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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Bastidores: Pedro Raul abre mão de bônus, e Botafogo mantêm 20% de direitos econômicos


Com participação do presidente Durcesio Mello, atacante não recebe bonificação por número de partidas como titular; Alvinegro terá acesso a um quinto de venda futura





Pedro Raul em ação pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)



Pedro Raul foi vendido ao Kashiwa Reysol, mas ainda terá uma conexão, mesmo que seja ainda por papel, com o Botafogo. O LANCE! apurou que o clube de General Severiano manterá 20% dos direitos econômicos do atleta de 23 anos, que está a caminho do futebol japonês e não atua mais com a camisa preta e branca.


A negociação foi finalizada no fim da noite da última quarta-feira, quase no começo desta quinta-feira. Após ter uma primeira investida recusada, o Kashiwa Reysol apareceu com uma nova proposta, dessa vez envolvendo dinheiro e uma negociação em definitivo, o que abriu os olhos do Botafogo.

Durcesio Mello, novo presidente do Alvinegro, entrou no circuito e participou da fase final das negociações. Nesta conversa, ficou combinado que Pedro Raul abriria mão da bonificação de 1,5 milhão de euros (R$ 9 milhões, na cotação atual) por ter atuado em 60% dos jogos do Alvinegro como titular.


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O dinheiro da transferência, portanto, ficaria "livre" para o Botafogo. Os direitos de Pedro Raul eram divididos com o Vitória de Guimarães-POR, antigo clube do atacante, que tinha 30% dos direitos econômicos. Pelo acordo para o jogador abrir mão da bonificação, ficou combinado que parte da verba de agora ficaria encaminhada ao estafe e ao atacante.

O resumo da ópera é que, tirando os 30% da equipe portuguesa e os encargos dos empresários que participaram da negociação, o Botafogo levará cerca de 50% dos valores pagos pelo Kashiwa Reysol. A equipe japonesa depositará 2 milhões de dólares (R$ 10,7 milhões) pelo jogadores. Portanto, o Botafogo deve acumular pouco mais de R$ 5 milhões.

Por permanecer com parte dos direitos de Pedro Raul, o Botafogo terá direito a um quinto (20%) de qualquer transferência futura que o atacante fizer envolvendo o Kashiwa Reysol.



Fonte: LANCE/Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

São Paulo tem interesse e monitora zagueiro Kanu, do Botafogo


Nome do defensor do clube carioca agrada no Morumbi



O São Paulo tem interesse no zagueiro Kanu, do Botafogo. A informação foi publicada inicialmente pelo "Uol" e confirmada pelo ge.


O setor de análise de desempenho do São Paulo observa Kanu há algum tempo e o nome do defensor de 23 anos agrada no Morumbi.


A decisão sobre se o interesse do São Paulo vai virar uma proposta seguida de uma eventual negociação dependerá da avaliação do novo treinador (Hernán Crespo tem acordo encaminhado, mas depende de ajustes finais na negociação para de fato assinar) e dos valores envolvidos.




Kanu, do Botafogo, é monitorado pelo São Paulo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Em processo de redução de custos e com R$ 37 milhões no orçamento de 2021 para contratações, o São Paulo acredita não ter margem para erros no mercado da bola.


No Botafogo, Kanu é um dos principais ativos e dos poucos jogadores que terminam a temporada de 2020 em alta em meio ao rebaixamento. O zagueiro tem um salário baixo e pretende continuar na Série A para ter uma vitrine maior no melhor momento da carreira.


O que bate com as pretensões do Botafogo, que precisa de dinheiro em caixa e de espaço na folha salarial para se adequar à realidade da Série B e abrir espaço para novos reforços.



Só que o clube alvinegro não pretende facilitar e espera faturar com Kanu. A postura na venda de Pedro Raul, por exemplo, deve continuar em uma nova negociação.



Fonte: Por Redação do ge — São Paulo

Botafogo acerta venda de Pedro Raul para o Kashiwa Reysol por R$ 10,7 milhões e se livra de dívida


Atacante assinará contrato de três anos com o clube japonês e entra em acordo com o Bota, que colocará parte da transação nos cofres alvinegros




Pedro Raul não continua no Botafogo em 2021. A diretoria acertou a transferência do atacante para o Kashiwa Reysol, do Japão, e se livrou da dívida milionária que tinha com o atleta. O clube japonês vai pagar US$ 2 milhões (R$ 10,7 milhões) por um contrato de três anos.


O destino do jogador de 24 anos era uma das prioridades do início da gestão Durcesio Mello. Com uma cláusula acionada que custaria 1,5 milhão de euros por 70% dos direitos do atleta, deixada pela antiga diretoria, o Bota buscou interessados para se livrar de mais um passivo e tentar, também, algum lucro com a negociação do artilheiro do clube na temporada.


Foi o que aconteceu, já que chegou-se a acordo com os representantes do atleta para diminuir os valores, o que colocou parte da grana nos cofres alvinegros. No Brasil, Corinthians e Palmeiras surgiram como interessados, mas veio do futebol japonês a proposta mais vantajosa.




Pedro fez 12 gols em 39 jogos oficiais pelo Botafogo — Foto: André Durão / GloboEsporte.com


A transação foi fechada na madrugada desta terça-feira, no horário comercial do país asiático. Inicialmente, o Kashiwa fez uma proposta de empréstimo com opção de compra, o que foi rechaçado pela diretoria alvinegra. Na nova investida, os números aumentaram e foram aprovados.


Pedro Raul chegou ao Botafogo no início de 2020 depois do destaque na Série B pelo Atlético-GO. Estava livre no mercado, mas conseguiu bônus para ceder 70% dos direitos econômicos se fosse titular em 60% dos jogos do Botafogo. Com a meta cumprida, o clube se comprometeu a pagar 1,5 milhão de euros. Os outros 30% dos direitos são do Vitória de Guimarães, de Portugal.


O atacante fez 12 gols em 39 jogos com a camisa alvinegra. Perdeu espaço em parte da temporada para Matheus Babi, mas foi titular na maioria dos jogos.



Fonte: GE/Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

Queda para a Série B atrasa andamento da Botafogo S/A, e plano de trabalho será reformulado


Existia expectativa por lançamento dos fundos de investimento no início deste ano, mas projeto aguarda reformulação do orçamento do clube para iniciar captação de recursos



No radar do Botafogo desde 2019, a S/A tem encontrado problemas para sair do papel e ganhou mais um agravante na última semana. Com o rebaixamento do clube para a Série B do Campeonato Brasileiro, o plano de trabalho para 2021 terá que ser reformulado em razão das mudanças no orçamento para a temporada.


No início do ano, a expectativa sobre o clube-empresa era mais positiva e já se falava no lançamento dos fundos de investimento para captação dos recursos, o que vai ficar para depois.


Inicialmente, o Botafogo havia elaborado o planejamento para 2021 contando com a permanência na Série A. Com a queda, o presidente Durcesio Mello estima corte das receitas pela metade. O clube vai perder com patrocínio, cotas de televisão e, muito provavelmente, torcida, mesmo se os portões do estádio forem reabertos ao público.


+ Botafogo terá seu rebaixamento mais difícil nas finanças


No momento, o clube trabalha na readequação do orçamento de acordo com a dura realidade que o espera para que o documento seja enviado para apreciação dos conselhos fiscal e deliberativo.




Presidente Durcesio Mello acompanha de perto o andamento da S/A — Foto: Vitor Silva/Botafogo



O impacto principal da queda na S/A está justamente na reformulação do plano de trabalho para este ano com base no novo orçamento e na estratégia de investimento no futebol. Como o projeto visa o longo prazo, entende-se que o rebaixamento não afastará investidores que pensem lá na frente, apesar de ser um fator desanimador.


Enquanto trabalha na reestruturação do plano, o grupo responsável pela S/A mantém a conversa com os credores, liderada por um escritório de advocacia especializado no assunto. A reportagem ouviu que os fundos de investimento estão prontos, porém dependem da atualização dos números e reajuste da parte comercial para torná-los mais atrativos. A direção do Botafogo acompanha de perto o passo a passo do projeto.


O processo de transformação do clube em empresa é atualmente coordenado pelo economista Gustavo Magalhães. A expectativa é de chegar a um montante de cerca de R$ 400 milhões para investimento inicial no futebol do Botafogo. A estratégia é aumentar a receita variável, o que depende de um time competitivo para alcançar as maiores premiações dos principais campeonatos.




Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro