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domingo, 1 de outubro de 2017

Jair sobre derrota do Botafogo para o Vitória: "Não posso querer matar os jogadores"


Treinador comenta virada sofrida em casa: "Ganharam na parte física. Ficamos amarrados"





Os gols de Botafogo 2 x 3 Vitória pela 26ª rodada do Brasileirão


Um adversário perigoso, problemas na parte física, lamentação com a derrota de virada sofrida no último lance, mas nada que faça ter vontade de "matar os jogadores". Essa foi a tônica da entrevista coletiva do técnico Jair Ventura após a derrota de 3 a 2 para o Vitória, neste domingo, no Nilton Santos. Os jogadores terão dois dias de folga e voltam a treinar na quarta-feira.


Confira os principais pontos abordados:
Faltou gás

- Fica muito parecido mesmo com a situação do São Paulo, mas com uma história diferente. Terminamos com um jogador a menos e duas substituições por ordem médica. Pimpão voltando de lesão, com a mão o tempo todo na posterior. Brenner cansado, precisa de ritmo. Então quando perdemos o Victor e o Carli, só fiz uma substituição tática. E Mancini foi jogando atletas descansados.



Jair Ventura Botafogo (Foto: André Durão)


Méritos do adversário

- Colocou jogadores velozes, ganharam na parte física. Ficamos amarrados. O Vitória mais leve, mais fresco, a virada foi igual contra o São Paulo, mas teve essa questão que foi diferente. Todos os times querem vencer em casa, mas o Vitória fora de casa é muito perigoso.


Hora de ter calma

- Eu acredito que quando perde não é hora de falar muito. Não falei. A gente vai ter tempo para trabalhar. Tem treinador que gosta de falar alto, quebrar tudo, a minha maneira é um pouco diferente. Vamos analisar. Não posso querer matar os jogadores, eles que vão comigo até o fim do ano.


Roger

- Com essa questão do Roger, um amigo nosso, um cara maravilhoso, supera qualquer questão no campo. A vida segue. Não vou matar meus jogadores porque perderam em casa, não. Estou aqui como o técnico que está há mais tempo na Série A, isso é porque eles fazem tudo o que eu peço.


Mais Roger


- Vai fazer falta em tudo. É uma perda irreversível. Na ausência do Carli é o capitão. Já virou meu amigo. A gente brinca que tem de ter uma distância com a imprensa e os jogadores com distância com os treinadores. Nunca saí com o Roger, mas a gente tem afinidade. É um cara que adoro, uma perda bem difícil, mas tudo que acontecer agora não será nada perto da situação de saúde. Nenhuma situação esportiva pode estar na frente da saúde. Troco qualquer coisa desse ano ou que poderemos ter pela recuperação dele. Estamos muito otimistas, ele também está. Se coloca no lugar do ser humano, um ano maravilhoso, fazendo gols, e tem de sair. Vamos dar força a ele, estamos com ele, é um cara positivo, e tenho certeza que vai tirar essa de letra.


Time segue vivo


- Os resultados vão dizer o nosso limite. Eu não vou jogar a toalha. O Carli saiu com um corte na perna, vamos usar a base, o grupo, não vou jogar a toalha não. A gente está vivo. Não trabalho com meta longa, trabalho jogo a jogo. O meu artilheiro não joga mais, o Victor não deve ser problema, o Carli não sei, temos de vez essas coisas e no final do ano a gente vê o que consegue.


Análise tática

- Cada jogo é uma história, eles fizeram gol cedo também. Se a gente não conseguisse propor o jogo em casa, não teríamos chegado até onde fomos na Libertadores. O Botafogo nunca teve um ano desse. Já perdemos jogos na transição como o Vitória fez e também propondo jogo e mantendo a bola. Cada jogo é uma história.


Sem abalo

- Motivação, emocional, peso nenhum. Aqui não tem peso, não tem lástima, quando a gente perde, não se acha o pior time do mundo. Ficamos tristes por não dar alegria à nossa torcida. O Botafogo é gigante, tem de vencer, agora emocional? Já demos a volta por cima outras vezes, não vai ser uma derrota que vai fazer a gente acabar no Brasileiro.


Brenner

- Foi bem. Atacante vive de gols e fez dois. Mas cansou, precisa de ritmo. O Pimpão também. E ficamos um pouco vulneráveis pelo cansaço desses jogadores, o que se agravou mais ainda quando ficamos com um a menos. Fez total diferença. Tenho mais de 80 jogos e não costumo dar desculpa para derrota, mas ficou evidente essa situação.


Mais sobre o rival

- Ele usa muito esse corredor central, tentamos buscar as laterais, mas marcaram bem nossos volantes. Tiveram oportunidades, o Neílton vem fazendo um grande ano como um falso 10, fica sempre flutuando. Até tentamos subir um pouco a linha para não dar tanto espaço. Não pude jogar o time mais para frente por conta das substituições que precisei fazer.


Elogios a ex-alvinegro

- O Neílton vem jogando muito bem, a gente tem um observador técnico que pedimos para listar os jogadores que estão em melhor momento, o primeiro citado foi o Neílton. Vem assumindo a responsabilidade, sendo protagonista. Sobre a semelhança do jogo no primeiro turno, em casa tiveram de sair e nos deram mais espaço. Hoje jogaram como gostam. É estratégia. O que não é proibido é permitido.


Sobre calendário da CBF para 2018


- Estamos primeiro com o objetivo de manter a equipe, ter uma base para iniciar o ano. Sobre o calendário, é ruim perder uma, duas semanas de trabalho para iniciar o ano. É péssimo. Em 2018 se vamos jogar Libertadores ou pré, não sei. Mas vamos buscar o melhor que pudermos. No fim do ano vamos ver. O futuro não sei".

Fonte: GE/Por Vicente Seda, Rio de Janeiro

Rodada #26: tudo o que você precisa saber sobre Botafogo x Vitória


Dez posições separam os clubes que se enfrentam no dia seguinte à notícia de que Roger, atacante do Bota, está com um tumor no rim direito, mas que, felizmente, tem alta chance de cura







(Foto: infoesporte)

Botafogo e Vitória vivem semelhanças e diferenças no Campeonato Brasileiro. Os dois estão em boa fase na competição (perderam apenas uma partida nos últimos cinco jogos), mas dez posições e 11 pontos os separam na tabela. Às 16h (de Brasília) deste domingo, no Nilton Santos, o Alvinegro terá a chance de se aproximar do G-4, chegar a quinta vitória seguida e também homenagear o atacante Roger, diagnosticado com um tumor renal.


O domingo promete ser de homenagens ao atacante no Nilton Santos. A torcida ficou comovida com o problema de saúde, mas a presença do jogador no estádio não é certa.


Time com uma das melhores campanhas fora de casa, o Vitória busca mais um triunfo como visitante. Nas últimas cinco vezes que não teve mando, venceu quatro e empatou uma, aproveitamento de 87%.


Transmissão: Premiere, Premiere HD e PFCI (com Daniel Pereira e Carlos Eduardo Lino)



(Foto: Infografia)


Botafogo - Jair Ventura

Se fora de campo o Botafogo ainda tenta digerir o problema de Roger, no Brasileiro a equipe vive seu melhor momento. São quatro vitórias seguidas e a liderança do returno. O time tem desfalques. Além do centroavante, Arnaldo está suspenso. Brenner e Luis Ricardo são os respectivos substitutos. Desfalque contra o Coritiba, Rodrigo Pimpão foi relacionado.



Quem está fora: Arnaldo (suspenso); Roger, Airton, Jonas, Marcinho e Leandrinho (DM).


Pendurados: Carli, Emerson Santos, Jefferson, João Paulo, Matheus Fernandes e Lindoso



Provável escalação do Botafogo para o jogo contra o Vitória (Foto: Arte/GloboEsporte.com)


Vitória – Vagner Mancini

Mancini coleciona problemas para compor o sistema defensivo do Vitória. Quatro titulares do setor desfalcam o time por questões médicas. Fernando Miguel não treinou durante a semana em virtude de uma fascite plantar. Kanu reclamou de dores no joelho e foi vetado. Caíque Sá e Juninho seguem em recuperação de lesões. Em compensação, Patric volta de suspensão. Improvisado na lateral direita na última rodada, Ramon deve ser escalado ao lado de Wallace na zaga.


Quem está fora: Fernando Miguel, Kanu, Caíque Sá, Juninho, Carlos Eduardo e Willian Farias estão machucados.


Pendurados: David, Fernando Miguel, Geferson e Tréllez



Provável time do Vitória nesta tarde, contra o Botafogo (Foto: Arte/GloboEsporte.com)




(Foto: Infografia )


Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (GO), auxiliado por Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Cristhian Passos Sorence (GO).


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com, Rio de Janeiro