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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Em seu primeiro treino, Mancini monta esboço para a estreia no Brasileiro


Novo técnico do Botafogo mantém base da equipe montada por Eduardo Hungaro. Zeballos é mantido entre os reservas



Vagner Mancini e Eduardo Hungaro conversam:
 base do time foi mantida pelo novo comandante
 (Foto: Satiro Sodre/SS Press)
Depois de se apresentar aos jogadores, o técnico Vagner Mancini não perdeu tempo e levou a equipe para o campo anexo do Engenhão. Após uma conversa de cerca de 15 minutos no campo do gramado, ele montou o esboço do time para a estreia no Campeonato Brasileiro, domingo, contra o São Paulo, no Morumbi.

Mancini manteve a base da equipe que Eduardo Hungaro vinha escalando nas partidas da Libertadores. Ele ainda não pode contar com Dória, que está com a seleção sub-20 e retorna ao Bota no sábado. No treino, o novo comandante montou o time com Jefferson, Edilson, Bolívar, Dankler e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Jorge Wagner e Lodeiro; Wallyson e Tanque Ferreyra.

Emerson Sheik, que será apresentado na quinta-feira, só deve ser aproveitado na partida contra o Internacional, na segunda rodada. Havia a expectativa de que Zeballos pudesse ganhar uma vaga entre os titulares, mas, pelo menos em um primeiro momento, o paraguaio foi colocado entre os reservas.

Durante o treinamento coletivo desta quarta, Mancini parou diversas vezes a atividade para reunir os jogadores e dar orientações. Ele mostrou um estilo diferente de Eduardo Hungaro, que gosta de gritar mais para ajustar o posicionamento dos atletas.

 
Por Fred Huber e Gustavo Rotstein Rio de Janeiro

Comitê Árabe diz que Jobson recusou exame e o suspende por quatro anos


Com salários atrasados no Al Ittihad, atacante recebe punição longa, mas empresário diz que história é mentirosa: "Não querem pagar o salário"



Jobson em foto publicada quando chegou à Arábia
 (Foto: Reprodução / Instagram)
Enquanto luta para receber os salários atrasados há três meses no Al Ittihad, o atacante Jobson pode ficar um longo período fora dos gramados. O atacante, que ainda tem vínculo com o Botafogo, foi suspenso por quatro anos porque supostamente se recusou a fazer um exame antidoping no dia 25 de março, como divulgou Comitê Antidoping da Arábia Saudita em comunicado nesta quarta-feira. O documento diz que a suspensão preventiva vale para jogos "internamente e externamente".

De acordo com a nota, o jogador se omitiu a realizar o teste e não deu ouvidos aos avisos subsequentes. O Comitê Antidoping afirma ter comunicado, primeiramente, o clube sobre a infração. Depois, o jogador teria sido procurado pessoalmente através de telefone e até mesmo em sua residência, não sendo encontrado. Por fim, Jobson teria faltado a duas audiências no Gabinete da Presidência Geral da Juventude e Bem-Estar de Jidá, no dia 8 de abril e, depois, na última terça-feira. A versão do empresário do jogador, porém, é diferente.

- Estamos achando tudo muito estranho. Primeiramente, o Jobson não está jogando por ordem do presidente, pois não aceitou uma redução salarial proposta pelo novo mandatário, que assumiu em janeiro. Em segundo lugar, não foi feito nenhum tipo de pedido de exame. A notícia da suspensão só chegou pela imprensa. - disse Diego Lemos.

O comunicado do comitê lembrou que o jogador já teve outros dois problemas com doping, em 2009, testando positivo para o uso de cocaína, o que o deixou afastado dos gramados, primeiramente, por sete meses, e, depois, por mais seis. O jogador terá que ficar quatro anos afastado dos campos por quatro anos, contando a partir do dia 1º de abril, embora possa entrar com recurso contra a decisão nos próximos 14 dias.

- Se o clube quiser, o Jobson faz o exame antidoping agora. Mas isso não convém porque o único interesse deles é não pagar os salários que devem. Dizer que ele se recusou a fazer o exame é fácil. Quero ver provar - completou o empresário de Jobson.

Por Eduardo Peixoto Rio de Janeiro

Vagner Mancini exalta estrutura como receita de sucesso no Botafogo


Novo técnico concede entrevista coletiva e já comanda primeira atividade à frente do time alvinegro na tarde desta quarta, no Engenhão, de olho na estreia no Brasileiro



Novo técnico do Botafogo, Vagner Mancini chegou disposto a arregaçar as mangas e trabalhar. Mesmo com pouco tempo até a estreia do Botafogo no Brasileiro, contra o São Paulo, domingo, no Morumbi, o novo comandante, que assinou contrato até o fim do ano, se mostrou tranquilo e confiante em sua primeira entrevista coletiva, mesmo diante do ambiente conturbado que tomou conta do clube na última semana, depois da eliminação na Taça Libertadores.

Mancini falou com a imprensa no Engenhão, onde em seguida já comandou sua primeira atividade para os jogadores alvinegros no campo anexo. Afinal, não há tempo a perder.

- É uma satisfação estar à frente do Botafogo, um clube com uma história e uma tradição muito fortes. Tenho certeza de que vamos ser bem sucedidos em virtude do que encontrei aqui como estrutura e pensamento de grupo. Não me refiro somente aos atletas, mas também da diretoria ate os demais funcionários. Estou muito satisfeito com isso - disse.

Vagner Mancini é apresentado no Botafogo pelo direto técnico Sidnei Loureiro (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Junto com Mancini chegam os auxiliares Régis Angeli e Mauricinho, além do preparador físico Moraci Sant'Anna. O ex-treinador Eduardo Hungaro volta a fazer parte da comissão técnica como auxiliar. O Botafogo também anunciou a contratação de Victor Hugo Signorelli, que substitui Flávio Tenius, demitido na última segunda-feira.

O novo técnico chega credenciado por bons trabalhos em grandes clubes do Brasil. O último deles no Atlético-PR, com o qual, mesmo num elenco sem astros, chegou à final da Copa do Brasil e ao terceiro lugar do Brasileirão do ano passado. No entanto, ele não teve seu contrato renovado para a temporada 2014.

Vagner Mancini recebeu o primeiro contato do Botafogo na noite da última quinta-feira, dia seguinte à derrota para o San Lorenzo, com uma sondagem informal. As negociações avançaram no início desta semana, depois que Ney Franco, convidado pela diretoria alvinegra, confirmou sua permanência no Vitória

Por Fred Huber e Gustavo RotsteinRio de Janeiro

Sem espaço e com sondagens, Mario Risso já pode sair do Botafogo


Zagueiro foi apresentado no fim de fevereiro e disputou apenas um jogo pelo clube




Mario Risso - Treino do Botafogo (Foto: Luciano Belford/SSPress)
Zagueiro atuou apenas uma vez pelo Botafogo
 (Foto: Luciano Belford/SSPress)
Contratado em fevereiro deste ano, o zagueiro uruguaio Mario Risso pode deixar o Botafogo nos próximos dias. Sem chances na equipe, já que atuou em apenas uma partida no Campeonato Carioca, o defensor tem sondagens de alguns clubes estrangeiros, e a diretoria não deve fazer questão de mantê-lo.

Além de enfrentar uma concorrência grande na posição – o elenco tem Bolívar, Dória, André Bahia, Dankler e Matheus –, a atuação de Mario, na única oportunidade dele no time, na derrota por 2 a 1 para o Boavista, no mês passado, não agradou ao departamento de futebol.

Na época em que Risso chegou ao Botafogo, a diretoria alegou que a contratação fazia parte de um planejamento para prevenir possíveis perdas – caso de Dória, que pode deixar o clube no meio da temporada. O Botafogo possui 40% dos direitos econômicos do defensor uruguaio.

Com um problema muscular na coxa direita, Risso não tem treinado com o grupo alvinegro.

Mario foi revelado pelo Defensor Sporting, do Uruguai, único clube que havia defendido na carreira - até ser contratado pelo Botafogo. A diretoria alvinegra tem a preferência para adquirir seus direitos econômicos, o que não deve se concretizar em caso de uma negociação.


Luiz Gustavo Moreira -  LANCENET!

Reunião do Conselho Deliberativo do Botafogo termina com agressão


Sessão extraordinária foi convocada para discutir as obras no campo de General Severiano; Antonio Carlos Mantuano acertou vice geral Paulo Mendes com um caderno




Confusão na reunião do Conselho Deliberativo do Botafogo (Foto: Reprodução/Instagram)
Reunião do Deliberativo foi no ginásio de General
 (Foto: Reprodução/Instagram)
A péssima fase do Botafogo dentro e fora de campo reflete cada vez mais na política do clube. Em reunião extraordinária convocada pelo Conselho Deliberativo do clube, na noite desta terça-feira, no ginásio de General Severiano, os ânimos se exaltaram e, no fim da sessão, o oposicionista Antonio Carlos Mantuano agrediu o vice-presidente geral, Paulo Mendes, com um caderno, derrubando os óculos de Mendes no chão.
Na discussão, Mantuano ainda ofendeu o vice-presidente de futebol Chico Fonseca. Mantuano é um dos pré-candidatos à presidência do Glorioso e, curiosamente, foi vice-presidente geral na primeira gestão de Mauricio Assumpção, entre 2009 e 2011.

- Fui cobrar ao Chico Fonseca o fato de não ter ido ninguém da diretoria naquele jogo tão importante contra o San Lorenzo. O vice geral (Paulo Mendes) mandou eu falar baixo. Aí aconteceu - defendeu-se Mantuano, que foi apoiado por alguns conselheiros.

Mantuano e Mendes foram separados após confusão (Foto: Paulo Victor Reis/LANCE!Press)


O objetivo da sessão era discutir as obras no campo de General Severiano - que passará a abrigar quadras de grama sintética e começaram a ser feitas sem nenhuma votação. Na reunião, o presidente Mauricio Assumpção anunciou que o contrato com duas empresas que estavam modificando o gramado da sede alvinegra foi rescindido. Agora, o clube tomará conta das obras e custeará as mudanças. O fim do contrato, que será formalizado em cerca de dez dias.

A oposição também entrou com uma ação na Justiça exigindo explicações da diretoria sobre as obras em General e sobre o contrato feito para tocar a obra. Os opositores se mostraram contrários a possibilidade do Botafogo ter de arcar com os custos da rescisão do contrato. Há quem cobre até que o presidente Mauricio Assumção pague os gastos do próprio bolso.

- Essa decisão cabe ao Conselho. O trator entrou no campo e isso é dano ao patrimônio. Foi destruído sem autorização. A simples rescisão não é suficiente. Não existe projeto. Sugiro a paralisação - disse Carlos Eduardo Pereira, do grupo Mais Botafogo, de oposição, e um dos pré-candidatos à presidência do Botafogo nas eleições de novembro.

Na reunião, oposicionistas voltaram a criticar a adminstração de Mauricio Assumpção, a exemplo da reunião do Conselho no dia 25 de março. Na ocasião, Mauricio discutiu asperamente com Carlos Eduardo Pereira, como noticiou na época o LANCE!Net e o grupo Botafogo Sem Medo.

Conselheiros influentes como Manoel Renha, Cláudio Good - também pré-candidato - e o próprio Carlos Eduardo, questionaram as obras. O conselheiro André Barros foi muito aplaudido a dizer que o Botafogo vai virar o Aterro do Flamengo se alugar a sede para a prática de futebol society. 

A oposição queria aproveitar que o assunto estava em pauta para votar sobre o que deve realmente ser feito em General Severiano, já que muitos são contra as obras no local por se tratar de uma sede histórica. Porém, o presidente do Conselho Deliberativo, José Luiz Rolim, negou a votação e afirmou que outra reunião precisa ser convocada para realizar a votação, o que gerou revolta de muitos dos presentes.


Paulo Victor Reis -  LANCENET!