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quarta-feira, 10 de julho de 2019

Botafogo anuncia Biro Biro, registra contrato no BID e atacante pode enfrentar Cruzeiro


Treinando com o elenco desde o dia 1º, jogador aguardava a rescisão do contrato com o São Paulo e o acerto do vínculo com o Nova Iguaçu, clube que o emprestou ao Alvinegro




Divulgação/Botafogo


Eduardo Barroca terá uma opção a mais para montar o time que enfrentará o Cruzeiro no próximo domingo, às 16h, no Mineirão, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. O contrato de Biro Biro com o Botafogo foi registrado no BID da CBF no fim da tarde desta quarta-feira, e o jogador, que foi anunciado mais cedo, fica à disposição do técnico.


O atacante de 24 anos assinou contrato com o Alvinegro até 30 de junho de 2020 e chega por empréstimo do Nova Iguaçu. Ele já treinava com o elenco desde o dia 1º de julho.



Fred Gomes @fredgomes1985 Biro Biro regularizado. Já tem condições legais para estrear no domingo, às 16h, contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte. #gebota


A demora aconteceu porque o jogador de 24 anos aguardava a rescisão do contrato com o São Paulo, a posterior assinatura de três anos com o Nova Iguaçu, e - aí sim - o acerto com o Botafogo. Com passagem pelo Fluminense em 2014 e 2015, Biro Biro foi revelado pelo clube da Baixada Fluminense e jogou dos 11 aos 17 anos. O presidente do Nova Iguaçu, Jânio Moraes, é irmão de Jorge Moraes, empresário do jogador.


Além de Biro Biro, outro que pode estrear é Victor Rangel. Regularizado antes da pausa para a Copa América, o centroavante não foi relacionado por Barroca para os últimos jogos. Mais entrosado e com destaque nos treinos, o jogador de 28 anos aguarda a primeira chance.



Biro Biro foi regularizado pelo Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


>>> Cícero elogia Biro Biro: "Grande reforço para o Botafogo. Tem um para um e muita velocidade"


Cláusula de retorno com o São Paulo
O São Paulo acertou na rescisão com Biro Biro o direito de comprá-lo de volta. Seja qual for o destino do atacante, no seu contrato haverá uma cláusula por meio da qual o Tricolor terá até o dia 31 de dezembro o direito de notificar o novo clube pedindo o retorno do jogador.


Caso isso ocorra, o Tricolor gastará o mesmo valor que estava previsto no contrato quando contratou Biro Biro. Nele, havia uma cláusula que obrigava o São Paulo a pagar um valor (não divulgado) quando o atacante completasse 25 jogos, o que não ocorreu.


A ideia do São Paulo com isso é se proteger, para caso Biro Biro tenha um bom rendimento no segundo semestre pelo seu novo clube. O Tricolor tem prioridade para comprar os direitos econômicos do jogador.



Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

Ao infinito e além: Diego Souza é esperança para semestre do Botafogo


Maior contratação da temporada, atacante fez primeira parte do ano tímida, mas lampejos em momentos cruciais foram importantes para manter respaldo




Diego Souza comemora gol contra o Sol de América, pela Sul-Americana (Vitor Silva/Botafogo)


Diego Souza foi a principal contratação feita pelo Botafogo em 2019 e uma das principais dos últimos anos. A festa da torcida no dia de sua apresentação em General Severiano deixava claro a expectativa acerca do atacante, até pelo fato dele ter fechado para ser o homem-gol, a referência no sistema ofensivo que todos esperavam, principalmente pelas constantes reclamações sobre Kieza. Quatro meses depois, a verdade é que Diego ainda não embalou; no entanto, os lampejos em alguns dos momentos cruciais da primeira metade na temporada não podem ser desconsiderados.


O último, no clássico contra o Vasco da Gama pela sétima rodada do Brasileirão, rendeu múltiplos elogios. Afinal de contas, o gol marcado carimbou três pontos importantíssimos ao Alvinegro na tabela de classificação da competição e a possibilidade de sequência de resultados positivos com Eduardo Barroca. Na ocasião, pela primeira vez no ano ele tinha balançado as redes pela segunda vez consecutiva: quatro dias antes fechou a goleada contra o Sol de América por 4 a 0.


O momento do clube é delicado. Financeiramente, já é fato público e admitido por dirigentes que a bolha tende a crescer. São dois meses de salários atrasados e frequentes insatisfações dos jogadores. A última foi a "lei do silêncio". Desde o dia 1º de julho que os atletas não têm contato com a imprensa ou participam de ações de marketing. Devido a essa crise financeira, esfriou a possibilidade de novas contratações. E é aí que entra a figura de Diego Souza.


A diretoria aposta que a experiência do camisa 7 possa acalmar os ânimos do vestiário. A confiança em Diego e a chegada de Victor Rangel interromperam a busca para um novo jogador para a posição. Barroca pode fazer mudanças táticas, mas, a princípio, o centroavante do Botafogo no segundo semestre será Diego Souza, com liberdade para se movimentar pelo meio, como gosta.


Mesmo que a inter-temporada não tenha sido do jeito que todos queriam, existe a possibilidade de que os problemas extracampos não influenciem nas decisões nas quatro linhas. O processo de amadurecimento técnico e tático com o novo treinador segue em vigor, após resultados positivos no início do Brasileirão. Com 15 pontos, o Botafogo está na sétima posição com 15 pontos, mesmo número do Goiás, que fecha o G6. 


ESTATÍSTICAS: O PONTO A MELHORAR

Os números de Diego Souza são modestos. Ele tem 16 jogos pelo Botafogo e soma somente três gols. Nas assistências, deu apenas três passes decisivos para gols de companheiros. A efeito de comparação, em 51 jogos em 2018 marcou 16 tentos. Há dois anos, foram 23, contando com os dois que marcou pela Seleção Brasileira em amistoso contra a Austrália.

Até então, seu pior desempenho no futebol nacional na década tinha sido em 2014, quando marcou sete gols em 20 jogos. Na ocasião, Diego Souza jogou só o segundo semestre, com o Sport. Até então, estava na Ucrânia, defendendo o Metalist.


No próximo domingo, no Mineirão, diante do Cruzeiro, o Botafogo inicia uma sequência de fogo nas próximas semanas: Santos (dia 21, às 11h, no Nilton Santos) e Flamengo (28, 16h, no Maracanã) pelo Brasileirão e os dois jogos diante do Atlético-MG pelas oitavas de final da Sul-Americana (ida no dia 24, às 21h, no Nilton Santos; volta no dia 31, no mesmo horário, no Independência). A prova real para Diego Souza saber se sua capacidade de decisão ainda está em alta.



Foente: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)

Impaciência, busca por patrocínio e frases de efeito: Botafogo não apresenta soluções para crise


Internamente, discurso de que o Alvinegro não é o único clube com dificuldades no Brasil ganha força, mas não se fala em caminhos concretos para reverter a situação




A sala de imprensa do Botafogo está trancada há uma semana. Enquanto os jogadores não falam por protesto ao atraso de salários, dirigentes se pronunciaram, mas não têm muito a dizer. O discurso é alinhado - "Estamos trabalhando para resolver isso" -, mas os caminhos para a solução não são concretos.


Nas conversas com o elenco, nada de diferente. A impaciência começa a tomar conta do vestiário e cumprir a agenda fica mais complicado a cada dia que passa e a grana não cai nas contas. Mesmo com o foco nos treinamentos, já que continuam se dedicando aos trabalhos no Nilton Santos, a ausência de prazos irrita. Há ainda a preocupação com os atletas que recebem menores salários. Mas deixar de treinar ainda não passa pela cabeça dos jogadores.



Jogadores do Botafogo seguem se dedicando aos treinos no Nilton Santos — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Onde conseguir o dinheiro? Uma das apostas está no marketing. Sem o patrocínio da Caixa desde o início de 2019, o Botafogo busca uma empresa para estampar o master. No sétimo mês do ano, as negociações ainda são rasas e pioraram com o período sem jogos por conta da Copa América.


- O período da Copa América atrasou o fechamento de algumas negociações de patrocínio que estavam acontecendo, porque patrocinadores não querem investir e ficar cerca de um mês sem exposição por conta do torneio e da parada do Brasileiro. Agora, essas negociações foram retomadas e vamos avançar - garante o diretor de marketing João Vieira.


João admite que o departamento "precisa ser mais criativo para gerar novas receitas e conquistar espaços qualificados na mídia". Espaços esses que o clube perdeu com o silêncio dos jogadores nos últimos dias. Outra consequência do protesto está na insatisfação de patrocinadores que não têm sua marca exposta.



"O Botafogo não é um oásis de dificuldades no meio de um universo calmo e próspero"


- Muito ao contrário, ele tem dificuldades também porque está inserido num cenário de dificuldades pelas quais estamos passando no Brasil e mais fortemente no Rio por conta de problemas político-econômicos. E podemos dizer que provavelmente 99% dos clubes brasileiros também estão passando por dificuldades. A diferença é que no Botafogo falamos sobre isso.


É verdade que as dificuldades financeiras assolam grande parte das equipes, mas o abismo entre alguns clubes impressiona. No Rio de Janeiro, além do Botafogo, Fluminense e Vasco também enfrentam problemas. Por outro lado, as finanças do Flamengo vão de vento em popa. Em São Paulo, o Palmeiras também não tem do que reclamar. Na visão do diretor, o caminho é a profissionalização, mas isso não acontecerá da noite para o dia, como necessita o Alvinegro.


- (Esses clubes) Passaram por dificuldades, deram a volta por cima e venceram. Assim será com o Botafogo. Tenho certeza. Somos brasileiros, não desistimos nunca. Acontecia com 100% dos clubes. Hoje atinge 99%.


"Num momento de dificuldades, tem gente que se abate, senta e chora. Eu não. Eu prefiro vender lenços. Não há bem que dure para sempre, assim como também não há mal que dure para sempre".


- Isso quer dizer que devemos poupar e nos preparar em momentos que tudo está bem porque em algum momento enfrentaremos dificuldades. Queremos fazer parte do 1% que está bem e ajudar a transformar os demais, porque, para o futebol brasileiro ser forte, precisamos que a maior parte dos clubes seja forte e tenha uma situação financeira saudável. O futebol precisa ser pensado como negócio, e os clubes precisam ser administrados como empresas, como é na Europa, por exemplo.


Enquanto os dirigentes buscam uma solução, o clima no futebol segue instável. Nesta quarta, os atletas treinam à tarde e, mais uma vez, não haverá entrevista. A atividade também será fechada à imprensa.


Outros pontos abordados por João Vieira:



Na última segunda, João Vieira esteve no Bem, Amigos! entregando uma camisa de Zagallo a Daniel Alves — Foto: Divulgação


Renda e sócio-torcedor


- A torcida é o maior patrimônio do Botafogo! Ela é incrível! Podemos não ter a maior torcida do Brasil, mas temos a melhor torcida do Brasil! Cada um de nossos torcedores vale por pelo menos dez de outras agremiações em termos de paixão, amor e consumo per capita. Temos que ser um dos melhores clubes do Brasil, isso está no DNA, na história e na tradição do Botafogo, que fez o futebol brasileiro ser pentacampeão mundial.


- Galvão Bueno me falou depois do Bem, Amigos! uma frase que eu guardei e vou usar muito: "Botafogo tem camisa pra envergar varal".


Moreira Salles

- Os Moreira Salles são muito bem-vindos. A longo prazo o futuro do Botafogo passa pelas transformações que falamos. Eles são homens de negócios, investidores, estão acostumados a transformar, liderar e conduzir empresas e equipes de trabalho de muito sucesso. Como grandes botafoguenses são muito importantes nesse caminho árduo que precisamos percorrer para nossa estrela brilhar cada vez mais alto e mais forte!



Fontes de recursos

- Temos valores a receber de diversas fontes. Estamos trabalhando para fechar patrocínio master. Vamos gerar novas receitas com patrocinadores, ampliar venda de camisas com novo fornecedor de material esportivo, aumentar receita gerada pela TV Botafogo, ampliar leque de produtos licenciados que geram royalties, fazer shows no estádio Nílton Santos...


- Botafogo tem muito patrimônio, muitos ativos e uma marca muito forte. O sucesso das diversas modalidades (futebol, remo, basquete, vôlei, natação, polo aquático, etc) do clube no campo esportivo vai ajudar a alavancar novas receitas.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro