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domingo, 5 de julho de 2015

Botafogo e governo negociam aumento da concessão do Caio Martins e de sua capacidade para 20 mil pessoas em 2016



JX Rio de Janeiro (RJ) 03/07/2015 - Obras para troca do gramado do campo do Estádio Caio Martins em Niterói RJ , Fotos : Fábio Guimarães / Extra / Agência O Globo. Foto: Fabio Guimaraes / Agência O Globo

Sem o Nílton Santos, que será utilizado nos Jogos Olímpicos, o Botafogo corre para definir onde mandará seus jogos em 2016. No dia 21, o presidente Carlos Eduardo Pereira terá uma reunião com Marco Antônio Cabral, secretário estadual de Esporte e Lazer, para saber o interesse do Estado em aumentar a capacidade do estádio para 20 mil pessoas.

O apoio do governo seria focado na obtenção de parceiros e na resolução de problemas, como uma ação de moradores contra a realização de jogos no local. A última partida do time profissional alvinegro em Niterói aconteceu em 2004.

— Queremos ouvir o que o governo estadual entende como o futuro do Caio Martins — explica o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira: — O Botafogo tem pouco menos de dez anos de concessão sobre o espaço, e temos que saber se o dinheiro necessário para investir no local dará retorno.

O tempo ao qual o Botafogo tem direito de utilizar o Caio Martins também será negociado. Segundo a secretaria, a concessão vai até 2025, após prorrogação assinada em 2006. O acordo diz que o Alvinegro tem direito a utilizar o estádio e de manter programas sociais no local.

O plano para 2015 é fazer do Caio Martins o centro de treinamentos para as categorias de base. Contando com a ajuda de parceiros e torcedores, o clube já iniciou a troca do gramado, que está em fase final de instalação. A próxima etapa é renovar os vestiários, almoxarifados e refeitórios.

O Botafogo ainda não sabe ao certo quando terá que entregar o Niílton Santos ao Comitê Olímpico Internacional (COI) para a Rio-2016. O estádio, que passa por três obras atualmente, será palco das provas de atletismo e de jogos dos torneios de futebol.

Caso o Caio Martins seja descartado pelo clube, o terreno de Marechal Hermes surge como a segunda opção entre os dirigentes. Segundo o presidente Carlos Eduardo Pereira, o espaço está inutilizado — após o fracasso do projeto de construir um centro de treinamentos no local — e a construção de um estádio não está descartada.

— O tempo é curto, mas a possibilidade de se construir um estádio para 20 mil pessoas não demandaria muito tempo. Temos opções, mas Marechal Hermes está no páreo para ser a nossa casa — explicou o mandatário.


Nelson Lima Neto
Leia mais: http://extra.globo.com/esporte/botafogo

Na esteira de Dória, Botafogo deu chance a Luis Henrique após dispensa


Após ser rejeitado pelo Flamengo e receber não do Bahia, atacante faz testes no Alvinegro ao ser indicado por agente de zagueiro vendido ao Olympique de Marselha




Luis Henrique comemora um de seus gols em estreia como
profissional: início promissor (Foto: Vitor Silva / SSPress)
O Botafogo ainda aguarda com ansiedade o depósito da primeira parcela da venda de Dória para o Olympique de Marselha - cerca de R$ 3,5 milhões. Mas mesmo antes disso o clube pode dizer já lucrou. Isso porque Luis Henrique, a nova joia, teve sua entrada no Alvinegro facilitada no momento em que a diretoria discutia um novo contrato com o zagueiro.

Os dois jogadores são agenciados pelo mesmo empresário, Jolden Vergette. Em 2013, ele discutia com o Botafogo a renovação do contrato de Dória, que, naquele momento, se firmava como titular na equipe profissional e se mostrava um dos grandes destaques formados no clube. Então, o empresário sugeriu que Luis Henrique, outro de seus clientes, fosse submetido a um teste no Alvinegro.

A sugestão, comum nos clubes do Brasil, foi aceita pelo Botafogo, que abriu as portas para Luis Henrique. O atacante havia sido dispensado após alguns meses no Flamengo e passara uma semana em testes no Bahia, também sem sucesso. Na base alvinegra, entretanto, ele logo deslanchou e passou a antecipar etapas. Foi aprovado depois de duas semanas em testes com o time principal sub-15 e assinou seu primeiro contrato profissional em maio do ano passado, válido por três anos.

Mesmo aos 16 anos, Luis Henrique foi vice-artilheiro do Campeonato Carioca sub-17, no ano passado. Em 2015, marcou 14 gols em dez partidas na Copa do Brasil da mesma categoria e chamou a atenção da comissão técnica profissional. Promovido à equipe principal, fez dois gols em sua partida de estreia, a goleada por 5 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, na última sexta-feira, pela Série B do Brasileirão (veja o vídeo abaixo).




Luis Henrique confessa que ainda assimila tudo o que aconteceu na partida, mas garante ser capaz de suportar a pressão por novas atuações do mesmo nível, contando para isso com sua cobrança pessoal e a de seus familiares.

- Nos meus maiores sonhos eu até imaginava que a estreia poderia ser daquela maneira, mas, quando vira realidade, a gente fica um pouco assustado. A pressão existe em todo lugar, ainda mais nos profissionais. É algo que começa cedo, mas lido bem com isso e minha família me coloca de pés no chão. Além disso, eu me cobro muito. Treino bastante, me alimento e descanso. Um jogador de alto nível precisa se cuidar também fora de campo - ressaltou.

Também fora de campo, o Botafogo vem buscando meios de preservar sua joia do assédio que eventualmente vai aumentar a partir de agora. O clube é dono de 90% dos direitos econômicos de Luis Henrique, e o fato do atacante ainda ter um salário de juvenil faz com que a multa rescisória também seja de um valor considerado baixo (estimada em menos de R$ 1 milhão). A ideia é que todas as cifras sejam revistas a partir de agora pelo departamento de futebol profissional e pelo diretor das categorias de base, Manoel Renha.

- O Luis Henrique tem potencial grande. É inteligente e sabe chutar. Mas falta muita coisa ainda. Lógico que é preciso cuidado, mas o Botafogo está fazendo isso, e não é de agora. Em relação a contrato, está tudo controlado. O Renha vem acompanhando os atletas da base, então o garoto está seguro - destacou o gerente de futebol do clube, Antônio Lopes.

Por Gustavo RotsteinRio de Janeiro/DF

Botafogo se movimenta para estender contrato de joia e reunião deve ocorrer durante a semana


Ideia é propor aumento de salário e da multa rescisória - atualmente de quatro milhões de euros (quase R$ 14 milhões) para clubes do Brasil e o dobro para equipes do exterior



Atacante brilhou na sexta-feira, contra o Sampaio
 Corrêa (foto:Paulo Sergio)
A estreia especial de Luis Henrique nos profissionais, com dois gols na goleada do Botafogo sobre o Sampaio Corrêa por 5 a 0, acelerará a busca do clube por um novo acordo com o jovem de 17 anos. Se antes a diretoria pensava com calma sobre uma extensão do contrato – o atual termina no dia 2 de maio de 2017 – agora ela já formula uma proposta para aumentar a multa rescisória e oferecer um salário de profissional ao jogador, pensando em frear o assédio a ele.

Atualmente, para tirar Luis Henrique do Bota, um clube do Brasil deve depositar cerca de quatro milhões de euros (quase R$ 14 milhões) na conta do Glorioso, que detém 90% dos direitos econômicos do garoto. Os outros 10% são do próprio jogador. Para clubes do exterior, a multa é o dobro – perto de oito milhões de euros (quase R$ 28 milhões).

Uma reunião deve ocorrer nesta semana entre a diretoria do Glorioso, o empresário Jolden Vergette e Tanara Farinhas, mãe do garoto, para tratar do assunto.

A ideia é não vê-lo deixar o clube facilmente a exemplo de Vitinho, última grande revelação ofensiva do Alvinegro, que saiu em 2013 após o CSKA (RUS) depositar o valor da multa – 10 milhões de euros (cerca de R$ 31 milhões, na época).

O presidente Carlos Eduardo Pereira confirmou a intenção de sentar com os representantes do jogador para conversar.

– Pensamos nisso, com certeza. Vamos sentar com a mãe dele para conversar. Agora ele já está em outra realidade e integrado aos profissionais. Trocou de patamar. A ideia é que ele permaneça no Botafogo por mais tempo e que possa desenvolver a carreira aqui, para ele e o Botafogo crescerem juntos – afirmou o mandatário alvinegro.

COM A PALAVRA, TANARA FARINHAS, MÃE DE LUIS HENRIQUE

"Puxo ele ao foco, sem subir à cabeça"

"Botei ele numa escolinha quando vim para o Rio, quando ele tinha 12 anos. Levaram ele para o CFZ e depois para o Flamengo. No ano passado veio para o Botafogo e aqui está dando certo.

Ele não esteve sempre em alta. Foi dispensado do Flamengo quando tinha 15 anos e, na época, falei para ele ter calma, que iríamos buscar um novo clube para ele. Acho que valeu de aprendizado, ele aprendeu muito no Flamengo.

Sempre acreditei no potencial dele. Ele vê o exemplo dentro de casa, na mãe e na irmã. Temos sempre que dar o exemplo, puxo ele de volta ao foco, sem deixar subir à cabeça. Já chorei bastante, mas agora tenho que segurar, tudo é exemplo para ele. Ele tem muito pela frente, está sendo um ano excelente e maravilhoso. Só tenho a agradecer ao Botafogo e ao técnico René Simões."


Luiz Gustavo Moreira - LANCENET!