor campeão, 9 e 10 de peso e... Loco de volta? Os planos de Guimarães no futebol


Candidato da oposição abre portas para o ídolo (sem especificar se dentro ou fora de campo), cita falta de DNA vencedor no time atual e promete: "Botafogo que projeto não vai brigar pelo 7º lugar"






Na primeira parte das entrevistas com os candidatos à presidência do Botafogo, o assunto é futebol. Afinal, é o carro chefe do clube e o tema de maior interesse do torcedor. O GloboEsporte.com foi a General Severiano nesta semana e conversou com Nelson Mufarrej (vice Carlos Eduardo Pereira) e Marcelo Guimarães (vice Mauro Sodré). Um dos dois será eleito neste sábado como novo mandatário do Alvinegro pelos próximos três anos.


Fizemos perguntas sobre os planos para o futebol, mas também deixamos os candidatos à vontade para falar sobre o assunto durante bate-papos de aproximadamente uma hora de duração. Na manhã desta sexta-feira, vai ao ar a segunda parte (em vídeos) das entrevistas do GloboEsporte.com sobre as eleições no Botafogo, com Mufarrej e Guimarães abordando temas específicos sobre o clube.


Marcelo Guimarães...

... Descreve-se como um torcedor de arquibancada, embora por problemas familiares não tenha sido presença constante no Nilton Santos nos últimos anos. Em seus planos, estão um novo homem forte para o futebol, com "perfil vencedor", "conhecimento de mercado" e que já estuda reforços. Em relação a contratações, o candidato promete trazer um meia e um atacante de peso, com currículo expressivo, para serem referências do time. E vai conversar com Loco Abreu.


O número para votar em Guimarães é o 18.



Marcelo Guimarães vem com o advogado Maudro Sodré de vice (Foto: Divulgação)


+++ Continuidade, folha 20% maior e Jair até 2020: os planos de Mufarrej no futebol


Confira a entrevista:

Departamento de futebol

Não temos nada definido. A campanha é tão intensa que não sobra espaço para refletirmos sobre esse tema. Temos premissas.


Vamos trazer um gestor remunerado que tenha necessariamente uma característica: um histórico campeão e vencedor.


Isso é fundamental. Já temos uma pessoa que vem pensando o futebol. Não dá para falar o nome ainda, mas o cara que temos em mente é um dirigente boleiro, com muito conhecimento.


Time atual

Temos um time que encaixou. Se avaliarmos individualmente, nossa principal liderança é o Bruno Silva. Apesar das controvérsias, é nosso grande líder. Ele foi duas vezes campeão catarinense e uma da Copa do Interior de São Paulo.


Com todo o respeito que tenho ao Bruno como bom jogador que é, isso é insuficiente para ser a referência do time do Botafogo.



Guimarães elogia Bruno Silva, mas não o vê como referência (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


É claro que o Botafogo vai estrear no Carioca com a atual base. Respeito muito esse time. Não temos jogadores ruins. Temos atletas de médios para bons.


É necessário que a gente tenha um homem-gol. Fomos eliminados de dois campeonatos (Libertadores e Copa do Brasil) sem marcar um único gol.


Jair Ventura

O Jair é uma prata da casa. Um jovem de grande valor, uma revelação do futebol brasileiro. Eu até me referi que nosso time, os jogadores de um modo geral, não têm muitos títulos, mas o Jair tem. E principalmente, o Jair é uma figura que a gente respeita muito.


Acho que a decisão não é nem nossa se ele fica ou não, é uma decisão bilateral, porque ele hoje é um treinador ambicionado, que vários times querem ter. Então é uma joia, da qual temos muito carinho, e vamos conversar com certeza e decidir o que for melhor para ele também, óbvio.


Loco Abreu


Recebi o apoio dele com muito orgulho. O Loco é o maior ídolo do Botafogo nesse século. Tem um carisma espetacular. E protagonizou um dos momentos mais importantes da nossa história, que foi aquele gol de cavadinha contra o Flamengo. Teve um valor histórico, vinhamos de derrotas por três anos seguidos, síndrome do chororô, do vazião...


Lamento que a atual diretoria não tenha recebido o Loco para conversar. Esse processo judicial poderia ter sido evitado.



Guimarães abriu as portas para volta de Loco, mas ainda não definiu função (Foto: Bruno Gonzalez / O Globo)


O Loco criou uma geração de botafoguenses. É um personagem muito rico, um cara boa pinta, não era um craque, mas muito bom de bola, muito firme nas posições dele. Desde o Túlio não tínhamos um ídolo como ele. É um cara muito articulado, viajou o mundo inteiro, é muito inteligente e preparado. Com certeza vamos conversar com ele.


(Voltaria em qual função?) O Loco é daqueles que a gente conversa e vê o que dá para fazer. Ele ainda tem lenha para queimar no Botafogo


Jefferson

A situação do Jefferson me contraria absurdamente. Pegaram o Jefferson na Seleção e estão o entregando no banco. Fizeram uma campanha patética que arrecadou R$ 50 mil para pagar os salários dele. A campanha foi retirada depois de quatro meses no ar e arrecadou oito dias de salário do Jefferson.



Candidato exaltou Jefferson: "Maior goleiro da história do Botafogo" (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)


Depois teve aquele desacerto do nosso departamento médico. O Jefferson entrou naquele buraco negro e não saiu mais. Fez duas cirurgias, mais de um ano parado e agora está no banco. Lamento muito.


Na minha opinião é o maior goleiro da história do Botafogo. Tenho planos muito firmes para o Jefferson na próxima temporada


E o Gatito?


Vamos acompanhar a situação do Gatito. O Botafogo hoje passa a impressão de que serve para esquentar jogador para os outros. Típico de times médios. Os clubes que fazem contratos bem constituídos chegam ao final do ano com tudo sob controle.


Contratação de estrangeiros

O processo de contratação dos estrangeiros foi um desacerto absoluto.

Vingaram Gatito e Carli e mais nada. Pagar R$ 250 mil para o Canales, R$ 560 mil para o Montillo... Não dá. E o atual presidente critica o salário de R$ 700 mil que se pagava ao Seedorf. Até um garoto sabia que o Montillo não jogava bola em bom nível desde o Cruzeiro.


Não sou contra estrangeiros. Fui a favor da contratação do Seedorf, olha o caso do Loco Abreu. Agora precisamos ter cuidado. Infelizmente, o mercado latino hoje é uma espécie de Série B do futebol mundial. Eu desconfio de um jogador de 28 anos que ainda está por aqui. Os bons estão na Europa.


Então o Montillo está fora dos planos?

É um cara respeitável, que nos cativou. Queria dizer à torcida que ele será recebido. Vamos ouvi-lo. Mas precisa ficar claro que o Montillo que queremos precisa parecer com aquele Montillo do Cruzeiro. E não o que esteve por aqui. As portas não estão fechadas para ele. Na minha opinião, ele não é o cara para ser nossa a referência. Mas vamos conversar.


Seedorf

Sou testemunha da importância que o Seedorf teve. Não tive participação nenhuma na contratação dele e tive muitas dificuldades de rentabilizar porque o contrato não permitia nada. Mesmo assim ele estrelou o sócio-torcedor, fizemos um evento de recepção com um minuto e meio de Jornal Nacional, acessos do mundo inteiro do nosso site, que foi traduzido para oito línguas, renovamos vários contratos de patrocínio por causa dele...



Guimarães elogiou passagem de Seedorf pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/SSPress)


A apresentação dele foi no Palácio da Cidade, ele foi recebido pelo prefeito. Além disso, teve um papel fundamental para os meninos que subiram da base.


Nomes de peso


Não precisa ser o Seedorf, não precisa ser um salário de R$ 700 mil, mas precisamos ter um ou dois jogadores que o elenco se orgulhe da trajetória.


O Botafogo vai atrás desses camisa 9 e 10 com toda a certeza. Nomes marcantes, com histórico campeão. Tudo dentro de uma realidade. Eu não vendo ilusões. Temos que ter dois jogadores de destaque. O tamanho exato deles é a disponibilidade financeira que vai decidir. Mas chegarão jogadores campeões. Pode ter certeza.


Ambição

Eu não fico feliz com o Botafogo brigando pelo 7º lugar. Isso não me traz felicidade. Aliás é um fenômeno que está acontecendo com todos os clubes. É muito ruim ver Flamengo, Vasco e Botafogo brigando pelo 7º lugar. Isso acontece pelo calendário. Se tivermos nove classificados para a Libertadores, teremos um Brasileiro jogado por times alternativos. Uma pena.


Uma coisa eu garanto: o Botafogo que eu projeto não vai brigar pelo 7º lugar.


Vamos manter a responsabilidade, mas queremos chegar em 2019 com o time brigando na ponta por todos os campeonatos.


Política respinga no momento do futebol?


Não sei. Eu vivi o clube como remunerado e vivenciei uma eleição. Posso dizer que o clube fica muito contaminado pelo processo eleitoral. Não posso afirmar no ambiente dos atletas, mas o clube em geral, já que ninguém sabe o que vai acontecer.


Torço muito para que o Botafogo chegue à Libertadores, esse é o meu maior sonho no momento. Apoio muito esse momento do futebol. O torcedor tem todo o direito de protestar, mas acho que esse é o momento de apoiar o time. Faltam dois jogos.


Torcedor de arquibancada


Fui acusado de não ir aos jogos. Hesitei em falar o que vou revelar agora. Tenho uma filha de dois anos que está com muita saúde, mas nasceu no limite da prematuridade. Foi um momento desafiador da minha vida. Na virada do ano, perdi meu pai, meu companheiro de estádio. Foi muito duro. De fato, nesse ano, fui muito menos do que gostaria.


Mas meu histórico é de arquibancada. Não sou cidadão de camarote.


Transição

Pretendo aproveitar alguns quadros de voluntários atuais. Não posso dizer se vou aproveitar ou não, porque não depende de mim. Mas me dou muito bem com o Carlos Mattos (diretor de TI), com o Gustavo Noronha (diretor jurídico) e com o Alexandre Brito (vice de esportes gerais). Tenho excepcional relacionamento com eles. São nomes que gosto.


É obvio que vou chamar todos para conversar, quero ouvir o atual presidente. Quero tirar o ódio do processo e amenizar as feridas naturais do final de uma eleição. O Botafogo é muito grande para ser assumido por um único grupo. A porta estará aberta. Em caso de vitória, vamos nomear pessoas para conduzir desse processo de transição.


Base

Precisamos ter cuidado na formação dos atletas. Vamos perder o Emerson (Santos, com pré-contrato assinado com o Palmeiras) de graça, talvez a maior joia dessa geração. Um caso típico de má gestão de imagem é o do Luís Henrique. O garoto esteve em todas seleções de base, o colocaram em um jogo e na semana seguinte tinha uma foto dele na vitrine da loja. É exemplo de o que não fazer com um atleta da base. O garoto ficou totalmente desorientado, forçaram uma titularidade e deu no que deu. Não dei nem onde ele está hoje (Feirense, de Portugal).



Emerson Santos e Matheus Fernandes: duas joias do Botafogo (Foto: Divulgação / Botafogo)


O Manoel Renha (coordenador da base) é um quadro muito qualificado. É um típico caso que precisamos ter a dimensão do tamanho dele. Precisamos sentar e conversar. Ele conta com o meu apreço e sempre se mostrou disponível a colaborar com todos os presidentes.


É claro que esse trabalho da base começou antes da chegada dele, desenvolvido por profissionais da gestão passada. Não tenho medo de fazer elogios pontuais à antiga gestão. Existe uma tendência de satanização. Esse modelo atual da base se desenvolveu na gestão passada. Daremos muita atenção à base.


Futebol feminino

Temos um desafio especial que a partir de 2019 o futebol feminino passará a ser obrigatório. Minha ideia é formar uma categoria de base com sub-15 e sub-17, e no primeiro ano fazer uma parceria com uma equipe já formada. Aos poucos haverá a transição. Vejo Marechal Hermes com simpatia para abrigar esse projeto. Vamos fazer uma reforma básica e podemos colocar arquibancadas para que façam jogos lá. Não vejo as meninas treinando no novo CT.


Queria agradecer à família Moreira Salles. Levaremos 30 anos para pagar o CT, portanto não pertence a essa gestão. Mas reconheço a habilidade que a atual administração teve para abrigar o projeto. Mas lembro sempre que infraestrutura não é o nosso problema.


Somos o clube de melhor estrutura no Rio. O que precisamos é de gestão.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima, Rio de Janeiro

Continuidade, folha 20% maior e Jair até 2020: os planos de Mufarrej no futebol


Candidato da situação prioriza manutenção do comando do esporte, defende busca por apostas e descarta loucuras por nomes de peso: "Temos limitação orçamentária e vivemos com pé no chão"







Na primeira parte das entrevistas com os candidatos à presidência do Botafogo, o assunto é futebol. Afinal, é o carro chefe do clube e o tema de maior interesse do torcedor. O GloboEsporte.com foi a General Severiano nesta semana e conversou com Nelson Mufarrej (vice Carlos Eduardo Pereira) e Marcelo Guimarães (vice Mauro Sodré). Um dos dois será eleito neste sábado como novo mandatário do Alvinegro pelos próximos três anos.


Fizemos perguntas sobre os planos para o futebol, mas também deixamos os candidatos à vontade para falar sobre o assunto durante bate-papos de aproximadamente uma hora de duração. Na manhã desta sexta-feira, vai ao ar a segunda parte (em vídeos) das entrevistas do GloboEsporte.com sobre as eleições no Botafogo, com Mufarrej e Guimarães abordando temas específicos sobre o clube.


Nelson Mufarrej...


... Descreve-se como tradicional do Botafogo. De família libanesa e alvinegra, é sócios desde 1964, filho de um ex-vice financeiro e na última década entrou na vida política do clube. Em seus planos, estão a continuidade do trabalho, pautado pela austeridade e pés no chão, e reforços pontuais. Nada de fazer loucuras por nomes de impacto, mesmo com folha salarial um pouco maior. Apostas atrás de contratações certeiras seguirão como norte. E a prioridade se chama Jair Ventura.



O número para votar em Mufarrej é o 21.



Nelson Mufarrej vem com Carlos Eduardo Pereira de vice (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


+++ Gestor campeão, 9 e 10 de peso e... Loco de volta? Os planos de Guimarães no futebol


Confira a entrevista:

Reforços

Precisa de atacante, um de lado, um volante... Nós estamos discutindo um 9, um 10... O Guilherme acho que não vai ficar com a gente, vamos precisar de alguém para essa posição, para que o Pimpão também não fique sozinho. A gente vê que há um desgaste físico dele. Isso aí estamos buscando, mas só vamos ver efetivamente a partir do final do Campeonato Brasileiro. Ainda não dá para dizer um número.


Contratações de impacto?


Hoje não. Temos uma limitação orçamentária e vivemos com pé no chão.


Não vamos fazer nada que não esteja ao nosso alcance, senão amanhã vamos pagar um ônus muito grande. Já chega o que estamos pagando da gestão anterior. Às vezes o dirigente pode ficar empolgado. Quantas vezes pensamos em contratar o Messi, o Neymar ou quem possa suprir a posição que necessitamos. Mas só vamos contratar se houver recursos.


