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segunda-feira, 5 de março de 2018

Bota relaciona reforços Marcelo e Yago contra Bangu; Carli fica fora até do banco


Recém-chegados, volante e zagueiro são convocados por Valentim e podem estrear pelo Alvinegro nesta terça-feira. Outrora capitão, argentino fica em baixa no clube. Volta de Jefferson é adiada







O Botafogo vai ter novidades contra o Bangu nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília), no Nilton Santos, pela quarta rodada da Taça Rio. Ao menos no banco: os recém-chegados Marcelo e Yago, últimos reforços contratados para a disputa do Campeonato Carioca, foram relacionados. Volante e zagueiro, respectivamente emprestados por Maccabi Tel Aviv, de Israel, e Corinthians, devem ficar como opções no banco. A tendência é que Valentim repita o time que vem jogando.


Por outro lado, quem ficou fora da relação desta vez é Carli. Outrora capitão, o zagueiro argentino anda em baixa no clube, onde já foi sinônimo de liderança e ganhou o apelido de "xerife". Titular desde 2016, o gringo perdeu espaço desde a saída de Jair Ventura e passou a ser reserva com Felipe Conceição e Alberto Valentim. Mas nunca deixou de ser relacionado estando em condições. Sua situação chama atenção no mercado, e recentemente ele foi procurado pelo Peñarol, do Uruguai.


Volta de Jefferson é adiada



Jefferson treinou normal e deve voltar contra o Voltaço domingo (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Recuperado de uma lesão no tornozelo, Jefferson treinou normalmente nesta segunda-feira, no campo anexo do Nilton Santos. Mas ainda não será desta vez que ele vai voltar. Seu retorno deve ficar para a próxima rodada, domingo, contra o Volta Redonda no Raulino de Oliveira.


Dos relacionados para o clássico com o Flamengo no último sábado, Dudu Cearense, Gilson e Leandro Carvalho – que chegou até a entrar no segundo tempo do clássico – também não foram chamados para o jogo desta terça. Luiz Fernando, por sua vez, retorna à relação.


Fonte: GE/Por Fred Gomes e Thiago Lima, Rio de Janeiro

Com concorrência do Flu, Bota volta à carga por Aguirre: "Há possibilidade real"


Anderson Barros revela mudança de cenário, e uruguaio volta a ganhar força para reforçar o time no Campeonato Brasileiro. Alvinegro quer contrato até meio de 2019 e pagamento em três vezes






A segunda-feira foi de apresentação de mais dois reforços do Botafogo, o volante Marcelo e o zagueiro Yago. Com a dupla inscrita, o prazo do Campeonato Carioca terminou na última sexta-feira. Mas o clube ainda se movimenta no mercado e voltou à carga pelo atacante uruguaio Rodrigo Aguirre, de 23 anos, que pertence à Udinese, da Itália. Com a concorrência do Fluminense nos últimos dias, a diretoria retomou as conversas com o empresário peruano, Pablo Betancourt, e está otimista.


– Disse há três semanas que a situação era muito difícil, complicada. Hoje mudou um pouco, sim. Mas ainda é uma situação que não se pode dizer que vai acontecer. Mas mudou bastante ao que era. A gente continua trabalhando para que as coias aconteçam – revelou o gerente de futebol alvinegro, Anderson Barros, que negou influência pelo Fluminense:


– Não. O Botafogo que traçou o planejamento, que foi lá e fez o primeiro contato com o atleta. Naquele momento era muito complexo pelos valores solicitados. Se apresentarem uma condição que a gente entende que possa ser positiva, o Aguirre tem toda a aprovação do nosso setor de análise de desempenho e da comissão técnica.


– Hoje o quadro já é bem diferente, há uma possibilidade real de as coisas acontecerem.



Barros falou sobre Aguirre durante apresentação de Marcelo e Yago (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Botafogo e Aguirre estiveram muito próximos de um final feliz no mês passado, mas o que esfriou o negócio foi o tempo de empréstimo e a forma de pagamento dos cerca de R$ 800 mil: o clube queria um contrato até o meio de 2019 e o parcelamento do valor em três vezes. Antes reticente, a Udinese já estaria disposta a aceitar as exigências.


Longa negociação


Quando o Botafogo começou a conversar com Betancourt, procurou primeiro pelo atacante uruguaio Gonzalo Carneiro, de 22 anos do Defensor Sporting, do Uruguai, que vem negociando com o Grêmio. O nome de Abel Hernández, de 27 anos, do Hull City, da Inglaterra, também entrou na pauta alvinegra, ambos jogadores do mesmo empresário de Aguirre. Mas pesou a favor do destaque do Nacional-URU seu desejo de defender o Glorioso.



Uruguaio declarou publicamente sua vontade de jogar pelo Botafogo (Foto: Reprodução)


Foi essa vontade que fez a diretoria superar as dificuldades. No início, a Udinese queria US$ 500 mil (cerca de R$ 1,6 milhão) pelo empréstimo, valor considerado fora da realidade do Alvinegro, e depois baixou a pedida para US$ 400 mil (aproximadamente R$ 1,3 milhão). Com a ajuda de investidores, o clube conseguiu US$ 150 mil (cerca de R$ 490 mil) e usou como argumento o fato de o Nacional-URU pagar uma quantia até menor pelo empréstimo de Aguirre em 2017, mas os italianos recusaram.


>>> Aguirre explica vontade de ir ao Botafogo: "Mexeu comigo mais que qualquer outro"


Com os italianos irredutíveis de um lado, e o Alvinegro necessitado de outro, a diretoria juntou pouco mais de R$ 300 mil para aumentar a proposta. Nos últimos dias, o Botafogo fez nova oferta para a Udinese e ofereceu US$ 250 mil (cerca de R$ 800 mil) pelo empréstimo do uruguaio. A informação de que o clube europeu aceitou a proposta foi divulgada pela "Rádio Globo" na última quarta-feira e confirmada com os valores pelo GloboEsporte.com.



Aguirre operou há dois meses o joelho direito e está no fim da recuperação (Foto: Divulgação)


Embora tenha resistência interna, com dirigentes contrários ao gasto para uma contratação só por empréstimo, muitos são favoráveis pela empolgação da torcida e a expectativa de um alto retorno técnico. O empresário Pablo Betancourt, que é próximo do presidente da Udinese, que por sua vez contratou outro atacante estrangeiro, Felipe Vizeu do Flamengo, conseguiu convencer o clube italiano pela liberação e seguir a vontade do jogador.


Nos últimos meses, Aguirre escreveu (até em português) mensagens em suas redes sociais expressando a vontade de defender o Glorioso. Isso depois de ter começado a seguir o Botafogo nas redes sociais, de curtir postagens do clube, de ter deixado de seguir o rival Flamengo...



Aguirre postou a primeira foto de seu filho, xará do técnico do Botafogo (Foto: Reprodução)


Aguirre segue no Uruguai, onde vem mantendo a forma no Liverpool-URU, clube onde foi revelado, e acompanhou nos últimos dias o nascimento do filho, Valentín. Chegando a um acerto, só então o departamento médico do Botafogo irá examinar o atacante antes de confirmarem a contratação. Porém, a expectativa é que não haja problema, mesmo com a recente operação no joelho direito. O Alvinegro fez contato com os médicos da Udinese e levantou o seu histórico físico.


Fonte: GE/Por Thiago Lima, Rio de Janeiro

Análise: Botafogo versão 2018 completa 10 jogos ainda com muitas interrogações


Há vida na bola aérea defensiva sem Carli? Valencia rende melhor como apoiador ou como ponta? Marcos Vinícius merece chance de titular? Trio de atacantes ou dupla de meias para propor o jogo?






A Suderj informou a substituição no Botafogo na virada do ano: saiu o jogo reativo, de Ricardo Gomes e Jair Ventura, entrou o proposto. Só que uma mudança radical de estilo assim não é como um simples apertar de botão. Felipe Conceição falhou ao tentar implementar um modelo mais ofensivo, e agora é Alberto Valentim quem assumiu a missão.




Melhores momentos de Flamengo 1 x 0 Botafogo pelo Campeonato Carioca


Nas primeiras 10 partidas da temporada, foram quatro vitórias, três empates e três derrotas – a última no sábado, 1 a 0 para o Flamengo no Nilton Santos (veja os lances no vídeo acima). O time está evoluindo, como disse Valentim após o clássico? Sem dúvida. Boas atuações estão cada vez mais frequentes, mas ainda falta ser efetivo. E o Alvinegro versão 2018 convive com interrogações.



DEFESA



Defesa do Botafogo segue sofrendo com a bola aérea, seu antigo fantasma (Foto: André Durão)


Há vida na bola parada sem Carli?

Essa é a pergunta que todo alvinegro se faz após ver mais um resultado negativo vindo pelo alto. A defesa foi vazada 10 vezes até agora, média de um gol por jogo, mas seis deles saíram de bolas aéreas. Desde Felipe Conceição que Marcelo e Igor Rabello viraram a dupla de zaga titular e têm se saído bem por baixo. Mas quando o assunto é chuveirinho, o argentino de 1,91 m faz falta.


Yago chega para ser titular?

Um dos dois últimos reforços contratados pelo clube para o Carioca, o zagueiro emprestado pelo Corinthians vai disputar posição com Igor Rabello, titular absoluto desde o ano passado.



Moisés assumiu a lateral esquerda para não sair mais do time (Foto: Vitor Silva/SS Press/Botafogo)


As laterais encontraram seus donos?

Também emprestado pelo Corinthians, Moisés chegou e imediatamente foi relacionado. E vem jogando muito. Lateral forte e de muita explosão, se destaca na marcação e entrou para não sair mais do time. Na direita, o habilidoso Marcinho também agradou, mas o experiente Luis Ricardo e o veloz Arnaldo, em forma, são capazes de oferecer concorrência.


Jefferson ou Gatito?

Pergunta que todo técnico do Botafogo precisa responder desde o ano passado. Atualmente Jefferson se recupera de uma lesão no tornozelo, mas já está para voltar. Quando estiver 100%, o ídolo retorna como titular ou ficará no banco de Gatito?


MEIO CAMPO



João Paulo comemorando o gol sobre o Nacional-URU na última Libertadores (Foto: Miguel Rojo/AFP)



João Paulo deve continuar recuado?

Outro titular absoluto, o hoje capitão João Paulo é um dos líderes e destaques do time comandando a marcação defensiva da primeira linha do meio campo. Mas está atuando bem mais longe da área adversária. Será que vale a pena? O volante, que já jogou até de meia, fez três gols e deu oito assistências na temporada de 2017.


Marcelo dos Santos chega para ser titular?

Segundo dos dois mais recentes reforços contratados, o volante emprestado pelo Maccabi Tel Aviv, de Israel, chega com status de titular pela oscilação e problemas físicos de Matheus Fernandes neste início de temporada. Porém, Lindoso vem muito bem na função, fez um partidaço contra o Flamengo, com desarmes e inversões, e não será fácil tirá-lo.



Mapas de calor de Valencia (61 min) e Marcos Vinícius (37 min) no clássico (Foto: Divulgação / Footstats)


Valencia rende mais como meia ou ponta?

O chileno ainda não conseguiu se encaixar no Botafogo e vem encontrando dificuldades para ser o camisa 10, aquele jogador agudo que cria ou finaliza as jogadas. Pelo meio, Valencia tem dificuldades e naturalmente acaba caindo pelas beiradas – contra o Flamengo, apareceu muito na esquerda (veja no mapa de calor). É ainda arma nas bolas paradas, mas vem sendo vaiado.


Marcos Vinícius pode ser o 10 desse time?

Liberado pela CBF após a troca do medicamento contra a asma, o meia entrou bem no clássico: enfiou uma bola na área para Leandro Carvalho, que não alcançou, e arriscou um chute de fora que levou perigo. Enquanto Renatinho está no departamento médico, Marcos Vinícius pode muito bem assumir a atual função de Valencia. No Botafogo, ele tem média de um gol a cada 190 minutos.


ATAQUE


Kieza é o único com "vaga cativa" entre os atacantes alvinegros (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Kieza e mais quem?

Com mais mobilidade, o K-9 ganhou a vaga de Brenner como centroavante. Mas as vagas ao seu lado ainda não têm donos. Pimpão continua sendo perseguido por parte da torcida, apesar da entrega e assistências de sempre; Ezequiel até começa bem os jogos, mas oscila muito, o que é natural pela idade (19 anos); e os reforços Luiz Fernando e Leandro Carvalho ainda não disseram a que veio. O primeiro sequer foi relacionado para o clássico, e o segundo entrou muito afobado.


Três atacantes ou muda o esquema?

Segundo o scout da Acerj (Associação dos Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro), o Botafogo finalizou 12 vezes contra o Flamengo, mas só teve uma única chance clara de gol, em cabeçada de Marcelo que parou na defesaça de Diego Alves. O ataque "leve", com um centroavante de mobilidade e dois pontas, não se fez diante de um adversário retrancado. Mesmo com a trinca ofensiva, usada desde Felipe Conceição, a média de gols do Alvinegro é de apenas um por jogo.


Fonte: GE/Por Thiago Lima, Rio de Janeiro