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domingo, 10 de novembro de 2013

Inter quebra jejum de cinco jogos e afunda Botafogo, no Centenário


Com gols de Jorge Henrique e Jackson (Dória descontou), Colorados fazem 2 a 1 e respiram quanto ao Z4, com 45 pontos. Alvinegros estagnam nos 53 e veem Goiás e Vitória ameaçá-los



Internacional x Botafogo (Foto: Ricardo Rímoli/ LANCE!Press)O Internacional bateu o Botafogo por 2 a 1, na tarde deste domingo e, além de vencer depois de cinco partidas de jejum, respirou em relação à zona de rebaixamento no Brasileirão, ao chegar a 45 pontos. Já os alvinegros estacionam nos 53 pontos e, apesar de manter-se na quarta colocação, terminam a rodada com o mesmo número de pontos do Goiás e com dois pontos a mais que o Vitória, na 33a. rodada da competição.

Os gaúchos voltarão a campo na próxima quinta-feira, dia 14 de novembro, contra o Atlético-MG, no Independência. Já os cariocas receberão a Portuguesa na quarta-feira, dia 13, no Maracanã.

BOLÍVAR FURA, E JORGE HENRIQUE ABRE O PLACAR

Mesmo fora de casa, o Botafogo tomou a iniciativa do jogo, diante de um Internacional que deixava espaços na marcação. A equipe carioca rondava a área com frequência, mas pecava pela falta de objetividade - invariavelmente, as jogadas acabavam em cruzamentos pouco efetivos. Aos poucos, o Inter começou a se lançar à frente, especialmente pela direita. João Afonso avançou e cruzou, para Jorge Henrique, que passou da bola. O camisa 23 passou da bola novamente em seguida, desta vez em lançamento de Otávio.

Os alvinegros assustaram de fato a torcida no Centenário em duas cobranças de falta de Edilson, que Muriel espalmou. Rafael Marques ainda recebeu passe de Gabriel mas, totalmente livre na área, finalizou rente à trave. Os colorados responderam em descida de Fabrício, que chutou rasteiro, mas a bola desviou em Dória e parou na trave. O ritmo da etapa inicial era truncado, ao ponto de Edilson e Jorge Henrique se desentenderem.

Quando a etapa inicial caminhava para o empate, dois "vira-casacas" entraram em cena. E quem se deu bem foi o Internacional. Otávio avançou como quis pela direita e cruzou. O ex-colorado Bolívar furou medonhamente, e a bola sobrou para o ex-botafoguense Jorge Henrique, que encheu o pé: 1 a 0, aos 39.

SEGUNDO TEMPO

Cinco minutos eletrizantes. Foi o que a volta do intervalo trouxe para as torcidas em Caxias do Sul. Aos dois, Seedorf cobrou escanteio na medida para Rafael Marques, que escorou para Dória cabecear sem chances para Muriel: 1 a 1. No entanto, a euforia pelo empate durou pouco. Em escanteio cobrado por D'Alessandro, Jackson subiu mais que Bolívar e venceu Jefferson para fazer 2 a 1, aos cinco.

A vantagem fez a equipe de Clemer se encolher, e passar a atuar nos contra-ataques. O Alvinegro voltou a se impor na partida, buscando jogadas especialmente pela esquerda. Em uma delas, Elias arriscou um sem-pulo que encobriu Muriel, mas passou rente à trave. O atacante ainda recebeu passe de Julio Cesar, mas balançou o lado de fora da rede.

Tentando dar maior poder ofensivo ao Botafogo, Oswaldo de Oliveira promoveu a entrada do atacante Bruno Mendes em lugar do apagadíssimo Gegê. Só que a mudança favoreceu o Internacional. Liderada por D'Alessandro, a equipe gaúcha encontrou espaços na defesa botafoguense, e quase ampliou em descida de Caio na qual Jefferson caiu para dividir.

Mais ansioso pelo triunfo do Vitória contra a Ponte Preta, o Botafogo esbarrava em seu desespero e se perdia em ataques constantemente. O Inter passou a cadenciar o jogo até garantir a vitória que o tranquilizou e deixou o adversário ainda mais tenso.

LANCEPRESS! 

Bolívar falha contra ex-time, e Inter vence Botafogo por 2 a 1


Colorado tem vitória muito importante para não correr riscos de queda, e Alvinegro patina mais uma vez em sua briga por vaga na Libertadores



foi mal

Bolívar
Não foi uma boa tarde para Bolívar. Contra o ex-time, ele falhou feio em um gol, de Jorge Henrique, e foi vencido por Jackson no outro.


foi bem
Muriel
Muriel faz um Brasileirão irregular, mas foi muito bem neste domingo. No primeiro tempo, com a ponta dos dedos, fez grande defesa em chute de Rafael Marques.


números

Impedimentos
A partida não teve um impedimento sequer, algo raro. Também ocorreram poucas cabeçadas a gol: apenas uma para cada lado no Centenário.


Bolívar, de tanta história, de tantos títulos pelo Inter (incluindo duas Libertadores), falhou contra o ex-time neste domingo, em Caxias do Sul, e serviu como atalho para a vitória vermelha por 2 a 1 - resultado fundamental na luta dos gaúchos para evitar riscos de rebaixamento. Os dois gols colorados saíram em lances que envolveram o zagueiro alvinegro. Jorge Henrique e Jackson marcaram para o time da casa. Dória descontou para o Botafogo.

Foi a segunda derrota seguida da equipe carioca, que só venceu um de seus últimos cinco jogos no Brasileirão - e, consequentemente, se enfraqueceu na batalha por um lugar no G-4. O Botafogo segue em quarto, mas agora com os mesmos 53 pontos do Goiás, o quinto. Se um clube brasileiro ganhar a Sul-Americana (São Paulo e Ponte Preta estão nas semifinais), apenas os três primeiros do Brasileirão terão vaga assegurada na Libertadores.

O Inter, com a vitória, foi a 45 pontos, momentaneamente na nona colocação. São oito pontos de distância para o G-4 e nove para o Z-4 - realidade que pode mudar com o complemento da rodada. O time gaúcho encontra alívio no resultado, já que agora tem dois jogos complicados fora de casa, contra Atlético-MG e Goiás.

O duelo colorado com o Galo é na quinta-feira, às 21h, no Independência. Um dia antes, o Botafogo recebe a Portuguesa no Maracanã, também às 21h.

Ex-Inter falha, ex-Botafogo faz

Jorge Henrique, ex-Botafogo, 
comemora primeiro gol do Inter 
(Foto: Alexandre Lops / Divugação Inter)
Bolívar falha, Jorge Henrique marca. Em um passado recente, seria gol do Botafogo. Mas foi do Inter. Em um erro do ex-zagueiro colorado, hoje alvinegro, o ex-meia alvinegro, hoje colorado, colocou o time gaúcho na frente. Foi aos 38 minutos de um primeiro tempo equilibrado, tenso, brigado. Otávio apareceu bem pela direita e mandou na área. O zagueiro se desequilibrou na hora de cortar. Afastou mal, e a bola caiu nos pés de Jorge Henrique, que chutou forte. Não houve ação de Jefferson capaz de evitar o gol.

A paridade entre as duas equipes na etapa inicial foi visível. Cada uma teve três finalizações, nenhuma de cabeça, e a posse também ficou parecida: 51% a 49% para o Botafogo. Os visitantes começaram melhor, mas o time da casa equilibrou o duelo e teve leve superioridade do meio para o fim do primeiro tempo. Muriel salvou o Inter três vezes: em duas pancadas de Edílson e quando Rafael Marques recebeu frente a frente com ele e bateu rasteiro. Com a ponta dos dedos, o goleiro fez defesa impressionante. Já os gaúchos usaram mais os lados. Em dois cruzamentos da direita, um de João Afonso e outro de Otávio, Jorge Henrique quase alcançou. Do outro lado, Fabrício acertou a trave. A bola desviou em Dória.

Pelo alto

O segundo tempo trouxe a reboque dois gols quase instantâneos. E ambos pelo alto. O primeiro foi do Botafogo, logo com dois minutos. Seedorf bateu escanteio da esquerda, e Rafael Marques desviou de cabeça para Dória, também de cabeça, desviar de Muriel. Logo depois, aos cinco, veio o troco vermelho. D'Alessandro cobrou falta, e Jackson ganhou de Bolívar no ar e cabeceou firme. O Inter estava novamente na frente.

O time colorado soube segurar a vantagem. O Botafogo jamais conseguiu pressionar. Teve suas chances, especialmente em lindo voleio de Elias, mas não deu grandes sinais de que empataria. E o Inter, mais do que controle defensivo, também conseguiu apresentar presença ofensiva, inibindo a ambição adversária - porém, sem criar grandes oportunidades. O garoto Otávio, de enorme movimentação, e D'Alessandro, com sua habitual cadência em momentos de vitórias, foram fundamentais para a equipe de Clemer.

Por GLOBOESPORTE.COMCaxias do Sul

Uma carta para Seedorf


Por Blog FogoEterno


Original disponível em http://fogoeterno.wordpress.com/2013/11/07/caro-clarence-uma-carta-para-seedorf/#comment-7974


Caro Clarence:


Permita-me chamá-lo pelo primeiro nome. Em primeiro lugar, quero explicar o motivo de ter escolhido endereçar a você essa carta aberta, não ao presidente do clube ou ao treinador do meu time. Foi por um motivo simples.

Porque você é um vencedor. No gramado e na vida. Poderia ter sido apenas mais um menino pobre do Suriname que gostava de futebol. Foi muito além: tornou-se uma referência para milhões no mundo inteiro. Mais do que um ídolo, você é um exemplo.

Para isso, porém, você teve que suar muito. Superadas as adversidades, você deslanchou nos gramados europeus. E a gente também suou, infelizmente sem deslanchar. Suamos frio, por exemplo, quando lotamos o Maracanã para ajudar o nosso time ser campeão, pela primeira vez, da Copa do Brasil. Precisávamos apenas de um gol. Não fizemos: em 1999, entramos no estádio de peito aberto, prontos para explodir de felicidade. Saímos em silêncio. Éramos 100 mil. No estádio, não somos mais. E vai demorar para voltar a ser.

Sabe o porquê?

Em menos de 20 anos, você ganhou quatro vezes a Liga dos Campeões. Na primeira vez que levantou a taça, pelo Ajax, em 1995, nós conquistamos o Campeonato Brasileiro. Depois disso, você ganhou mais três Champions League. Nós não ganhamos mais nenhum título nacional nem internacional.

Pelo passado glorioso (e pela ausência de grandes títulos recentes), o Botafogo é o Uruguai da América do Sul. Mas o Botafogo também é a Holanda do mundo. Encantamos o nosso país em 2007, tal e qual a seleção de seu país em 1974. Até fomos apelidados de Carrossel Alvinegro por, entre outros motivos, incessante movimentação ofensiva dos meias e atacantes, sem contar a profusão de gols bonitos que fizemos. Jogávamos um “futebol vistoso e envolvente”, para usar a expressão que nove entre dez cronistas utilizaram. Assim como a Laranja Mecânica de 1974, não ganhamos nada. Nem mesmo a garantia de que, por ter chegado tão perto e impressionado tanta gente, ganharíamos um título na próxima competição. Não é assim que funciona no futebol.

Pior: ainda em 2007, depois de alguns solavancos e uma humilhação no país vizinho, não conquistamos sequer uma vaga na Libertadores. Cantávamos que ninguém seria capaz de nos calar, mas não foi bem assim. O gosto amargo daquele silêncio até hoje está na nossa boca. Houve outras frustrações recentes, enquanto você levantava taças pelo Milan e pelo Real Madrid. Não convém relacioná-las, até porque cada um sabe onde o calo mais apertou – até lágrimas viraram motivo de deboche. A verdade é que, nos últimos anos, com raras exceções como a alma lavada em 2010 (Obrigado, Jefferson! Obrigado, Loco! Obrigado, Herrera! E, sim, obrigado, Joel!), vivemos sob a sombra da frustração.


Mas aí você nos escolheu. Quando você chegou e foi apresentado no nosso estádio (sim, ainda tínhamos estádio), foi uma injeção instantânea de esperança.

E o que testemunhamos você fazer, dentro e fora de campo, foi muito além da nossa expectativa.







Sem você, Seedorf, não estaríamos ainda nessa briga por uma vaga na Libertadores. Muitos outros times, com mais dinheiro, já ficaram pelo caminho. Tenho consciência da sua importância: basta ver o que você fez no primeiro turno, sendo decisivo com gols, assistências e gritos de incentivo e reprimendas que fizeram o time se mover em direção ao topo da tabela.

Mas precisamos de mais Seedorf nessa reta final. Aqui serei um pouco indelicado, mas vamos lá: você é um jogador caro, ao menos para o nosso clube, que não tem patrocinadores de peso nem as maiores cotas da tevê. E o investimento, nos dois últimos meses, não tem feito a diferença em jogos decisivos. Pelo que ganha e representa, por exemplo, você me decepcionou no jogo que representou uma das decisões do Brasileiro, contra o Cruzeiro, já pelo returno. Eu estava lá no Mineirão e vi que você não conseguiu se desvencilhar da marcação de um garoto, Lucas Silva. Sem contar o pênalti perdido. Você até poderia ter perdido aquele pênalti, Seedorf, se tivesse buscado a redenção no mesmo jogo ou nas partidas seguintes. Não foi o que aconteceu. A partir dali, ficou evidente que você cansou, o Cruzeiro disparou e o nosso time despencou, com Oswaldo cometendo uma série de oswaldices e sendo superado taticamente por técnicos menos experientes, diretoria batendo cabeça depois de perder talentos e atacantes com capacidade zero de balançar as redes.

Mas, ok, parabéns ao time azul, que tem um treinador sério e dedicado (que um dia por sinal poderia trabalhar em General Severiano, até por ter parte de sua história como jogador no Botafogo). Não dava mesmo para segurar os mineiros. E, mesmo decepcionado, percebi que não faltou vontade naquela “decisão” — o placar acabou sendo mais elástico do que realmente foi o jogo.

Só que agora complicou, Seedorf. O Botafogo não podia ter perdido DAQUELE JEITO a classificação para as semis da Copa do Brasil. Não para o maior rival, não de goleada, não sem lutar, não sem esboçar algum tipo de reação, não como figurantes de uma festa pintada sem as nossas cores. Mesmo quando tivemos times tecnicamente mais fracos (formado por jogadores como Túlio Souza, Somália, Adriano Felício, Fábio Fabuloso e outros abnegados), vendemos caro os insucessos. Não foi assim naquela fatídica noite. O adversário renasceu e sua torcida nos tripudiou (e você sequer imagina, Seedorf, o que se passa com uma criança botafoguense na escola depois de uma derrota como aquela). A reconstrução da auto-estima alvinegra, que avançava lenta mas constantemente e ganharia impulso formidável, sofreu duríssimo golpe; se fosse um jogo de tabuleiro, eu diria que não foi apenas “volte dez posições”. Foi “volte ao ponto de partida”. E, inevitável constatar, contaminou as nossas expectativas para a reta final do Brasileirão. Foi uma cachoeira de água gelada.

A angústia se acentuou com o crescimento dos times que brigam por uma vaga na Libertadores, ainda mais quando aumenta também a cada semana a possibilidade de o G4 virar G3. E também quando, com irritação e perplexidade, vemos que o Botafogo não demonstra nos últimos jogos a mesma capacidade de vencer, ou ao menos de vender caro a derrota. Seedorf, a sua atuação e de seus colegas no Serra Dourada foram lamentáveis: ficou evidente que, mesmo com uma semana de descanso e treinos, vocês não entraram para decidir o jogo mas para tentar um gol em uma bola vadia; se não desse, o empate estaria de bom tamanho. Quem semeia empate colhe derrota. Foi o que ocorreu no último domingo.


Bom, mas e agora?

Agora chegou a hora de mostrar mais vontade de ganhar. Mais coragem de decidir. Mais tesão pela vitória. É momento de superação, não de contemplação — nem mesmo de muita reflexão (suas entrevistas, aliás, têm sido brilhantes, mas, nesse momento, prefiro vê-lo brilhar no campo).

Endereço essa carta a você, Seedorf, porque não confio muito na capacidade de nosso treinador (na verdade, a passividade dele durante as partidas me irrita profundamente) nem nas escolhas dele: poupou o time para a Copa do Brasil e tudo que conseguiu, além de ver o maior rival aplicar uma cicatriz na nossa testa, foi desperdiçar a chance valiosíssima de assegurar mais dois pontos contra o Vasco. Também não reconheço no presidente a autoridade para fazer a cobrança devida, ainda mais quando ele se permite brincar sobre o que fará se os jogadores não obtiverem a classificação para a Libertadores, dizendo que vai “matar” um por um. Por isso, essa carta. Que, na verdade, é um apelo.


Quero a sua força como era antes, Seedorf.





Assuma novamente o papel de liderança dentro de campo. A sua experiência – e o seu salário, volto a lembrar – o credenciam a desempenhar essa tarefa: distribua passes e gritos, oriente seus jovens colegas e faça cobranças, no campo e no vestiário. Mostre como que é que se faz para ganhar, na técnica ou na marra. Antecipe, enfim, o início de sua trajetória como treinador.

Você tem uma grande responsabilidade: chame-a para si e assegure a esperança da nossa torcida para 2014. Espante nossos fantasmas! Assim, voltaremos a lotar os estádios não com os nossos receios, mas com nossos sorrisos — e você vai ver, se é que ainda não percebeu, que a nossa torcida pode ser avassaladora em entusiasmo, humor e paixão.




Somos ressabiados porque as circunstâncias nos fizeram assim nos últimos anos, Seedorf; mas a gente quer mesmo é ser feliz. E, posso te garantir, não existe nada mais bonito nesse mundo do que um botafoguense depois de uma conquista.

Ajuda a gente?

Abraço pra você, Seedorf.

Estamos juntos nessa caminhada.

Que seja gloriosa.

Líderes em assistências, D'Alessandro e Seedorf são os astros de Inter x Bota


Cada um dos camisas 10 já deu oito passes para gol no Campeonato Brasileiro



Seedorf e D'Alessandro, duelo de
armadores cerebrais (Fotos: LANCE!Press)
O gramado do Estádio Centenário, em Caxias do Sul (RS), local do confronto entre Internacional e Botafogo, neste domingo, às 17h – com transmissão em tempo real pelo LANCE!Net –, terá um duelo entre dois dos principais camisas 10 do futebol brasileiro. Os estrangeiros D'Alessandro e Seedorf justificam o número que ostentam nos uniformes e são os principais personagens das respectivas equipes.

Ao lado do também apoiador Everton Ribeiro, do Cruzeiro, eles são os jogadores com mais assistências no Campeonato Brasileiro. Foram oito passes para gols até agora. Também é possível dizer que eles são os estrangeiros que mais se destacam na atual temporada.

Argentinos que se destacaram em terras tupiniquins nos últimos anos, o meia Montillo, do Santos, e o atacante Barcos, do Grêmio, trocaram de clubes e nem de longe lembram os jogadores que encantaram com as camisas de Cruzeiro e Palmeiras, respectivamente.

– D'Alessandro é muito criativo e muito importante para o time do Internacional. Ele gosta de brincar muito durante o jogo. Na última partida, nós brincamos. Ele é um cara simpático e um dos jogadores que gosto de acompanhar – afirmou o apoiador Seedorf.

E se o holandês não atravessa grande fase – apesar dos 13 gols e das 16 assistências no ano –, o argentino está num dos melhores momentos no Rio Grande do Sul e vê o time ser a cada dia mais dependente do desempenho dele. Foram 19 gols e 12 assistências em 52 jogos, em 2013.

O confronto entre Internacional e Botafogo, historicamente, é equilibrado. Um momento de genialidade de qualquer um dos estrangeiros pode decidir a partida. É isto que se espera dos camisas 10.

LANCEPRESS!

Bota vai ao sul defender sua posição no G-4



Botafogo e Internacional fizeram um jogão no 1o. turno, com duas viradas no placar. No final, um empate de 3 a 3 conseguido pelo time gaúcho no último minuto de jogo. Era a 14a. rodada e o Glorioso disputava a liderança do campeonato com Coritiba e Cruzeiro. Vitinho ainda vestia nossa camisa. Marcou 2 vezes e foi o grande destaque da partida. Seedorf, que fez um bom jogo, marcou o outro gol em cobrança de pênalti.

De lá pra cá muita coisa mudou e, apesar do time permanecer no G-4 todo esse tempo, perdeu na semana passada para o Goiás (52) e viu sua posição de 4o. colocado ameaçada pelos esmeraldinos que se aproximaram perigosamente. Esse jogo do Serra Dourada deixou a torcida alvinegra preocupada com o time que vai perdendo forças para segurar essa vaguinha até o final do campeonato - único objetivo que nos resta na temporada.

O Bota entrou em campo pra não levar gol e mostrou pouco empenho pra vencer o jogo que era considerado por todos como mais uma "decisão". Elias se esforçava lá na frente mas o time jogava muito recuado, trocando bolas na intermediária sem muita convicção. A evidente falta de vontade irritou muito a torcida no estádio.

Resultado: o time do Professor Oswaldo, armado covardemente pra empatar, voltou ao Rio derrotado pelo aplicado time goiano (1 a 0) que vinha de uma dura jornada na quarta-feira pela Copa do Brasil enquanto o Botafogo passou a semana descansando e assim permaneceu durante todo o jogo. Enquanto o treinador esmeraldino modificava seu time para buscar a vitória por acreditar nela, nós ficamos aqui torcendo para que Lodeiro, Hyuri e Lucas Zen, que entraram no decorrer da partida, resolvessem nosso problema. Lamentável...

Pois bem, nesse domingo os times voltam a se enfrentar, agora pela 33a. rodada, em Caxias do Sul, casa provisória dos colorados. A promessa de um grande jogo permanece pelos próprios ingredientes que envolvem a partida. O Inter tentando amenizar a frustração de sua torcida com a a posição do time na tabela (11o.), longe da briga pelo G-4 e muito aquém das possibilidades que seu elenco qualificado fazia supor no início do campeonato e o Botafogo que, depois de tantos problemas extra campo ao longo do competição, vem se mantendo na briga pela elite do G-4.

O time gaúcho, agora treinado por Clemer, vem pro jogo com alguns desfalques mas conta com o atacante Scocco que marcou duas vezes no confronto do Maraca, enquanto o Bota vem completo com a volta de Dória à zaga, já que Lodeiro, que está a serviço da seleção uruguaia, havia perdido a condição de titular para o garoto Gegê que depois que entrou no time não saiu mais.

A esperança para a torcida botafoguense é a de que o Bota sempre faz bons jogos contra o adversário, inclusive jogando lá no sul, e pode sonhar com um bom resultado que lhe assegure, no mínimo, a 4a. posição (53). Com um pouco de sorte, pode ainda chegar à vice-liderança em caso de tropeço do Furacão (55) e Grêmio (54), respectivamente 2o. e 3o. colocados.

Escalações

Botafogo: Oswaldo de Oliveira deve mandar a campo os seguintes jogadores: Jefferson, Edilson, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel; Gegê, Seedorf, Rafael Marques; Elias.

Internacional:
O Inter de Clemer está confirmado para o jogo deste domingo com Muriel; Ednei, Alan, Jackson e Fabrício; João Afonso, Willians, Jorge Henrique, D’Alessandro e Otávio; Scocco.

Por @Felipaodf/Botafogodeprimeira.com