Há uma contenção muito grande dentro dos clubes, tem lugar aí em que a barca vai sair com muita gente. A situação está muito fechada, a não ser para os dois, um de São Paulo e outro do Rio de Janeiro (Corinthians e Flamengo) que tem uma facilidade maior de recebimento da televisão. Em 2019 é que isso vai se equilibrar um pouco mais.


No ano que vem, em relação à economia brasileira, vai ser muito difícil. Tomara que a gente tenha sorte de revelação da base. Apostamos nessa integração de base com o profissional com o novo CT.


Folha salarial

O orçamento está sendo fechado agora, mas acho que vai ser mais ou menos por aí (20% de aumento).


Vai aumentar, mas o grande problema é que precisamos ter criatividade na obtenção de receitas.


Situação de Roger


Não sei se ele vai ficar, estão dizendo que o Internacional vai contratá-lo. Nós gostaríamos de ficar com o Roger, que se identificou com a torcida, mas dentro das nossas condições. Se ele realmente achar que tem condições financeiras melhores e prefere sair, não podemos fazer nada.


Gilberto

Ele foi sondado, mas não nos deu nenhuma resposta. Também não é um jogador barato, o custo dele é muito alto. Vai ficar sem contrato agora com o São Paulo, vamos ver. Mas acho que é um jogador que visa muito mais ir para o exterior.


Montillo volta?


Nelson Mufarrej durante a apresentação de Montillo, em janeiro (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


É um jogador que saiu pela porta da frente, tem um caráter muito bom. Quando sentiu que não dava para continuar, ele pediu a rescisão, coisa que é difícil ver em jogador. Não temos tido contato direto. Se vê muito pela imprensa, o empresário dele já falou que ele gostaria de vir para o Botafogo. Mas não tem nada de concreto, vai depender das condições.


Teríamos que fazer um contrato por produtividade, esse é o nosso pensamento.


Fernando Belluschi
Eu desconheço. Não sei se o presidente Carlos Eduardo tem algum conhecimento. No dia a dia nosso não ouvi comentários, só na imprensa. San Lorenzo, time do Papa, de repente vem com bênção grande (risos).


Contratações de estrangeiros


Não sou muito, não. Mas evidentemente temos que analisar por que contratamos. Porque os valores são menores do que jogadores aqui no Brasil. Os brasileiros hoje estão muito valorizados porque lá fora se paga muito bem. Em contrapartida, os sul-americanos a gente contrata com valor menor, mas toda contratação, de estrangeiro ou não, corre-se um risco de adaptação.


Gatito e Jefferson
Isso é um problema do técnico (risos), acho os dois ótimos goleiros. Jefferson é o maior do Brasil, então você vê que coisa bacana: vejo tanto o Jefferson quanto o Gatito um respeitando o outro. Não tem aquela animosidade, respeitam o que o técnico determina, futebol é assim. Depende do técnico, um pode preferir o Jefferson, outro o Gatito...


Precisa vender?

Igor Rabello vem sendo cobiçado por clubes da Europa (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Todo mundo precisa vender sempre. O Botafogo tem suas obrigações, mas é óbvio que vendendo vai ter condições de contratar melhor. Não temos nenhuma proposta efetiva, a do (Igor) Rabello não chegou para a gente (Udinese). Mas mesmo que chegasse, parece que seria de € 3 milhões, então não tem cabimento de ser vendido.


Dinheiro estamos precisando, mas o Botafogo não está em liquidação.


Temos o patrocínio da Caixa, que acreditamos que vai permanecer com a gente. Estamos em um estudo final de parceria com uma instituição financeira. O banco vai ter um fundo de investimento que vai se chamar "Botafogo", então as pessoas vão aplicar em um fundo normal, só que uma parte da taxa de administração vai ser reverter para o clube. É uma criação de receitas que deve entrar em vigor em janeiro. Parece que Fluminense e Grêmio também estariam nessa empreitada.



Departamento de futebol



Lopes irá para quarto ano no comando do futebol se Mufarrej vencer (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)


Não haverá mudanças. Em primeiro luar, o Cacá (Azeredo) é o vice de futebol, gosto muito dele, acho que está fazendo um ótimo trabalho. O (Antônio) Lopes idem.


Planos para Jair Ventura
O contrato do Jair vai até o final de 2018. Caso eu seja eleito, gostaria de renovar até 2020, que é o término da minha gestão.


Porque entendo que não adianta muito ficar mudando de técnico. E o Jair demonstrou ser um ótimo técnico, montou uma estrutura dorsal no Botafogo que vem funcionando. É óbvio que ele precisa de algumas peças a mais, se Deus quiser vamos poder dar isso a ele em 2018 e diante.


Se há um assédio, ele também tem todo direito de pensar. Assim como também poderia ter um assédio de vários técnicos em cima de mim dizendo querer ser contratado pelo Botafogo. Se ele achar que é melhor seguir por um outro caminho, não podemos fazer nada.



Se ganhar, Mufarrej quer Jair durante seus três anos de mandato (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)


Sou da opinião que ninguém é insubstituível. Gosto muito do Jair, Lopes, Cacá, mas se as pessoas não quiserem continuar na nossa administração, vamos procurar alguém que possa ocupar o lugar delas.


Política respinga no momento do futebol?

Não tem influência de eleição. Acho que o time está desgastado mesmo. Entramos na Pré-Libertadores, que foi muito difícil, fomos para a semifinal da Copa do Brasil e quartas de final da Libertadores... Sendo que o time jogando praticamente não teve a pré-temporada. Tudo isso faz com que jogadores fiquem cansados, o time jogou muito, talvez seja o que jogou. Há um desgaste muito grande.


Premiações atrasadas


Ainda não quitadas (foram quitadas). Nós explicamos aos jogadores, e eles entenderam, que é importante pagarmos os salários, recolher os encargos, depois vamos conseguir fazer com que pague os prêmios. Acredito que a gente vai conseguir tranquilamente até o final do ano.


Renovações travadas influenciam?


Não sei porque influenciaria, pois nós não conversamos ainda. A diretoria hoje está focada na Libertadores. Depois vamos sentar e verificar o que vamos fazer. Quem vai ficar ou não, se todos vão ficar, depende do orçamento também. Não adianta ficar com um jogador que vai custar tanto e não poder trazer outro. Acho estranho isso cair no colo do Botafogo. Por que não cai no do Fluminense, do Vasco, do outro lá da Gávea? É interessante isso.


Com o Roger é porque o empresário veio para renovar. Ele teve um problema, se não tivesse isso e continuado jogando, iríamos dizer: "Espera".



Política de contratos curtos

Tem que ser essa política, ter o feeling de saber se vamos contratar alguém por mais tempo ou não. Ou a própria comissão técnica. Já pensou? O jogador não se adaptou ao esquema do técnico... Aqui todos recebem certinho em dia, até quem não está jogando.


A legislação de seis meses nos deixa muito vulneráveis. O pré-contrato é um desequilíbrio total.



Roger foi contratado só com um ano e está de saída para o Internacional (Foto: (Foto: Divulgação/Botafogo) )


Deveria ter alguma coisa para equilibrar isso. Então realmente a gente corre esse risco. Você vê um jogador da base (Emerson Santos) que não quis renovar, há mais de um ano a gente vinha tentando. A oposição está até criticando, mas esquece da legislação. O jogador pode dizer que não quer renovar e não renova. A legislação é muito ruim para o clube, mas faz parte do jogo.


Futebol feminino

É para 2019 (obrigatoriedade), vamos começar a pensar a partir do ano que vem. Temos Marechal Hermes, que talvez aproveitamos para abrigar o futebol feminino. Você vê, na situação toda que os clubes se encontram, você tem mais uma despesa. Não são jogadoras amadoras, temos que pensar muito como fazer. Não tenho ainda a menor ideia, vamos deixar a coisa amadurecer um pouco mais, ver se vai entrar em prática em 2019 mesmo ou não...


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima, Rio de Janeiro