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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Carli admite resultados ruins em casa, mas discorda de protestos: "Ano muito bom"


Argentino lembra de invasão de torcedores no Estádio Nilton Santos que afetou diretamente no treinamento da equipe antes da partida contra o São Paulo




Carli, Botafogo (Foto: Felippe Costa)


Assim como o início do ano, o término da temporada do Botafogo está intenso e o motivo é o mesmo: a Libertadores. Capitão, Joel Carli admitiu, após o treino desta quarta-feira, que o time perdeu pontos importantes nos últimos jogos em casa, mas que isso não chega a ser desesperador.


O Argentino sabe que o Botafogo ainda depende apenas de si para chegar pelo segundo ano consecutivo na Libertadores e, por isso, achou muito exagerada a cobrança dos torcedores, principalmente no último sábado quando um grupo invadiu o Estádio Nilton Santos.


- É chato, pois perdemos um dia de trabalho. O torcedor tem o direito de reclamar, mas não dessa forma. Acho que isso não é Botafogo. Fizemos um ano muito bom em todas as competições e estamos perto de um objetivo grande que é disputar a Libertadores outra vez.


Para isso, o time viajará para São Paulo com o único objetivo que é vencer o Palmeiras, na próxima segunda-feira.


- Temos a semana inteira de trabalho para tentar corrigir os erros. O time fez uma boa partida contra o São Paulo, e agora precisamos vencer. Sabemos que o Palmeiras tem um time bom, que joga em casa, mas também sabemos da força do nosso grupo.


Confira os outros tópicos da coletiva:


Premiações pendentes

Não precisa de promessa. Confiamos no presidente. Está tudo certo. Independente de premiação ou não, o foco não muda


Motivação no fim da temporada

Temos essa motivação de conseguir a vaga na Libertadores. Não conseguimos as vitórias nos últimos jogos. Tivemos chances, mas o empate foi justo. Sabemos que ainda dependemos apenas de nós para chegar na Libertadores


Torcer pelo Grêmio na final da Libertadores


Vou torcer para que o Botafogo ganhe (risos). Se o Grêmio for campeão e abrir mais uma vaga será muito bom para a gente. Vou apenas assistir ao jogo.


Futuro de Roger

Sei que Roger tem contrato, está treinando e buscando voltar a jogar. Se for embora, vou torcer para que ele seja feliz, pois é meu amigo.


O Botafogo volta a treinar na manhã desta quinta-feira, no Estádio Nilton Santos.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Rio de Janeiro

Dudu descarta corpo mole, mas lamenta indefinições no Botafogo: "Nunca é ideal"


Um dos atletas com renovação travada, volante defende empenho do time, mas cita próprio caso para admitir situação desconfortável: "Estava tudo acertado, restando a assinatura do presidente"






Após a renovação com Vinícius Tanque, o Botafogo decidiu interromper provisoriamente as negociações de novos contratos, adiando as definições sobre quem ficará ou sairá do clube para depois do Campeonato Brasileiro. No discurso, a diretoria busca blindar o futebol para não tirar o foco do objetivo de conquistar uma vaga na próxima Libertadores. Mas externamente há quem aponte isso como um dos motivos para a queda de rendimento do time nas últimas rodadas.


Um dos líderes do elenco, Dudu Cearense faz parte do grupo de jogadores que ficará sem contrato em dezembro e, apesar de ter negociações adiantadas para renovação, tem o futuro indefinido. Procurado pelo GloboEsporte.com, o experiente volante de 34 anos saiu em defesa do time, descartou que haja corpo mole de atletas e garantiu o comprometimento de todos. Mas reconhece que a situação é desconfortável.


– Não acredito que essa indefinição atrapalhe, ou esteja atrapalhando, os envolvidos a ponto de influenciar diretamente no desempenho dentro de campo. Mas obviamente que nunca é o ideal. Lidar com qualquer tipo de incerteza, seja na área que for, acaba se tornando uma preocupação a mais que você tem que saber administrar. Mas é algo que acaba fazendo parte da profissão em determinados momentos – minimizou o veterano.


Um dos líderes do elenco, Dudu tem papel importante no trato com os mais jovens (Foto: Reprodução)


Dudu cita o próprio caso como exemplo. Desde julho o volante está livre para assinar pré-contrato com outro clube, mas há cerca de dois meses ele chegou a acertar as bases para a renovação de contrato no Alvinegro, onde tem o desejo de encerrar a vitoriosa carreira. Mas a demora além de causar insegurança o impede de ouvir outras ofertas, já que ele mantém a prioridade ao Botafogo.


– Minha expectativa era assinar o contrato de renovação nos últimos dias. Estava tudo acertado com a direção, restando apenas a assinatura do presidente. Mas isso não aconteceu, o que acaba mantendo a situação em aberto. O fato de eu estar livre para assinar qualquer contrato fez com que alguns clubes procurassem meus empresários, e, caso não aconteça um acerto com Botafogo, vou analisar melhor essas possibilidades – afirmou, colocando-se à disposição para jogar.


– Por enquanto, sigo no aguardo de um desfecho positivo e focado em ajudar o clube nessa reta final de Brasileiro. Se tiver oportunidade, farei o melhor para representar o torcedor em campo, assim como procurei fazer em todas as vezes que tive o prazer de vestir essa camisa.


Com voz ativa no vestiário, Dudu Cearense também tem papel fundamental no trato com os mais jovens, que chegaram para equilibrar o elenco desde o ano passado. Além dele, os outros jogadores do atual elenco que estão em fase final de contrato são: Airton, Victor Luis, Gilson, Luis Ricardo, Guilherme, Emerson Silva, Jonas, Dierson, Renan Fonseca e Saulo. Emerson Santos e Roger já acertaram com Palmeiras e Internacional, respectivamente.


Parceria com Kanouté?


Dudu Cearense e Kanouté se conheceram na última segunda-feira de olho em futura parceria (Foto: Divulgação)


Durante a folga do elenco na última segunda-feira, Dudu Cearense postou uma foto entregando uma camisa do Botafogo para o ex-atacante francês Kanouté, e recebendo uma do Sevilla, da Espanha. O ex-jogador virou empresário e está investindo na formação de jovens promessas no Brasil. E o volante, que deseja virar agente após se aposentar, não descarta uma parceria no futuro.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Marcelo Baltar e Thiago Lima, Rio de Janeiro