Atacante é o artilheiro do time na temporada com 14 gols em 29 jogos
O Botafogo renovou o contrato de Erison até 2025. A prolongação do contrato foi oficializada no Boletim Informativo da CBF (BID) nesta segunda-feira (18).
Quando chegou ao Botafogo no início do ano, Erison assinou com o clube até 31 de dezembro de 2023. Com o número expressivo de gols, porém, a diretoria alvinegra entendeu que o melhor era estender ainda mais o vínculo com o atacante de 23 anos.
Erison comemora gol em Botafogo x Fortaleza — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
O objetivo da renovação, além de garantir mais segurança ao clube no mercado, era aumentar a multa rescisória de Erison. Até agora, ele marcou 14 gols em 29 jogos e é o artilheiro do time na temporada.
O acordo foi fechado com o representante do atleta, Lê Lucato, na semana passada, mas só agora foi registrado no BID. Com o novo contrato, Erison também recebeu uma valorização salarial.
Time cria mais, leva perigo ao gol adversário e marca no campo de ataque. Derrota é compreensível
O Botafogo melhorou em relação aos últimos jogos. Um sinal claro disso foi que na derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG a torcida reconheceu o esforço do time e não vaiou a equipe ou Castro após o apito final. E realmente a atuação foi mais esperançosa do que em partidas recentes. Por mais que tenha perdido o quinto jogo em casa no Brasileirão, dessa vez o time mostrou ideias que, se bem trabalhadas, podem dar bons resultados. Isso, por si só, não é suficiente, mas já é um caminho.
No futebol existe o senso comum de que para um time ser merecedor da vitória ele precisa criar mais chances do que o adversário em vez de ser mais eficiente. Se tivermos isso como base, o jogo de domingo não deveria ter um vencedor diferente. O Atlético-MG foi superior e criou pelo menos quatro chances claras de gol: um salvo por Kanu (do pênalti anulado), duas bolas na trave e outra chance perdida por Nacho na cara de Douglas Borges. Já o Botafogo não chegou a ameaçar tanto e a melhor chance que teve foi com Kanu, que completou um cruzamento e a bola quase entrou.
Outro senso comum no futebol - principalmente por parte dos torcedores mais emocionados - é achar que as coisas estão erradas com base no resultado da partida. Não é o caso do jogo de domingo também. Por mais que não dominasse o Botafogo, o Atlético-MG foi superior e deve-se levar em consideração o mérito do time mineiro que é o atual campeão brasileiro e da Copa do Brasil. Isso não é pouca coisa.
Mesmo levando isso em conta, o Botafogo mostrou um futebol interessante. Tentando pressionar o Galo com a marcação no campo de ataque, o time de Luís Castro mostrou mais vontade do que em jogos anteriores. Por mais que possa parecer uma expressão subjetiva e difícil de medir, o empenho que os jogadores mostraram em campo foi diferente do que acontecia nas exibições mais apáticas da equipe.
Como Castro disse em entrevista coletiva depois do jogo, o Botafogo sabia o que queria. A ideia de pressionar para tentar recuperar a bola mais perto do gol do Atlético não deu certo - até pela qualidade de quem estava do outro lado. Mas é uma abordagem interessante para o Bota que ainda busca um estilo de jogo com as peças que tem à disposição.
Para o jogo contra o Galo, por exemplo, Luís Castro não pôde contar com 12 jogadores. Além de Hugo e Daniel Borges, suspensos, o time também não pôde contar com 10 atletas que não estavam fisicamente disponíveis, pelos mais diversos motivos. É quase como se o técnico português tivesse que escalar seu time com quem sobrou já que a cada rodada é um jogador a menos à disposição.
Os desfalques pesam e isso é inegável. Mas se, mesmo com quase um time inteiro no departamento médico, quem esteve em campo conseguiu executar as instruções do treinador, é sinal de que há uma evolução. Por mais que ela ainda seja tímida, é possível observar alguns sinais que passam além da vontade que a torcida viu em campo.
As duas falhas de Sauer no lance do gol foram decisivas, claro. Mas vale destacar que a defesa do Botafogo, mesmo mais adiantada, conseguiu evitar a intensidade característica do Atlético-MG. Hulk pouco apareceu e o ataque do Galo só obrigou Douglas Borges a fazer uma defesa no último lance do jogo. Com exceção da cabeçada de Zaracho na trave, todas as outras finalizações foram bloqueadas ou para fora.
Mesmo quando o Atlético-MG conseguia sair da pressão armada por Luís Castro, havia outro plano do técnico português. Assim como na formação com três zagueiros, após o adversário passar do meio de campo, um jogador mais adiantado voltava para compor a linha defensiva com cinco jogadores. Papel que coube a Vinícius Lopes na noite do último domingo. Vale destacar também mais uma boa partida de Jeffinho, atacante que faz fumaça no lado esquerdo do campo quando entra.
Pelo sexto jogo no Brasileirão, o Botafogo não conseguiu vencer em casa. Esse número, somado ao que a equipe marcou apenas um gol nos últimos seis jogos, preocupa. Porém, existem pontos positivos na derrota que foram mostrados no domingo. Agora é ver se a equipe se mostra mais consistente do que antes e mantém as ideias de jogo que Luís Castro gosta de ver em seus times.
O próximo teste dos jogadores do português será na quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), contra o Santos, na Vila Belmiro, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. A dois pontos da zona de rebaixamento, o Botafogo perdeu uma posição e é o 11º com 21 pontos.
Entre clubes e jogador está tudo certo, falta definir quando ele vem ao Brasil
O Botafogo está muito próximo de contar com Ojeda, do Godoy Cruz. Entre os clubes e o jogador está tudo certo nos valores e na própria transferência. A questão agora é quando ele será jogador alvinegro.
A ideia do Botafogo é que Ojeda chegue o quanto antes para poder ajudar o time no Campeonato Brasileiro. Porém, o Godoy Cruz tenta segurar o principal destaque do time o quanto pode.
Uma alternativa discutida internamente é que ele fique no clube argentino até as últimas semanas da janela e venha perto do encerramento dela. Com isso, o Botafogo espera que Ojeda esteja apto para jogar pelo clube a partir de agosto.
A negociação financeira foi resolvida sem maiores problemas, uma vez que o jogador argentino buscava sair do clube para um mercado com mais visibilidade. Além disso, o Godoy Cruz também queria receber uma quantia pelo jogador, o que fez com que as conversas avançassem com certa facilidade.
Revelado pelo Ferro Carril Oeste, Martín Ojeda tem 23 anos e está no Godoy Cruz desde o ano passado, quando foi emprestado pelo clube que o revelou para o futebol. Ele também tem passagem pelo Racing e pelo Huracán. No Godoy Cruz, atuou em 50 partidas na temporada passada, marcando 18 gols e dando cinco assistências. Em 2022 tem 24 jogos, 10 gols e nove assistências. Neste ano o meia-atacante se tornou capitão da equipe argentina.
Com duas assistências e cinco bolas na rede em oito rodadas, Ojeda é quem tem mais participações diretas em gols neste Campeonato Argentino. O Godoy Cruz lidera a competição com 16 pontos, mesmo número de Newell's Old Boys, Atlético Tucuman e Argentinos Juniors.