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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Botafogo pega o Macaé visando a liderança do Grupo A



Se vencer,  o Glorioso pode passar o Vasco e empurrar o Macaé cada vez mais para a degola



Apresentação Macaé x BotafogoEm um duelo de perspectivas bem diferentes, Botafogo e Macaé se enfrentam neste domingo, às 19h30, no Moacyrzão, com transmissão em tempo real pelo LANCE!Net. Se vencer, o Botafogo pode assumir a liderança do Grupo B. Quanto ao Macaé, se perder, vê uma classificação para a segunda fase como quase impossível.
O Botafogo terá o retorno de Seedorf e Lucas, que não foram titulares em nenhum jogo do Glorioso. Por sua vez, a dúvida no Macaé fica por conta do volante Ricardinho, que pode não ir a campo por problemas com a federação.

HORA DA VOLTA POR CIMA

Penúltimo colocado do grupo B, o Macaé vai para a partida com o Botafogo com objetivo de se afastar das últimas colocações. Até agora, a equipe venceu apenas uma partida, contra o Quissamã, na competição e perdeu as outras três. O técnico do Macaé, Toninho Andrade, lembrou da dificuldade de enfrentar uma grande equipe.

- Jogar contra um grande é sempre difícil, mas a minha expectativa é que a equipe consiga fazer um bom jogo. Não temos jogado mal, então, vamos tentar complicar as coisas para o Botafogo - disse o treinador.

COM SEEDORF, BOTAFOGO QUER DESLANCHAR

O Botafogo terá dois retornos importantes no duelo contra o Macaé. O lateral-direito Lucas e o camisa 10, Clarence Seedorf, estarão de volta ao Glorioso. O primeiro, se recupera de lesão muscular na coxa direita, por sua vez, o holandês ainda está melhorando a forma física depois de 43 dias de férias.

A dúvida do técnico Oswaldo de Oliveira fica na zaga. Bolívar atuou durante os 360 minutos jogados pelo time na temporada e poder ser poupado, dando lugar ao jovem Dória. Porém, o jogador prefere jogar e manter a boa fase:

- Se o Oswaldo quiser me tirar, tranquilo. Temos de respeitar o treinador. Ele é o maior no vestiário, mas eu sou um cara que me condiciono muito bem. Normalmente eu jogo muitos jogos por temporada, fisicamente me cuido muito, mas se for da ontade dele vou respeitar. Mas, no que depender de mim, quero atuar, para não perder o ritmo e a fase - afirmou à Rádio Brasil.

Outra dúvida fica no homem que ocupará a meia pela esquerda. O garoto Vitinho entrou muito bem no duelo contra o Audax e impressionou. Por sua vez, com o retorno de Seedorf, Andrezinho seria deslocado para a posição. Fica a dúvida: a juventude ou a experiência?

FICHA TÉCNICA

MACAÉ X BOTAFOGO

Estádio: Cláudio Moacyr (RJ)
Data/hora: 3/2/2013 - 17h (de Brasília)
Árbitro: João Batista de Arruda
Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia e André Roberto Smith Silveira

BOTAFOGO: Jefferson; Lucas, Bolívar, Antônio Carlos e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos, Jadson, Lodeiro, Seedorf e Andrezinho (Vitinho); Bruno Mendes. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

MACAÉ: Luis Henrique; Daniel, Diego, Douglas Assis e Rodrigo Fernandes; Gedeil, Ricardinho, Lennon e Norton; Michel e Jones Técnico: Toninho Andrade.


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Com tempo curto para mostrar serviço, André Bahia é apresentado


Zagueiro, que já trabalhou com Oswaldo, assinou contrato até o fim do Carioca e terá pela frente uma grande concorrência


Apesar de estar integrado ao elenco do Botafogo desde novembro do ano passado, o zagueiro André Bahia foi apresentado oficialmente apenas nesta sexta-feira. O jogador, de 29 anos, conseguiu, enfim, sua liberação do Samsunspor, da Turquia, seu último clube. Ele acionou a Fifa por causa de quatro meses de atraso de salários.

Chico Fonseca, vice de futebol, apresenta André Bahia (Foto: Fred Huber)
O defensor assinou um contrato curto, apenas até o fim do Carioca, mas com a possibilidade de renovação por mais dois anos e meio. A situação não o incomoda. Ele espera poder mostrar serviço e permanecer por mais tempo.

- Quando fui para a Holanda (Feyenoord), o contrato era de seis meses e fiquei sete anos. Tenho que me preparar bem para quando for solicitado. Existe a ansiedade para jogar e ir bem. Quero poder ajudar, jogar. Este é o meu objetivo.

A missão de jogar pelo Bota, no entanto, não é das mais fáceis, já que a concorrência é alta. Antônio Carlos e Bolívar têm sido titulares, enquanto Dória, Rodrigo Defendi e Matheus são opções. Um dos trunfos de André Bahia é o fato de já ter trabalhado com o técnico Oswaldo de Oliveira anteriormente, no Flamengo.

André Bahia com a camisa do Botafogo
(Foto: Fred Huber)
- A briga por posição vai ter sempre, em qualquer equipe. O Botafogo, grande que é, sempre tem bons zagueiros. É o normal da profissão essa disputa. Trabalhei em 2003 com o Oswaldo e sei que quem estiver melhor vai jogar com ele. Sempre que for solicitado, quero corresponder à altura. O Oswaldo continua com a mesma postura dentro e fora de campo, uma postura zen. Conversa olho no olho, é sincero, justo.

O zagueiro está em fase final de recondicionamento físico e acredita que em no máximo duas semanas estará à disposição para jogar.

- Cheguei em novembro, e logo depois entramos de férias. Estava resolvendo a minha situação na Turquia. Lá perdi a pré-temporada. Estou treinando para valer a partir do dia 4 de janeiro e creio que em mais uma ou duas semanas, no máximo, estarei à disposição.

André Bahia foi revelado no Flamengo, onde conheceu Fellype Gabriel e Andrezinho, e se transferiu para o Feyenoord, da Holanda, onde ficou por sete anos. Depois, foi para o Samsunspor, da Turquia. Ele acredita que voltou ao Brasil mais amadurecido e avisou que sua meta é entrar na história do Botafogo com títulos.

- Fiquei oito anos fora, sete na Holanda e um na Turquia. Foi um aprendizado grande em todos os sentidos. Estou bastante feliz de voltar ao futebol brasileiro e ao Rio. O Botafogo é um grande clube, tem uma história rica. Espero fazer parte dela com títulos. Quero somar neste grupo, que já faz um bom trabalho.

O zagueiro ficou animado com a estrutura que o Botafogo oferece ao jogadores e comparou com o que ele viu durante sua experiência na Europa.

- Lá na Holanda a estrutura é muito boa. Nestes anos o Botafogo cresceu muito, se reestruturou. Estou vendo de perto agora e não fica devendo em nada para muitos clubes da Europa.

Por Fred HuberRio de Janeiro

A bela e a fera



Oswaldo de Oliveira, técnico do Botafogo, não sai de evidência e os motivos nem sempre são elogiáveis.

Desde que chegou ao Botafogo, no início da temporada passada, o treinador não se encaixou com a torcida e vive as turras com ela. 

Nesse pouco mais de um ano, as partes protagonizaram vários episódios de confronto nos quais Oswaldo, invariavelmente, mostrou uma falta de habilidade incompatível com a condição de treinador experiente, que viveu cinco anos em contato com a cultura oriental.

Seus revides verbais contra as manifestações que vem das arquibancadas são desproporcionais, demonstrando falta de orientação por quem de direito, ainda mais num clube como o Botafogo cuja torcida, além de ter características únicas de índole e formação, está carente de grandes conquistas. Seu último campeonato de expressão foi o Brasileiro de 1995, há 17 anos atrás, o que é muito pouco para um dos 12 clubes mais importantes do século passado (Fifa).

Lembro de passagens de acirramento dessa birra em que Oswaldo afrontou a torcida em pleno Engenhão se utilizando de gestos após ser sonoramente vaiado e cobrado por resultados que não vinham. E depois, para piorar, destilava sua ira na sala de imprensa declarando ser, a torcida, insignificante e digna de pena.

O ano acabou mas a incompatibilidade não. O novo começou com a briga com El Loco via imprensa, quando o atacante atribuiu ao técnico a sua saída do clube ao que ele retrucou dizendo que o jogador não era ídolo e coisa e tal. A troca de farpas gerou um mal estar geral e um descontentamento  quando o técnico, ao se apoderar da história da Instituição, determinou a seu bel prazer quem era ídolo ou não do clube, diante da omissão do presidente e apoio de alguns jogadores.

O clima de confronto se estabeleceu com força total. Bastou um mal resultado contra o Bangu para a torcida voltar à carga com o coro de Uh! El Loco... Uh! El Loco, o mesmo que entoava a cada gol do artilheiro. Essa manifestação se deu, me parece, não por acharem que o Loco seria a solução dos problemas apresentados pelo time na ocasião mas, para marcar território e condenar a intervenção desastrosa de Oswaldo no episódio do "quem é ídolo" segundo suas convicções.

Hoje a discussão já não é mais técnica sobre sua atuação nas quatro linhas, seu esquema tático ou métodos de treinamento, mas sim da sua descompostura ao tratar de assuntos polêmicos publicamente. A suas atitudes e declarações são incompatíveis com as campanhas de marketing e o programa sócio torcedor no qual tanto o clube investe e cujo símbolo é o dedicado, educado e ponderado Seedorf, destaque da temporada passada.

Não sendo o bastante, na última quarta-feira o Botafogo obteve uma vitória expressiva contra o Audax por 4 a 0, com atuação destacada de Lodeiro. O uruguaio comandou o time, fez um golaço e deu outro de bandeja para F. Gabriel. Teve gol de Bruno Mendes -  o primeiro da temporada pelo clube e outro do zagueiro artilheiro Bolivar - que fez o seu terceiro em quatro jogos pelo Cariocão, e o que se viu? 

Nas entrevistas, diante do banner dos patrocinadores, Oswaldo se vangloriando de ter revidado ofensas pessoais de torcedores adversário por não ter costume de levar desaforo para casa, tendo por justificativa um ajuste de contas de rixa antiga. 

Veja uma das manchetes: Xingado, Oswaldo se dirige a torcedor e dispara 'Só tem vagabundo'

- Quarta-feira, a essa hora, só tem vagabundo, retrucou o técnico ao ser provocado.

Veja o vídeo:



Lamentável, pois ele vestia a camisa do clube, estava em ambiente de trabalho e representava a instituição Botafogo devendo, portanto, resolver suas diferenças pessoais em outra ocasião, talvez num boteco de Realengo (bairro vizinho ao do estádio de Moça Bonita, onde Oswaldo nasceu). Essa sim, seria uma atitude louvável, demonstrando  profissionalismo e preocupação com sua imagem e a da empresa que lhe dá sustentação.

O treinador deixou claro que a ação não partiu diretamente dos alvinegros:

- A torcida do Botafogo, ao contrário, foi muito bem e inclusive os agradeci e aplaudi. Eles incentivaram o time o tempo todo aqui em Moça Bonita, declarou.

Mas isso parece não ser o fim. Vem mais coisa por ai a não ser que a diretoria exerça seu papel de patrão e coloque o técnico nos eixos para o bem da instituição que ostenta o nome de empresas sérias em sua camisa ou ainda, que sua esposa, a bela atriz e apresentadora Jeniffer o convença a ser mais amável em tudo na vida, como convém a todo bom cidadão.


Próximos capítulo marcado para domingo, contra o Macaé, no Moacirzão, às 19h30, por ordem da televisão.

Por Felipaodf/BotafogoDePriemira

Com fôlego de triatleta, Lodeiro não quer descanso: ‘Jogar sempre’



Meia uruguaio lembra a época em que competia nas provas de triatlo, mas conta que a paixão sempre foi pelo futebol



Veloz, Lodeiro escala da marcação do
Audax 
(Foto: Satiro Sodré / Agif)
Nadar, pedalar e correr. Mas sem deixar de jogar bola. Durante pelo menos quatro anos da infância, Nicolás Lodeiro se dividiu entre o triatlo e o futebol. Nascido em Paysandú, no Uruguai, o meia, hoje com 23 anos, foi triatleta e disputou campeonatos em seu país.

- Gostava de nadar e correr bastante. Era fraco na bicicleta (risos) – contou.

A paixão dos uruguaios pelo futebol também pegou o garoto, que surgiu na base do Nacional. Segundo ele, não havia como fugir.

- Gostava de fazer todos os esportes, mas o primeiro esporte sempre foi o futebol. No Uruguai qualquer criança joga futebol. Nas férias gostava de fazer todos os esportes. Competi dos dez aos 13 anos. Participei de campeonatos nacionais e ganhava muitas medalhas (risos).

Lodeiro foi o destaque do Botafogo na vitória por 4 a 0 sobre o Audax, na quarta-feira. Ele fez o primeiro gol e participou de outros dois (assista ao vídeo). O técnico Oswaldo de Oliveira abriu a possibilidade de promover um revezamento entre alguns jogadores para evitar o desgaste pelo início de temporada, mas o camisa 14 não quer saber de repouso.
 
- Eu quero jogar sempre. Se o treinador achar que tenho que descansar, vou descansar. Mas acho que estou bem. Não gosto de descansar. Só não quero jogar quando há impedimento físico, lesão. Eu quero jogar, estou melhorando, trabalhando para ajudar o time a fazer as coisas bem.

Do tempo de triatleta, o meia guarda a ótima condição física. Lodeiro é um dos atletas em melhor forma do grupo do Botafogo e tem a velocidade como uma das principais características. Ele diz que o triatlo não deixou heranças para usar no futebol, mas o estilo veloz tem sido bem aproveitado por Oswaldo.

- Na hora de fazer os testes físicos pode fazer alguma diferença, mas no campo é tudo diferente. Acho que o esquema ajuda bastante. O Oswaldo sempre pede movimentação dos meias, me sinto cômodo nesta posição. Consigo dar apoio a um companheiro e tento chegar na frente – disse.

Lodeiro deve ser mantido na equipe titular na partida contra o Macaé, domingo, em Macaé, às 19h30m, pela quinta rodada da Taça Guanabara. O Alvinegro é o vice-líder do Grupo A, com oito pontos, um atrás do Vasco.

Por Richard SouzaRio de Janeiro