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quinta-feira, 18 de maio de 2023

Análise: eficiência salva Botafogo em noite de acomodação em Curitiba



Na primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil, cariocas chegaram a ter vantagem de 2 a 0 nas poucas chances que criaram, mas permitiram a virada no segundo tempo




O Botafogo tinha um tabu pela frente ao entrar na Arena da Baixada: 15 anos sem vencer o Athletico-PR em Curitiba. A derrota por 3 a 2, gols de Tiquinho e Luís Henrique para o Glorioso, e Vitor Roque, Vitor Bueno e Fernandinho para o Furacão, mostrou porque é tão difícil bater a equipe paranaense.





Athletico-PR 3 x 2 Botafogo - Melhores momentos - Jogo 1 das oitavas de final da Copa do Brasil 2023


É preciso dar os méritos aos comandados de Paulo Turra, um time que nesta temporada já virou oito partidas, lidera a chave da Libertadores, à frente de Atlético-MG e Libertad, e que só perdeu três jogos em todo o ano de 2023.


Mas o Botafogo que se viu em campo foi um time que em poucos momentos ameaçou os donos da casa. O Furacão começou a partida com controle da bola dentro do campo de ataque, se movimentando, pressionando e recuperando rápido a bola depois da perda.





Athletico-PR x Botafogo Copa do Brasil — Foto: Robson Mafra/AGIF


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Ficar sem a bola não é uma novidade para o time treinado por Luís Castro, pelo contrário. Às vezes a equipe parece até se sentir mais confortável dessa forma, controlando a partida e estocando em velocidade usando os pontas. Mas não foi o que aconteceu na Arena da Baixada.


O Athletico ganhava a batalha no meio-campo todo o tempo, impossibilitando que Gabriel Pires ou Lucas Fernandes tivessem a chance de acionar a velocidade de Júnior Santos de um lado ou Luís Henrique no outro.




Veja 10 reações ao golaço de Luis Henrique, do Botafogo, contra o Athletico-PR (https://ge.globo.com/video/veja-10-reacoes-ao-golaco-de-luis-henrique-do-botafogo-contra-o-athletico-pr-11626670.ghtml)


Apesar do domínio e de algumas boas oportunidades dentro da área, os paranaenses não conseguiam finalizar na direção do gol de Lucas Perri de forma realmente ameaçadora. E foi aí que a eficiência do Botafogo fez a diferença. Em duas chegadas, abriu a vantagem de 2 a 0.


Primeiro, Tiquinho aproveitou desvio da defesa na primeira trave no escanteio para dominar a bola dentro da área e chapar no cantinho de Bento. Dois minutos depois, o centroavante acionou Luís Henrique que bateu de primeira, a bola desviou Zé Ivaldo e morreu na rede.


Vantagem não deu conforto

Levando em consideração as últimas partidas, a expectativa era de que a vantagem no intervalo desse conforto para o Botafogo se defender e contra-atacar, mas o que foi visto no campo foi um time atordoado, que além de não criar, passou a se defender mal.


O que vem sendo uma força do Alvinegro na temporada, virou justamente o calcanhar de Aquiles na partida: a bola parada. Vitor Roque aproveitou desvio de escanteio na primeira trave para reduzir a diferença. Pouco depois a pressão para recuperar a bola rapidamente deu resultado.


Depois de Hugo perder a bola no meio-campo, Roque recebeu, acionou Vitor Bueno que soltou uma pedrada de canhota para empatar. Fernandinho ainda virou antecipando Hugo em uma cobrança de falta para desviar de cabeça na primeira trave.


Durante todo segundo tempo, a única chance do Botafogo foi um chute de longe de Tiquinho. Pro que produziu ofensivamente durante todo jogo e defensivamente no segundo tempo, o resultado poderia ter sido pior para o Alvinegro. A desvantagem mínima é perfeitamente reversível no estádio Nilton Santos.


Mas a partida de volta, no dia 31 de maio, às 21h30, será um teste de fogo. Muito além da diferença no placar, os comandados de Luís Castro vão encontrar um adversário que dificilmente vai se abrir e vão precisar propôr jogo e gerar espaços, algo que já mostraram ter dificuldades.




"Botafogo não pode tomar essa virada depois de 2 a 0", diz Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/botafogo-nao-pode-tomar-essa-virada-depois-de-2-a-0-diz-pedro-dep-a-voz-da-torcida-11626632.ghtml)



Mas esse Botafogo também se mostrou um time versátil em 2023, que vence de diferentes formas e que sabe aproveitar as poucas oportunidades que tem para construir o placar. A eliminatória está aberta e é promessa de jogaço no Rio de Janeiro.


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Fonte: Por Giba Perez — Curitiba (PR)

Luís Castro lamenta falhas defensivas do Botafogo em derrota para o Athletico-PR: "Segunda parte sofrível"



Alvinegro sofreu uma virada depois de largar com dois gols de vantagem no primeiro tempo



O técnico Luís Castro admitiu queda do Botafogo na segunda etapa do jogo contra o Athletico-PR, que resultou na derrota de virada, nesta quarta-feira, na Arena da Baixada. Para o treinador português, o time atleticano evoluiu depois de ir para o intervalo perdendo, mas considerou que as falhas defensivas de sua equipe foram fundamentais para o revés.







Athletico-PR 3 x 2 Botafogo - Melhores momentos - Jogo 1 das oitavas de final da Copa do Brasil 2023


Com o resultado, o Botafogo vai precisar de uma vitória em casa no jogo de volta. Castro vê sua equipe no páreo:


- Houve uma diferença entra a primeira parte e a segunda. Tivemos uma segunda parte muito aquém do que deveria ter sido feito, a segunda parte foi sofrível. Sobre as bolas paradas, estávamos preparados. Agora, o Athletico conseguiu ter sucesso naquilo que era nosso momento defensivo. Há sempre uma ligação entre o mérito e o demérito da outra equipe. Eles tiveram muito mérito, mas nós também tivemos muitos erros nos setores defensivos. O resultado é negativo para nós embora a eliminatória não esteja fechado.





Luís Castro em Athletico-PR x Botafogo — Foto: Vítor Silva/Botafogo


O Botafogo foi melhor no primeiro tempo, conseguiu abrir 2 a 0 com Tiquinho e Luis Henrique e foi para o intervalo com o controle do jogo. Na segunda etapa, entretanto, o time voltou desligado e viu Furacão crescer e igualar o placar. O Alvinegro ainda tentou reagir, mas na reta final Fernandinho fez o gol da virada.


- O 2 a 0 é aquele resultado que nós estamos a ganhar, mas sabemos que se sofrermos o 2 a 1, cria uma motivação muito forte por parte da equipe adversária e que teríamos que nos unir muito para conseguir segurar. Não conseguimos. Fundamentalmente na bola parada sofremos muito - considerou o treinador.


As duas equipes voltam a se enfrentar no dia 31 de maio, no estádio Nilton Santos. O Athletico-PR joga a partida de volta com a vantagem do empate.



Veja outras respostas do técnico do Botafogo:


Diferença de desempenho em jogos do Athletico-PR e do Atlético-MG



- Um jogo não tem nada a ver com o outro. Um jogo encerra por si mesmo a especificidade própria. Não estou a dizer que o Athletico é superior ou inferior ao Atlético-MG. Não quero entrar por aí e nem vou fazer comparação de adversário. São jogos totalmente diferentes. O certo é que hoje, ao longo do jogo, não conseguimos controlar o jogo. Em um ambiente difícil que nós sabíamos que iríamos encontrar. O Athletico nos últimos quatro jogos...nos últimos cinco, conseguiu virar quatro vezes. Há quinze anos que nós não ganhamos aqui. Tínhamos como objetivo quebrar isso que vinha acontecendo. Em determinada altura, pensamos que poderia acontecer. Teríamos que sofrer um pouco ao longo do jogo para que isso acontecesse. Fundamentalmente ao longo da segunda parte, saberíamos que o Athletico entraria forte como entrou.


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro