Páginas

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Gegê e Carli treinam e devem voltar ao Bota contra o Sport, no domingo


Fora da estreia do Brasileirão, dupla pode enfrentar o time de pernambucano, em Recife. Após vitória e classificação na Copa do Brasil, titulares ficam na academia




Menos de 24 horas após derrotar o Juazeirense, o Botafogo se reapresentou na tarde desta quinta-feira, em General Severiano. Enquanto quem atuou pela Copa do Brasil ficou na academia, os demais jogadores foram a campo. Entre eles, Gegê e Carli, que estão à disposição de Ricardo Gomes para a partida contra o Sport, no domingo.


Carli treinou normalmente nesta sexta-feira (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)

Fora da estreia no Brasileiro, Gegê fez o primeiro treino com o grupo nesta semana. Com dores musculares, o meia passou por testes nesta sexta. Aprovado, treinou normalmente.


Em treino técnico com campo reduzido, sem a presença da maioria dos titulares, Ricardo Gomes não deu pistas do time que pretende mandar a campo no domingo. A tendência é que o Botafogo comece com Helton Leite, Luis Ricardo, Carli (Renan Fonseca), Emerson, Victor Luís; Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Fernandes (Gegê) e Leandrinho; Neilton (Salgueiro) e Ribamar.


Quem surpreendeu e foi a campo foi Airton. Operado no domingo, o volante foi a campo e fez um treino leve ao lado de Diogo Barbosa, outro lesionado. Os dois devem retornar ao time em junho.


Airton já está em processo de transição (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)
Após derrota na estreia para o São Paulo, o Botafogo busca reabilitação neste domingo, contra o Sport, às 18h30, na Ilha do Retiro. O time treina na manhã deste sábado em General Severiano e viaja para Recife em seguida.



Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Matheus Palmieri*Rio de Janeiro* Estagiário, sob supervisão de Marcelo Baltar

Ricardo Gomes condena etapa inicial do Bota e admite: "Ninguém gostou"


Técnico alvinegro justifica escalação de reservas contra o Juazeirense e mostra preocupação com sequência de jogos do Glorioso nos próximos dias




Ricardo Gomes durante a partida contra o Juazeirense
 (Foto: Vítor Silva / SSPress / Botafogo)
A atuação pouco empolgante do Botafogo na vitória por 1 a 0 sobre o Juazeirense, nesta quinta-feira, tem explicação para Ricardo Gomes: a utilização de um time misto. O treinador aproveitou a partida para testar jogadores, como Diego, Sassá, Marquinho e Luis Henrique, e reconheceu que as mudanças afetaram a produção da equipe.


- Dificuldade do jogo, nada de regulamento não. Primeiro tempo fomos muito mal, melhoramos um pouco no segundo tempo. Mas foi um time muito mexido, estava pensando também na semana que nós temos (enfrenta Sport, Atlético-PR e Fluminense com viagens), então segurei quatro ou cinco jogadores, isso tem um peso. Esse time treinou uma vez, e nosso adversário entrosado, com bons jogadores. Foi difícil, mas conseguimos nosso objetivo - analisou o treinador.



Confira a entrevista completa do técnico


GOSTOU DO QUE VIU?

Não, ninguém gostou.

ASSISTÊNCIA DE RIBAMAR
Eu já vi isso acontecer com grandes jogadores (escolhas erradas), em grandes jogos... Tem muita coisa para acontecer ainda. Lógico, estreia, Botafogo voltando para a Série A, isso teve uma repercussão que não foi boa. Essa má escolha não é representativa em relação ao comportamento desses jogadores.

NEILTON TITULAR?
Por isso que ele nem começou o jogo de hoje. Porque ele começou contra o São Paulo e eu estou pensando já no Sport. Assim como o Luis Ricardo, Ribamar... Deixei o Leandro e o Rodrigo Lindoso. Foi um time bem mexido.

BRAGANTINO
Conheço Bragança de quando morei em São Paulo. Normalmente, é um time arrumado. É difícil jogar lá. Muito difícil.

MARQUINHO
Teste foi o Marquinho. Foi bem, muita dinâmica, com entrosamento vai melhorar também. Esse tempo na montagem do time é importantíssimo, se você achar que um bom jogador quando entra no time vai resolver, nada disso. Com o tempo ele vai aprender o melhor tempo do jogo. Se você joga com Neilton tem um diferente tipo de jogo, se joga com o Luís Henrique, diferente... E assim vai. Primeiro conhecimento e depois você entrosa e resolve.

VOLTA DE EMERSON

Ainda bem. Esse fez falta. Tem categoria, vamos ver recuperação. Se estiver bem, já pensando no Sport é uma boa opção. Pedi (para não cobrar falta), não pode ter pressa nessa altura (risos). Ele tem a qualidade de cobrança, mas não vamos correr riscos desnecessários.

CARLI E GEGÊ
Não posso dar o time hoje (risos). Carli conversei, está bem, Gegê também, vamos decidir isso no sábado.

OCTÁVIO

É uma pena porque ele trabalha muito bem, fez a formação no Botafogo, só que hoje não foi bem. Vou conversar com ele amanhã. Torcedor vem, compra ingresso, ele quer o melhor para o time. E se o time não está jogando bem tem que aceitar a crítica. É um garoto, errou, mas acho que vai conseguir encontrar o melhor caminho. A cabeça é boa, mas ainda de jovem, rebeldia, não aceita situação de crítica. E nessa profissão é mais isso. Vou conversar com ele, espero que compreenda e absorva. Octávio está comigo há muitos meses, entra sempre bem, mas hoje... Essa atitude em relação à torcida não pode se repetir.


FONTE: GE/Por Thiago Lima/Duque de Caxias, RJ

Octávio azeda de vez relação com a torcida e fica com clima ruim no Bota


Meia, que já teve sua dispensa pedida por organizadas no início do ano, é hostilizado após provocação e vê ambiente no clube piorar. Ricardo puxa orelha, mas o defende









O que era para ser um momento de comemoração virou de reclamação. E o papel de herói por ter construído a jogada do gol de Neilton (veja no vídeo acima) deu lugar ao de vilão, vaiado e hostilizado. A noite terminou triste para Octávio em Los Lários, mesmo com a vitória do Botafogo por 1 a 0 sobre o Juazeirense e a classificação garantida na terceira fase da Copa do Brasil. O motivo? Um gesto de provocação logo após o Alvinegro estufar a rede. O meia, que entrou aos 31 minutos do segundo tempo e vira e mexe é alvo de críticas dos torcedores, correu direto em direção às organizadas e bradou repetidas vezes: "Grita mais alto!". A resposta foi imediata:


- Octávio, vai se f..., meu Botafogo não precisa de você - entoavam as organizadas.


- Tira essa camisa, Octávio! Você não merece vestir ela - gritavam torcedores após o jogo.

Octávio provocou torcedores após o gol e foi hostilizado nos minutos finais do jogo (Fotos: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Fora uma enxurrada de palavrões que o jovem de 22 anos precisou ouvir no caminho até o vestiários. Vários torcedores se aglomeraram na grade que separa a arquibancada do campo para ofendê-lo. A relação entre os dois nunca foi boa desde que ele voltou de empréstimo da Fiorentina, da Itália, no ano passado. Em fevereiro, em encontro com a diretoria, líderes de organizadas cobraram a dispensa do meia, junto com Lucas Zen, atualmente afastado do grupo principal, e Gegê, único do trio que deu a volta por cima. Agora, o clima azedou de vez.


A diretoria ainda não se pronunciou sobre o caso. Mas se a bronca da torcida persistir, Octávio pode ficar sem clima para seguir em General Severiano. Como tem contrato longo, até o fim de 2017, uma eventual medida neste caso seria reemprestá-lo. Um fato parecido, embora de maior indignação, aconteceu ano passado com Fabrício, do Internacional. O lateral-esquerdo perdeu a cabeça após tantas vaias e fez gestos obscenos para a torcida colorada, que comemorou sua expulsão. Sem ambiente depois disso, ele posteriormente foi negociado com o Cruzeiro.

Octávio usou as redes sociais para pedir desculpas para a torcida do Botafogo (Foto: Reprodução / Instagram)

Se as coisas caminharem no sentido de uma permanência no Botafogo, Octávio vai precisar mudar sua imagem com os torcedores. A começar por admitir o erro, o que fez ainda na madrugada de quinta para sexta. Se no estádio ele não encarou os microfones, em casa o meia usou as reses sociais para pedir desculpas:

Quero pedir desculpas para torcida alvinegra pelo que ocorreu no jogo, em nenhum momento xinguei a torcida, sei que exagerei na comemoração, sou cria da base e sou grato por tudo que vocês e o clube fez e faz (sic.) na minha vida, desculpa aos torcedores que estavam no estádio, sei que é um sacrifício sair do trabalho e ir nos prestigiar, desculpa às organizadas que sempre estão ao nosso lado!"
Octávio, meia do Botafogo, no Instagram


- Boa noite, quero pedir desculpas para torcida alvinegra pelo que ocorreu hoje no jogo, em nenhum momento xinguei a torcida, sei que exagerei na comemoração, sou cria da base e sou grato por tudo que vocês torcedores e o clube fez e faz (sic.) na minha vida, desculpa aos torcedores que estavam hoje no estádio, sei que é um sacrifício sair do trabalho e ir nos prestigiar, desculpa às organizadas que sempre estão ao nosso lado! - escreveu.


Ricardo Gomes também já deu um puxão de orelhas nele e programou uma conversa com o jogador nesta sexta-feira, quando o elenco se reapresentará durante a tarde em General Severiano. Mas o treinador saiu em defesa de Octávio, que internamente é conhecido por ser um cara alegre e de muitas brincadeiras e não tem perfil de rebeldia.


- É uma pena porque ele trabalha muito bem, fez a formação no Botafogo, só que hoje (quinta-feira) não foi bem. Torcedor vem, compra ingresso, ele quer o melhor para o time. E se o time não está jogando bem, tem que aceitar a crítica. É um garoto, errou, mas acho que vai conseguir encontrar o melhor caminho. A cabeça é boa, mas ainda de jovem, rebeldia, não aceita situação de crítica. E nessa profissão é mais isso. Vou conversar com ele, espero que compreenda e absorva. Essa atitude em relação à torcida não pode se repetir.


Octávio foi revelado nas divisões de base do Botafogo e lançado pelo técnico Oswaldo de Oliveira nos profissionais. Ele atuou em 11 jogos do Campeonato Brasileiro de 2013, marcando um gol, contra o Criciúma. Em 2014, porém, perdeu espaço entre os profissionais e foi emprestado ao ABC no primeiro semestre, antes de seguir para o futebol italiano. Ao todo, o meia defendeu o Alvinegro em 32 partidas, sendo quatro em 2016.

Fonte: GE/Por Thiago Lima/Duque de Caxias, RJ