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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Cavalieri entra na fase final de recuperação, mas concorrência interna dificulta volta ao Botafogo


Lesionado há mais de seis meses, goleiro caminha para terminar tratamento; com Diego Loureiro bem, veterano enfrentará readaptação e dificilmente voltará a jogar com a camisa alvinegra



O empate em 1 a 1 com o Palmeiras, no dia 2 de fevereiro deste ano, pela 33ª rodada do Brasileirão 2020, pode ter sido o último jogo de Diego Cavalieri com a camisa do Botafogo. Em recuperação de lesão no tornozelo direito há mais de seis meses, o goleiro está na fase final da transição, mas, mesmo com a retorno próximo de acontecer, a percepção dentro do departamento do futebol alvinegro é de que será difícil o veterano vencer a concorrência interna pela posição.


Cavalieri teve uma torção no pé direito diante do Palmeiras, mas a lesão não parecia tão grave como se revelou mais tarde. Em maio, o goleiro passou a treinar com o grupo, mas sentiu desconforto no local e não voltou mais aos treinos. O problema se trata de sequela de uma lesão antiga do jogador, que já sofreu com o mesmo pé em 2013, quando ainda atuava pelo Fluminense e revelou ter uma pequena fratura no calcanhar.


+ Gatito entra em reta final para reforçar o Botafogo


Nos últimos meses, o goleiro voltou ao processo de transição, que consiste em trabalho no campo (separadamente do elenco), academia e fisioterapia. A expectativa é que ele fique à disposição do técnico Enderson Moreira em breve.





Última partida de Diego Cavalieri pelo Botafogo foi contra o Palmeiras — Foto: Vitor Silva/Botafogo



O Botafogo perdeu Cavalieri em um momento delicado, em que já não podia contar com Gatito Fernandez havia mais de quatro meses. Sem os dois goleiros experientes, o clube deu espaço para o jovem Diego Loureiro e foi ao mercado contratar Douglas Borges. Os dois disputaram a posição nos últimos meses, mas o cria da base passou na frente e, apesar da oscilação em alguns jogos, assumiu a titularidade e foi um destaque positivo do time no primeiro turno da Série B.


O cenário dificulta a volta de Cavalieri aos gramados como titular do Botafogo. Além da readaptação que o goleiro vai enfrentar, o clube avalia positivamente o desempenho de Loureiro. No início da temporada, a diretoria cogitou, inclusive, um acordo para a saída do veterano, mas a lesão impediu conversas nesse sentido. O vínculo do atleta, que tem um dos maiores salários do elenco, se encerra ao fim deste ano.



Cavalieri se destacou no Botafogo na ausência de Gatito (https://ge.globo.com/video/de-reserva-a-capitao-cavalieri-se-destaca-no-botafogo-na-ausencia-de-gatito-9127653.ghtml)



A experiência do goleiro não é descartada pelo clube, que montou um time com muitos jovens para essa temporada. Em 2020, Cavalieri assumiu a vaga de Gatito, lesionado desde setembro do ano passado, e se destacou com a camisa alvinegra, vestindo também a braçadeira de capitão. Com 40 jogos pelo Botafogo, o jogador é referência para os mais novos do elenco.



No momento em que Cavalieri dá passos finais rumo à recuperação, Gatito também iniciou nova fase no tratamento na último semana. Em transição, o goleiro vive expectativa para voltar a atuar no próximo mês. O Botafogo aguarda o retorno do paraguaio para conversar sobre uma possível renovação, já que seu contrato também termina em dezembro de 2021.



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Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

Análise: com sufoco desnecessário no fim, Botafogo ainda busca domínio completo com Enderson


Sob forte calor, time mantém sequência vitoriosa em casa e fica a um ponto do G-4, mas tem lições a tirar de um jogo que estava praticamente definido e terminou com pressão do adversário



O calor é um elemento a ser considerado na vitória do Botafogo por 3 a 2 sobre o Vila Nova na manhã deste domingo, no Estádio Nilton Santos. A alta temperatura dificultou o desempenho, mas o time alvinegro também se desesperou e quase viu a ansiedade atrapalhar uma vitória que já estava encaminhada desde os primeiros minutos de jogo. Sufoco à parte, o Botafogo emplacou a quinta vitória seguida em casa na Série B e colou no grupo dos primeiros colocados.


A vitória coloca o Botafogo a um ponto do G-4, mas deixa lições para um time que sofreu além do necessário contra um adversário que figura nas últimas posições da tabela. Em novo jogo de tempos distintos, a equipe alvinegra ainda busca domínio completo sob o comando de Enderson.


+ Luis Fernando Flores minimiza pressão no fim: "Futebol é assim"




Chay e Navarro marcaram na vitória do Botafogo — Foto: André Durão/ge


O início de jogo do Botafogo foi de domínio e intensidade. Antes mesmo que o Vila Nova conseguisse se organizar, os alvinegros (que nesta manhã vestiram azul) abriram o placar com gol de Chay aos 3 minutos. No lance, bela transição da equipe com ultrapassagem de Pedro Castro, que cruzou na medida para o artilheiro do Bota.


Enderson Moreira não esteve à beira do gramado, mas foi possível ver a cara do treinador nos primeiros momentos do jogo. Ágil, objetivo e com recomposição defensiva, o time parece entender cada vez mais o idioma da comissão técnica e atende às orientações do comandante.



+ Diego Loureiro diz que cansaço permitiu reação do Vila Nova


Melhores momentos: Botafogo 3 x 2 Vila Nova, pela 20ª rodada do Brasileirão Série B


O Vila Nova contribuiu para o jogo alvinegro e foi um adversário passivo nos primeiros 45 minutos. O time não demorou para ampliar a vantagem, e Rafael Navarro marcou o dele aos 20 minutos. Gol que aumenta a pressão sobre a diretoria, que não chegou a um acordo de renovação com o centroavante.


O lance do gol de Navarro serve como exemplo para a estratégia do Botafogo sob o forte calor do Nilton Santos. Hugo recebeu a bola próximo ao meio de campo, com o time do Vila Nova postado à frente, e ouviu Chay pedindo para desacelerar e voltar o jogo. O lateral devolve para a defesa e, na sequência, recebe um lançamento açucarado de Joel Carli. Com liberdade, vai à linha de fundo e encontra o centroavante desmarcado na área para fazer o segundo gol alvinegro.


+ Atuações: Chay, Navarro e Diego Gonçalves garantem vitória



A Voz da Torcida - Pedro Dep: "Não dá pro Botafogo tomar dois gols da maneira que tomou" (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/a-voz-da-torcida-pedro-dep-nao-da-pro-botafogo-tomar-dois-gols-da-maneira-que-tomou-9790602.ghtml)



E assim o Botafogo mandou no jogo no primeiro tempo: com paciência e escolhendo os momentos para acelerar. Tanto que o time chegou aos 30 minutos com apenas duas finalizações. Número baixo, mas a efetividade é o que vale: os dois chutes pararam no fundo da rede. O Vila Nova, por outro lado, não havia finalizado ainda e mal ultrapassava a linha do meio-campo.



Se soube dosar no primeiro tempo e lidar bem com o sol do meio-dia, o Botafogo guardou muito pouco da energia para a etapa final. As substituições do Vila Nova deixaram o time em vantagem no ataque e dificultaram o entendimento dos alvinegros.


Quando Diego Gonçalves sofreu pênalti e converteu após boa jogada individual aos 13 minutos da segunda etapa, nem o mais desconfiado dos alvinegros imaginou que o Vila Nova pudesse reagir a ponto de reverter o 3 a 0 que o Botafogo havia construído até ali.


+ Rafael Moura fica com "galo" na cabeça após pênalti não marcado




Diego Loureiro foi mal nos minutos finais do jogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Mas o time conseguiu o impossível. Apesar de o terceiro gol ter desanimado os goianos num primeiro momento, as substituições do Botafogo não surtiram efeito e desorganizaram ainda mais o time. A ansiedade pelo fim do jogo também atrapalhou as decisões e deixou a equipe em desespero com as chegadas do Vila Nova. Diego Loureiro não segurou bem as pontas no gol.





O Botafogo não conseguiu se reestruturar e levou os minutos finais na sorte. O Vila Nova marcou aos 16 e aos 46 e ainda colocou duas bolas na trave. O time nervoso e imaturo que terminou o jogo não reflete o comportamento da equipe que começou a partida. Os sinais de evolução são nítidos, mas o Bota ainda não oferece total segurança e tranquilidade para a torcida. Não dá para aceitar o risco que o time sofreu após abrir três gols de diferença.


- Eu acho que o mais importante de tudo foi o primeiro tempo que fizemos. Foi muito bom. Fomos efetivos. Controlamos bem o jogo. A equipe do Vila chegou ao nosso gol aos 36, 40 minutos, com chute de fora da área e uma falta. No segundo tempo voltamos bem também, fizemos o terceiro gol. E a partir dali passamos a apressar um pouco as coisas. É óbvio que o outro time também vai se soltar, vai arriscar mais - analisou o auxiliar Luis Fernando Flores.



Pelo menos não passou de um tremendo susto para o time de Enderson, que mantém a confiança em alta para seguir crescendo na Série B. O próximo teste será às 21h30 da próxima sexta, contra o líder Coritiba, no Couto Pereira. Depois de jogos em sequência, o técnico terá uns dias a mais para preparar o time e buscar melhorar a campanha fora de casa.


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Fonte: Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro