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sábado, 30 de abril de 2016

Jefferson está atrás de outra marca individual no Botafogo


Se for campeão do Campeonato Carioca sobre o Vasco da Gama, goleiro Jefferson será o único capitão com três títulos no clube desde 1995



Trabalho duro: Ídolo e capitão, Jefferson é exemplo dentro do Botafogo (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Jefferson está atrás de outra marca no Botafogo. Sétimo jogador que mais vestiu a camisa do Gloriso em toda a história - são 426 partidas -, o goleiro pode chegar a outra marca importante no próximo domingo, dia 8 de maio, na grande decisão do Campeonato Carioca contra o Vasco, no Maracanã.

Se conquistar o título estadual, Jefferson quebrará uma marca que vem desde 1995, quando o clube conquistou o Campeonato Brasileiro: ser o único jogador a ganhar três títulos vestindo a braçadeira de capitão.

No clube desde 2009, Jefferson já levantou os troféus do Campeonato Carioca, em 2010, e da Série B do Brasileirão, em 2015. Assim, como o goleiro, Gonçalves conquistou dois título como capitão: o Estadual de 1997 e o Torneio Rio-São Paulo de 1998.

De lá para cá, Scheidt e Leandro Guerreiro levantaram a taça uma vez cada.


Confira abaixo os últimos capitães em conquistas do Botafogo:
Brasileiro de 95 - Wilson Gottardo
Carioca de 97 - Gonçalves
Rio-São Paulo de 98 - Gonçalves
Carioca de 2006 - Scheidt
Carioca de 2010 - Leandro Guerreiro (no dia do jogo final. Lúcio Flávio, que era o capitão, não jogou a decisão contra o Flamengo)
Carioca de 2013 - Jefferson
Brasileiro Série B de 2015 - Jefferson


Fonte: Lancenet/Rio de Janeiro (RJ)

Zaga reserva tem missão de manter a melhor defesa da Série A em 2016



Alvinegro é o time menos vazado da elite, com só oito gols sofridos. Invictos juntos, Renan Fonseca e Emerson Silva têm o aval de Ricardo: "Tenho confiança na dupla"









O Botafogo tem como trunfo para a decisão do Campeonato Carioca contra o Vasco uma excelente estatística na atual temporada. Com apenas oito gols sofridos no ano, a equipe detém a melhor marca defensiva entre todos os clubes da elite do futebol brasileiro (levando em conta apenas jogos oficiais). A média, de 0,44 gols sofridos por partida, inclusive serve como missão para os zagueiros até então menos utilizados por Ricardo Gomes e que vão a campo no clássico de domingo no Maracanã.


Sem os titulares Emerson, trocado por Sassá na reta final do estadual por estar lesionado, e Carli, suspenso após expulsão, Renan Fonseca e Emerson Silva serão os responsáveis por evitar os gols do rival. E aí entra outro bom retrospecto: com os dois em campo, a defesa alvinegra ainda não foi vazada (vitórias por 1 a 0 contra Boavista - duas vezes - e Coruripe). Defensor que menos atuou na temporada - cinco jogos como titular -, Emerson Silva tem a estatística ainda mais a seu favor: nenhum adversário fez gols enquanto ele esteve no gramado.

Para Renan, o padrão de jogo implementado pelo treinador facilita em um momento de necessidade de alterações na equipe titular.


- Entrosamento não tem problema algum, a gente já atuou várias vezes, vem treinando juntos. Ali na zaga todos estão acostumados a jogar um com o outro, a maneira como a equipe joga também facilita - analisou em entrevista concedida no início da semana.

Jogos dos zagueiros em 2016:


Carli - 11
Emerson - 10
Renan Fonseca - 9
Emerson Silva - 5
Igor Rabello - 1

O ex-zagueiro e comandante Ricardo Gomes garantiu que a falta de entrosamento não preocupa para a decisão.

- Não, isso não. São dois jogadores que já jogaram juntos algumas vezes, na primeira partida contra o Coruripe, por exemplo, e mais duas. Os dois estão muito bem, são experientes. Tenho grande confiança nessa dupla.

O primeiro jogo da final do Estadual contra o Vasco acontece no domingo, às 16h (de Brasília) e marca o retorno do Alvinegro ao Maracanã.

Emerson Silva e Renan Fonseca: jogando juntos, nenhum gol sofrido pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Fonte: GE/Por Thiago Benevenutte e Thiago Lima/Rio de Janeiro

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Ricardo esconde time, mas vê chance para Airton domingo: "Está querendo"


Técnico faz mistério em treino e anuncia atividade com portas fechadas no sábado. Única dúvida é no meio de campo com possível volta do volante, recuperado de lesão



Airton já vem correndo em campo, mas ainda não
treinou com bola (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
Após se classificar na Copa do Brasil com um time reserva, o Botafogo continuou a preparação para o primeiro jogo da final do Campeonato Carioca. Mas os dias que antecedem o duelo com o Vasco são de mistério. No treino da tarde desta sexta-feira, em General Severiano, Ricardo Gomes comandou apenas trabalhos técnicos e não deu pistas da escalação. E de antemão, avisou que a atividade da manhã deste sábado, a última antes da decisão, será fechada para a imprensa. Porém, a única dúvida do treinador é o meio de campo: entre Fernandes, Leandrinho e Airton. Sim, o volante que vinha sendo preparado para o segundo jogo, correu em campo e se mostrou recuperado da lesão no joelho esquerdo. E o comandante deixou aberta a possibilidade de já utilizá-lo neste domingo.


- Só domingo. Aí tem que esperar até o último minuto, sair a relação... Vou conversar de novo com o doutor Luiz (Fernando Medeiros): "Posso colocar o Airton?" Já falei com o Airton, ele está querendo. Vamos ver até amanhã - despistou.


Sem Carli, suspenso, e Emerson lesionado, a dupla de zaga será formada por Renan Fonseca e Emerson Silva, e Ricardo não se mostrou preocupado com o entrosamento da dupla. O restando da equipe tem Jefferson, Luis Ricardo, Diogo Barbosa, Fernandes (Leandrinho ou Airton), Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Gegê, Salgueiro e Ribamar.

Quando se conquista coisa de valor moraliza. Entra moralizado no Brasileiro. Aí vão falar: 'Ah, mas o Vasco ano passado ganhou'. Cada um com a sua história. O título seria muito bom para o Botafogo. Não quero saber do meu currículo, quero saber da vitória do Botafogo. Acho que disputei uma final de turno (no Maracanã), agora sim uma final. Primeira vez, vamos ver. Como jogador foi muito bom, espero que seja como treinador também"
Ricardo Gomes, técnico do Botafogo


Além da final por si só, jogar no Maracanã também é algo que vem mexendo com torcedores e jogadores, e Ricardo Gomes avisou que vai conversar com os mais jovens para evitar deslumbramentos na primeira vez no estádio. Como treinador, o comandante também pode conquistar seu primeiro título no palco, e indicou a importância para ganhar moral no Brasileiro.


- É um título, seria sobre um dos grandes rivais. Quando se conquista coisa de valor moraliza. Entra moralizado no Brasileiro. Aí vão falar: 'Ah, mas o Vasco ano passado ganhou'. Cada um com a sua história. O título seria muito bom para o Botafogo. Não quero saber do meu currículo, quero saber da vitória do Botafogo. Acho que disputei uma final de turno (no Maracanã), agora sim uma final. Primeira vez, vamos ver. Como jogador foi muito bom, espero que seja como treinador também.


Motivado diante do desafio de tirar a invencibilidade do Vasco, Ricardo ainda minimizou o jejum do Botafogo diante do rival: nos últimos sete jogos, foram quatro derrotas e três empates. O técnico, porém, tirou a pressão dos números e espera um jogo aberto desde o início.


- Muitos jogadores estão chegando agora, não participaram dos outros jogos. Não acredito que tenha peso. É um ano diferente, de volta à Primeira, tivemos um Carioca com boa campanha, então não tem essa pressão de números. Nessa final está bem diferente. A busca pela vantagem nos 180 vai ser constante, não vai ser estudo, não.


Botafogo e Vasco travam o primeiro duelo da decisão do Carioca neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã. A partida derradeira será no dia 8 de maio, no mesmo horário e estádio.


Fonte: GE/Por Marcella Dotling e Thiago Lima/Rio de Janeiro

Botafogo confirma Luso-Brasileiro como casa no Brasileirão


Presidente Carlos Eduardo Pereira confirmou acerto com a Portuguesa-RJ, proprietária do Estádio na Ilha do Governador. Primeira opção do clube era o Caio Martins




Carlos Eduardo Pereira anunciou a Arena Botafogo nesta sexta-feira (Foto: Divulgação/Botafogo)



A "Arena Botafogo" no Campeonato Brasileiro de 2016 será o Estádio Luso-Brasileiro, localizado na Ilha do Governador. Nesta sexta-feira, o presidente Carlos Eduardo Pereira anunciou o acordo do Glorioso com a Portuguesa-RJ.

- É com enorme prazer que anuncio este acordo.Não se trata de uma simples locação de espaço. É um esforço conjunto para viabilizar o local de jogo de duas grandes competições: Série A e Série D, que será disputada pela Portuguesa - declarou o presidente do Botafogo no início da coletiva, na Sala de Imprensa Jornalista Armando Nogueira.

Para a utilização do Luso-Brasileiro, o Botafogo arcará com os custos da instalação de uma arquibancada móvel, deixando a Arena com a capacidade de 18 mil torcedores. Além disso, o clube reformará os vestiários e o gramado.

Carlos Eduardo Pereira explicou que a escolha pelo Estádio Luso-Brasileiro foi por uma questão econômica. O presidente afirmou que os custos das obras para viabilizar a utilização da Arena serão equivalentes com os custos da manutenção do Estádio Nilton Santos, hoje entregue aos Jogos Olímpicos.

- Nós acreditamos que, na verdade, será uma realocação de custos. O dinheiro que gastávamos para manter o Nilton Santos será usado nas reformas da Arena Botafogo.

Antes de trabalhar com a possibilidade de mandar suas equipes no Luso-Brasileiro, o Botafogo buscou o acordo com a prefeitura de Niterói pelo Caio Martins, mas não foi possível chegar a um acordo.

O presidente esclareceu que dois projetos foram apresentados para o Caio Martins. O primeiro consistia na construção de novas arquibancadas de concreto e de estrutura fixa e metálica.

Este projeto atendia às exigências da Prefeitura de Niterói - 400 vagas de estacionamento - e também da capacidade de 15 mil lugares exigidas pela CBF no Campeonato Brasileiro. Porém, o clube não conseguiu captar recursos.

O Botafogo também apresentou um projeto de arquibancadas móveis para o Estádio de Caio Martins, que não foi aceito pela Prefeitura de Niterói por não criar as 400 vagas de estacionamento.


Fonte: Lancenet/Matheus Dantas/Rio de Janeiro (RJ)

Botafogo mantém conversas por Alex e apresenta oferta a Kleber Gladiador


Clube ainda espera contar com meia do Inter e, diante do desinteresse do Coritiba em negociar atacante, cogita pagar multa do artilheiro do Paranaense. Pottker é opção




Um olho na decisão do Carioca, outro no mercado. Após fechar a contratação por empréstimo do lateral Victor Luís, do Palmeiras, o Botafogo ainda busca um meia e um atacante para fechar o elenco para o Brasileirão. Os alvos estão definidos. Apesar das dificuldades encontradas em um primeiro momento, o Alvinegro insiste em ter Alex e Kleber Gladiador.

Apesar da negativa de Alex na primeira tentativa, as conversas continuam. Liberado pelo Inter para negociar com o Botafogo, o meia desistiu da transferência por motivos familiares. O clube carioca, porém, ainda acredita em uma reviravolta e aposta em uma resposta positiva em duas semanas, uma vez que Inter e Botafogo estão envolvidos nas finais de seus respectivos estaduais. O Alvinegro tenta seduzir Alex com a titularidade, já que ele tem sido pouco aproveitado pelo técnico Argel no Inter. 

Botafogo quer dupla experiente para fechar elenco para o início do Brasileiro (Foto: Editoria de Arte)


Para a posição de Alex, o Botafogo chegou a fazer uma consulta por Renato Cajá. Entretanto, a questão de custo-benefício esfriou o negócio, uma vez que o clube considerou alta a pedida do jogador, entre luvas e salários. Cajá acertou com o Bahia nesta quinta-feira.


Kleber e Pottker: um ou outro

William Pottker ainda pode chegar, mas acerto
está condicionado à negociação com Kleber

(Foto: José Luis Silva / CA Linense)
Em relação a Kleber, a situação também não é simples. O Coritiba já deixou claro que não pretende negociar o Gladiador, artilheiro do Campeonato Paranaense, com 13 gols.

O Botafogo já apresentou uma oferta salarial ao atacante e, diante da posição do Coxa, cogita pagar a multa rescisória. Como Kleber tem contrato de risco até dezembro com o Coritiba, o Alvinegro avalia ser uma negociação viável. Os representantes de Kleber negam a proposta e afirmam que o Botafogo deve negociar diretamente com a diretoria alviverde.

Para o ataque, o Botafogo também trabalha com a possibilidade de contratar William Pottker, do Figueirense. O Alvinegro pode adquirir parte dos direitos econômicos do destaque do Linense no Campeonato Paulista. Mas o sucesso da negociação está atrelado a Kleber. Caso o Gladiador aceite a proposta, o Botafogo não investirá em Pottker, de 22 anos.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro

Ricardo comemora vaga, vibra com Sassá, mas admite: “Passamos sufoco”


Treinador exalta bom retorno, festeja possibilidade de contar com atacante na decisão do Carioca, mas alerta: "Poderia estar aqui explicando o que não dá para explicar"







Foi sofrido até o último minuto, mas o Botafogo está na próxima fase da Copa do Brasil. De olho na decisão do Campeonato Carioca, o técnico Ricardo Gomes correu riscos e poupou os titulares no empate por 1 a 1 contra o Coruripe. A classificação veio, mas o Alvinegro, por pouco, não deu adeus precocemente à competição.


Aos 48 do segundo tempo, com o Botafogo com um jogador a menos após a expulsão de Bruno Silva, Candinho chutou cruzado, e a bola passou rente à trave. Se entra, o time carioca estaria eliminado.


- Não tem jeito. O Coruripe jogou bem e conseguiu, com a superioridade numérica, envolver nosso time. Eu poderia estar aqui explicando o que não dá para explicar. Jogo de copa é diferente. É um adversário de qualidade, mas sem uma grande estrutura. Falei sobre isso com os jogadores antes da partida. Passamos um sufoco – reconheceu Ricardo Gomes, com um sorriso de alívio no rosto.

 
Ricardo Gomes assumiu riscos ao escalar o time reserva contra o Coruripe (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)

Se a atuação foi para se lamentar, o treinador também tem motivos para sorrir. De volta após ficar quase seis meses sem jogar por conta de uma lesão no joelho, Sassá retornou com gol, lances perigosos e provou estar pronto para ajudar o Botafogo nos jogos contra o Vasco.


- Foi um jogador que nos ajudou muito no anos passado. Agora, com essa recuperação da lesão, ele foi muito bem preparado. Parabéns ao corpo médico do Botafogo. E temos agora o Sassá para o Carioca. Essa é a melhor notícia.


Fonte: GE/Por Thiago Lima/Duque de Caxias, RJ

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Bota inicia Brasileiro em São Januário, mas define casa na Ilha do Governador


Clube anunciará nesta sexta um projeto para ampliação da capacidade do estádio Luso-Brasileiro para 18 mil torcedores. Estreia contra o São Paulo será na Colina




A dúvida sobre qual será a casa do Botafogo durante o Campeonato Brasileiro está sanada. O Alvinegro convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira com o presidente Carlos Eduardo Pereira, onde deve anunciar um projeto de reforma do Estádio Luso-Brasileiro, casa da Portuguesa-RJ e localizado na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pela "Rádio Tupi" e constatada pelo GloboEsporte.com. A diretoria não confirma, mas já há um acordo envolvendo a ampliação da capacidade do local, que é de 3.718 lugares, para 18 mil - a CBF exige capacidade mínima para 15 mil torcedores na Série A.


Resta saber o tempo necessário para realizar a obra. Até a reforma ser concluída, a tendência é que o Alvinegro continue utilizando São Januário quando não houver conflitos de data com as partidas do Vasco. Segundo o GloboEsporte.com apurou, o Botafogo já indicou a Colina à CBF para a estreia contra o São Paulo, no dia 15 de maio - o Cruz-Maltino iniciará a Série B fora de casa, no Maranhão. A casa vascaína sempre fez parte dos planos da diretoria, que chegou a propor um acordo: se o Cruz-Maltino não cobrar aluguel, não precisa pagar a dívida que tem pela venda de Fellipe Bastos no ano passado para o Al Ain, dos Emirados Árabes. O clube de General Severiano cobra 5% do valor da transferência - € 18,5 mil, cerca de R$ 80,5 mil - em função do mecanismo de solidariedade por ter formado o volante, atualmente com 26 anos.

Estádio Luso-Brasileiro localiza-se na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro (Foto: Diego Gavazzi/TV Rio Sul)

Junto com Flamengo e Fluminense, o Botafogo inspecionou o Luso-Brasileiro no fim do ano passado, mas vinha trabalhando com outras alternativas para o Campeonato Brasileiro. O plano A, que era o Caio Martins, em Niterói, foi adiado para 2017 por falta de recursos para a obra. Outras opções analisadas foram o Estádio Municipal Radialista Mario Helênio, em Juiz de Fora (MG), cidade considerada reduto de torcedores alvinegros, e Édson Passos, mas outras equipes do Rio já negociam com o América o uso de suas dependências na Série A.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro

5 kg mais forte, Sassá volta "louco" para jogar e supera morte da mãe


Cinco meses e meio após operar joelho esquerdo, atacante retorna ao Botafogo nesta quinta, contra o Coruripe, e carrega homenagem pela Dona Elizete, vítima de acidente



A enorme cicatriz no joelho esquerdo deixou marcado: foram os cinco meses e 15 dias mais demorados da vida de Sassá. Quando entrar em campo na noite desta quinta-feira em Los Lários, contra o Coruripe pela Copa do Brasil, vai ser inevitável não passar aquele filme na cabeça: o momento da lesão, a tristeza por interromper sua melhor fase na carreira, a complexa cirurgia para reconstruir o ligamento, o apoio da família, o longo período de reabilitação, horas e horas de academia... Foi tanta musculação que o jovem atacante, de 22 anos, ganhou 5 kg de massa muscular durante o tratamento e retornará mais forte ao time do Botafogo. A tendência é que ele comece no banco, mas está "louco" para jogar. Nem que seja só por cinco minutos.


- Estou feliz da vida, louco para voltar, louco de vontade nos treinos... Pessoal até pede calma (risos). Antigamente (antes da lesão), brincava dizendo que queria jogar pelo menos 40 minutos, agora cinco para mim está ótimo (risos) - brincou o descontraído atacante, com fome de gol:


- Se sobrar ali a gente bota para dentro.


Mais forte e com fome de gol, Sassá volta ao Botafogo após cinco meses e meio (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Quando o filme chegar na parte da família, vai ser impossível também não se emocionar. Foi difícil para o jovem superar a morte da mãe, a Dona Elizete, vítima fatal de um acidente de ônibus na BR-101, na altura de Cachoeiro de Itapemirim (ES), ao voltar de uma excursão de Páscoa há quatro anos. As lembranças dela, maior incentivadora da carreira do filho, ainda enchem os olhos de Sassá de lágrimas. Mas com o nascimento do filho Murilo, de 10 meses, e o apoio da esposa Juliana e do pai Luiz Roberto, garante ter superado a tragédia. E, recentemente, tatuou no braço uma homenagem em forma de coroa para eternizar a sua rainha.

Confira a entrevista completa com Sassá:

GloboEsporte.com: você lembra como foi a lesão?
Sassá: Estava muito feliz, era meu melhor momento no Botafogo desde que virei profissional. Sentindo que a carreira estava decolando. Aí aconteceu a lesão. No primeiro lance, quando tentei girar sobre o cara, senti o joelho falsear. Se eu tivesse saído ali... Mas faltava pouco para acabar o jogo, voltei, e no outro lance, quando fui girar, a chuteira não veio. Sabia que tinha rompido alguma coisa.


Na hora você já imaginou a gravidade?Senti o joelho dar uma estalada, falei: "Já era". Já sabia que era sério, que tinha dado ruim. Procurei ficar o mais tranquilo possível. Coloquei na mão de Deus. Por dentro, fiquei um pouco chateado, mas procurei entender.


Como foi acompanhar o Botafogo de longe?

É horrível, até evitava ficar vendo jogos do Botafogo para não ficar com aquela sensação ruim (de não poder jogar). Foi na reta final do Brasileiro, sendo que no filé fiquei fora, fora da foto do título. Nos treinos às vezes eu chegava um pouco atrasado de propósito para não ter muito contato, pois sabia que iria demorar. Procurei fazer tudo, tentei ficar ao máximo tranquilo, sabia que não ia ser rápido. Já estava com meu filho, então tive mais tempo para ficar com ele.


E agora, como se sente?

Estou feliz da vida, louco para voltar, louco de vontade nos treinos... Pessoal até pede calma (risos), não tem como. Antigamente (antes da lesão), brincava dizendo que queria jogar pelo menos 40 minutos, agora cinco para mim está ótimo (risos).

Sassá ao lado de Elizete e da irmã Roberta: atacante tatuou recentemente homenagem à mãe (Foto: Arquivo Pessoal)



Você está feliz?
Sempre. Sou um cara feliz, tenho família, esposa, jogo no Botafogo... Não tem como ficar triste.


As marcas no joelho de Sassá (Foto: Thiago Lima)
Dá para dizer que você superou o acidente com sua mãe?
A cabeça não fica muito boa, mas procurei focar ao máximo. Meu objetivo principal era dar uma vida melhor para ela, infelizmente não deu. Falei: "Mãe, vou te dar uma casa". Fiz tudo, comprei tudo, aí aconteceu essa situação. A cabeça deu uma revirada... Mas graças a Deus consegui tocar o barco.


Ela chegou a te ver no profissional?
Na época eu subia, descia... Ela ajudava um rapaz com dificuldades, e ele era botafoguense, então estavam sempre aqui (em General Severiano).

 
Acha que ela pode estar te vendo hoje de algum lugar?
Eu não acredito.


O que a torcida do Botafogo pode esperar nesta tua volta?
Muita garra, determinação, vontade... Vou dar o meu máximo nos jogos, e se sobrar ali (a bola) a gente bota para dentro. Estou louco, vai chegar o dia 30, mas não chega o dia 28 (risos). Dá para sentir um frio na barriga.


Você tem receio de algum movimento com a perna esquerda?
Dá um pouquinho de medo, mas o médico falou: "Vai com calma, devagar". É natural, com o tempo passa.


Fonte: GE/Por Thiago Asmar e Thiago Lima/Rio de Janeiro

Botafogo trabalha para ter Airton no segundo jogo da decisão do Carioca



Em fase final de recuperação de um estiramento na coxa, volante já vai a campo, mas ainda não treina com bola. Aproveitamento no jogo decisivo ainda é incerto




O Botafogo perdeu Emerson para o restante do estadual, mas pode ganhar um reforço inesperado para a segunda partida da decisão do Carioca. O clube corre contra o tempo para colocar Airton em condições para o segundo jogo contra o Vasco, em 8 de maio.

Airton está em fase final de recuperação de uma grave lesão muscular na coxa direita, na partida contra o Flamengo, em 2 de abril. Na ocasião, ele sofreu um estiramento de grau 2 na coxa esquerda. Desde a semana passada ele voltou a treinar em campo, mas ainda não participou de atividades com bola. 

Airton vem trabalhando forte para voltar ainda no Carioca (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

- O Airton está se recuperando de uma lesão grave que sofreu contra o Flamengo. Ele está fora há 24 dias. Pode ser que consigamos recuperá-lo para o segundo jogo do Carioca. Mas não dá para afirmar que ele jogará – disse o médico do Botafogo, Luiz Fernando Medeiros.


EMERSON PODE PERDER INÍCIO DO BRASILEIRO

Em relação a Emerson, as notícias não são boas. Com uma lesão no músculo reto femoral, da coxa, o zagueiro está fora do estadual e pode perder, inclusive, as primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro.

- O Emerson sentiu a coxa, está fora da decisão e vai demorar algumas semanas para voltar. Mas vai retornar no Campeonato Brasileiro para nos ajudar. Ele sofreu lesão coxa direita relativamente importante. Ele deve levar de três a quatro semanas para voltar a jogar.

Com a lesão de Emerson, o Botafogo inscreveu Sassá na vaga do defensor para a decisão do Carioca. O atacante, que retorna aos gramados após quase seis meses, nesta quinta, contra o Coruripe, estará à disposição de Ricardo Gomes para a decisão contra o Vasco.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Final do Carioca será decisiva para Botafogo fechar patrocínio master


Clube estende parceria com a Papelex para decisão estadual, e empresa vai avaliar exposição da marca antes de acertar acordo fixo para o Campeonato Brasileiro




Dentro de campo, vale o troféu do Campeonato Carioca. Fora dos gramados, os duelos contra o Vasco, nos dois próximos domingos, no Maracanã, também podem ser decisivos para as financias do clube.

Após estampar sua marca nas costas e no peito do uniforme alvinegro na semifinal contra o Fluminense, a Papelex firmou nova parceria para as finais do Carioca. E a visibilidade nos dois jogos pode pesar em relação a um acordo duradouro, uma vez que a empresa avalia a possibilidade de patrocinar o Botafogo até o fim do Campeonato Brasileiro. 

Botafogo estampou a marca no peito e nas costas contra o Flu (Foto: PEDRO MARTINS/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO)
As negociações estão em andamento, e o interesse é mútuo. As partes vão analisar a visibilidade da marca durante o período. Um resultado satisfatório pode ser decisivo para o acordo definitivo.

- Vamos apresentar a eles os resultados e o grau de exibição dessas duas partidas finais para seguir a negociação. Tudo é investimento e visibilidade. Temos boas possibilidades. Estando nas finais e sendo esse o principal jogo do Campeonato Carioca, mobiliza todos os veículos. Caso a Papelex tenha um bom resultado neste período das finais, será mais um estímulo para uma parceria duradoura - disse o presidente Carlos Eduardo Pereira.

A empresa está satisfeita com a parceria até o momento, mas reforça que, um acordo até o fim do ano, vai depender muito da visibilidade da marca na decisão do Campeonato Carioca.

- A repercussão nesta reta final de campeonato é sempre muito maior. Estamos tendo um retorno bem positivo. Começamos com alguns testes ao longo do Carioca, e partimos para um patrocínio maior (peito). Tem sido muito bom. Estamos em fase de negociação, mas ainda não há nada fechado para o Campeonato Brasileiro. Por enquanto, já estamos certos para os jogos da Copa do Brasil (contra o Coruripe) e a final do Carioca. Temos a intenção, mas vamos fazer um levantamento em relação a retorno de mídia para saber se será viável. Mas há sim o interesse em manter essa parceria - confirmou a diretora de Marketing da Papelex, Anna Claudia Ribeiro.


Acordo para a final é para peito e costas da
camisa (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo.)
Quem vem conduzindo a negociação é Nelson Sant`Anna, diretor Comercial do Botafogo. A ideia é que a empresa seja a patrocinadora master fixa do Botafogo no Campeonato Brasileiro, algo que o clube busca desde o início do ano passado. A direção chegou a negociar com a Caixa Econômica Federal para estampar o peito do manto alvinegro, mas a crise que o país passa e os recentes acordos do banco estatal com Vasco e Corinthians esfriaram as conversas. A Papelex, porém, ainda avalia a melhor forma de parceria.


- Seria um patrocínio até dezembro. Estamos estudando se no peito ou nas costas. Vai depender dos resultados. Quem vai bater o martelo é o presidente (da Papelex) - frisou Anna Cláudia.

A marca espera, com a parceria com o Botafogo, mudar a imagem de uma empresa que trabalha apenas com papel, uma vez que a Papelex também está nos setores de papelaria e informática.


No ano passado, durante o Campeonato Carioca, o Botafogo fechou com diversos patrocinadores pontuais: "Casa & Video", "Ricardo Eletro", "99Taxis", "Netshoes", "Zeex", "Naveg", "Supermercados Unidos"... Um deles causou polêmica quando o time entrou em campo anunciando o preço de um secador vendido na loja por R$ 49, e no segundo tempo voltou dez reais mais barato.


Premiação

Com patrocínio ou não, a fase final do Campeonato Carioca já garantiu algum dinheiro ao Botafogo. O clube já garantiu pelo menos R$ 1,8 milhão, destinado ao vice-campeão. O título, no entanto, aliviaria os cofres alvinegros. O campeão estadual receberá R$ 4 milhões.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro

terça-feira, 26 de abril de 2016

Sai de baixo: da Cidade de Deus para o mundo, Ribamar muda de vida no Bota


Artilheiro alvinegro no Carioca e recém-chamado para seleção sub-20, atacante teve peixe vendido pela mãe em mercado e vira destaque em quatro meses no profissional



O Ribamar, famoso personagem do programa de humor "Sai de Baixo", exibido pela TV Globo de 1996 a 2002, vai sendo ofuscado por um homônimo que surgiu como um relâmpago no futebol. Ao menos no Rio de Janeiro, o Ribamar do momento é um atacante do Botafogo, de só 18 anos. Carrasco do Fluminense e herói da classificação alvinegra à decisão do Campeonato Carioca, o garoto teve uma ascensão meteórica. Em campo, subiu dos juniores em janeiro para completar o grupo na pré-temporada, fez da necessidade uma oportunidade de surpreender Ricardo Gomes e ganhar o espaço da joia Luís Henrique, virou titular e artilheiro do time no estadual - com três gols, ao lado de Rodrigo Lindoso - e recentemente foi convocado para um período de treinos com a seleção brasileira sub-20 na Granja Comary. Fora das quatro linhas, renovou contrato até o fim de 2018, recebeu aumento salarial, passou a ter multa rescisória de R$ 24 milhões e a conviver com o assédio nas ruas e da imprensa - o que, pela timidez, ainda mostra muita dificuldade para lidar. Uma mudança drástica de vida em apenas quatro meses.

Ribamar na Cidade de Deus, uma das maiores comunidades do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução / Instagram)


Se a mudança é radical até mesmo para jovens de classes média e alta, imagine tudo isso na cabeça de um garoto criado em uma das maiores comunidades carentes do Rio de Janeiro, a Cidade de Deus, na Zona Oeste. Mesmo em um local que já foi considerado um dos mais violentos da capital carioca e que teve sua criminalidade como tema do filme "Cidade de Deus" (2002), do diretor Fernando Meirelles, Ribamar conseguiu se focar no esporte mesmo próximo do mundo das drogas. Agora famoso, não deixou o sucesso subir à cabeça. Após a classificação para a final do estadual, homenageou o lar, onde mora até hoje: "Esse gol foi para a minha família, meus amigos e para minha comunidade, a Cidade de Deus", vibrou no domingo.


- Ontem (domingo) eu cheguei muito tarde, apenas alguns amigos estavam me esperando. O pessoal gosta muito de mim, sempre faz festa. O apoio da família é fundamental. Eles me esperaram chegar em casa para me apoiar e me abraçar. Me dão dicas e conselhos. Tenho que manter a cabeça no lugar sempre. Não imaginava conseguir as coisas tão rápido assim. Hoje estou aqui, mas há menos de cinco meses estava na Copinha, com o sub-20, sendo eliminado. Hoje estou na final do Carioca - afirmou Ribamar, escolhido pelo Botafogo para dar entrevista na última segunda, em General Severiano, após seu terceiro gol (veja todos nos vídeos abaixo).









"VENDIDO" PELA MÃE, "APELIDADO" PELO PAI

Por falar em família, os pais de Ribamar, embora separados, têm influência na carreira do filho. A mãe, Dona Fátima, trabalhava como caixa em um supermercado da Barra da Tijuca quando ouviu dois homens conversando sobre futebol e enxergou que era hora de vender o "peixe" do filho aos desconhecidos. Um deles era o Seu Goulart, bancário aposentado de 74 anos. Ele desconfiou que era "papo de mãe", mas resolveu assistir a um treino do menino de 13 anos no time de futsal do Grajaú Tênis Clube.


Ribamar ao lado da mãe, Dona Fátima, durante
renovação de contrato (Foto: Reprodução / Instagram)
- Ele arrebentou logo quando o fui assistir. Fez uns quatro ou cinco. Eu vi e disse: "Ele é bom demais" - contou Goulart, que o levou para para fazer testes no CFZ, do Zico, onde também se destacou, principalmente pelo chute forte.

- Primeira bola dele no CFZ já colocou um cara na cara do gol. Depois, arrumou uma bomba. Ele precisava só de alguns minutos para se destacar.


E do pai, que não é tão próximo do filho como a mãe, veio o sobrenome que acabou pegando em Lucas Ribamar Lopes dos Santos Bibiano. O jovem admite que gostaria de ser chamado pelo primeiro nome, mas o uso frequente da alcunha no meio do futebol o fez aceitar o apelido.



CHINELO DE DEDO: OS PRIMEIROS PASSOS


Ribamar chegou ao Botafogo com 14 anos e
conquistou espaço (Foto: Reprodução / Instagram)
Seu Goulart, porém, com o passar do tempo não conseguiu bancar todas as despesas para levar o jovem aos treinos e pediu ajuda a um vizinho chamado Aroldo, que tinha contatos com o Botafogo. Ribamar foi levado junto com aproximadamente cem garotos para fazer testes no infantil alvinegro e participou de oito peneiras - eram testes sequenciais, o que não significa que ele tenha ficado reprovado nos primeiros.


Depois de algumas semanas, Ribamar recebeu a notícia de que havia passado e foi chamado para se apresentar ao Botafogo. No primeiro dia, foi de chinelo de dedo, o que acabou causando um problema. Um dirigente da época se recusou a recebê-lo sem calçado. No outro dia, foi de chuteira, e assim começou a sua era dele em General Severiano.


Ribamar chegou ao Botafogo aos 14 anos e, em 2015, fez uma grande temporada na base, marcando 17 gols em 37 jogos. Ele também foi o artilheiro alvinegro na campanha do título da OPG (Torneio Octávio Pinto Guimarães) no ano passado. Nesta temporada, jogou a Copa São Paulo de Futebol Júnior e marcou uma vez na competição.


QUASE IDA PARA O SÃO PAULO

Mas o Botafogo correu o risco de perder o seu atual maior destaque prata da casa no início do ano. Em janeiro, antes de subir para os profissionais e ser valorizado, o atacante entrou na mira do São Paulo, que observa o mercado e tem histórico de contratar reforços das categorias de base de outros clubes. Em negociação para a liberação de Luis Ricardo, Ribamar quase foi envolvido na transferência, junto com uma compensação financeira. Também propuseram uma troca com o lateral-esquerdo Reinaldo, que o Alvinegro tinha interesse. Mas nada foi para a frente. E hoje a diretoria respira aliviada por ter segurado uma de suas maiores promessas.


Fonte: GE/Por Chandy Teixeira, Marcelo Baltar e Thiago Lima/Rio de Janeiro

Botafogo terá novo fornecedor a partir de maio. Veja parte da futura camisa


A partir do Campeonato Brasileiro, Topper vai substituir a Puma e passará a vestir o Alvinegro nos próximos três anos. Lançamento deve acontecer em 12 de maio



O Botafogo voltará à Série A do Campeonato Brasileiro de roupa nova. Após o Carioca, a Topper vai substituir a Puma e passará a fornecer o uniforme e material esportivo para o clube. O lançamento da camisa oficial deve acontecer apenas no dia 12 de maio. O GloboEsporte.com, no entanto, teve acesso à uma pequena parte da futura vestimenta alvinegra.

Nova camisa do Botafogo Topper (Foto: GloboEsporte.com)

A empresa vai retornar ao clube com o qual já havia trabalhado entre 1999 e 2001. O acordo com a Topper tem duração de três anos. Em fevereiro, quando anunciou a parceria, o clube informou em comunicado que o valor total do contrato é superior a RS 40 milhões, entre montante fixado, estimativas com custos de material e royalties. Desse valor, serão R$ 2 milhões fixo por ano e mais uma porcentagem sobre as vendas.

 

Fonte: GE/Por Marcelo BaltarRio de Janeiro

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Luz, câmera, ação... Ribamar sofre para driblar assédio em dia de estrela


Menos de 24 horas após marcar contra o Fluminense e colocar o Botafogo na decisão do Carioca, atacante, de 18 anos, vive tarde de popstar em General Severiano




Ribamar - Botafogo (Foto: Marcelo Baltar)
Ribamar viveu dia de popstar no Botafogo
 (Foto: Marcelo Baltar)
 Mais difícil do que se livrar dos zagueiros, para Ribamar, certamente é enfrentar as câmeras. Não foi a primeira coletiva de imprensa do jovem de 18 anos, mas, com certeza, a mais badalada. Em General Severiano, enquanto os reservas treinavam em campo, as lentes se viraram todas para o atacante. Tímido ao extremo, não teve como fugir. O jeito foi encarar.

Um dia após marcar contra o Fluminense e colocar o Botafogo na decisão do Campeonato Carioca, Ribamar teve uma segunda de estrela. A primeira do jovem, que subiu em janeiro para o elenco profissional. Ao chegar à sala de imprensa, de longe, Ribamar observou uma multidão de jornalistas. Parou por alguns segundos, respirou fundo e encarou.

- Não estou nervoso, não. Estou tranquilo. É o calor – brincou o atacante.

O nervosismo, no entanto, era nítido. Ribamar coçava a cabeça, colocava a cara na mesa, mas a agonia não chegava ao fim.

- Não acaba nunca, não? É para sempre? – brincou o atacante.


Ribamar - Botafogo (Foto: Marcelo Baltar )
Cercado por câmeras e celulares, Ribamar concedeu coletiva de imprensa no Botafogo (Foto: Marcelo Baltar )
Nervosismo à aparte, Ribamar também falou sério. Alvo principal das câmeras e dos microfones, o jovem atacante comemorou o feito no 1 a 0 de domingo em Volta Redonda e falou sobre um grande sonho que está prestes a realizar: a estreia como jogador profissional no Maracanã, palco das decisões contra o Vasco nos próximos dias 1° e 8 de maio.

- É um sonho. Sempre sonhei jogar no Maracanã, ainda mais numa final. Espero que corra tudo bem e o Botafogo saia campeão. (Ser o centro das atenções) é uma sensação que nunca passei, experiência nova. Com o tempo vou me acostumando. Foi muito importante para mim fazer o gol e ajudar a equipe a se classificar. Ser elogiado e ter o reconhecimento da torcida na rua é muito gratificante - disse em entrevista coletiva na sede do Alvinegro.


Ribamar - Botafogo (Foto: Reprodução/Twitter)
Ribamar vai fazer sua estreia no Maracanã neste
 domingo (Foto: Reprodução/Twitter)
Com três gols na carreira, todos contra o Fluminense, o atacante, agora, espera deixar sua marca contra o rival: o Vasco, adversário dos próximos dois domingos, na decisão do Campeonato Carioca. O objetivo, maior, no entanto, é conquistar seu primeiro título como profissional.

- Não sei o que acontece contra o Fluminense. Tenho feito gols contra o Fluminense, que é uma grande equipe. Quero marcar gols na final, com certeza, mas quero ainda mais sair vencedor. Não importa quem marcar o gol – concluiu.



Fonte: GE/Por Rio de Janeiro

Porto seguro, defesa vira dor de cabeça no Botafogo para a decisão


Time menos vazado do Carioca, Alvinegro não terá zaga titular na primeira partida da decisão contra o Vasco. Carli está suspenso, e Emerson voltou a se lesionar







Apesar da euforia pela classificação para a decisão do Campeonato Carioca, Ricardo Gomes terá problemas para escalar o Botafogo para a primeira partida contra o Vasco. A zaga titular dificilmente estará em campo no próximo domingo. Expulso na vitória por 1 a 0 sobre Fluminense, Joel Carli é ausência certa. A participação de Emerson também é improvável, uma vez que o zagueiro voltou a sentir uma lesão muscular na coxa direita.


Porto seguro da campanha, a defesa do Botafogo foi o ponto forte do time ao longo do estadual. Time menos vazado, o Alvinegro sofreu apenas sete gols em 16 jogos (média de 0,4 gol sofrido por partida).

Emerson voltou a sentir lesão na coxa direita (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)


Expulso neste domingo por falta dura em Marcos Júnior, Carli voltará ao time, normalmente, no segundo jogo da decisão. Já a situação de Emerson é mais complicada. O zagueiro voltou a sentir uma lesão muscular na coxa, que o havia tirado dos últimos quatro jogos do Botafogo. Ele será examinado para saber a gravidade, mas é improvável que tenha condições de jogar a decisão.

- Infelizmente, já pensei nisso. Mas eu tenho o Renan Fonseca e o Emerson Silva. Apesar de tudo o que ouvimos nesses quatro meses, temos um elenco equilibrado e vamos dar trabalho ao Vasco – disse o técnico Ricardo Gomes, ainda no vestiário do Raulino Oliveira.




Nada de time reserva na Copa do Brasil

As atenções estão todas voltadas para o Campeonato Carioca, mas antes o Botafogo tem um compromisso decisivo pela Copa do Brasil. Na quinta-feira, no estádio Los Larios, em Xerém, o time enfrenta o Coruripe, pelo jogo de volta da primeira fase. E apesar de a classificação estar encaminhada, após a vitória fora de casa por 1 a 0 na partida em Alagoas, o Alvinegro não quer arriscar.

- Não tenho planos de poupar. É uma competição, e temos que passar. Se você inventa muito, pode acabar se complicando. É evidente que vamos pensar na Copa do Brasil e na final. Mas poupar o time inteiro, não. É possível poupar um ou dois jogadores – revelou o treinador.

A partida contra o Coruripe deve marcar o retorno de Sassá aos gramados, após quase seis meses afastado por conta de uma cirurgia no joelho. O atacante, no entanto, não participará da decisão do Carioca, uma vez que ele não está inscrito na competição.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Richard Souza/Rio de Janeiro

domingo, 24 de abril de 2016

Ricardo Gomes elogia maturidade da molecada do Bota: "Por isso a vitória"


Técnico do Botafogo rechaça responder o descrédito apontado antes da competição: "Estou preocupado a cada dia melhorar o time". Alvinegro está na final do Carioca






O Botafogo está na final do Carioca. Desacreditado no início da competição, o clube chega à decisão do estadual com apenas uma derrota no currículo. Líder do Alvinegro, Ricardo Gomes preferiu deixar o crédito pessoal de lado e elogiou a maturidade que enxergou num time recheado de garotos. O time iniciou a vitória contra o Fluminense, neste domingo, em Volta Redonda, com cinco jogadores da base - Ribamar ainda foi o autor do gol do triunfo. O técnico ainda elogiou o primeiro tempo da equipe, classificado como "quase perfeito".


Ricardo Gomes descartou dar uma resposta aos
 críticos (Foto: Alexandre Durão)
- Tivemos várias oportunidades no primeiro tempo, mas não conseguimos o gol. Dominamos, tivemos várias oportunidades, mandamos no jogo. O primeiro chute do Fluminense foi aos 30 do primeiro tempo. Fizemos um primeiro tempo quase perfeito. No segundo, o Levir mudou e equilibrou. Com a perda do Carli, sofremos um pouco, mais nas jogadas aéreas. Mesmo assim o time mostrou maturidade, mesmo sendo um time extremamente jovem. Por isso a vitória.


Ricardo Gomes ainda descartou dar resposta àqueles que insistiam em colocar em dúvida a capacidade do time do Botafogo. Principalmente no início do Campeonato Carioca.


- Não estou preocupado em responder ninguém. Estou preocupado a cada dia melhorar o time do Botafogo. Minha preocupação é essa. Se começamos desacreditados e hoje estamos na final, isso não é meu problema. Não é a primeira vez e não será a última. Temos que evoluir a cada dia - disse.


O Botafogo irá enfrentar o Vasco, que eliminou o Flamengo, na final do Carioca. Os jogos serão realizados no Maracanã. Ricardo afirma que o Alvinegro é um conhecedor do adversário. E dos números apresentados por ele na temporada. O primeiro jogo da final será em 1º de maio. O segundo, dia 8.


- O Vasco vem de 22 jogos de invencibilidade. Esse é o time que foi armado pelo Jorginho no ano passado, não conseguiram fugir do rebaixamento, mas o time está montado, esquematizado e equilibrado. O Vasco é um grande adversário. Nos enfrentamos duas vezes nesse ano, uma derrota e um empate. Tenho certeza que serão dois grandes jogos.


Confira outros tópicos da coletiva de Ricardo Gomes


Favoritismo do Vasco?
Vendo a imprensa durante a semana, acho que todos davam a imprensa como favorito. Ponto. Conseguimos. Agora vamos pensar no Vasco. Mas com bastante confiança. Um título seria muito bom ao Botafogo.


Motivação
É o nosso trabalho. Temos que motivar os jogadores. Mas acho muito mais importante no trabalho durante a semana do que no discurso. Sabíamos que o Fluminense vinha de um desgaste de uma final durante a semana e pegamos pesado durante o primeiro tempo.


Ribamar
Ele foi importante, ele tem uma força que incomoda os zagueiros e tem uma mobilidade. O jogo aéreo não é o ponto forte dele, mas fez o gol dessa forma. Estamos trabalhando isso, e pelo visto ele assimila muito rápido. O interessante é que ele tem apenas 18 anos. Ele evoluiu muito desde janeiro. Isso nos dá esperança de grandes dias


Final no Maracanã
Isso foi um achado. Até que enfim. Voltamos a nosso local favorito.


Problemas na defesa
Infelizmente, já pensei nisso. Mas eu tenho o Renan Fonseca e o Emerson Silva, apesar de tudo o que ouvimos nesses quatro meses. Temos um elenco equilibrado e vamos dar trabalho ao Vasco


Time misto na Copa do Brasil?
Não tenho planos de poupar. É uma competição, e temos que passar. Se você inventa muito, pode acabar se complicando. Evidente que vamos pensar na Copa do Brasil e na final. Mas poupar o time inteiro, não. É possível poupar um ou dois jogadores.


Leandrinho
Ele entrou muito bem nos três jogos que saiu do banco. Na semana anterior ao jogo do Boavista, ele teve uma semana muito boa. Merecia uma oportunidade. Ele se escalou. É um bom jogador. Apesar da pouca idade, é um cara que vê o jogo muito bem. E não jogou na posição dele. Ele jogou na direita, mas costuma jogar pela esquerda. Foi ele que buscou a posição. Eu estava apenas observando o trabalho dele desde janeiro. Ele estava pedindo passagem. Ele está querendo um lugar ao sol. Eu dei, e ele não deu para trás não. Teve uma boa atuação.



Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Volta Redonda, RJ

Flu e Botafogo reeditam semi de 2015 e decidem vaga na final do Carioca


Em Volta Redonda, Tricolor entra em campo com a vantagem do empate. Botafogo levou a melhor no ano passado. Quem avançar pega vencedor de Vasco x Flamengo




Montagem de Capa do GE
Após três meses, duas fases e 15 rodadas, o Campeonato Carioca chega a seu momento decisivo. É tudo ou nada para Fluminense e Botafogo. Neste domingo, em jogo único, os rivais decidem, a partir das 19h (de Brasília), no Estádio Raulino Oliveira, em Volta Redonda, uma vaga na final do estadual. Quem passar encara o vencedor do duelo entre Vasco e Flamengo na decisão. Embalado pelo título da Copa da Primeira Liga, o Tricolor tem a vantagem do empate por ter realizado uma campanha melhor na Taça Guanabara.


Curiosamente, os rivais também foram adversários nas semifinais do Carioca no ano passado. Com um regulamento diferente, cada time venceu um jogo, mas o Botafogo levou a melhor na disputa por pênaltis, após 22 cobranças no Engenhão.


Nas duas ocasiões em que se encontraram nesse ano, o Botafogo foi superior. Na primeira fase, em Cariacica, o Alvinegro venceu com autoridade, por 2 a 0, em jogo que levou o técnico Eduardo Baptista a ser demitido. O time de Ricardo Gomes esteve muito próximo de mais uma vitória, na primeira rodada da Taça Guanabara, em Volta Redonda. Com um gol de Gum, no entanto, o Tricolor arrancou o empate nos acréscimos. Apesar do retrospecto, o momento do Fluminense é melhor e, aliada à vantagem de jogar pelo empate, a equipe do técnico Levir Culpi tem um ligeiro favoritismo neste domingo.

Embalado pelo título conquistado na última quarta, o Fluminense quer manter a boa fase sob o comando de Levir. Em 11 jogos até agora, sete vitórias, três empates e apenas uma derrota. Em sete partidas com o treinador, o Tricolor saiu de campo sem levar gols. É o que basta neste domingo para garantir a vaga. Mas ainda falta uma vitória em clássicos na temporada 2016. O capitão Fred volta ao time.

Uma vaga na decisão do Carioca é uma oportunidade de afirmação para o Botafogo. Com contratações modestas, o time entrou desacreditado no estadual, mas consegui realizar uma campanha sólida, com apenas uma derrota para o Vasco e 100% de aproveitamento diante dos menores. Ricardo Gomes leva apenas uma dúvida para Volta Redonda. Leandrinho e Fernandes disputam uma vaga no meio de campo.


Rodrigo Carvalhães de Miranda apito o jogo, auxiliado por Michael Correia e Diogo Carvalho Silva. O SporTV e o Premiere transmitem a partida, enquanto o GloboEsporte.com acompanha tudo em Tempo Real, com vídeos.




Fluminense: a equipe terá duas novidades em relação ao time campeão da Primeira Liga, os retornos de Jonathan e Fred. De resto, o time é o mesmo que venceu o Atlético-PR. Força máxima. O Flu deve ir a campo com Diego Cavalieri, Jonathan, Gum, Henrique e Wellington Silva; Pierre, Cícero, Osvaldo, Gerson e Gustavo Scarpa; Fred.

Botafogo: recuperado de lesão muscular, Fernandes voltou a treinar nesta semana e disputa posição com Leandrinho. A tendência, no entanto, é que Leandro inicie, em um esquema mais ofensivo, com dois meias, diante da necessidade de vitória. Na zaga, Emerson retorna após desfalcar a equipe por quatro rodadas. O Botafogo vai a campo com Jefferson, Luis Ricardo, Carli, Emerson, Diogo Barbosa; Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Leandrinho (Fernandes), Gegê; Salgueiro e Ribamar.




Fluminense: Edson, expulso contra o Vasco, está suspenso. Com um edema na coxa esquerda, Giovanni foi vetado.


Botafogo: em fase final de recuperação de uma lesão na coxa, Airton segue fora. Sassá está recuperado de cirurgia no joelho, mas não foi inscrito no Campeonato Carioca.



Fluminense: Ninguém


Botafogo: Ninguém


Fonte: GE/Por GloboEsporte.comVolta /Redonda, RJ

sábado, 23 de abril de 2016

AS LIÇÕES DOS QUATRO GRANDES NO CARIOCA


Treinadores de Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo avaliam a evolução de seus times após o estadual




POR CARLOS EDUARDO MANSUR

Jorginho, Levir Culpi, Ricardo Gomes e Muricy Ramalho analisam seus times na reta final do Carioca - Reprodução


Repetida à exaustão, a sentença é tratada como verdade absoluta: “Estadual não é parâmetro para nada”. Ouvidos pelo GLOBO, os quatro treinadores dos grandes clubes do Rio, semifinalistas do campeonato, coincidem num ponto: problemas de calendário à parte, necessidade urgente de rever o formato à parte, não é razoável dizer que, após quatro meses de treinos e jogos, não seja possível traçar um perfil de seus times.

A história conta que, usar resultados positivos do Estadual como base para concluir que um elenco está pronto para o Campeonato Brasileiro é erro clássico. Treinadores veem tal prática como erro de avaliação, não como um sinal de que a competição local não permita avaliar o elenco.

— Claro que é possível saber se um time precisa de reforços ou não, quais são suas virtudes e limitações — avalia Ricardo Gomes, técnico do Botafogo.

— Há jogos, é verdade, que não servem para nada. Mas é possível conhecer bem o elenco, tirar conclusões sobre o time — concorda o rubro-negro Muricy Ramalho.

Diante de tal pensamento dos treinadores cariocas, a reportagem ouviu, de cada um deles, o que pensam sobre suas equipes. Neste momento, a avaliação mais prejudicada é de Levir Culpi, que assumiu o Fluminense há apenas 50 dias e, entre jogos do Campeonato Estadual e da Primeira Liga, teve pouco tempo de treinamento. Tanto que admite ainda estar “tentando entender este Fluminense”.

Mesmo assim, Levir fala sobre o perfil que tenta implantar no tricolor, enquanto Muricy Ramalho e Jorginho destacam as variações táticas que Flamengo e Vasco têm buscado. Já Ricardo Gomes comenta o esforço de, mesmo com um investimento limitado, tonar o Botafogo competitivo para as finais do Estadual e o Brasileiro da Série A.


Vasco amplia repertório e busca mais equilíbrio

Quando assumiu um Vasco em estado terminal no último Brasileiro, Jorginho fez o time reagir a partir da mudança no esquema tático: implantou o 4-4-2, com os quatro homens de meio-campo formando um losango. Serginho, hoje fora do clube, era o primeiro volante, com Andrezinho e Julio dos Santos mais à frente, um de cada lado, e Nenê perto dos atacantes. No Estadual, celebra a conquista de repertório.

Jorginho diz que o Vasco de 2016 ganhou novas formas de jogar. Com a chegada de Yago Piakchu, pôde variar para um 4-2-3-1 em alguns momentos. Para ele, tal esquema exige jogadores habituados aos lados do campo, como Pikachu e Jorge Henrique. Outra variação foi o 4-3-3, usado no decorrer de partidas com Thalles, Riascos e Jorge Henrique ou Éder Luís.

A vitória sobre o Fluminense na final da Taça Guanabara trouxe alívio não pelo título, mas porque o técnico voltou a ver o time organizado.

— Movimentos que fazíamos de forma ordenada, como a pressão no campo rival, com linhas altas, estávamos fazendo sem organização. Se o time não se move junto para pressionar, estoura atrás — diz Jorginho.

A obsessão por organizar o time tem a ver com a busca por mais controle do jogo e, também, por evitar que um time de média de idade alta tenha que “correr errado”. Outro certeza de Jorginho no Estadual é o papel de Jorge Henrique para manter o Vasco equilibrado entre ataque e defesa.

— Ele é um cara tático. Atua pelos dois lados, ajudando a atacar e marcar, já foi meia atacante e até volante. É quatro em um. Estamos buscando regularidade. Quero que o time se sinta bem em qualquer esquema, sem ter que fazer mudanças de emergência nos jogos.


Flamengo quer variação tática e Cirino artilheiro

Em janeiro, Muricy Ramalho falava do projeto de construir um Flamengo no 4-3-3. A recente adoção do 4-4-2, com a entrada de Alan Patrick junto a Mancuello e Willian Arão, não é um caminho sem volta ou, como avisa Muricy, uma regra. Segundo ele, o Estadual permitiu dar passos na direção de um time que varie entre duas formações.

— Não se vai a um supermercado escolher esquema tático. Depende da característica. Temos homens de velocidade na frente para um 4-3-3, e a chegada do Fernandinho reforça isto. Mas também temos meias como Alan Patrick e Mancuello para o 4-4-2 — diz Muricy.

Para ele, um conquistas no Estadual foi melhorar a posse de bola. Mas houve instabilidade quando a equipe, então no 4-3-3, perdeu Mancuello por lesão. Os jogos e viagens, com poucos treinos, não ajudavam.

Os seis gols de Marcelo Cirino nos últimos cinco jogos dão a Muricy a certeza de que deu resultado um trabalho exaustivo:

— Não é para ele ficar só aberto. É ruim até para a passagem do lateral. Começar a jogada no lado do campo e terminar no meio arrebenta com o adversário. Neymar faz isso. Insisto, mostro vídeo, até a psicologia conversa. Ele finaliza bem, deve buscar a área. Jogador acredita quando vê acontecer e os gols vão ajudar — diz Muricy, lembrando que, no Atlético-PR, Cirino atuava mais em contra-ataque, o que lhe dava mais campo para correr pela ponta.

Muricy lembra que pelo menos cinco titulares atuais não estavam no clube em 2015:

— O time vai ganhando o desenho aos poucos. A formação mudou e a filosofia de jogo também.


Levir ainda tenta decifrar o Fluminense

O time controlador de jogo, dono quase sempre da maior posse de bola, como era seu Atlético-MG nas duas últimas temporadas? Ou um time de soluções rápidas, vertical nas ações ofensivas, como atuou o seu Fluminense na final da Primeira Liga? Levir Culpi, que tem menos de dois meses no cargo, ainda não tem certeza ao responder sobre que identidade terá o tricolor no restante de 2016.

Ele diz ter visto características que permitem os dois estilos. E admite que pretende ver um Fluminense com mais posse de bola.

— Não entendi bem este Fluminense ainda. Para ser sincero, é isso. No Atlético-MG, era uma certeza de que teríamos boa posse de bola. Aqui está misto. Há jogadores com saída de bola boa, como Pierre e Cícero, que nos dão chance de controlar jogo. Há os que aceleram, como Scarpa, Marcos Junior, Édson acelera por dentro. Temos agressividade pelas laterais. O ideal é mesclar. Mas ter identidade no Brasil não é fácil, porque tudo (times e técnicos) muda rápido — disse Levir, fazendo ressalvas sobre a montagem do elenco. — Ainda será preciso trazer jogadores. E alguns sairão. É natural.

Ele diz que a projeção de futuro do Fluminense é feita, por ele, com base em experiências que viveu em outros clubes. Tem tentado reduzir o espaço entre as linhas, encurtando distâncias entre jogadores. E pretende melhorar a posse de bola. Levir surpreende ao dizer que tal exercício começará pelo goleiro Diego Cavalieri.

— Quero que jogue mais, saia menos com chute longo e mais com passe. Não é fácil, mas é importante tentar — disse.


Botafogo aposta em aplicação e força dos volantes

Ricardo Gomes precisou refazer boa parte do elenco do Botafogo com poucos recursos. Se nestas condições a margem de erro tende a crescer, ele celebra o fato de o Estadual lhe ter dado uma “boa noção” das características do novo time.

— Não dava para definir, de antemão, um sistema tático. Precisava de uma leitura das contratações e ir montando. Não pudemos escolher tanto os novos jogadores. Como não tive outras competições (Fla e Flu jogaram a Primeira Liga) e tive tempo — diz Ricardo.

Ele admite limitações, mas destaca uma virtude: a dinâmica dos volantes Rodrigo Lindoso e Aírton, além de Bruno Silva, que tem jogado pela direita no 4-4-2:

— Nossa maior força são os volantes. Eles nos dão bom volume de jogo. Não acrescentam apenas na parte defensiva.

O Botafogo tem atuado com duas linhas de quatro. À frente delas, Salgueiro se movimenta e faz dupla com um homem mais de área, como Ribamar. Pelo centro, Lindoso e Aírton se encarregam das transições para o ataque, ponto exaltado por Ricardo Gomes. Embora não goste de destacar publicamente, a comissão técnica enxerga em Bruno Silva o grande achado do clube no mercado. O que faz falta é o jogador diferente, criativo, que quebre defesas com lances de habilidade.

— Sim, isso falta. Tivemos mais dificuldades contra times que se fecharam — avalia Ricardo. Para ele, quando precisou propor jogo, o Botafogo sentiu a falta de um grande criador, embora tenha rendido bem em jogos francos, como os clássicos. — Precisamos manter o volume, mas ser mais agudos, fazer mais gols.


Fonte: O Globo

Presidente, torcida e descontração marcam último treino antes de clássico


Em atividade técnica, Ricardo Gomes não revela escalação e mantém dúvida entre Fernandes e Leandrinho. Delegação viaja para Volta Redonda na tarde deste sábado





Um sábado ensolarado, com presença de torcedores e um ambiente leve. Em clima de descontração, o Botafogo fez o último treino antes da semifinal do Campeonato Carioca, na manhã deste sábado, em General Severiano. À tarde, a delegação viaja para Volta Redonda.

Cerca de 30 torcedores aproveitaram o sábado de calor no Rio de Janeiro para apoiar o time antes do clássico contra o Fluminense. Quem também acompanhou a atividade de perto foi o presidente Carlos Eduardo Pereira, ao lado do gerente de futebol Antônio Lopes. 

Antônio Lopes e Carlos Eduardo Pereira acompanharam o treino do Botafogo (Foto: Marcelo Baltar)

Quem esteve presente, no entanto, pouco descobriu sobre a escalação alvinegra. Em treino técnico, com jogadas ensaiadas em bolas paradas, o treinador não deu pistas sobre o meio de campo: Leandrinho e Fernandes disputam uma vaga.

Antes da atividade, muita descontração no aquecimento. Entre uma brincadeira e outra, os jogadores se abraçavam. Sobrou até para o preparador físico Ednilson Senna, que foi jogado para o alto pelos atletas.


Sassá é destaque


Enquanto a maior parte do grupo trabalhou jogadas ensaiadas, alguns jogadores participavam de treino técnico, em campo reduzido, do outro lado do campo. O destaque foi Sassá. Elogiado por Ricardo Gomes, o atacante está recuperado de uma cirurgia no joelho e tem previsão de volta na próxima quinta, contra o Coruripe, pela Copa do Brasil. Ele não está inscrito no Campeonato Carioca.

O Botafogo deve ir a campo neste domingo com Jefferson, Luis Ricardo, Carli, Emerson, Diogo Barbosa; Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Gegê, Leandrinho (Fernandes); Salgueiro e Ribamar.

Botafogo e Fluminense disputam jogam neste domingo, às 19h, no Raulino Oliveira, em Volta Redonda. O Tricolor tem a vantagem do empate. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real, com vídeos.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro

Sassá, Aquino e mais um: Botafogo planeja trinca para ataque embalar


Os dois primeiros já estarão à disposição no Brasileiro, mas clube tem interesse em Kleber Gladiador e William Pottker. Um camisa 10 experiente também é alvo




É de conhecimento público que o Botafogo se movimenta para se reforçar para o Brasileirão. Apesar da boa campanha no Carioca, o departamento de futebol acredita que o campeonato nacional será um peso muito maior nas costas da garotada. E com o setor defensivo aparentemente ajustado – melhor defesa do estadual -, a prioridade é o ataque. Até por isso o clube busca um nome de peso, mas “cascudo", para reforçar o setor.

Duas novidades já estão asseguradas. Após quase seis meses afastado por conta de uma cirurgia no joelho, Sassá voltou a treinar, aparenta nos treinos estar em ótima forma e já estará à disposição de Ricardo Gomes para o início do Brasileirão. A outra é Anderson Aquino. O atacante, que já treina no clube, deve assinar no início da próxima semana.

- Já viu o Sassá treinando? Esse é um bom reforço. O Aquino está fazendo exames, e tem mais um. Sassá, Aquino e mais um. Não precisa mais. Não quero trabalhar com 40 jogadores - disse o técnico Ricardo Gomes. 

Sassá e Aquino vão reforçar o Botafogo no Brasileiro. Ricardo Gomes quer mais um (Foto: GloboEsporte.com)

Esse “mais um” ainda é uma incógnita. Com situação financeira delicada, o Botafogo não pode errar e planeja dar um tiro certeiro. Após a negativa do chileno Canales e a demora de Júnior Dutra, os alvos, agora, são Kleber Gladiador e William Poktter. O primeiro é um sonho antigo, mas o Coritiba não tem intenção de negociá-lo, e as conversas não evoluíram nos últimos dias. A situação de Potkker é menos complicada, apesar de o atleta do Figueirense também despertar interesse da Ponte Preta.


CLUBE TAMBÉM BUSCA UM CAMISA 10


A prioridade é o ataque, mas o Botafogo também busca um meia mais experiente para vestir a camisa 10. Para o setor, o clube já acertou com Marquinho, do Macaé, que se apresenta no início de maio. A comissão técnica, no entanto, vê o jovem como uma aposta. 

Alex esteve próximo, mas o negócio esfriou (Foto: Alexandre Lops/Internacional)

O Botafogo esteve próximo de Alex. O Inter liberou, o jogador estava disposto a defender o Alvinegro, mas a família esfriou a negociação por não se animar a morar no Rio de Janeiro. Renato Cajá também foi observado. Porém, o meia, que pode pintar no Santa Cruz, tem um custo benefício alto, na opinião da diretoria alvinegra.


Após falar publicamente que o acerto com Alex estava 90% concretizado e ver a negociação andar para trás, a diretoria do Botafogo assumiu a postura de não comentar sobre reforços até que o acerto esteja sacramentado. Apesar da cautela nas declarações, o clube tem pressa.


Fonte: GE/ Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Ricardo faz mistério e rechaça Bota "Kamikaze" contra o Flu: "Morte certa"


Treinador confirma Carli e Ribamar, mas deixa aberta a disputa entre Leandrinho e Fernandes. Apesar da necessidade de vitória, técnico pede equilíbrio e inteligência






Duas certezas e uma dúvida. Ricardo Gomes confirmou que Ribamar e Carli, poupados, respectivamente, dos treinos de quinta e sexta, estarão em campo no domingo, contra o Fluminense. O treinador, no entanto, não revelou o time e levantou uma disputa no meio de campo. Recuperado, Fernandes pode ganhar a vaga de Leandrinho, que treinou como titular durante toda a semana.

Devido à lesão muscular, Fernandes ficou fora da partida contra o Boavista e fez trabalhos específicos ao longo da semana. Nesta sexta, no entanto, o volante treinou com bola normalmente. Ricardo Gomes faz mistério e diz que só revelará quem começa o jogo minutos antes do clássico, domingo, em Volta Redonda.


Ricardo Gomes disse estar em dúvida entre Leandrinho e Fernandes (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


- Recuperamos o Emerson, o Carli foi poupado hoje, mas estará em plenas condições. O Ribamar também joga. Na minha cabeça, o meio de campo é parte fundamental para dominar o adversário. Sem um bom meio de campo você não domina ninguém. Tínhamos três jogadores defensivos para marcar. Perdemos o Airton, coloquei o Fernandes. Depois perdemos o Fernandes. Aí mudei o esquema. O Fernandes voltou a treinar. Aí vem a minha escolha, mas há a duvida em relação ao tempo que ele vai suportar. Essa é a dúvida. O Leandrinho vem treinado muito bem desde a semana passada. Mas só vou resolver isso no sábado, e vocês só saberão 45 minutos ainda da partida - despistou o treinador.

Com dores musculares, Joel Carli foi poupado nesta sexta, mas não preocupa. Com isso, o Botafogo tem apenas uma dúvida para a partida contra o Fluminense. O time vai para o clássico com Jefferson, Luis Ricardo, Carlo, Emerson, Diogo Barbosa; Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Leandrinho (Fernandes), Gegê; Salgueiro e Ribamar.


Inteligência e equilíbrio

A estratégia também foi outro tema abordado por Ricardo Gomes. Assim como Jefferson, na véspera, o treinador pregou cautela e equilíbrio. Apesar da necessidade de vencer para avançar à decisão do Campeonato Carioca, o treinador quer o time jogando com inteligência, sem precipitação.

- Nosso trabalho é no dia a dia. A semana inteira foi focando no ataque. Nossa deficiência é no ultimo terço do campo. Trabalhamos isso de diversas formas. Buscamos o equilíbrio. Se sairmos para o ataque, com esse time do Fluminense, é morte certa. Temos a obrigação da vitória, mas de forma equilibrada.

Botafogo e Fluminense jogam neste domingo, às 19h, no Raulino Oliveira, em Volta Redonda, em jogo único da semifinal. O Tricolor tem a vantagem do empate. O GloboEsporte.com acompanha a partida em Tempo Real.


FONTE: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro

Sassá tem volta antecipada e pode enfrentar o Coruripe, na Copa do Brasil



Ricardo Gomes confirma retorno do atacante, que está há mais de cinco meses sem jogar. Em fase de transição, Airton tem chance de voltar ainda no Carioca




Após quase seis meses de tratamento, Sassá já tem data para voltar. Fora do Campeonato Carioca – o atacante não está inscrito -, o jogador deve retornar aos gramados na próxima quinta-feira, contra o Coruripe, pela Copa do Brasil. Ricardo Gomes confirmou a volta.

- Já viu como o Sassá está treinado? Isso, sim, é um bom reforço. Ele pode até começar na quinta, pela Copa do Brasil. Vamos conversar ainda. Mas ele vai estar na partida, começando ou não - revelou o treinador. 

Sassá, no treino desta sexta. Atacante está pronto para voltar (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)


Sassá, de 22 anos, lesionou o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, no dia 31 de outubro do ano passado, contra o Bahia, pela Série B. O atacante precisou passar por cirurgia, e a previsão inicial é que ele retornasse aos gramados somente no Campeonato Brasileiro. No entanto, o atacante vem treinando com desenvoltura há algumas semanas e retornará um pouco antes.

- Acho que sim. Depende de nós. Se o Botafogo passar, acredito que ele terá condições.

Airton sofreu uma lesão de grau 2 na coxa esquerda, no clássico contra o Flamengo, no dia 2 de abril. O mais provável é que ele fique à disposição para o segundo jogo da final, caso o Botafogo chegue à decisão do Carioca.

 
Airon está em fase de transição (Foto: Marcelo Baltar / GloboEsporte.com)


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro

Aquino vai a campo, mas Carli é poupado, e Bota treina com Renan


Reforço, que ainda não assinou, aparece pela primeira vez com a camisa do Botafogo. Argentino sente dores, mas não deve ser problema para domingo




Renan Fonseca treino entre os titulares 
(Foto: Marcelo Baltar / GloboEsporte.com)
A sexta-feira do Botafogo começou com uma novidade. Em General Severiano, Anderson Aquino foi a campo pela primeira vez para mais uma fase de sua avaliação, antes de assinar contrato. Por outro lado, a atividade foi marcada por uma ausência importante. Com dores musculares, Joel Carli foi poupado. Renan Fonseca treinou entre os titulares.

O argentino não foi a campo e treinou na academia. Segundo o Botafogo, o zagueiro não deve ser problema para domingo. A proximidade do clássico contra o Fluminense, no entanto, preocupa.


Em treino tático, com ênfase na movimentação defensiva, Ricardo Gomes treinou o time titular sem atacantes. A formação foi Jefferson, Luis Ricardo, Emerson, Renan Fonseca, Diogo; Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Gegê e Leandrinho. Na parte final, Fernandes entrou na vaga de Bruno Silva, e Salgueiro integrou a equipe. Faltou apenas o centroavante.

Poupado nesta quinta, Ribamar participou normalmente do treino, mas não participou da atividade tática. A tendência, porém, é que o camisa 9 treine normalmente contra o Fluminense.

Anderson Aquino (ao fundo) foi a campo pela primeira vez (Foto: Marcelo Baltar)


Anderson Aquino

Segundo reforço para o Campeonato Brasileiro, Anderson Aquino foi a campo pela primeira vez nesta sexta-feira. O atacante, que passa por exames desde quarta, deve assinar contrato até segunda-feira. Segundo o clube, está tudo certo com a avaliação física e médica do jogador.



Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro