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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Rescisão pode deixar Forlán perto do Botafogo nesta quinta


Reunião nesta quarta define acordo entre Internacional e atacante, que deve receber quase R$ 10 mi. Quebra de contrato pode ser oficializada na quinta





Diego Forlán - Internacional (Foto: Eduardo Moura)
Diego Forlán teria de cumprir mais 18
meses de contrato com o Internacional
(Foto: Eduardo Moura)
As negociações do Botafogo pelo atacante Forlán poderão ser facilitadas a partir desta quinta-feira. A rescisão do atacante com o Internacional foi encaminhada nesta quarta-feira e as partes chegaram a um acordo em relação aos valores que o uruguaio irá receber para deixar o clube antes do término do contrato. Algumas minutas do acordo, inclusive, já foram trocadas entre as partes.

Entre pendências relativas a salário e direitos de imagem do ano passado e vencimentos que o jogador teria direito nos 18 meses de vínculo, serão desembolsados pelo Colorado cerca de 3 milhões de euros (R$ 9,6 milhões) ao jogador. O valor será pago em 18 parcelas.

Inicialmente, o clube queria diluir o montante em 24 prestações, enquanto que o staff de Forlán aceitava dividir o débito apenas em 12 vezes. As partes, entretanto, se entenderam em reunião em Porto Alegre nesta quarta-feira.
Para liberar o jogador, o Inter, mesmo pagando quase R$ 10 milhões a Forlán, terá uma economia de aproximadamente R$ 2,750 milhões de euros (R$ 8,6 milhões), considerando que ele teria contrato com o clube até o meio de 2015. O atacante tem um salário de R$ 700 mil sem descontos.

As conversas podem devem ser arrastar ao longo da noite. Isso porque o então diretor de futebol do Colorado, Newton Drumond, foi demitido nesta quarta-feira, fato que atrasou, em parte, as negociações.


Eduardo Mendes - LANCENET! 

Em mais um 'Carioca x Libertadores', Hungaro define time da estreia


Técnico arma a equipe que enfrenta o Resende neste sábado. 'El Tanque' Ferreyra e Bolatti participam da atividade, que teve trabalho de bola parada


Daniel jogo treino Botafogo x Olaria (Foto: Satiro Sodre/SS Press)

O técnico Eduardo Hungaro aproveitou o treino da tarde desta quarta-feira, em Saquarema-RJ, para praticar bastante as bolas paradas, tanto as defensivas quanto ofensivas. Em um time ficaram os jogadores que devem fazer a estreia no Carioca, e em outro os que devem ser relacionados para a Libertadores, inclusive Bolatti e 'El Tanque' Ferreyra.

A equipe que enfrenta o Resende no próximo sábado, às 19h30m (de Brasília), em Volta Redonda, deve ser a mesma que venceu o Olaria por 2 a 1 em jogo-treino na terça-feira, com Renan, Lucas, Dankler, Dória e Lima; Gabriel, Rodrigo Souto; Renato, Gegê e Daniel; Henrique.

Na primeira parte do treinamento, os jogadores fizeram uma atividade em que disputaram partidas de futevôlei. Nos momentos finais, Eduardo Hungaro fez um trabalho tático.

O primeiro duelo do Bota na fase preliminar da Libertadores será no dia 29 de janeiro, contra o Deportivo Quito, na capital equatoriana.

Por Fred Huber Saquarema, RJ

'Concorrência' no Botafogo não é vista por Bolatti como problema


Volante, que veio do Internacional por empréstimo, foi apresentado nesta quarta-feira e afirmou que terá espaço para os nove volantes do elenco durante 2014




Apresentação Bolatti no Botafogo (Foto: Alexandre Braz)
Bolatti foi apresentado nesta quarta-
feira (Foto: Alexandre Braz)
Nesta quarta-feira à tarde, no CT da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), onde o time do Botafogo realiza a pré-temporada, o argentino Mario Bolatti, de 28 anos, se tornou o sétimo jogador a ser apresentado pela diretoria para a temporada de 2014. Com ele, agora, Eduardo Hungaro tem nove jogadores para a posição de volante. Essa forte concorrência no novo clube, segundo ele, não o preocupa. Ele acredita que é possível ter espaço para todos.

- Tem muitos jogadores e muita competição na minha posição. Mas vamos jogar muitas partidas e todos precisam estar preparados para entrar quando for necessário - afirmou o argentino, que falou como gosta atuar:

- Sou um volante, joguei sempre mais centralizado. Minha função é essa, mas estou à disposição do treinador.

Contratado por empréstimo de um ano junto ao Internacional, Bolatti chegou ao Rio na última sexta à noite. No sábado, realizou exames e viajou para Saquarema, onde se apresentou aos companheiros. Na segunda-feira, o jogador começou a intensificar os treinos com bola, mas disse que a data da estreia pelo Botafogo não está definida.

- Não sei quando vai ser minha estreia, vai depender do treinador. Costumo ter sorte em estreias, mas isso não quer dizer nada. Vou dar o meu melhor - disse.


Alexandre Braz -  LANCENET! 

Obsessão de Seedorf por 'sair da zona de conforto' mudou o Botafogo


Ex-funcionários citados em despedida lembram importância do holandês na evolução da estrutura alvinegra em um ano e meio




Observado pelos jogadores, Seedorf
 se despede de Eduardo Hungaro
(Foto: Satiro Sodré / SSPress)
Depois dos jogos, os atletas do Botafogo costumavam comer sanduíches como forma de repor as energias. Mas Seedorf achava que poderia ser melhor. Após conversar e insistir sobre a necessidade da ingestão de carboidratos, o clube evoluiu até acertar uma parceria com uma rede de restaurante de massas, que passou a fornecer a alimentação após as partidas. Esse é um exemplo da forma como a obsessão do holandês por “sair da zona de conforto”, expressão que usava com frequência, influenciou a estrutura alvinegra.

Com o apoio de alguns ex-funcionários, Seedorf buscou sempre melhoras tendo como base o que tinha vivido na Europa para que todos os jogadores alvinegros pudessem usufruir. Durante o período em que o holandês esteve em General Severiano, o clube adquiriu uma nova cadeira flexo extensora, macas para a sala de fisioterapia, nos moldes vistos na Europa. Para atender um pedido do craque, o Botafogo chegou a contratar um quiroprata, profissional que, por exemplo, existe na comissão técnica do Milan.

Citado nominalmente por Seedorf em sua coletiva de despedida, na última terça-feira, Anderson Barros foi considerado pelo ex-jogador como alguém que o ajudou a entender o futebol brasileiro como um todo. Se para alguns integrantes do elenco e da diretoria o holandês era visto como exageradamente exigente, para o ex-gerente de futebol do clube ele se tratava de alguém que estava unicamente preocupado em fazer tudo evoluir.


- Consegui entendê-lo rapidamente, isso foi o principal. Procurei estar próximo a ele para mostrar os dois lados da moeda. Não havia como ele mudar tudo logo, precisava de calma. O Seedorf tinha uma ânsia profissional de querer fazer tudo. Então precisávamos mostrar os caminhos, tentando ao mesmo tempo entender suas questões. Ele tinha um nível de exigência muito alto, e isso quebrou muitos paradigmas internos - observou Anderson Barros, que por decisão da diretoria deixou General Severiano no fim de 2012, desagradando o camisa 10.

Ao anunciar sua despedida, Seedorf também lembrou da importância que tiveram Oswaldo de Oliveira e seu auxiliar Luís Alberto, além do fisiologista Altamiro Bottino e da psicóloga Maíra Ruas Justo, todos ex-funcionários do Botafogo. Outro profissional que ganhou a admiração do camisa 10 foi o fisioterapeuta Alex Evangelista, que cuidava diariamente de sua recuperação antes e depois das partidas. Agora ele trabalha no Santos com Oswaldo.

- Fiquei muito feliz, nos falamos e ele disse que não quer perder nossa amizade. Ele mostrou confiança no meu trabalho ao não trazer mais o fisioterapeuta pessoal dele para cá. Nós ficávamos muito tempo juntos, diariamente fazíamos o trabalho de prevenção de lesão. Fico feliz de poder ter ajudado de alguma forma. Seedorf me trouxe muitas coisas, me mudou muito. Amo o que faço, mas ele me ensinou a ter mais perseverança, perfeccionismo, não desistir nunca. Acho que para cada pessoa do clube ele influenciou em alguma coisa - disse Evangelista, hoje no Santos com Oswaldo.

Por Fred Huber e Gustavo RotsteinRio de Janeiro

Patrocinador cresce 25% ao ano com Seedorf e quer novo craque no Botafogo





Seedorf anunciou sua aposentadoria nesta terça-feira. O fim do ciclo no Botafogo não mexerá apenas com o técnico Eduardo Hungaro, mas também com a parte comercial. O principal patrocinador do clube, o grupo Viton 44, lamentou a saída do holandês, que teve participação decisiva para que a empresa apresentasse um crescimento de 25% ao ano, durante as três temporadas de parceria com o Alvinegro.

Para não perder o retorno em exposição, o presidente do Viton 44, Neville Proa, já sabe o que o Botafogo deve fazer: investir pesado e trazer um novo craque para General Severiano. O empresário, no entanto, ficou em cima do muro e não revelou quem seria o sonho de consumo para vestir a camisa do Alvinegro e alavancar a exposição de suas marcas.

"Seedorf foi o diferencial para essa parceria até agora. Todo mundo quer foto com ele. É a estrela da companhia. E a nossa marca estava junto sempre. Vai fazer falta nesse sentido, claro. Ele aumenta a audiência de qualquer lugar. Mas tenho certeza que o Botafogo vai contratar um outro craque em resposta. Ter um jogador de ponta é importante em todos os sentidos", disse Neville Proa ao UOL Esporte.

"Era o cara do Botafogo, vai fazer muita falta. Mas já estava mais ou menos alinhavado isso [Seedorf sair]. Não gera prejuízo, pois eu já sabia que isso poderia acontecer, não adianta lamentar isso também. Foi importante. Ele foi muito importante. O Botafogo tem muita sorte de contratar esses grandes jogadores. E acho que o Seedorf já está da galeria de craques do clube. Infelizmente nos deixou", completou.

Com a ajuda de Seedorf, o Botafogo aumentou consideravelmente o investimento de seus patrocinadores. O próprio Guaraviton entrou no clube pagando cerca de R$ 8 milhões e atualmente gasta R$ 25 milhões para estampar sua marca na camisa do Alvinegro.

A diretoria do Botafogo sempre teve em Seedorf seu garoto propaganda para conseguir melhores acordos financeiros. Porém, utilizar a imagem do craque em campanhas de marketing não era tão simples e muitos projetos foram cancelados de última hora. Mesmo assim, o Alvinegro soube utilizar o camisa 10 e terá que se desdobrar em negociações futuras, agora sem o holandês.

Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro