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sexta-feira, 20 de maio de 2022

América-MG x Botafogo: prováveis times, desfalques e onde assistir ao duelo pelo Campeonato Brasileiro



Em caso de vitória, fora de casa, Glorioso pode dormir na liderança da competição nacional. Coelho, por sua vez, busca recuperação após eliminação na Libertadores e encostar no G4





América (MG) e Botafogo medem força neste sábado, às 21h, na Arena Independência (Montagem: Lance!)



Após entrar no G4, o Botafogo volta a campo neste sábado, às 21h, contra o América (MG), na Arena Independência. Invicto como visitante no Brasileirão, o Glorioso pode dormir na liderança da competição caso conquiste a vitória. O Coelho, por sua vez, busca se reabilitar depois da eliminação na Copa Libertadores - o time ainda sonha com uma vaga na Sul-Americana.


O técnico Luís Castro não poderá contar com o meia-atacante Chay, que apresentou sintomas de gripe e não está entre os relacionados. Além dele, Carlinhos, Rafael, Gustavo Sauer e Philipe Sampaio se recuperam de lesão e seguem de fora da equipe.


+ Confira e simule a tabela do Campeonato Brasileiro


O América (MG), que está invicto como mandante, tem uma lista extensa de desfalques para a partida deste sábado. Juninho, Alê, Everaldo, Paulinho Bóia, Wellington Paulista, Matheusinho, Danilo Avelar, Jori, Gabriel Gomes e Berrío estão com problemas clínicos e não poderão estar em campo.

Outro desfalque é o artilheiro da equipe mineira, o zagueiro Iago Maidana, que foi expulso na derrota para o Coritiba, no Couto Pereira, no último final de semana. Felipe Azevedo retorna de suspensão. Em caso de triunfo, o Coelho pode encostar no G4.


+ Botafogo lança linha especial de quatro camisas em homenagem ao eterno ídolo Nilton Santos


O árbitro da partida será Raphael Claus, que está na lista de profissionais brasileiros que estarão na Copa do Mundo, em novembro. Além dele, o árbitro Wilton Pereira Sampaio e os assistentes Neuza Back, Bruno Boschilia, Rodrigo Figueiredo, Bruno Pires e Danilo Simon também estão na lista.

O atacante Aloísio e o zagueiro Germán Conti foram substituídos contra o Tolima, pela Copa Libertadores, por conta de dores musculares, ambos na coxa direita. O Departamento Médico do América (MG) ainda não divulgou a avaliação sobre os dois atletas.
 

FICHA-TÉCNICA

AMÉRICA-MG X BOTAFOGO (7ª rodada)


Local: Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data e horário: 21/05/2022, às 21h (de Brasília)
Árbitro: Raphael Claus (FIFA-SP)
Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis (FIFA-SP) e Neuza Ines Back (FIFA-SP)
Quarto árbitro: Ronei Candido Alves (MG)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)
Onde assistir: SporTV, Premiere e em Tempo Real no LANCE!/Voz do Esporte

América (MG) (Técnico: Vagner Mancini)
Jailson; Patric, Gustavo Marques (Luan Patrick), Éder e Marlon; Lucas Kal, Gustavinho (Rodriguinho) e Índio Ramírez; Felipe Azevedo, Pedrinho e Henrique Almeida

Desfalques: Juninho, Alê, Everaldo, Paulinho Bóia, Wellington Paulista, Matheusinho, Danilo Avelar, Jori, Gabriel Gomes e Berrío (lesionados) e Iago Maidana (suspenso)
Suspensos: Iago Maidana
Pendurados: Patric, Éder e Índio Ramirez

Botafogo (Técnico Luís Castro)
Gatito; Saravia, Kanu, Victor Cuesta e Daniel Borges; Luís Oyama, Tchê Tchê e Lucas Fernandes; Diego Gonçalves, Victor Sá e Erison

​Desfalques: Chay (gripado), Carlinhos (pós-operatório de lesão ligamentar e meniscal no joelho esquerdo), Philipe Sampaio (lesão no ligamento colateral medial do joelho direito), Rafael (pós-operatório do tendão de Aquiles esquerdo) e Gustavo Sauer (tratamento de lesão não informada).
Suspensos: -
Pendurados: Kanu, Saravia e Philipe Sampaio



Fonte: LANCE!Belo Horizonte (BH)

Adversário do Botafogo, América-MG está invicto como mandante, mas tem extensa lista de desfalques


Vagner Mancini terá problemas para montar a equipe contra o Glorioso, no sábado, às 21h, no Independência. LANCE! conversou com jornalistas para entender o momento do Coelho





América foi eliminado da Libertadores e agora enfrenta o Botafogo pelo Brasileirão (Mourão Panda/América-MG)



Após entrar no G4, o Botafogo terá pela frente dois jogos como visitante para se firmar no pelotão de frente do Brasileirão. O primeiro adversário será o América (MG), neste sábado, às 21h, na Arena Independência. Com isso, o LANCE! conversou com jornalistas para compreender o momento do Coelho depois da eliminação na Copa Libertadores.


+ Em sinergia com a torcida na era Textor, Botafogo tem a quarta maior média de público do Brasileirão



De acordo com a jornalista Rosane Meireles, do jornal "O Tempo" e rádio "Super", a equipe mineira costuma apostar nos contra-ataques e tem dificuldade na construção por ter uma posse improdutiva quando tenta impor seu jogo. Para o jogo de sábado serão vários desfalques, inclusive o zagueiro Iago Maidana, artilheiro do time no ano.


- O América é um time que joga muito no contra ataque. Às vezes quando se tem a posse de bola parece não saber o que fazer. A defesa tem se destacado bastante, apesar de sofrer gols. O Maidana (Iago), inclusive, é o artilheiro do time, mas está suspenso - disse, e em seguida emendou:

- A eliminação (na Libertadores) mexe, é claro, mas meio que o clube já esperava. O objetivo é permanecer na Série A, o resto é lucro e ajuda financeira. Os desfalques são muitos: Juninho, Alê, Everaldo, Paulinho Bóia, Wellington Paulista, Matheusinho, Danilo Avelar, Jori, Gabriel Gomes e Berrío. Pode ser que dois retornem diante do Botafogo, mas o clube não confirma quem. Mancini deixou escapar em coletiva que pode ter reforços - completou.

Apesar dos desfalques, os mineiros seguem 100% como mandantes na competição. Porém, com todos esses problemas, Vagner Mancini ganhou mais dois. O atacante Aloísio e o zagueiro Conti serão reavaliados e devem desfalcar a equipe no sábado, já deixaram o campo contra o Tolima com dores. Na zaga, Gustavo Marques deve receber mais uma oportunidade.


Segundo dados do portal "Footstats", o América (MG) é um dos times com menos desarmes certos no campeonato (64) e o que mais comete faltas (109, no total). Outro fundamento em que o Coelho tem deixado a desejar são nos cruzamentos, com apenas 19 corretos. Para o jornalista Paulo Azeredo, da rádio "Inconfidência", o time tem tido dificuldades, mas seu arqueiro é o principal destaque.

- Em certos momentos o América tem perdido a concentração no sistema defensivo e tem tido alguns "apagões". O ataque também tem aproveitado mal as chances criadas. O grande destaque do time na temporada tem sido o experiente goleiro Jailson - analisou, citando a importância da Libertadores e o ambiente do clube.

- O ambiente é bom, mas realmente os desfalques têm pesado bastante. A Copa Libertadores foi a primeira na história do clube e serviu de aprendizado - acrescentou.

Por fim, ambos concordaram que Vagner Mancini tem feito um bom trabalho até aqui. O grande problema fica por conta de não ter priorizado uma competição e ter jogado com força máxima em todas elas. Contudo, a equipe apresenta mais variações táticas e equilíbrio em campo.


- Vagner Mancini foi um alento para o time que estava apático. Após a chegada dele, o América mostrou variações táticas, algo que não estava acontecendo antes. A impressão era que o América jogava da mesma forma sempre, o Mancini mudou isso. O ponto negativo fica por conta dele não poupar atletas. Mancini quer disputar tudo com força máxima, mas o elenco é enxuto. Prova disso é o DM lotado. A prioridade do clube, algo que a própria diretoria já falou, é o Brasileiro. No entanto, as principais lesões dos titulares ocorreram na Libertadores, já que Mancini não poupa - salientou Rosane.




Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)

Botafogo lança quatro modelos de camisas em homenagem a Nilton Santos



Peças custam entre R$ 159,90 e R$ 239,90; há opções em manga curta e também longa



O Botafogo lançou quatro modelos de camisas para sua torcida em homenagem a Nilton Santos, ídolo alvinegro. A ação acontece na semana em que o eterno camisa seis faria aniversário, em 16 de maio.


+ Del Piage revela papo com Luís Castro no Botafogo: "Parece que o Romildo foi embora e chegou outro jogador"


As peças custam entre R$ 159,90 e R$ 239,90. Há opções em manga curta e também longa. Confira:


+ Victor Sá viveu desilusão no Brasil, aventura na Áustria e teve ajuda de Casemiro




Botafogo lança camisa para torcida em homenagem a Nilton Santos — Foto: Divulgação/Botafogo


Os dois modelos lisos em manga curta podem ser adquiridos online por R$ 159,90 cada no site divulgado pelo Botafogo. Também há opções listradas:


+ Botafogo e Erison iniciam conversas para negociar renovação de contrato





Botafogo lança camisa para torcida em homenagem a Nilton Santos — Foto: Divulgação/Botafogo


Com listras, a peça de manga curta sai por R$ 199,90. A longa, por R$ 239,90. Por enquanto, as camisas retrôs atendem à torcida até que a comercialização dos uniformes utilizados em jogos, feitos em produção própria pelo clube, comece - o que está programado para junho.


+ Volt tenta acordo com Botafogo para recuperar pagamento antecipado de R$ 2,5 milhões ao clube


As novas peças, que já estão em desenvolvimento, serão comercializadas com a marca "Glorioso". O Botafogo prometeu reabrir as lojas físicas a partir do segundo semestre. As unidades estão fechadas há quase um ano após litígio do clube com o antigo parceiro


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Após rompimento com a Volt no início do ano, o planejamento era fechar com um fornecedor de material esportivo para o início do Campeonato Brasileiro, o que não aconteceu. O clube informou nesta semana que negociará com calma com possíveis parceiros e só exibirá a nova marca em 2023.





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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Del Piage revela papo com Luís Castro no Botafogo: "Parece que o Romildo foi embora e chegou outro jogador"



Volante contou que conversa com treinador português foi fundamental para a "virada de chave" em 2022




Não foi só a estampa da camiseta que mudou de Romildo para Del Piage neste início de ano para o jovem de 22 anos no Botafogo. Antes do treino no Espaço Lonier, nesta sexta-feira (20), o volante explicou a motivação da troca do nome para o sobrenome na forma como gostaria de ser tratado e avaliou sua evolução no time:


+ Victor Sá viveu desilusão no Brasil, aventura na Áustria e teve ajuda de Casemiro


- Meu nome foi um pedido da torcida mesmo... Todo mundo falava: "pô, tem Del Piage, bota Del Piage". E já tinha uma conversa interna aqui no clube para mudar. Quando coloquei na camisa, nos negócios do clube, parece que tudo mudou, né? Parece que o Romildo foi embora e chegou outro jogador. A confiança que o Luís passa pra gente no dia a dia é fundamental. Eu não mudei nada no meu estilo de jogo. Antigamente, quando era o Romildo que trabalhava, da mesma forma trabalho como Del Piage e graças a Deus as coisas estão fluindo e acontecendo - afirmou.





Romildo Del Piage no Espaço Lonier, do Botafogo — Foto: Vítor Silva/BFR



O garoto, que vem sendo utilizado com frequência, também revelou que uma conversa com Luís Castro foi determinante para uma transformação ainda mais profunda.


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- O Luís pede pra não ficar pensando com a bola no pé, pra fazer o jogo andar. Dar dois, três toques no máximo. Um dia, ele chegou em mim, no particular, e falou: "Tudo que você fizer com medo você vai errar". Coloquei isso na minha cabeça, de fazer as coisas com convicção, que vai dar certo.


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- A subida para o profissional é um momento de adaptação, muita coisa, nova diferente. Para mim, no começo, foi um pouco complicado, tudo muito novo, né? Mas, conforme o tempo vai passando, a gente vai se ambientando no profissional. A chegada do Luís foi fundamental. Depois que ele chegou, consegui desempenhar meu futebol, ele passa uma confiança pra gente, pros atletas.


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O Botafogo é o quarto colocado do Brasileirão, com 11 pontos. O próximo compromisso é no sábado (21), às 21h, contra o América-MG, no Independência.




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Fonte: GE/Por Rafael Bizarelo — Rio de Janeiro

Antes do Botafogo, Victor Sá viveu desilusão no Brasil, aventura na Áustria e teve ajuda de Casemiro


No caminho até chegar ao clube carioca, atacante quase desistiu da carreira algumas vezes, mas se encontrou depois de passar até pela quinta divisão austríaca



“Quem vê hoje, as coisas dando certo, não tem ideia das dificuldades”. É comum ouvir isso, ou alguma adaptação, no meio do futebol brasileiro, cheio de jovens que fizeram do esporte salvação para deixar uma vida de privações, e necessidades nos piores cenários. Nesse caso, a frase é de Victor Sá, destaque do Botafogo aos 28 anos. Um momento de estrelato que destoa de outros períodos duros, que quase fizeram o atacante desistir da carreira.


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Ele contou ao ge a história de vida, que começou em São José dos Campos, passou pela Áustria quase que por golpe de sorte e, depois disso, rodou o mundo com o sucesso que mudou a vida do atleta e de todos em volta, família e outras pessoas queridas. Trajetória que o atleta espera completar com o reconhecimento no país natal, onde teve portas fechadas no início da carreira.


Nessa entrevista, Victor Sá falou sobre o passado, mas também sobre o presente e o futuro. Explicou os motivos para voltar ao Brasil, escolher o Botafogo e projetou os próximos passos do novo projeto que pode devolver ao clube o protagonismo no futebol nacional. O atacante também lembrou algumas curiosidades na caminhada, como o tempo em que morou na casa de Casemiro, volante da Seleção.





Victor Sá teve um caminho tortuoso antes de emplacar na Europa e vir ao Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


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ge: Você já jogou na Europa, passou pelo futebol milionário do Oriente Médio e hoje é titular de um dos times que é destaque no futebol brasileiro. Mas essa carreira positiva veio depois de muito sacrifício. Conta um pouco da sua trajetória.


Victor Sá: O início no Palmeiras não foi legal. Comecei a ser emprestado. Joguei A3, joguei a segunda divisão do Campeonato Paulista também. Essa foi a maior dificuldade, foi quando pensei seriamente em parar. Porque era muita dificuldade. Morar debaixo de alojamento, comer arroz com salsicha, que era o que tinha.


Mas, ao mesmo tempo, são os momentos em que os atletas são mais unidos. Você vira uma família ali dentro, no meio da dificuldade. Um dá força ao outro. Pensei muito em desistir, até surgir esse teste na Áustria.


Foi nesse início no Brasil que você conheceu o Casemiro?

Ele sempre foi muito próximo do meu irmão. Quando assinei na base do Palmeiras, ele me acolheu no apartamento dele, estava no profissional do São Paulo. Sempre me ajudou demais. É um exemplo. Não conquistou tudo o que conquistou à toa. Ajudou muito a mim e a minha família. Sempre me dá conselhos também, até de postura como atleta, dentro e fora de campo.


E o caminho na Áustria?

As coisas começaram a andar, mas lá também tive muitas dificuldades. Eu e minha esposa vivíamos com muito pouco, porque eu tentava mandar quase tudo para a minha família. Já fui com dúvidas, porque foi um período de testes na Áustria. Apostei lá, porque ou era isso ou teria que abandonar a carreira, procurar outro emprego. Fui para Áustria para ver o que dava.


Fui bem no teste, as coisas começaram a caminhar. O primeiro ano, principalmente, foi muito difícil. Se não fosse minha esposa, meu irmão, minha mãe... Não fosse a minha família, eu teria voltado. Foi bem complicado. Longe do meu país, longe de tudo. Cansei de falar para a minha esposa que queria voltar, e ela me segurou. Tinham fé que a coisa iria mudar, e mudou.


+ Torcida do Botafogo esgota ingressos para jogo com o América-MG em menos de 30 minutos


 

Aos 17 min do 1º tempo - gol de dentro da área de Victor Sá do Botafogo contra o Ceará (https://ge.globo.com/futebol/video/aos-17-min-do-1o-tempo-gol-de-dentro-da-area-de-victor-sa-do-botafogo-contra-o-ceara-10491931.ghtml)



Qual foi a maior dificuldade por lá?

Cheguei e o treinador não gostava muito de mim, me passou para o time B, que disputava a quinta divisão. E era um esquema quase de futebol amador, com pessoas que tinham outros empregos, alguns acima do peso, bebia uma cervejinha antes do jogo... (risos).


Eu destoava ali, fazia dois, três gols por jogo. Chegou um momento em que o cara não conseguiu me manter no time B. Subi para o time principal, estreei fazendo gol e as coisas foram acontecendo.


A partir daí, a caminhada foi de mais alegrias...


Evoluí demais como atleta e como pessoa nesses países. Aprendi a absorver a cultura deles. Hoje falo inglês, falo alemão. Aprendi muita coisa. Como jogador também, cresci técnica, física e taticamente.


Da Série A3 de São Paulo, passando por Campeonato Alemão, até chegar ao Brasileirão — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Voltando lá para aquele início no Primeira Camisa, quantos garotos daquela geração conseguiram chegar onde você e o Daniel chegaram, por exemplo?


Poder reencontrar o Daniel é algo que eu nunca imaginei. A gente se distanciou, um longe do outro. Eu acompanhava de lá, imagino que ele acompanhava daqui também. Quando surgiu a chance, pensei: "Mundo do futebol é muito pequeno mesmo".


É um orgulho para nós, porque conseguimos, vencemos. Depois de muita dificuldade. De cabeça, só lembro do Daniel, além de mim, de passar por todas essas etapas. No futebol, não basta ser apenas um bom jogador. Tem a parte técnica, mas há muitas outras etapas. Eu abdiquei de muita coisa na minha vida para estar aqui hoje. Quem vê hoje, as coisas dando certo, não tem ideia das dificuldades.


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Victor Sá e Daniel Borges no Primeira Camisa — Foto: Arquivo Pessoal



Como foi essa primeira conversa com o Daniel, quando surgiu a chance de voltar ao Brasil?


Eu não estava com o telefone dele, procurei um amigo em comum. Perguntei da cidade, do clube... Só que mandei mensagem e ele demorou mais de um dia para responder. Já pensei: "Daniel deve estar uma mala do caramba" (risos). Ele explicou que não estava pegando muito o telefone e conversamos de boa. Falou da cidade, os caminhos para o clube, CT, estádio etc. Como seria viver no Rio de Janeiro.


Lembro bastante que ele falou que minha esposa iria amar o Rio, e acertou na mosca. Ele foi uma peça muito importante, porque já me apresentou a essa família Botafogo e me deixou muito à vontade.


Teve outras oportunidades de voltar ao Brasil antes do Botafogo?


Fui procurado quando estava na Alemanha, quando estava nos Emirados também. Mas o projeto do Botafogo me seduziu, me identifiquei muito. Lembro quando o Mazzuco me ligou pela primeira vez, eu estava com a minha esposa. E nos cativou muito tudo o que ele passou do clube. Hoje, já dá para ver que foi a escolha certa.


Nunca imaginei voltar para o Brasil, não estava nos meus planos. Tanto que fui para os Emirados, porque tinha o plano de continuar fora. Mas as coisas aconteceram e, hoje, estou vivendo esse momento especial. Sou grato ao Botafogo por acreditar no meu trabalho. Espero corresponder com a expectativa da torcida.


É a chance de ser conhecido no seu país?

Com certeza. Eu estava em uma grande liga do futebol europeu, mas nem todo mundo acompanha. Também pensei nisso, em ser conhecido no meu país, jogar no meu país, a família e os amigos me vendo em um estádio lotado. Era um objetivo pessoal. Um deles, e espero conquistar outros.


Voltar a conquistar com o Botafogo, conseguir coisas grandes nesse tempo de contrato. Com tudo o que está acontecendo com o Botafogo, a tendência é crescer cada vez mais. Voltar a competições internacionais, voltar a ganhar títulos... São as ambições de qualquer clube grande.





Até agora, Victor Sá tem um gol e uma assistência em sete jogos pelo Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Está curtindo a volta ao Brasil? Como está a adaptação ao Rio?


Só coisas boas. Foram só dois meses, mas muito intensos. Recepção da torcida, adaptação ao futebol brasileiro... Está sendo um início bem marcante, e espero que seja uma trajetória de muitas glórias.


Eu estava sentindo falta do brasileiro, desse calor do Brasil. Essas particularidades, porque estava há mais de um ano sem vir ao meu país. Fora do país, nem todo mundo é receptivo.


E dentro de campo?


Posso falar que a intensidade tem sido um desafio, comparando com os Emirados Árabes. O futebol alemão sempre cobrou bastante isso, mas nos Emirados nem tanto. O Luís Castro cobra bastante esse lado, e eu gosto muito também. É um dos motivos de eu ter escolhido o Botafogo.


Começou como João Victor, virou Victor Sá. Por que?


Na Alemanha, eles não sabem falar o João. Ficavam toda hora no "Joao". O Victor Sá era mais fácil para eles, mudaram e ficou. Nem tive muita escolha (risos). Começaram a chamar já nos treinos, nos jogos... Ou Victor ou até só Sá. E mudou de vez.


Mas lá na sua cidade te chamavam de outra coisa, né? "Sujeira"?

Isso é um apelido que me colocaram lá (risos). O Daniel brinca comigo, que me conheceu quando só me chamavam de Sujeira. "Victor Sá, tá de brincadeira"... Disse para ele ficar quieto, senão os caras iriam pegar no meu pé.


A torcida está muito empolgada, mas esse é um início de trabalho. Como controlar essa expectativa?

É um pouco clichê, mas sempre lembramos do tempo para o projeto. Mas os jogadores sempre fazem de tudo para as coisas acontecerem rápido. A euforia é com a torcida, é um momento empolgante. Aqui dentro, tentamos manter os pés no chão.


O Luís Castro também tem esse papel, sempre apontando erros, mostrando o que precisamos melhorar. Com o tempo, as coisas vão acontecer naturalmente.


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Fonte: GE/Por Bernardo Serrado, Edson Viana e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro