Páginas

sábado, 8 de junho de 2013

Bota supera pancadaria da Ponte Preta e dorme na liderança do Brasileiro

Seedorf e Antônio Carlos marcaram os tentos alvinegros e garantiram o 2 a 0. Jogo com 40 faltas ajudou o Glorioso, não deixando a Macaca correr atrás do resultado

Seedorf - Ponte Preta x Botafogo (Foto: Miguel Schincariol/LANCE!Press)
Seedorf comemora gol
(Foto: Miguel Schincariol/LANCE!Press)
O Botafogo precisou de apenas cinco minutos para ganhar da Ponte Preta por 2 a 0, neste sábado, no Moisés Lucarelli, e assumir a liderança provisória do Campeonato Brasileiro. Com gols de Seedorf e Antônio Carlos, o Glorioso não sofreu com o futebol jogado pela Macaca, mas sim com as pancadas distrubuidas, que fez nada mais nada menos que 22 faltas.

Pancadaria de um lado, classe do outro

No primeiro tempo, o Botafogo teve de superar a pancadaria da Ponte Preta para sair de campo vitorioso. Nos primeiros 15 minutos, a Macaca já tinha feito dez faltas, fazendo com que Seedorf e Vitinho sentissem. Porém, o time comandado por Oswaldo de Oliveira soube entender o momento e envolveu o adversário, sem ter tomado nenhum susto. No primeiro gol, após bela troca de passes, o Alvinegro abriu o placar com o holandês. Cinco minutos depois, foi a vez de Antônio Carlos aproveitar a chance que teve.

No geral, a vitória na primeira etapa foi merecida. Verdade seja dita, o Botafogo fez por onde conseguir até mais. Sem nenhuma aspiração, a Ponte Preta se preocupou apenas em fazer um bom revezamento de faltas. Vale destacar a boa partida de Fellype Gabriel, que recuperou o bom momento de outrora e foi importante na saída de bola do Glorioso. Além dele, Vitinho foi a válvula de escape e assutou o goleiro Roberto em alguns momentos. Aos 24 minutos, inclusive, obrigou o arqueiro a salvar em dois lances.

Menos força e mais tranquilidade

Com a vitória no primeiro tempo, o Botafogo se poupou um pouco na segunda etapa. Mais tranquilo, o time chegou até a tomar sufoco até os 20 minutos, com Everton Santos perdendo um gol incrível aos 11 minutos e Renan salvando o Glorioso aos 19, em chute de Chiquinho. Assim como na primeira etapa, a pancadaria não diminuiu. No final da partida, foram nada mais nada menos que 40 faltas. Pior para a Macaca, que não conseguiu criar.

O destaque da segunda etapa foi o jovem Vitinho. Em dois lances, aos 33 e aos 34, ele obrigou o goleiro Roberto a fazer uma grande defesa e depois colocou uma bola na trave. Rápido, ele foi importante nos contra-ataques e fez com que o adversário tivesse um homem a mais com quem se preocupar. De resto, alguns sustos da Ponte Preta, mas nenhum que realmente fizesse com que a torcida do Botafogo perdesse a noite de sono.

FICHA TÉCNICA

PONTE PRETA 0 X 2 BOTAFOGO

Local: Moisés Lucarelli, em Campinas (SP)
Data/Hora: 8/6/2013 - 21h
Árbitro: Claudio Francisco Lima e Silva (SE)
Assistentes: Cleriston Clay Barreto (SE) e Lorival Candido das Flores (RN)
Cartões amarelos: Fernando, Ferron, Rodrigo Biro e Cicinho (PON); Vitinho, Gabriel e Renan (BOT)

Gols: Seedorf, 31'/1ºT (0-1); Antônio Carlos, 36'/1ºT (0-2);
PONTE PRETA: Roberto, Cicinho, Ferron, Cleber e Rodrigo Biro; Baraka, Fernando (Alemão, 10/2ºT), Roger (Everton Santos, Intervalo) e Chiquinho (Rafinha, 39/2ºT); Rildo e William. Técnico: Zé Sérgio.
BOTAFOGO: Renan, Lucas, Bolívar, Antônio Carlos (André Bahia, 43'/1ºT) e Julio Cesar; Gabriel, Renato, Vitinho (Lima, 37'/2ºT), Seedorf e Fellype Gabriel (Lucas Zen, 45'/2ºT); Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de Oliveira.


Walace Borges -  (RJ) LANCENET!

Capitão, Dória comemora título do Torneio de Toulon pela Seleção sub-20

Zagueiro do Botafogo levantou o troféu ao fim do jogo; defensor destaca campanha segura do time



Dória - Botafogo (Foto: Cleber Mendes / LANCE!Press)
Dória foi campeão com a Seleção sub-20
 (Foto: Cleber Mendes / LANCE!Press)
Campeão do Torneio de Toulon, na França, neste sábado, com a Seleção Brasileira sub-20, que venceu a Colômbia, por 1 a 0, gol de Vinícius Araújo, Dória, capitão do time, comemorou o título oportunidade de levantar o troféu após o jogo. O zagueiro do Botafogo destacou a caminhada segura da equipe do início ao fim da competição. 

- Estou feliz demais com o título e espero que seja o primeiro de muitos na Seleção. Fizemos uma campanha segura e merecemos ser campeões. Temos vários jogadores de qualidade e esta geração ainda vai dar muita alegria aos torcedores. Todo o grupo está de parabéns - disse. 

Após o título, os jogadores da Seleção estarão de folga neste domingo. Na sequência, a delegação embarcará para a Suíça, onde o time fará seus dois amistosos na Europa.

No Brasil, Dória tem sido alvo de muitas especulações sobre uma possível saída do Botafogo. Um grupo de investidores queria comprar os direitos econômicos do defensor e levá-lo para o Cruzeiro, no entanto, a negociação não foi à frente. A expectativa do Botafogo é vender o zagueiro para o futebol europeu.


Leia mais no LANCENET! 

Fellype Gabriel está próximo de deixar o Botafogo rumo ao futebol árabe

Botafogo negocia F. Gabriel com árabes por alívio de crise financeira
Uma das peças-chave do Botafogo na conquista do Carioca deste ano, o meia Fellype Gabriel deve fazer sua despedida do clube às 21h deste sábado, contra a Ponte Preta, pela quinta rodada do Brasileiro. O jogador despertou interesse de uma equipe dos Emirados Árabes e deve deixar General Severiano durante a pausa para a Copa das Confederações. O Alvinegro necessita de recursos para manter suas contas equilibradas agora que ficará sem o Engenhão até 2015, por conta das reformas estruturais no estádio.

A diretoria do Botafogo admite o contato com o clube estrangeiro, mas nega a existência de uma proposta oficial até o momento. Ainda assim, o meia deve mesmo se transferir para o mundo árabe nos próximos dias. O jogador é mais um a se aproximar do adeus, já que Dória também deve ser negociado em breve.

BOTA SE PREPARA PARA PREJUÍZO DE R$ 50 MI E ORÇAMENTO ENXUTO



O prazo de mais 18 meses para a realização das reformas necessárias para a reabertura do Engenhão foi recebido negativamente pelo Botafogo. Além de maior do que o esperado, o fechamento do estádio até 2015 abala substancialmente o planejamento financeiro do clube, que terá que se adequar a uma nova realidade diante de um prejuízo estimado em até R$ 50 milhões.

O Botafogo depositou na última sexta-feira um mês de direitos de imagem atrasados. Onze jogadores do atual elenco recebem este tipo de remuneração. Mesmo com o pagamento, o Alvinegro ainda deve outro mês de direitos de imagem e um de salários.

O atraso tem gerado incômodo nos bastidores do Botafogo. Desde o começo do ano, o elenco tem se recusado a se concentrar para algumas partidas como forma de protesto. A atitude inicialmente valia apenas para jogos no Rio de Janeiro, mas já foi tomada no confronto com o Corinthians, pelo Brasileiro, por exemplo.

 Rodrigo Paradella
Do UOL, no Rio de Janeiro

No 'até breve' do Brasileiro, Ponte Preta e Botafogo tentam reabilitação


Glorioso sonha com a vitória e a chance de se tornar o líder da competição. Em crise e sem técnico, Macaca será comandada por Zé Sérgio

                                           
Neste sábado, às 21h (de Brasília), no estádio Moisés Lucarelli, Ponte Preta e Botafogo se enfrentam em uma partida que será um "até breve" em busca de tranquilidade para os clubes, já que o Campeonato Brasileiro será paralisado para a realização da Copa das Confederações e só retorna em julho. Depois de derrotas na últimas rodada, os times vão atrás da reabilitação para entrarem no período de recesso em paz.

O Bota, que perdeu para o Bahia por 2 a 1 em Aracaju e e teve interrompida uma invencibilidade de 19 jogos, sonha com a possibilidade de se tornar o líder da competição. Atualmente, o time é o sexto com sete pontos, um a menos do que o Coritiba, que está na ponta. A equipe do técnico Oswaldo de Oliveira novamente terá o desfalque de três titulares: o goleiro Jefferson, o zagueiro Dória e o meia Lodeiro.

Em crise após a segunda derrota consecutiva, a Ponte Preta passou por dias de mudanças. Horas após o 4 a 3 diante do Atlético-PR, a Macaca anunciou a demissão do técnico Guto Ferreira. Sem acertar com ninguém até agora (o favorito é Paulo Silas, que deixou o Náutico), o time será dirigido de forma interina pelo ex-jogador Zé Sérgio. A Ponte tem apenas três pontos, o que lhe deixa como uma das piores campanhas da competição, em 16º lugar.

O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real. O Premiere FC 1 transmite a partida ao vivo para todo o Brasil, pelo sistema pay-per-view.

header as escalações 2
Ponte Preta: Zé Sérgio fará mudanças em sua única partida no comando da equipe. Com a saída de Guto Ferreira, três perderam espaço na equipe titular: o goleiro Edson Bastos, o lateral Uendel e o volante Magal. No coletivo de sexta-feira, o interino confirmou Roberto, Rodrigo Biro e Roger Gaúcho entre os titulares. A Macaca jogará com: Roberto; Cicinho, Cleber, Ferron e Rodrigo Biro; Baraka, Roger Gaúcho, Fernando e Chiquinho; Rildo e William.

Botafogo: a tendência é de que o técnico Oswaldo de Oliveira repita a formação da partida contra o Bahia, com Renan, Lucas, Bolívar, Antônio Carlos e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Fellype Gabriel, Seedorf e Vitinho; Rafael Marques. Os titulares não fizeram treino no campo desde o jogo de quarta-feira, em Aracaju.
quem esta fora (Foto: arte esporte)
Ponte Preta: os zagueiros Gustavo e Wescley, e o volante Ferrugem estão machucados.

Botafogo: Jefferson treina com a seleção brasileira para a Copa das Confederações. Lodeiro disputará a mesma competição pela seleção uruguaia e também é desfalque. Dória está com a sub-20 no Torneio de Toulon, e Cidinho está machucado e só deve retornar na próxima temporada.
header pendurados (Foto: ArteEsporte)
Ponte Preta: William.
Botafogo: Lucas.
header o árbitro (Foto: ArteEsporte)
Claudio Francisco Lima e Silva (SE) apita o jogo, auxiliado por Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e Lorival Candido das Flores (RN). O árbitro fará a sua estreia nesta edição da Série A. O campeonato tem média de 3,9 amarelos, 0,2 vermelho, 32,9 faltas e 0,2 pênalti por partida.
header_estatisticas (Foto: arte esporte)
Ponte Preta: o time perdeu os dois jogos que fez como mandante (2 a 0 contra o São Paulo, e 4 a 3 contra o Atlético-PR). Sua defesa era uma das melhores do Paulistão, até levar quatro do Corinthians em casa e ser eliminada. Na rodada passada do Brasileiro, levou mais quatro do Atlético-PR, e o treinador acabou demitido. Apesar disso, a defesa é a quarta mais aguerrida da competição, com 64 bolas roubadas (levou seis amarelos).

Botafogo: dos sete pontos que conquistou, seis foram como mandante. Perdeu cinco dos seis que disputou como visitante. A defesa é a quarta que menos vezes roubou bolas (39, e levou sete amarelos). Quando jogou em casa, o Botafogo viu seus goleiros fazerem cinco defesas difíceis. Como visitantes, foram apenas duas.
header_na_historia (Foto: arte esporte)
Na primeira fase do Brasileiro de 2001, a Ponte Preta venceu o Botafogo por 3 a 1 no Moisés Lucarelli. Balançaram as redes Alexandre Fávaro, Washington e Léo Moura (contra) para a Macaca, e Dênis para o Glorioso. A equipe paulista encerrou sequência de quatro jogos sem vencer o adversário na competição. O jogo foi no mesmo dia da fundação do Botafogo, que completou 97 anos.

A Ponte Preta jogou com Alexandre Fávaro, Ronaldão, Rodrigo, Elivélton, Dionísio, Fabinho, Piá, Marquinhos, Mineiro, Macedo e Washington. Já o Botafogo entrou em campo com Wagner, Léo Moura, Sandro, Dênis, Leonardo Inácio, Leandro Ávila, Carlos Alberto, Rodrigo, Fabiano, Taílson e Cláudio. Clique aqui e veja a ficha da partida na Futpédia.

Por GLOBOESPORTE.COM Campinas, SP

Ironizado, teto do Engenhão tem relatório cru. Projetista se defende


Prefeitura apresenta imagens de obras na estrutura, mas não detalha estudos. 'Fotos são iguais às de relatório de 2007', diz autor do projeto





A prefeitura convocou uma coletiva de imprensa às pressas esta manhã de sexta-feira para apresentar um relatório dos novos serviços para finalmente reabrir o Engenhão. O prazo para finalização das intervenções - que consitem em escoramento da estrutura, reforço dos arcos e outras peças secundárias - é de um ano e meio (18 meses). Mas pouco foi explicado sobre a metodologia utilizada para comissão especial de avaliação do estádio e o Consórcio Engenhão, formado pela Odebrecht e OAS, chegarem à conclusão de novas obras com duração de 18 meses. Nos slides, apenas fotos e as etapas dos serviços que devem ser preenchidos. Nenhum novo relatório com explicação dos dados contestados pelas empresas canadenses e inglesas. Apenas fotos e imagens no telão. No fim da concorrida entrevista - que durou cerca de 40 minutos -, a mesa já se levantava para ir embora, mas atendeu a pedido de jornalistas e permaneceu por mais cinco minutos no auditório da prefeitura, na Cidade Nova.

A foto da esquerda, tirada em posição inversa à da última terça-feira. "Curvas da estrada de Santos" já existiam desde a inauguração do estádio em 2007 (Foto: Montagem sobre fotos de divulgação)
O que se pretendia chamar mais a atenção na apresentação feita pelo engenheiro da comissão Sebastião Andrade eram as fotos de uma vistoria da última terça-feira (4 de junho). Todas imagens mostravam uma estrutura metálica com deformações e outras falhas.

- As fotos deixam claro: o sistema está pedindo ajuda. Alguma coisa vai acontecer com tanta movimentação do sistema. Algumas pessoas foram para lá, outras para cá. Só Deus sabe o que vai acontecer. À medida que chega a esse nível (de deformação), sai de perto - disse Andrade, na sua explanação no início da coletiva.

 engenheiro Sebastião Andrade mostra um dos slides da comissão do Engenhão (Foto: Raphael Zarko)
Com bom humor, ele ainda comentou sobre uma das fotos que mostrava uma estrutura em total deformidade, ora para esquerda, ora para a direita.

- Mais parecem as curvas da estrada de Santos - ironizou, antes de voltar ao ponto inicial: que diante de toda a documentação exposta, todas entrevistas com todos agentes do processo, o reforço estrutural era imprescindível.

O GLOBOESPORTE.COM consultou o projetista da cobertura do estádio. O projeto de Flavio D´Alambert é considerado culpado pelas falhas da estrutura do teto do Engenhão. De posse das fotos divulgadas para a imprensa, D´Alambert logo contestou o relatório da comissão.

- As fotos apresentadas são idênticas às que fiz em 2007, quando liberamos o estádio. Uma delas (refere-se à do teto em "curvas da estrada de Santos") só foi tirada no ângulo contrário. Eu tirei da esquerda para a direita, eles da direita para a esquerda - lembra D´Alambert, responsável pela cobertura de dois outros estádios da Copa de 2014: Castelão, em Fortaleza, e Arena Pantanal, em Cuiabá.

D´Alambert mantém a posição: os
 reparos tinham 
que ser feitos anteriormente
(Foto: Raphael Zarko)
A Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), através do vice-presidente Jefferson Dias de Souza Junior, disse que ainda vai esperar a divugalção de um relatório completo da comissão para "eventualmente" se pronunciar.

- O que queríamos ao contratar a empresa inglesa BRE, que contestou o relatório dos alemães da SBP e que interditou o Engenhão, era contribuir com os cuidados da segurança do estádio. A SBP tinha usado medidas de carregamento que davam outra impressão sobre os riscos mínimos à estrutura do Engenhão. E a BRE referendou os canadenses, referendou o estudo do projetista. Se o novo laudo encontrou motivos para uma interferência grandiosa, se foram detectados problemas mais profundos, queremos ver para depois nos posicionarmos - disse o vice-presidente da Abece.

Marcos Vidigal, engenheiro da Odebrecht e representante do Consórcio Engenhão, lembrou que não havia consenso das medições nem entre D´Alambert e o verificador, a empresa portuguesa TAL, que realizava inspeções antes da entrega do estádio. O projetista contesta.

- Não eram divergências. Mesmo que cada um desse sua opinião, nós sempre convergíamos para a análise mais crítica. Mas o que sempre ficou muito claro é que deveria ter havido um monitoramento que, pelas fotos que estou vendo, parece que nunca aconteceu. Se hoje precisa de um grande reparo, é porque, infelizmente, nada ou muito pouco foi feito antes. Deixei de vistoriar a obra após a entrega, em 2007, e fica claro no relatório de manutenção: qualquer problema que houvesse, eu, o projetista, deveria ter sido procurado. E nunca fui. Esse reforço, essas intervenções poderiam ter sido feitas há muito tempo, sem a necessidade de intervenção do estádio - diz D´Alambert.

As deformações nas tesouras do estádio também estavam relatadas em relatórios e em imagens: a foto da direita, ainda sem teto montado já aponta falhas na cobertura do Engenhão (Foto: Divulgação)
Na coletiva de imprensa, os participantes foram unânimes em falar em erro de projeto, da empresa de D´Alambert, a Alpha. O projetista se defende novamente. Ele lembra que tudo foi analisado em conjunto por todos agentes da construção.

- Todos critérios da engenharia brasileira foram usados. Todo mundo foi consultado: fabricantes, construtores, engenheiros... Ninguém tem poder sozinho de dar diretrizes numa obra dessa complexidade, desse tamanho - lembra o projetista da cobertura do Engenhão.

Deputado pede relatório

Em outra esfera, o presidente da Comissão Externa de Legado da Copa e das Olimpíadas, deputado federal Alessandro Molon, cobrou novamente da prefeitura mais informações sobre a interdição do estádio e sobre as intervenções finalmente definidas.

- Quase três meses depois da interdição do Engenhão, a prefeitura diz que o estádio ficará 18 meses fechado, mas que não sabe nem quando a obra começa nem quanto custará, é um atestado de incompetência. Os laudos e estudos referentes ao Engenhão ainda não são públicos. A única coisa pública é a vergonha nacional e internacional pela qual estamos passando - disse o deputado, que enviou dois ofícios à Prefeitura do Rio solicitando laudos e estudos sobre o estádio.

A assessoria do deputado informa ainda que na terça-feira, mesmo dia da vistoria da comissão especial do Engenhão, o chefe da Casa Civil da Prefeitura, Pedro Paulo, ligou para Molon e prometeu repassar ao deputado até o fim desta semana os documentos.

- Até agora, no entanto, não recebemos nada - afirmou o deputado federal.

Por Raphael Zarko Rio de Janeiro