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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Sem consenso interno, Botafogo desiste de contratar Fernandão


Clube chegou a avançar nas tratativas nos últimos dias, mas conversas estagnaram enquanto dirigentes ainda pesavam os prós e contras de uma possível contratação



Só uma reviravolta dará desfecho positivo à negociação do Botafogo com Fernandão. O clube chegou a acelerar as tratativas com o centroavante nos últimos dias, mas a falta de unanimidade entre os dirigentes aumentou a cautela e encerrou as conversas.


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O atacante de 34 anos era visto por parte dos dirigentes como nome interessante principalmente para a próxima temporada. Ele está afastado dos gramados desde fevereiro após ser flagrado no antidoping.


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Fernandão defendeu o Goiás na última temporada — Foto: HEBER GOMES/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO


A questão do doping foi um dos grandes entraves no debate interno acerca do nome. Fernandão ainda não foi julgado, mas a princípio ficaria disponível para voltar a jogar somente em novembro. Completaria oito meses parado, e o condicionamento físico era uma preocupação.



Fechar o negócio agora seria um risco caso o centroavante seja punido com mais tempo de suspensão. A contratação era vista como aposta para o futuro, já que o Botafogo não conseguiu renovar com Rafael Navarro, que sai ao fim da temporada.


Internamente, os dirigentes chegaram à conclusão de que o investimento não vale a pena. Ainda mais em um momento em que o clube faz esforço no sentido contrário, para cortar gastos e aliviar as contas. Na última quarta-feira, a diretoria dispensou Diego Cavalieri e Lecaros, e outros jogadores fora dos planos também estão na mira.


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Último jogo de Fernandão foi em fevereiro: ele marcou dois gols na derrota do Goiás para o Vasco (https://ge.globo.com/futebol/video/os-gols-de-vasco-3-x-2-goias-pela-38a-rodada-do-brasileirao-2020-9302609.ghtml)



Não é a primeira vez que Fernandão entra na mira do Botafogo. Credenciado pelo desempenho no último Brasileirão da Série A, com 10 gols em 24 jogos, o atacante foi alvo do clube alvinegro em abril deste ano, mas a questão do doping fez o time recuar.


O último jogo de Fernandão foi em 25 de fevereiro, na derrota do Goiás para o Vasco por 3 a 2. Na ocasião, o centroavante marcou os dois gols da equipe esmeraldina, que acabou caindo para a Série B. A ideia é que, caso o contrato até o fim de 2022 seja firmado, o jogador recupere a condição física até ter a volta aos gramados liberada.



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Fonte: Por Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

Botafogo muda estratégia em negociação com patrocinadores para valorizar marca


Clube chegou a recusar quase R$ 200 mil mensais para o patrocínio master; mesmo com dificuldades financeiras, diretores adequam propostas pensando em resgatar credibilidade




A ascensão do Botafogo na Série B não é a única mudança de postura vivida pelo clube na temporada. Fora das quatro linhas, a diretoria faz um movimento pela profissionalização e transformou o modelo de negociações, seja com possíveis reforços ou com parceiros interessados em atrelarem sua marca ao time alvinegro.


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A dificuldade dos últimos anos na busca por patrocinadores prevalece também nesta temporada, mas, mesmo com a necessidade de fazer dinheiro novo, o clube mudou a estratégia pensando na valorização da Estrela Solitária no médio e longo prazo.


A nova forma de atuar no setor comercial teve início com as contratações do CEO Jorge Braga e do diretor de negócios Lênin Franco. A leitura dos executivos é que o Botafogo precisa recuperar a força da marca e, para isso, terá que adequar as propostas de acordo com o que pensa ser merecido.


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Jorge Braga, Lênin Franco e Durcesio Mello — Foto: Botafogo/Divulgação



No passado recente, o desespero por novas receitas fez o clube ceder e fechar contratos com valores bem abaixo do que estava acostumado a negociar. Exemplo disso foi revelado na última semana por Lênin. Ao anunciar parceria com a Estrela Bet para as mangas da camisa, o diretor de negócios disse que o valor acordado é maior do que o anterior, quando o time disputava a Série A.


O desafio agora é conseguir um parceiro para o master. No ano passado, o espaço mais nobre do uniforme ficou desocupado por alguns meses até o clube fechar parceria com a processadora de alimentos Gold Meat em novembro, mas por valores que a atual diretoria não considera aceitáveis.


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No caso da Estrela Bet, o Botafogo enviou uma proposta para a empresa ocupar o espaço master com valor estipulado, mas o parceiro fez uma contraproposta abaixo já visando outro lugar na camisa. Para agradar o novo patrocinador e conseguir um valor melhor, a saída foi ceder o espaço no peito nas partidas de maior visibilidade na Série B, contra Cruzeiro e Vasco.


O Botafogo já recebeu algumas propostas de patrocínios para o master e outros espaços, mas nenhuma agradou. O clube chegou a recusar quase R$ 200 mil mensais e ouviu ofertas até menores para o lugar mais notório da camisa. A leitura foi que o Bota passava uma imagem de que estava se vendendo por muito pouco. Com os contatos do novo diretor de negócios, a ideia é se reposicionar no mercado e resgatar a credibilidade, mesmo que isso possa sacrificar acordos para dinheiro imediato.




Apresentado pelo Botafogo, Rafael se emociona e diz que está realizando um sonho de infância (https://ge.globo.com/video/apresentado-pelo-botafogo-rafael-se-emociona-e-diz-que-esta-realizando-um-sonho-de-infancia-9860387.ghtml)



O receio é que, caso aceite um valor abaixo do que considera justo para o principal espaço da camisa, isso poderá gerar uma reação em cadeia e desvalorizar os demais espaços. A nova estratégia, então, visa fugir dos contratos ruins e conseguir nos próximos anos acordos vantajosos e que valorizem a marca do Botafogo.


O uniforme atual do Botafogo tem seis patrocinadores: Kappa (fornecedora de material esportivo, no lado direito do peito), Centrum (barra frontal), Tim (dentro dos números), Eletromil (barra traseira), Estrela Bet (mangas) na camisa, além do Cartão de Todos no meião dos jogadores.



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Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

Cavalieri e Lecaros: Botafogo economiza agora, mas pretende diluir dívida no futuro; entenda


Sem ter dinheiro suficiente para pagar todas as folhas salariais de 2021, clube economiza R$ 1,5 milhão com a dupla no curto prazo, mas terá que honrar com contratos no futuro





Alexander Lecaros não joga mais pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)



Diante da crise financeira, o Botafogo busca soluções para honrar pagamentos com os atletas - até aqui, vale ressaltar, os salários estão em dia. Na última quarta-feira, o Alvinegro anunciou que Alexander Lecaros e Diego Cavalieri não fazem mais parte do elenco. Mas que tipo de economia isso vai trazer?


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O Alvinegro ainda não tem dinheiro suficiente para quitar todos os vencimentos da temporada 2021, então precisou achar soluções para diminuir os salários a curto prazo. Vale lembrar que o clube tem uma parceria com a Justiça do Trabalho, que paga essas quantias a partir de verbas bloqueadas e/ou penhoradas, mas esta ainda não está garantida até o fim da temporada.

Isto não quer dizer que o clube vai passar batido com os compromissos que possui com Diego Cavalieri e Alexander Lecaros. A dupla, que tinha contrato até o fim desse ano com o Alvinegro, vai receber o valor que lhe é de direito, mas não necessariamente agora - pelo menos este é o plano do clube.

O Botafogo está em contatos com os dois para renegociar este valor e tentar pagar daqui a alguns meses, quando a tendência é que a situação seja um pouco melhor do que está agora. Ou seja, o clube economiza agora para poder pagar os salários, mas sabe que terá que honrar os valores de Cavalieri e Lecaros em um futuro próximo.


A economia com a saída da dupla até o fim da temporada será de mais de R$ 1,5 milhão - contando todos os salários que eles receberiam até o fim do ano -, o que representa quase metade de uma folha salarial do clube.

Diego Cavalieri tinha um dos maiores salários do elenco. Um dos poucos jogadores que recebia direitos de imagem e encargos contratuais, o valor total era maior que R$ 250 mil mensais. Os vencimentos de Alexander Lecaros, por sua vez, não chegavam a R$ 50 mil.

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O clube, contando com o 13º, ainda tem cinco folhas a serem pagas até o fim da temporada. A diretoria economiza este valor no curto prazo, durante 2021, para poder diminuir a folha salarial diante de uma ação emergencial.

Vale ressaltar que ainda não há nenhum acordo firmado para a forma de pagamento que o Botafogo fará aos dois. O clube vai iniciar conversas visando chegar a este "aperto de mãos". Ao mesmo tempo, tenta encontrar novas receitas para sair do sufoco financeiro.




Fonte: LANCE/Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)