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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Novo reforço do Botafogo, lateral-direito já treina com elenco no Engenhão


Régis, que veio da Portuguesa, chegou nesta sexta-feira e já participou das primeiras atividades com o elenco alvinegro no Engenhão




Regis no Engenhão (Foto: Paulo Victor Reis)
Observado por Vagner Mancini, lateral Régis treina pela primeira vez no Engenhão (Foto: Paulo Victor Reis)

Contratado pelo Botafogo, o lateral-direito Régis, de 25 anos, que estava na Portuguesa, já se apresentou ao novo clube. O jogador, inclusive, realizou o primeiro treinamento dele, na tarde desta sexta-feira, no Engenhão. Depois de uma atividade física, o lateral trabalhou com bola ao lado do atacante Murilo, que foi contratado por empréstimo ao Internacional pelo período de dois anos. 

Com a saída de Lucas, que entrou na Justiça para se desvincular do Alvinegro devido aos atrasos no pagamento dos salários, o técnico Vagner Mancini conta apenas com Edilson para a lateral direita. Com isso, a diretoria acertou a vinda de Régis. Além da Lusa, o jogador atuou ainda por equipes como Goiás, Guaratinguetá, São Bernardo e Ponte Preta.

Nas últimas partidas do Campeonato Brasileiro, com Edilson lesionado, o técnico Vagner Mancini tem sido obrigado a improvisar o zagueiro Dankler na lateral direita. John Lennon, lateral que esteve emprestado ao Atlético-GO, no ano passado, e que passou por cirurgia no joelho direito no início do ano, chegou a ser cogitado para ser aproveitado por pelo treinador, porém, isto ainda não ocorreu.


Paulo Victor Reis - LANCENET!

Botafogo se preserva e decide não escalar Jobson contra o Grêmio


Clube ainda busca respostas junto a Fifa e CBF sobre caso de exame antidoping e prefere manter atacante fora da relação para a partida de domingo, no Maracanã


A noite da última quinta-feira foi de decepção para Jobson. Empolgado com a chance de voltar a disputar uma partida pelo Botafogo, soube pelo técnico Vagner Mancini, cerca de uma hora antes de a bola rolar, que não poderia atuar contra o Goiás. Na tarde desta sexta o atacante esteve no Engenhão para mais um dia de treinamentos, mas não vai enfrentar o Grêmio, neste domingo. Ainda sem uma posição da Fifa ou da CBF, o Alvinegro decidiu novamente se resguardar em relação à condenação de oito anos de suspensão imposta pela Federação Saudita ao jogador em abril deste ano, sob a acusação de ter se recusado a fazer um exame antidoping.

Nesta sexta-feira os advogados de Jobson buscaram junto à Fifa informações sobre o caso, já que não existe um registro oficial sobre o caso na entidade máxima do futebol. O Botafogo também prepara um ofício e consultou a CBF para conseguir o respaldo necessário e, assim, ter a tranquilidade para escalar o jogador. Mas como ainda não obteve resposta, preferiu não arriscar.

Botafogo decide se preservar e Jobson não encara o Grêmio no domingo (Foto: Satiro Sodré / SSPress)

Menos de uma hora antes de começar o jogo contra o Goiás, o Botafogo recebeu um comunicado do Ministério do Esporte – por meio de seu controle de dopagem – informando que Jobson foi condenado a oito anos de suspensão na Arábia Saudita e que, por isso, não poderia jogar. Em contato com o Alvinegro, a CBF também recomendou que ele não fosse escalado até que a situação fosse esclarecida. Afinal, o atacante não chegou a ser julgado e não apresentou defesa no caso, que foi informado pelos sauditas a Agência Mundial Antidoping (Wada).

No treino desta sexta-feira, Jobson esboçou alguns sorrisos, mas não economizou empenho na atividade técnica comandada por Vagner Mancini. Os jogadores que estiveram em campo foram somente aqueles que não começaram a partida contra o Goiás. Os titulares permaneceram na sala de musculação fazendo um trabalho regenerativo. Além do recém-contratado Régis, o treinador contou com o volante Bolatti, que ficou fora contra o Goiás por causa de dores no pé direito. A expectativa é de que ele seja relacionado para enfrentar o Grêmio.

Por Gustavo RotsteinRio de Janeiro

Defesa de Jobson crê em represália de sauditas e vai à Fifa por liberação


Documento enviado por Ministério do Esporte afirma que atacante está suspenso até 1º de abril de 2022, mas advogado fala em abordagem obscura a jogador na Arábia



Documento do Ministério do Esporte à CBF na última
 quinta-feira avisando de suspensão de Jobson (Foto: Reprodução)
Cerca de 40 minutos antes da partida contra o Goiás, na última quinta-feira, o Botafogo recebeu um documento que havia sido emitido pelo Ministério do Esporte e encaminhado à CBF. Endereçado ao presidente José Maria Marin e assinado por Marco Aurelio Klein, secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, ele avisava que Jobson estava suspenso até 1º de abril de 2022 por supostamente ter se recusado a fazer exame antidoping quando atuava pelo Al Ittihad, da Arábia Saudita. Por precaução, o Alvinegro decidiu tirá-lo do jogo, mas nesta sexta-feira, os advogados do atacante vão ao encontro da Fifa em busca da liberação. Afinal, eles têm a certeza de que o aconteceu na ocasião foi uma arbitrariedade.

A principal tese levantada pelos responsáveis pela defesa de Jobson é de que trata-se de uma espécie de represália, já que o atacante acionou o Al Ittihad na Fifa para receber salários e outros pagamentos devidos. Como o clube tem força na Federação Saudita, teria havido uma suposta articulação para punir o jogador numa situação no mínimo incomum quando se trata de um procedimento antidoping.

Futuro de Jobson será discutido pela Fifa
(Foto: Satiro Sodré / SSPress)
- O clube queria que o Jobson abrisse mão do que tinha a receber para conseguir sua liberação. Ele não aceitou e começou a sofrer pressão. O ponto dessa história foi a abordagem obscura desse exame antidoping. O Jobson estava no hotel e lá foi abordado por uma pessoa com um crachá se dizendo representante da federação. Ele só falava árabe, e obviamente o jogador não entendeu nada, se recusando a assinar os documentos que essa pessoa portava. Como alguém pode ser condenado sem possibilidade de defesa, sem um julgamento? Não existe qualquer comunicação oficial de doping ou envio de notificação à CBF ou à Fifa sobre o caso. Acredito que essa questão está vinculada a essa cobrança do Jobson por salários – afirmou Rodolpho Cezar, um dos advogados do atacante.

O objetivo é garantir a possibilidade de Jobson ser relacionado pelo Botafogo para a partida contra o Grêmio, neste domingo. Para isso, será necessário que a Fifa se manifeste sobre o caso, que não tramitou em suas vias oficiais.

- Queremos saber junto à Fifa da validade desse documento para passarmos ao Botafogo a tranquilidade para utilizar o Jobson - explicou Rodolpho Cezar.

Confira um trecho do documento enviado pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem à CBF na última quinta-feira:

Senhor presidente,

O jogador Jobson Leandro Pereira de Oliveira, contratado recentemente pelo Botafogo de Futebol e Regatas, está cumprindo um período de suspensão por dopagem, portanto encontrando-se impedido de competir ou participar de treinamentos oficiais.

Em 28 de agosto do corrente ano, a Saudi Anti-Doping Appeal Panel sentenciou ao jogador uma sanção de oito anos de suspensão, contados a partir de 1º de abril de 2014. Esta decisão foi notificada à Fifa e à Agência Mundial Antidopagem – AMA.

Segundo email da AMA recebido hoje, acompanhado de reportagem do site Globo Esporte sobre o retorno de Jobson aos campos brasileiros, informamos que pelo art. 29 da FIFA Anti-Doping Regulations o jogador poderá retornar aos treinamentos três meses antes da data do término da suspensão imposta por dopagem, ou seja em janeiro de 2022.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE