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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O mesmo por menos: Botafogo de 2016 iguala campanha do time de 2013




Camilo é o símbolo da recuperação
alvinegra Foto: Vitor Silva
/SSPress/Botafogo
O que há de semelhante entre o Botafogo de agora e o de três anos atrás? A grosso modo, apenas o desempenho no Campeonato Brasileiro. Depois da vitória sobre o Santa Cruz, a equipe treinada por Jair Ventura igualou a pontuação do time comandado por Oswaldo de Oliveira: 53, em 32 partidas disputadas. A diferença está no preço que o clube paga para ter sua melhor campanha na história dos pontos corridos.

A equipe na ocasião era o Botafogo de Seedorf, astro maior de um time repleto de jogadores talentosos. Na época, o holandês recebia o maior salário do grupo: aproximadamente R$ 750 mil.


Já o Alvinegro atual possui nomes bem menos badalados, liderados por Camilo, diferencial na recuperação do clube na Série A. O meia, porém, nem é o jogador mais caro do elenco. O teto é do goleiro Jefferson, que ganha R$ 300 mil por mês.


- Trabalhei como auxiliar na equipe de 2013, muito boa, e não conseguimos cinco vitórias seguidas como agora - lembrou Jair Ventura: - Chegamos aqui com entrega e intensidade, só precisamos manter.





Seedorf era a referência no time
 de 2013 Foto: Gustavo Miranda
 / Agência O Globo
Cotado para o título em 2013, o Botafogo perdeu fôlego no caminho e terminou a competição em quarto, o que lhe rendeu a vaga na Libertadores do ano seguinte. Já o atual iniciou a competição como candidato ao rebaixamento e hoje avança rumo à mesma competição sul-americana. O time titular de três anos atrás valia, na época, cerca de R$ 72 milhões, de acordo com o site Transfermarrkt. Já o atual possui cotação bem mais modesta: R$ 46 milhões.


A discrepância nos valores reflete filosofias de trabalho diferentes das diretorias. Presidente em 2013, Maurício Assumpção assumiu o risco de montar um elenco forte para levar o Alvinegro de volta à Libertadores. Alcançou o objetivo, mas gerou gastos insustentáveis para o clube, o que acabou pesando para o rebaixamento à Série B do Brasileiro em 2014.


Já os dirigentes atuais, pelo menos por enquanto, preferem manter os pés no chão. O elenco está longe de ser um dos mais caros da Primeira Divisão, mas a relação custo-benefício tem sido ótima.


Fonte: Extra/Bruno Marinho